Análise das melhores práticas das instituições de ciência e tecnologia nos sistemas nacionais de inovação da Espanha, Brasil, México, Coreia do Sul e Alemanha
DOI:
https://doi.org/10.22279/navus.2017.v7n2.p07-25.390Palavras-chave:
Melhores práticas. Instituto de Ciência e Tecnologia. Sistema Nacional de Inovação.Resumo
O desempenho econômico das regiões está cada vez mais associado à conformação dos sistemas de inovação e à intensidade e à eficácia das interações entre as diferentes Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs), na geração e difusão de novos conhecimentos e tecnologias. O objetivo geral do estudo é analisar as melhores práticas das ICTs nos sistemas de inovação (Espanha, México, Coreia do Sul e Alemanha). De forma específica: a) pretende-se realizar uma comparação com o Brasil, buscando premissas relacionadas aos subsistemas produtivo e inovativo, governamental, cultural, industrial e de ciência e tecnologia (C&T) e b) apresentar implicações no avanço de estudos em Sistema Nacional de Inovação (SNI) e políticas de desenvolvimento regional. Em termos de procedimentos metodológicos, foi realizada uma pesquisa descritiva do ponto de vista de seus objetivos. Sob o ponto de vista da abordagem do problema, foi realizada uma pesquisa de natureza qualitativa. Além disso, a pesquisa em relação aos procedimentos técnicos se caracteriza como pesquisa bibliográfica, como pesquisa participante e pesquisa documental, utilizando como técnicas de pesquisa a realização de benchmarking por meio da observação de atores de ICTs do Brasil em missões internacionais na Espanha, México, Alemanha e Coreia do Sul. Como resultados, descrevem-se os mecanismos de fomento à inovação como melhores práticas nesses países e o melhor entendimento das especificidades de cada sistema. Em suma, é possível afirmar que as análises das melhores práticas dos sistemas de inovação e suas ICTs na Espanha, México, Alemanha e Coreia do Sul podem inspirar ações em prol da inovação nas regiões alvo do Programa Sistema Regional de Inovação (SRI) no Brasil. Assim, as contribuições práticas e científicas apontam implicações das ICTs no processo de fortalecimento dos sistemas regionais de inovação. Ademais, os contatos estabelecidos durante as missões, assim como todo o material de apoio produzido, permitirão aos Estados a continuidade em suas avaliações sobre a replicabilidade dos instrumentos de inovação à luz de suas especificidades locais.
Downloads
Referências
ASHEIM, B.T.; GERTLER, M.S. The geography of innovation: regional innovation systems. In: FAGERBERG, J.; MOWERY, D.,
Nelson, R. (Eds.). The Oxford Handbook of Innovation. Oxford: Oxford, University Press, 2005. p. 291–317.
BEL, M; PAVITT, K. The development of technological capabilities. In: UL HAQUE, I. Trade, technology and
international competitiveness. Washington, DC: The World Bank, 1995. p. 69-101.
BOGAN, C. E., ENGLISH, M. J. Benchmarking for best practices: Winning through innovative adaptation. New York:
McGraw-Hill, 1994.
BRYMAN, A. Social research methods. Oxford: Oxford University Press, 2011.
BRESCHI, S; MALERBA, F. Sectoral Innovation Systems. In: EDQUIST, C. Systems of Innovation: technologies,
institutions and organization. Londres: Pinter, 1997. p. 130-56.
CALOGHIROU, Y. et al. Public policy for knowledge intensive entrepreneurship: Implications from the perspective of
innovation systemsn. In: MALERBO, Franco et al (Ed.). Dynamics of Knowledge Intensive Entrepreneurship: Business
Strategy and Public Policy. New York: Routledge, 2015. p. 427-439.
CIMOLI, M. National System of Innovation: A note on technological asymmetries and catching-up perspectives. Rev.
Econ. Contemp., Rio de Janeiro, v. 18, n. 1, p. 5-30, jan./abr. 2014.
COOKE, P. Regional innovation systems, clusters, and the knowledge economy. Industrial and Corporate Change, v.
, n. 4, p. 945-974, 2001.
COOPER, R. G.; KLEINSCHMIDT, E, J. Benchmarking the firm’s critical sucess factors in new product development.
Journal of Product Innovation Management, v. 12, p. 374-391, 1995.
DAHLMAN, C. J. A economia do conhecimento: implicações para o Brasil. In: VELLOSO, J. R. (Org.). O Brasil e a
Economia do Conhecimento. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 2002. p. 45-77.
DOSI, G.; SOETE, L. Technology gaps and cost-based adjustment: some explorations on the determinants of
international competitiveness. Metroeconomica, v. 35, n. 3, p. 197-222, out. 1983.
DQUIST, C. Systems of Innovation: Perspectives and Challenges. In: FAGERBERG, J.; MOWERY, D.; NELSON, R. (Ed.). The
Oxford Handbook of Innovation. Oxford: Oxford, University Press, 2005. p. 181-208.
EDQUIST, Charles. System of Innovation: Technologies, Intitutions and Organizations. London: Pinter, 2004.
FREEMAN, C. Technology policy and economic performance: lessons from Japan. London: Pinter Publishers, 1987.
GONÇALVES, H. A. Manual de metodologia da pesquisa científica. São Paulo: Avercamp, 2005.
GRIFFIN, A. PDMA Research on new product development practices: updating trends and benchmarking best practices.
Journal of Product Innovation Management, v. 14, p. 429-459, 1997.
LIU, X.; WHITE, S. The Relative Contributions of Foreign Technology and Domestic. Inputs to Innovation in Chinese
Manufacturing Industries. Technovation, n. 17, p. 119-125, 1997.
LUNDVALL, B. A. National Systems of Innovation: Towards a Theory of Innovation and Interactive Learning. London:
Pinter Publishers, 1992.
MAZZUCATO, M. O Estado Empreendedor: Desmascarando o mito do setor público vs. setor privado. São Paulo: Cia.
Das Letras, 2014.
MACHADO-DA-SILVA, C. L.; FONSECA, V. S.; FERNANDES, B. Mudança e Estratégia nas Organizações: Perspectivas
Cognitiva e Institucional. In: ASSOCIAÇÃO DE PÓS- GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO, 1988.Rio de Janeiro. Anais...Rio
de Janeiro: UFRJ, 1988, p.16-29.
MCKELVEY, M; ZARING, O.; SZUCS, S. Governance of Regional Innovation Systems: An Evolutionary Conceptual Model
of How Firms Engage. DRUID15, Rome, June 15-17, 2015.
MELO, T. M.; FUCIDJI, J.R; POSSAS, M. L. Política industrial como política de inovação: notas sobre hiato tecnológico,
políticas, recursos e atividades inovativas no Brasil. Rev. Bras. Inov, Campinas, SP, v. 14, n. esp., p. 11-36, jul. 2015.
NELSON, R. An evolutionary theory of economic change. Cambridge: The Belknap Press of Harvard University Press,
______. National Innovation Systems: a Comparative Analysis. Nova York: Oxford University, 1993.
OCDE. Benchmarking Industry-Science Relationships. Paris: OECD Publications, 2002.
OCDE. Industry-Science Relations: Interim Report. OECD Working Group on Innovation and Technology Policy. Paris:
DSTI/STP/TIP, 2000.
OCDE. Benchmarking Indicators. OECD Working Group on Innovation and Technology Policy. Room Document 2.
Paris: DSTI/STP/TIP, 1999.
PAVITT, K. The continuing, widespread (and neglected) importance of improvements in mechanical technologies.
Research policy, n. 23, p. 533-545, 1994.
PAVITT, K. Sectoral patterns of technical change: Towards a taxonomy and a theory. Science Policy Research Unit, v.13,
n. 6, p. 343-373, 1994.
PETTIGREW, A.; WHIPP, R. Understanding the Environment. In: MAYBE, C.; MAYON-WHITE, B. (Eds.). Managing Change.
ed. London: Paul Chapman, 1993. p. 5-19.
REINER, C.; STARITZ, C. Private sector development and industrial policy: why, how and for whom?. In: Österreichischen
Forschungsstiftung Für Internationale Entwicklung – ÖFSE (Org.). Private sector development: einneuer business plan
für entwicklung? Viena: ÖFSE, 2013, p. 53-61.
REINERT, E. S. How rich countries got rich… and why poor countries stay poor. London: Constable, 2007.
TODLING, F.; LEHNER, P.; KAUFMANN, A. Do different types of innovation rely on specific kinds of knowledge
interactions? Technovation, n. 29, p. 59-71, 2009.
TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à Pesquisa em Ciências Sociais. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
SEIDEL, U. et al. A New Approach for Analysing National Innovation Systems in Emerging and Developing Countries.
Industry & Higher Education, v. 27, n. 4, p. 279-285, Aug. 2013.
ZOUAIN, D. et al. Urban Technology Parks Model as instrument of Public Policies for regional/local development:
Technology Park of São Paulo. In: ASP – WORLD CONFERENCE ON SCIENCE AND TECHNOLOGY PARKS, 22., 2006.
Proceedings... Helsinki: IASP ENVIROPARKS, 2006.
Publicado
Edição
Seção
Licença
O conteúdo da revista é de acesso público e gratuito, podendo ser compartilhado de acordo com os termos da Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Vedada a criação de obras derivadas 4.0 Brasil. Você tem a liberdade de compartilhar — copiar, distribuir e transmitir a obra, sob as seguintes condições:
a) Atribuição — a atribuição deve ser feita quando alguém compartilhar um de seus artigos e deve sempre citar o nome da revista e o endereço do conteúdo compartilhado.
b) Uso não-comercial — você não pode usar esta obra para fins comerciais.
c) Vedada à criação de obras derivadas — você não pode alterar, transformar ou criar em cima desta obra.
Ficando claro que:
Renúncia — qualquer das condições acima pode ser renunciada se você obtiver permissão do titular dos direitos autorais. Domínio Público — onde a obra ou qualquer de seus elementos estiver em domínio público sob o direito aplicável, esta condição não é, de maneira alguma, afetada pela licença.
Outros Direitos — os seguintes direitos não são, de maneira alguma, afetados pela licença:
- Limitações e exceções aos direitos autorais ou quaisquer usos livres aplicáveis;
- os direitos morais do autor;
- direitos que outras pessoas podem ter sobre a obra ou sobre a utilização da obra, tais como direitos de imagem ou privacidade.
Aviso — para qualquer reutilização ou distribuição, você deve deixar claro a terceiros os termos da licença a que se encontra submetida esta obra.
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
Os trabalhos publicados passam a ser propriedade da revista Navus: Revista de Gestão e Tecnologia que deve ser consignada a fonte de publicação original. Os originais não serão devolvidos aos autores.
As opiniões emitidas pelos autores nos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.
Esta obra está licenciada sob uma Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Vedada a criação de obras derivadas 4.0 Brasil.