Estratégias para a retomada do desenvolvimento no ciclo de vida de uma empresa de tecnologia da informação
DOI:
https://doi.org/10.22279/navus.2020.v10.p01-15.1225Palavras-chave:
Modelo de negócio. Criação de valor. Desenvolvimento de negócios.Resumo
O texto relata a intervenção realizada em uma empresa de serviços em tecnologia da informação. O objetivo do trabalho foi reconfigurar o modelo de negócio para criar valor para os clientes e, também, para os sócios gestores do empreendimento. Procurou-se reverter a tendência de declínio no ciclo de vida da empresa. O trabalho, de caráter intervencionista, segue os procedimentos metodológicos para trabalhos práticos e aplicados propostos por Marcondes, Miguel, Franklin e Perez (2017), que tem por foco a proposição de soluções de problemas e identificação de oportunidades. Em comparação ao panorama inicial, que revelava ineficiência nos processos de comunicação, gerenciamento dos contratos, integração entre áreas, controle de desempenho e de satisfação dos clientes, foi transformado a partir do delineamento de um novo modelo de negócio, considerando as necessidades dos clientes e as condições para ampliar a oferta de valor. Dentre os resultados, destaca-se o despertar da consciência dos gestores para a demanda por recursos, atividades-chave e parcerias estratégicas, o que transformou a capacidade de atendimento ao mercado com autossuficiência econômica e financeira. Ao compartilhar a descrição das soluções encontradas para lidar com elementos como a complexidade relativa à incerteza que cerca o processo decisório, a necessidade de mudar o comportamento de pessoas, a resistência à mudança, os obstáculos de comunicação, espera-se contribuir para o desenvolvimento de outros negócios e também à sociedade em geral, pela consequente ampliação da oferta de empregos e satisfação de necessidades da comunidade.
Downloads
Referências
ABES. Associação Brasileira das Empresas de Software. (2017). Recuperado em 12 dez. 2017 de http://www.abessoftware.com.br/dados-do-setor/estudo-2016--dados-2015.
Aken, J. E. van, Berends, H. & Bij, H. van der (2012). Problem-solving in organizations. New York: Cambridge University Press.
Auzair, S.M.; Langfield-Smith, K. (2005). The effect of service process type, business strategy and life cycle stage on bureaucratic MCS in service organizations. Management Accounting Research, 16(4), p. 399-421.
Barreto, D. R., Peba, F. C., Calciolari, A. R. & Almeida, L. S. (2018). Identificação de Riscos Inerentes A Produção De Petróleo Em Águas Profundas Através Da Análise Swot. Revista de Trabalhos Acadêmicos Lusófona, 1(1).
Biancolino, C. A., Kniess, C. T., Maccari, E. A., & Rabechini Jr., R. (2012). Protocolo para elaboração de relatos de produção técnica. Revista de Gestão e Projetos, 3(2), p. 294-307.
Brozovic, D., Nordin, F. and Kindström, D. (2016). Service flexibility: conceptualizing value creation in service. Journal of Service Theory and Practice, 26(6), p. 868-888.
Correia, R. B., Gomes, S. M. S., Bruni, A. L., & Albuquerque, K. S. L. S. (2019). Um estudo empírico sobre ciclo de vida e estágios organizacionais. Revista de Administração e Contabilidade da FAT, 8(2).
Dávila, T. (2005). An exploratory study on the emergence of management control systems: formalizing human resources in small growing firms. Accounting, Organizations and Society, 30(3), p. 223-248.
Frezatti, F., Relvas, T. R. S., Nascimento, A. R., Junqueira, E. R., & Bido, D. S. (2010). Perfil de planejamento e ciclo de vida organizacional nas empresas brasileiras. Revista de Administração, 45(4), 383-399.
Granlund, M.; Taipaleenmäki, J. (2005). Management control and controllership in new economy: firms – a life cycle perspective. Management Accounting Research, 16(1), p. 21-57.
Gronhaug, K.; Olson, O. (1999). Action research and knowledge creation: merits and challenges. Qualitative Market Research: An International Journal, 2(1), p. 6–14.
Ishikawa, K. (1993). Controle de qualidade total à maneira japonesa. Rio de Janeiro: Campus.
Johnson, G., Scholes, K., & Whittington, R. (2007). Explorando a estratégia corporativa: textos e casos. Porto Alegre: Bookman.
Johnson, M. W., Kagermann, H., & Christensen, C. M. (2015). Reinvente seu modelo de negócios. Harvard Business Review. Recuperado em 01 abr. 2019 de http://hbrbr.uol.com.br/reinvente-seu-modelo-de-negocios/
Jönsson, S.; Lukka, K. (2007). There and back again: doing interventionist search in management accounting. In: Chapman, C. S.; Hopwood, A. G & Shields, M. D. (Eds.). Handbook of Management Accounting Research. 1(1), pp. 373-397.
Keller, A., & Ludwig, H. (2003). O framework WSLA: Especificando e monitorando acordos de nível de serviço para serviços da web. Revista de Rede e Gestão de Sistemas, 11(1), p. 57-81.
Kim, W. C., & Mauborgne, R. (2005). A estratégia do Oceano Azul: como criar novos mercados e tornar a concorrência irrelevante. Rio de Janeiro: Elsevier.
Lester, D.; Parnell, J.A.; Carraher, S. (2003). Organizational life cycle: a five-stage empirical scale. The International Journal of Organizational Analysis, Oct-Dec 2003, 11 (4), pp.339-354.
Marcondes, R. C., Miguel, L. A. P., Franklin, M. A., & Perez, G. (2017). Metodologia para elaboração de trabalhos práticos e aplicados: administração e contabilidade. São Paulo: Editora Mackenzie.
Mayer, K. (2009). Construct validity and other empirical issues in transaction cost economics research. In: Bergh, D. & Ketchen, D. (Ed.) Research Methodology in Strategy and Management (Research Methodology in Strategy and Management, Vol. 5). Bingley: Emerald Group Publishing Limited, p. 213-236.
Moreira, L. V. M., & Frezatti, F. (2019). O papel do sistema de controle Gerencial na transição entre estágios do ciclo de vida organizacional em uma empresa Familiar. Revista Universo Contábil, 15(1), 65-84.
Osterwalder, A., & Pigneur, Y. (2010). Business model generation: inovação em modelos de negócios. Rio de Janeiro: Alta Books.
Oyadomari, J. C. T.; Silva, P. L.; Mendonça Neto, O. R., & Rícino, E. L. (2014). Pesquisa intervencionista: um ensaio sobre as oportunidades e riscos para pesquisa brasileira em contabilidade gerencial. Advances in Scientific and Applied Accounting, 7(2), p. 244-265.
Porter, M. E., & Kramer, M. R. (2009). Estratégia e Sociedade: o vínculo entre vantagem competitiva e responsabilidade social nas empresas. In: Porter, M. E. Competição. Rio de Janeiro: Campus/Elsevier, pp. 437-510.
Rauen, F. J. (2015). Roteiros de iniciação científica: os primeiros passos da pesquisa científica desde a concepção até a produção e a apresentação. Palhoça: Editora Unisul.
Ribeiro, R. V. (2016). Estratégia empresarial e de recursos humanos. Curitiba: IESDE Brasil S. A.
Sarto, V. H. R., & Almeida, L. T. (2015). A teoria de custos de transação: uma análise a partir das críticas evolucionistas. Revista Iniciativa Econômica, 2(1). pp25.
Shervani, T.A.; Frazier, G & Challagalla, G. (2007). The moderating influence of firm market power on the transaction cost economics model: an empirical test in a forward channel integration context. Strategic Management Journal, 28(1), p. 635-52.
Simon, H. A. (1957). Models of man: social and rational; mathematical essays on rational human behavior in society setting. New York: John Wiley & Sons.
Stone, M., Aravopoulou, E., Evans, G., Aldhaen, E. and Parnell, B. (2019). From information mismanagement to misinformation – the dark side of information management, The Bottom Line, 32(1), p. 47-70.
Suárez-Barraza, M. and Rodríguez-González, F. (2019). Cornerstone root causes through the analysis of the Ishikawa diagram, is it possible to find them? A first research approach. International Journal of Quality and Service Sciences, 11(2), p. 302-316.
Suomala, P.; Lylyvrjänäinen, J. (2010). Interventionist management accounting research: lessons learned. Research Executive Summaries, 6(1), p. 1-9.
Vandenbosch, B. (2003). Designing solutions for your business problems: a structured process for managers and consultants. San Francisco: Jossey-Bass.
Westin, O.; Roberts, H. I. (2010). Interventionist research – the puberty years: an introduction to the special issue. Qualitative Research in Accounting & Management, 7(1), p. 5-12.
Williamson, O. (1991). Comparative economic organization: The analysis of discrete structural alternatives. Administrative Science Quarterly, Ann Harbor, 36(1), p. 269-296.
Publicado
Edição
Seção
Licença
O conteúdo da revista é de acesso público e gratuito, podendo ser compartilhado de acordo com os termos da Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Vedada a criação de obras derivadas 4.0 Brasil. Você tem a liberdade de compartilhar — copiar, distribuir e transmitir a obra, sob as seguintes condições:
a) Atribuição — a atribuição deve ser feita quando alguém compartilhar um de seus artigos e deve sempre citar o nome da revista e o endereço do conteúdo compartilhado.
b) Uso não-comercial — você não pode usar esta obra para fins comerciais.
c) Vedada à criação de obras derivadas — você não pode alterar, transformar ou criar em cima desta obra.
Ficando claro que:
Renúncia — qualquer das condições acima pode ser renunciada se você obtiver permissão do titular dos direitos autorais. Domínio Público — onde a obra ou qualquer de seus elementos estiver em domínio público sob o direito aplicável, esta condição não é, de maneira alguma, afetada pela licença.
Outros Direitos — os seguintes direitos não são, de maneira alguma, afetados pela licença:
- Limitações e exceções aos direitos autorais ou quaisquer usos livres aplicáveis;
- os direitos morais do autor;
- direitos que outras pessoas podem ter sobre a obra ou sobre a utilização da obra, tais como direitos de imagem ou privacidade.
Aviso — para qualquer reutilização ou distribuição, você deve deixar claro a terceiros os termos da licença a que se encontra submetida esta obra.
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
Os trabalhos publicados passam a ser propriedade da revista Navus: Revista de Gestão e Tecnologia que deve ser consignada a fonte de publicação original. Os originais não serão devolvidos aos autores.
As opiniões emitidas pelos autores nos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.
Esta obra está licenciada sob uma Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Vedada a criação de obras derivadas 4.0 Brasil.