Efeito da competitividade e da governança corporativa no nível de intangibilidade das companhias familiares

Autores

  • Antonio Rodrigues Albuquerque Filho Universidade Federal do Ceará - UFC.

DOI:

https://doi.org/10.22279/navus.2019.v9n3.p143-155.943

Palavras-chave:

Intangibilidade. Competitividade. Governança corporativa.

Resumo

Este estudo teve por objetivo analisar o efeito da competitividade e da governança corporativa no nível de intangibilidade das companhias abertas familiares listadas na Brasil Bolsa Balcão (B3). De cunho descritivo e abordagem quantitativa, a pesquisa utilizou a Regressão Linear Múltipla para analisar os dados em uma amostra que compreendeu 154 companhias. Averiguou-se a competitividade por meio do índice de Herfindahl-Hirschman (HHI) e a governança corporativa através de uma variável proxy representada pelo Índice de Ações com Governança Corporativa Diferenciada (IGCX) da B3. O período de análise correspondeu ao intervalo entre os anos de 2010 a 2015. Os resultados do primeiro modelo demonstraram que a competitividade e o tamanho da empresa afetam positivamente o nível de intangibilidade das organizações, enquanto o crescimento não se apresentou como significante estatisticamente. Quanto ao segundo modelo, a governança corporativa e o tamanho da empresa associam-se positivamente com o nível de intangibilidade, ao passo que o crescimento não apresentou impacto sobre a intangibilidade. Ao final, conclui-se que, para conseguir maior nível de intangibilidade, as empresas buscam melhorar sua imagem por meio da adoção de uma melhor governança corporativa, e pela sua inserção em mercados mais competitivos.

 

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Biografia do Autor

Antonio Rodrigues Albuquerque Filho, Universidade Federal do Ceará - UFC.

Mestrando em Administração e Controladoria pela Universidade Federal do Ceará - UFC.

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Publicado

2019-07-01

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Artigos