Matriz tecnológica do setor de máquinas e equipamentos no estado de Santa Catarina: uma análise a partir de elementos neoschumpeterianos

Autores

  • William José Borges Instituto Federal de Santa Catarina
  • Alexandre Zammar Instituto Federal de Santa Catarina
  • Daiane Aparecida de Melo Heinzen Instituto Federal de Santa Catarina
  • Maria Eduarda Formigari Instituto Federal de Santa Catarina
  • Gustavo Luiz Monteiro Instituto Federal de Santa Catarina
  • Guilherme Martins Mernick Universidade Tecnológica Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.22279/navus.2020.v10.p01-20.1205

Palavras-chave:

Inovação. Setor Industrial de Máquinas e Equipamentos. Desenvolvimento.

Resumo

Levando-se em consideração a dimensão que as máquinas e equipamentos alcançaram mundialmente e a importância deste setor para o estado de Santa Catarina, a presente pesquisa busca caracterizar a matriz tecnológica do setor industrial de máquinas e equipamentos, realizando um recorte temporal no ano de 2019. A amostra se deu por representatividade, dividindo o território catarinense em 6 mesorregiões (Metropolitana, Norte, Oeste, Planalto Serrano, Sul e Vale do Itajaí). Buscou-se descrever as perspectivas dos entrevistados no contexto da inovação e desenvolvimento tecnológico. A abordagem permitiu coletar múltiplas fontes de evidências e descrever o processo de desenvolvimento da inovação em Santa Catarina, formando assim um rico arcabouço de informações. A pesquisa contou com 7 microempresas, 8 empresas pequenas, 6 empresas médias e 6 empresas grandes, totalizando 27 entrevistas semiestruturadas com agentes-chave. Concluiu-se que na maioria dos casos, ocorre uma ação reativa quando da busca e seleção de inovação, observou-se ainda, que há relação entre a formação do colaborador e a função exercida dentro da organização. Quanto às rotinas, conclui-se que tanto as formais quanto as informais objetivam institucionalizar o conhecimento, perpetuar ações que geram benefícios à empresa, prospectar ações de busca e seleção e fortalecer a melhoria contínua. De forma complementar, a existência de 5 tipos de parcerias externas dentro do ecossistema analisado, sendo elas: clientes, fornecedores, entidades que promovem especialização da mão de obra e assessoria, universidades e entidades que fornecem crédito.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

William José Borges, Instituto Federal de Santa Catarina

Doutor pelo Programa de Pós Graduação em Administração da Universidade Federal de Santa Catarina (CPGA/UFSC). Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Administração (PPA/UEM) na Universidade Estadual de Maringá (UEM). Bacharel em Administração pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Desenvolve e coordena projeto de pesquisa financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Atualmente é professor e pesquisador do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (IFSC) e integrante do diretório dos grupos de pesquisa do Brasil.

Alexandre Zammar, Instituto Federal de Santa Catarina

Possui graduação em Administração pela UEPG (1997), especialista em Gestão Industrial pela UTFPR - PG (2010) e mestrado em Engenharia de Produção pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (2013). Atualmente é Professor do Instituto Federal de Santa Catarina - Campus Jaraguá do Sul. Tem experiência na área de Administração, atuando principalmente nos seguintes temas: gestão de projetos, logística, empreendedorismo, inovação e tecnologia, desenvolvimento tecnológico e incubadora de empresas de base tecnológica.

Daiane Aparecida de Melo Heinzen, Instituto Federal de Santa Catarina

Possui graduação em Administração pelo Centro Universitário de Jaraguá do Sul (2003), Mestrado em Administração pela Universidade do Vale do Itajaí (2006) e Doutorado em Administração e Turismo pela Universidade do Vale do Itajaí (2015). Atualmente é professora de nível Básico, Técnico e Tecnológico do Instituto Federal de Santa Catarina. Tem experiência na área de Administração.

Maria Eduarda Formigari, Instituto Federal de Santa Catarina

Graduanda de Engenharia Elétrica do Instituto Federal de Santa Catarina e membro do grupo em iniciação científica GEITEC.

Gustavo Luiz Monteiro, Instituto Federal de Santa Catarina

Graduando de Engenharia Elétrica do Instituto Federal de Santa Catarina e membro do grupo em iniciação científica GEITEC.

Guilherme Martins Mernick, Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Graduando de Engenharia Elétrica da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. 

Referências

AGHION, Philippe et al. The effects of entry on incumbent innovation and productivity. The Review of Economics and Statistics, v. 91, n. 1, p. 20-32, 2009.

ALMUDI, Isabel et al. Absorptive capacity of demand in sports innovation. Economics of Innovation and New Technology, v. 27, n. 4, p. 328-342, 2018.

BAUER, M. W.; GASKELL, G. Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. Petrópolis: Editora Vozes Limitada, 2017.

BEN YAHMED, Sarra; DOUGHERTY, Sean. Domestic regulation, import penetration and firm-level productivity growth. The Journal of International Trade & Economic Development, v. 26, n. 4, p. 385-409, 2017.

BEKHET, Hussain Ali; LATIF, Nurul Wahilah Abdul. The impact of technological innovation and governance institution quality on Malaysia's sustainable growth: Evidence from a dynamic relationship. Technology in Society, v. 54, p. 27-40, 2018.

BERGEK, Anna et al. Technological innovation systems in contexts: Conceptualizing contextual structures and interaction dynamics. Environmental Innovation and Societal Transitions, v. 16, p. 51-64, 2015.

BODROŽIĆ, Zlatko; ADLER, Paul S. The evolution of management models: A neo-Schumpeterian theory. Administrative Science Quarterly, v. 63, n. 1, p. 85-129, 2018

BORGES, William Jose; CARIO, Silvio Antônio Ferraz; SOUZA, Jose Paulo de. Análise da conformação da trajetória tecnológica de máquinas e equipamentos agrícolas, a partir da perspectiva teórica neo-schumpeteriana. Revista Economia Ensaios, Uberlandia, v. 33, n. 1, p. 158-187, 2018.

CARLSSON, Benny; STANKIEWICZ, Rikard. On the nature, function and composition of technological systems. Journal of evolutionary economics, v. 1, n. 2, p. 93-118, 1991.

DOSI, Giovanni. Technological paradigms and technological trajectories: a suggested interpretation of the determinants and directions of technical change. Research policy, v. 11, n. 3, p. 147-162, 1982.

DOSI, Giovanni. Sources, procedures, and microeconomic effects of innovation. Journal of economic literature, v. 26, n. 3, p. 1120-1171, Sept. 1988.

FREEMAN, Christopher; PEREZ, Carlota. Structural crises of adjustment: business cycles. Technical change and economic theory. Londres: Pinter, 1988.

GARCIA, Rosanna; CALANTONE, Roger. A critical look at technological innovation typology and innovativeness terminology: a literature review. Journal of Product Innovation Management: An International Publication of the Product Development & Management Association, v. 19, n. 2, p. 110-132, 2002.

GOMES, Romeu. Análise e interpretação de dados de pesquisa qualitativa. In: MINAYO, Maria Cecília de Souza (org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 2016. p. 79-108.

IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Pesquisa Industrial Anual. Rio de Janeiro: IBGE, 2015.

INCE, Huseyin; IMAMOGLU, Salih Zeki; TURKCAN, Hulya. The effect of technological innovation capabilities and absorptive capacity on firm innovativeness: a conceptual framework. Procedia-Social and Behavioral Sciences, v. 235, p. 764-770, 2016.

INPI - INSTITUTO NACIONAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL. Indicadores de Propriedade Industrial. Rio de Janeiro: INPI, 2018.

LOPES, Herton Castiglioni. O modelo estrutura-conduta-desempenho e a teoria evolucionária neoschumpeteriana: uma proposta de integração teórica. Revista de Economia Contemporânea, v. 20, n. 2, p. 336-358, 2016.

MALERBA, Franco. Learning by firms and incremental technical change. The economic journal, v. 102, n. 413, p. 845-859, 1992.

MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2004.

MARKARD, Jochen. The life cycle of technological innovation systems. Technological Forecasting and Social Change, v. 153, p. 119407, 2018.

MARKARD, Jochen; TRUFFER, Bernhard. Technological innovation systems and the multi-level perspective: Towards an integrated framework. Research policy, v. 37, n. 4, p. 596-615, 2008.

NELSON, R. R.; WINTER, S. G. Uma teoria evolucionária da mudança econômica. Campinas: Editora Unicamp, 2005.

NONAKA, I.; TAKEUCHI, H. A criação do conhecimento na empresa. São Paulo: Campus, 1997.

OECD. Technology intensity definition. [2011]. Disponível em: https://www.oecd.org/sti/ind/48350231.pdf. Acesso em: 20 jul. 2020.

PRETTO, Nelson. Educação e inovação tecnológica: um olhar sobre as políticas públicas brasileiras. Revista Pedagógica, v. 5, n. 11, p. 65-84, 2018.

ROBERT, Verónica; YOGUEL, Gabriel; LERENA, Octavio. The ontology of complexity and the neo-Schumpeterian evolutionary theory of economic change. Journal of Evolutionary Economics, v. 27, n. 4, p. 761-793, 2017.

TORRECILLAS, Celia; FISCHER, Bruno B.; SÁNCHEZ, Andrea. The dual role of R&D expenditures in European Union’s member states: Short-and long-term prospects. Innovation: The European Journal of Social Science Research, v. 30, n. 4, p. 433-454, 2017.

VALVERDE, Rosembergue. Descontinuidades produtivas e tecnológicas na estrutura industrial da economia brasileira. Estudos Econômicos, São Paulo, v. 47, n. 4, p. 713-740, 2017.

WANG, Rui et al. (2016). Analysis on the behavior characteristics of technological innovation based on cultural perspective. In: International Conference on Management Science and Engineering (ICMSE), Olten, Suiça, 2016. Proceedings […]. Olten, Suiça: IEEE, 2016. p. 576-581.

WEGRICH, Kai. The blind spots of collaborative innovation. Public Management Review, v. 21, n. 1, p. 12-20, 2019.

Yin, R. K. Pesquisa qualitativa do início ao fim. Porto Alegre: Penso Editora, 2016.

ZAWISLAK et al.. Influences of the internal capabilities of firms on their innovation performance: a case study investigation in Brazil. International Journal of Management, v. 30, n. 1, p. 329 - 348, 2013.

Downloads

Publicado

2020-08-03

Edição

Seção

Artigos