O capital nostálgico em webseries: o caso Stranger Things

Autores

  • Caroline Von Mühlen Universidade Feevale
  • Mauricio Barth Universidade Feevale
  • Gustavo Roese Sanfelice Universidade Feevale

DOI:

https://doi.org/10.22279/navus.2019.v9n4.p245-263.937

Palavras-chave:

Nostalgia. Séries. Imagem.

Resumo

O apelo à nostalgia é um recurso mercadológico rentável na atualidade; evidência disso é a série Stranger Things, criada por Matt e Ross Duffer e lançada em 2016. Sendo assim, o presente estudo tem como objetivo geral analisar, dos pontos de vista denotado e conotado, o capital nostálgico presente na série em questão. Para isso, foram capturados, do episódio piloto, keyframes, conforme critério de contribuição dos mesmos para com a pesquisa, ou seja, a viabilidade de uma análise de cunho imagético. Tal análise baseou-se na Retórica da Imagem de Roland Barthes (1964), através da qual foi possível explorar as alusões à nostalgia presentes na narrativa. Ao final do presente estudo, as análises detalhadas dos keyframes permitiram o conhecimento dos fatores que conferem o capital nostálgico à série, assim como os mecanismos através dos quais o espectador os assimila.

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Biografia do Autor

Caroline Von Mühlen, Universidade Feevale

Bacharel em Publicidade e Propaganda.

Mauricio Barth, Universidade Feevale

Doutorando em Diversidade Cultural e Inclusão Social. Professor na Universidade Feevale.

Gustavo Roese Sanfelice, Universidade Feevale

Doutor em Comunicação. Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Diversidade Cultural e Inclusão Social da Universidade Feevale.

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Publicado

2019-10-01

Edição

Seção

Artigos