Quais capacidades são fontes de Vantagem Competitiva Sustentável no setor de soluções de software? Uma análise à luz das Capacidades Dinâmicas e da Visão Baseada em Recursos

Autores

  • Alamir Louro Universidade Federal do Espírito Santo
  • Geciane Silva de Almeida Universidade Federal do Espírito Santo
  • Anderson Soncini Pelissari Universidade Federal do Espírito Santo

DOI:

https://doi.org/10.22279/navus.2017.v7n4.p36-50.540

Palavras-chave:

Visão Baseada em Recursos. Capacidades Dinâmicas. Vantagem Competitiva Sustentável

Resumo

As empresas de solução de software têm representado um papel estratégico para o desenvolvimento nacional, devido a sua potencialidade em gerar e fornecer inovações tecnológicas, por serem importantes geradoras de novas vagas de empregos e contribuírem positivamente sobre o PIB nacional. O presente trabalho criou uma lista de capacidades a partir do arcabouço teórico da Visão Baseada em Recursos (VBR) e de Capacidades Dinâmicas. A partir dessa lista foram verificadas quais capacidades são percebidas como fonte de Vantagem Competitiva Sustentável (VCS) do setor de soluções de software utilizando da opinião de três proprietários de empresas capixabas em processo de internacionalização. Para a realização do estudo de caso múltiplo foi necessário uma revisão bibliográfica e uma triangulação de dados, que utilizou de um roteiro semiestruturado e relatórios do setor. Os resultados não apontaram as capacidades estudadas como fonte de VCS, mas indicam que em um contexto de grande empresa, as redes de relacionamento podem ser VCS.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Alamir Louro, Universidade Federal do Espírito Santo

Doutorando do Programa de Pós-graduação em Administração - Mestrado e Doutorado - PPGADM/UFES

Geciane Silva de Almeida, Universidade Federal do Espírito Santo

Mestranda do Programa de Pós-graduação em Administração - Mestrado e Doutorado - PPGADM/UFES

Anderson Soncini Pelissari, Universidade Federal do Espírito Santo

Professor do Deptº de Administração/CCJE/UFES - Universidade Federal do Espírito Santo.

Referências

ABES. Mercado brasileiro de software: panorama e tendências, 2015. São Paulo: ABES – Associação Brasileira de Empresas de Software, 2015.

APEXBRASIL; BRASSCOM. Brasil TI BPO-Book. São Paulo, BRASSCOM, 2015.Disponível em: <http://www.brasscom.org.br/brasscom/Portugues/detInstitucional.php?codArea=3&codCategoria=48>. Acessado 03 ago. 2016.

BARDIN, L. Análise de conteúdo. 3. ed. Lisboa: Edições 70, 2004.

BARNEY, J. Firm resources and sustained competitive advantage. Journal of Management, v. 17, n. 1, p. 99-120, 1991.

BARNEY, J. B.; HESTERLY, W. S. Administração estratégica e vantagem competitiva: conceitos e casos. 3. ed. São Paulo: Pearson, 2012.

BELLO, D. C. et al Performance of professional service firms from emerging markets: role of innovative services and firm capabilities. Journal of World Business, v. 51, n. 3, p. 413–424, 2015.

BENTO, C. S. et al A Compreensão dos relacionamentos enquanto recurso em uma empresa de laticínio com base nas perspectivas da estratégia como prática social e da VBR. Revista Organizações em Contexto-online, v. 11, n. 22, p. 261-284, 2015.

BITITCI, U. S. et al Managerial processes: business process that sustain performance. International Journal of Operations & Production Management, v. 31, n. 8, p. 851–891, 2011.

BRUNETTI, M. L. et al Sustainable competitive advantage in construction: study of central region of Paraná. Revista Brasileira de Estratégia, n. 2, p. 212–228, 2015.

BUZZERIO, F. G.; MARCONDES, R. C. A inteligência competitiva na perspectiva de ser uma fonte de vantagem competitiva e suas contribuições estratégicas. Revista de Ciências da Administração, v. 16, n. 40, p. 235–249, 2014.

CARDEAL, N.; ANTÓNIO, N. Valuable, rare, inimitable resources and organization (VRIO) resources or valuable, rare, inimitable resources (VRI) capabilities: what leads to competitive advantage? African Journal of Business Management, v. 6, n. 37, p. 10159–10170, 2012.

CARNEIRO, J. M. T.; CAVALCANTI, M. A. F. D.; SILVA, J. F. Porter revisitado: análise crítica da tipologia estratégica do mestre. Revista de Administração Contemporânea, v. 1, n. 3, p. 7–30, 1997.

COSTA, E.; SOARES, A. L.; SOUSA, J. P. Information, knowledge and collaboration management in the internationalisation of SMEs: a systematic literature review. International Journal of Information Management, v. 36, n. 4, p. 557–569, 2016.

DAVCIK, N. S.; SHARMA, P. Impact of product differentiation, marketing investments and brand equity on pricing strategies: a brand level investigation. European Journal of Marketing, v. 49, n. 5/6, p. 760-781, 2015.

DAVENPORT, T. H. The coming commoditization of processes. Harvard Business Review, v. 83, n. 6, p. 100-108, 2005.

DENZIN, N. K. The research act: a theoretical, introduction to sociological methods. 2. ed. New York: McGraw-Hill, 1978.

EDWARD, M.; SAHADEV, S. Role of switching costs in the service quality, perceived value, customer satisfaction and customer retention linkage. Asia Pacific Journal of Marketing and Logistics, v. 23, n. 3, p. 327-345, 2011.

EISENHARDT, K. M.; MARTIN, J. A. Dynamic capabilities: what are they? Strategic Management Journal, v. 21, p. 1105–1121, 2000.

EL SHAFEEY, T.; TROTT, P. Resource-based competition: three schools of thought and thirteen criticisms. European Business Review, v. 26, n. 2, p. 122–148, 2014.

FLICK, U. An introduction to qualitative research. 2. ed. London: Sage Publications, 2004.

GIACOMINI, M. M. et al A análise das dimensões do portfólio em ti e RBV: uma discussão teórico-empírica. GEINTEC, v. 3, n. 3, p. 181-194, 2013.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

GODOY, A. S. Introdução a pesquisa qualitativa e suas possibilidades. RAE - Revista Brasileira de Empresas, v. 35, n. 2, p. 57-63, 1995.

GONÇALVES, C. A.; COELHO, M. F.; SOUZA, E. M. VRIO: vantagem competitiva sustentável pela organização. Revista de Ciências em Administração, v. 17, n. 3, p. 819-855, 2011.

GUIMARÃES, J.C. F. et al The use of organisational resources for product innovation and organisational performance: a survey of the Brazilian furniture industry. International Journal of Production Economics, v. 180, p. 135-147, 2016.

HEYINK, J. W. TYMSTRA, TJ. The function of qualitative research. Social Indicators Research, p. 291-305, 1993.

HUANG, K. F. et al From temporary competitive advantage to sustainable competitive advantage. British Journal of Management, v. 26, n. 4, p. 617–636, 2015.

HUANG, P. Y. et al The role of IT in achieving operational agility: a case study of Haier, China. International Journal of Information Management, v. 32, n. 3, p. 294–298, jun. 2012.

JARDIM, G. F.; SAES, M. S. M.; MESQUITA, L. F. Internal governance structures and capacity for innovation in small Brazilian coffee roasting and grinding firms. Revista de Administração, v. 48, n. 2, p. 239-253, 2013.

JICK, T. D. Mixing qualitative and quantitative methods: Triangulation in action. Administrative science quarterly, v. 24, n. 4, p. 602-611, 1979.

KOZLENKOVA, I. V.; SAMAHA, S. A.; PALMATIER, R. W. Resource-based theory in marketing. Journal of the Academy of Marketing Science, v. 42, n. 1, p. 1–21, 2014.

KUMAR, P.; DASS, M.; KUMAR, S. From competitive advantage to nodal advantage: ecosystem structure and the new five forces that affect prosperity. Business Horizons, v. 58, n. 4, p. 469-481, 2015.

KUMAR, V. et al. Investigating key antecedents of customer satisfaction in B2B information service firms. In: DIGITAL SERVICES AND INFORMATION INTELLIGENCE, 2014, Berlim. IFIP Advances in Information and Communication Technology. Disponível em <https://link.springer.com/chapter/10.1007/978-3-662-45526-5_30>. Acesso em 20 ago. 2016.

LAVILLE, C.; DIONNE, J. A construção do saber: manual de metodologia da pesquisa em ciências humanas. Porto Alegre: Artmed; Belo Horizonte: Ed. da UFMG, 1999.

LEITE FILHO, G. A.; CARVALHO, F. M.; ANTONIALLI, L. M. Heterogeneidade de desempenho das pequenas empresas brasileiras: uma abordagem da Visão Baseada em Recursos (VBR). Revista Eletrônica de Administração, v. 18, n. 3, p. 631-650, 2012.

LIN, C. et al. A fuzzy quantitative VRIO-based framework for evaluating organizational activities. Management Decision, v. 50, n. 8, p. 1396-1411, 2012.

MARCONI, M. A; P. LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração, análise e interpretação de dados. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

MARTÍNEZ, D. J.; CÉSPEDES, L. J.; CARMONA, M. E. High‐involvement work practices and environmental capabilities: how HIWPS create environmentally based sustainable competitive advantages. Human Resource Management, v. 51, n. 6, p. 827-850, 2012.

NETLAND, T.; ASPELUND, A. Company-specific production systems and competitive advantage: a resource-based view on the Volvo production system. Journal of Operations & Production Management, v. 33, n. 11, p. 1511–1531, 2013.

NEWBERT, S. L. Empirical research on the resource-based view of the firm: an assessment and suggestions for future research. Strategic Management Journal, v. 51, n. 2, p. 121–146, 2007.

NYAGA, G. N.; WHIPPLE, J. M. Relationship quality and performance outcomes: achieving a sustainable competitive advantage. Journal of Business Logistics, v. 32, n. 4, p. 345-360, 2011.

ORLIKOWSKI, W. J.; BARLEY, S. R. Technology and institutions: What can research on information technology and research on organizations learn from each other? MIS quarterly, v. 25, n. 2, p. 145-165, 2001.

PETERS, M. D. et al. Business intelligence systems use in performance measurement capabilities: implications for enhanced competitive advantage. International Journal of Accounting Information Systems, v. 21, p. 1-17, 2016.

PORTER, M. Competitive advantage. New York: Free Press, 1998.

RAVISHANKAR, M. N.; PAN, S. L. Examining the influence of modularity and knowledge management (KM) on dynamic capabilities: insights from a call center. International Journal of Information Management, v. 33, n. 1, p. 147-159, 2013.

SANCHES, P. L. B.; MACHADO, A. G. C. Estratégias de inovação e RBV: evidências em uma empresa de base tecnológica. RAI, v. 10, n. 4, p. 183-207, 2013.

SCHNEIDER, S.; TORKAR, R.; GORSCHEK, T. Solutions in global software engineering: a systematic literature review. International Journal of Information Management, v. 33, n. 1, p. 119–132, 2013.

SEBRAE. Investimento do programa TI Maior é de R$ 500 milhões até 2015. Brasília, SEBRAE, 2016. Disponível em: <http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/programa-incentiva-industria-de-software-e-servicos-em-ti,e5b926ad18353410VgnVCM1000003b74010aRCRD>. Acesso em 02 ago. 2016.

SILVA, C. V. Recursos e capacidades de inovação como fonte de vantagem competitiva no mercado brasileiro de alimentos industrializados. Revista Brasileira de Administração Científica, v. 5, n. 3, p. 154-169, 2014.

SINDINFO; SEBRAE-ES; IDEIES. Diagnóstico do Setor de Tecnologia da Informação do Espírito Santo Ano 2011. Vitória: Ideies – Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo, 2011.

SRIVASTAVA, M.; FRANKLIN, A.; MARTINETTE, L. Building a sustainable competitive advantage. Journal of Technology Management & Innovation, v. 8, n. 2, p. 47-60, 2013.

TEECE, D. J. Explicating dynamic capabilities: the nature and microfoundations of (sustainable) enterprise performance. Strategic Management Journal, v. 28, p. 1319–1350, 2007.

TRKMAN, P.; SOUZA, K. C. Knowledge risks in organizational networks: an exploratory framework. The Journal of Strategic Information Systems, v. 21, n. 1, p. 1-17, 2012.

TSENG, S. M.; LEE, P. S. The effect of knowledge management capability and dynamic capability on organizational performance. Journal of Enterprise Information Management, v. 27, n. 2, p. 158-179, 2014.

UNITED NATIONS. Information economy report 2012: the software industry and developing countries. Genebra, United Nations, 2012. Disponível em: < http://unctad.org/en/PublicationsLibrary/ier2012_en.pdf>. Acessado em 20 ago. 2016.

WANG, et al. Cloud computing research in the IS discipline: a citation/co-citation analysis. Decision Support Systems, v. 86, p. 35-47, 2016.

WORLD ECONOMIC FORUM. The global information technology report 2015: ICTs for inclusive Growth. Genebra, World Economic Forum, 2015. Disponível em: < http://www3.weforum.org/docs/WEF_Global_IT_Report_2015.pdf>. Acessado em 31 jul. 2016.

YIN, R.K. Case study research: design and methods. 2. ed. Thousand Oaks, CA: Sage Publications, 2001.

YU, W.; RAMANATHAN, R.; NATH, P. The impacts of marketing and operations capabilities on financial performance in the UK retail sector: a resource-based perspective. Industrial Marketing Management, v. 43, n. 1, p. 25-31, 2014.

ZHENG, C. The inner circle of technology innovation: a case study of two Chinese firms. Technological Forecasting and Social Change, v. 82, p. 140-148, 2014.

Downloads

Publicado

2017-10-01

Edição

Seção

Artigos