Análise da percepção de justiça no trabalho: o caso de uma instituição pública

Autores

  • Adilson Carlos da Rocha Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Campus de Francisco Beltrão - Centro de Ciências Sociais Aplicadas. Universidade Positivo - PMDA - Doutorado em Administração
  • Gilberto Francisco Ceretta Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Campus de Francisco Beltrão - Centro de Ciências Sociais Aplicadas. Universidade Positivo - PMDA - Doutorado em Administração
  • Vanessa Paludo Andretto Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Campus de Francisco Beltrão - Centro de Ciências Sociais Aplicadas.

DOI:

https://doi.org/10.22279/navus.2016.v6n3.p97-110.385

Palavras-chave:

Comportamento Organizacional. Justiça no ambiente de trabalho. Instituição Pública.

Resumo

O presente estudo é resultado de uma pesquisa sobre a percepção de justiça dos servidores de uma instituição pública esfera judiciária estadual localizada no Estado do Paraná. A pesquisa caracterizou-se como pesquisa descritiva, onde os dados foram coletados por meio de um survey. A avaliação permitiu identificar por meio da percepção dos servidores, alguns aspectos de grau forte, indiferentes e frágil, podendo assim diagnosticar possíveis motivos que contribuem ou não para a percepção dos servidores quanto à justiça no ambiente de trabalho. Para a aplicação e apuração dos resultados foram adotados os critérios apresentados por Gomide Jr. e Siqueira (2008). A coleta de dados ocorreu em um corte transversal no mês de julho de 2014 no próprio ambiente da instituição em estudo. Participaram da pesquisa 102 dos 140 servidores da instituição. Diante dos resultados obtidos identificou-se que as percepções sobre justiça distributiva apresentaram-se divididas em aproximados percentuais, sendo estes, entre os graus extremos avaliados (frágil e forte), onde 48 (47%) dos pesquisados avaliaram a distribuição de compensação e recompensas de forma positiva como um fator forte dentro da instituição e outros 41 (41%) consideraram um fator de fragilidade, ou seja, como um ponto negativo. Considerando a percepção de justiça procedimental apresentada por todos os servidores pesquisados, os resultados encontrados apontam uma percepção de grau frágil, pois 45 (44%) dos servidores indicaram estar insatisfeitos com os procedimentos utilizados pela instituição. Cabe ressaltar que os resultados da pesquisa sugerem um grau significante de insatisfação dos servidores com a percepção de justiça em sua instituição de trabalho.

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Biografia do Autor

Adilson Carlos da Rocha, Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Campus de Francisco Beltrão - Centro de Ciências Sociais Aplicadas. Universidade Positivo - PMDA - Doutorado em Administração

Doutorando em Administração pelo Programa de Pós-Graduação em Administração (PMDA) na Universidade Positivo. Mestre em Administração pela Universidade Federal de Santa Maria - RS (2012-2013). Pós-Graduação (Lato Sensu) em Controladoria e Gestão Financeira pela UNIPAR - Universidade Paranaense (2007-2008). Bacharel em Administração pela UTFPR - Universidade Tecnológica Federal do Paraná (2002-2006). Atua como Professor Assistente do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da UNIOESTE - Campus de Francisco Beltrão - Curso de Administração (2010-2012) e (2013 - atual) Atualmente é membro (pesquisador) do Grupo Multidisciplinar de Estudos Organizacionais (GMEO), e do Grupo de Pesquisa em Gestão, Estratégia, Inovação e Contabilidade (GEIC) na Universidade Estadual do Oeste do Paraná.

Gilberto Francisco Ceretta, Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Campus de Francisco Beltrão - Centro de Ciências Sociais Aplicadas. Universidade Positivo - PMDA - Doutorado em Administração

Possui graduação em Administração de Empresas pela Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG (1997), Especialização Lato Sensu em Finanças Corporativas (1998-1999) pela Universidade Federal do Paraná - UFPR, Mestrado em Administração pela Universidade Federal do Paraná - UFPR (2007-2009) e Doutorando no Programa de Mestrado e Doutorado em Administração - PMDA da Universidade Positivo - UP. Atuou como professor colaborador no Curso de Administração na Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG. Atualmente é professor assistente da Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Unioeste, Campus de Francisco Beltrão, no Curso de Administração.

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Publicado

2016-07-12

Edição

Seção

Artigos