Impacto da Adoção das Normas Internacionais de Contabilidade na Análise do Capital de Giro

Autores

  • Diego Rafael Stüpp Mestre em Ciências Contábeis. Professor da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) – Brasil.
  • Leonardo Flach Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) http://orcid.org/0000-0002-4316-0704
  • Fernando Fernandes Bacharel em Contabilidade. Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) – Brasil.
  • Luísa Karam de Mattos Doutoranda em Administração. Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) – Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.22279/navus.2020.v10.p01-17.1106

Palavras-chave:

Normas internacionais contabilidade. Capital de giro. Modelo Fleuriet. B3.

Resumo

A adoção das normas internacionais de contabilidade trouxe alterações significativas nas práticas contábeis brasileiras. Considerando essas mudanças, se admite a possibilidade de elas impactarem nos índices de análise de balanços que são realizados com base nas demonstrações financeiras publicadas, e nos indicadores de capital de giro. Por isso, o objetivo desse estudo é verificar o impacto da adoção das normas internacionais de contabilidade nos indicadores de análise dinâmica do capital de giro segundo o Modelo Fleuriet nas empresas listadas na B3. Para isso, se realizou uma pesquisa com abordagem quantitativa, com objetivos descritivos e quanto aos procedimentos essa pesquisa é caracterizada como documental. A amostra é composta de 131 empresas pertencentes aos setores de atuação de Bens Industriais, Consumo Cíclico, Consumo não Cíclico, Materiais Básicos, Petróleo, Gás e Biocombustíveis, Saúde, Tecnologia da Informação e Telecomunicações. Para alcançar os objetivos foram utilizadas as seguintes técnicas estatísticas: teste de normalidade de Kolmogorov-Smirnov e Shapiro-Wilk e os testes para verificar a significância de duas médias de T-student e Wilcoxon. Os principais resultados dessa pesquisa foram de que a adoção das normas internacionais impactou nos indicadores de capital de giro pelo Modelo Fleuriet. Nota-se que, a partir de 2007, existe um saldo médio das empresas da amostra de Saldo em Tesouraria e Capital Circulante Líquido crescentes, que pode ser resultado da adoção das normas internacionais de contabilidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Diego Rafael Stüpp, Mestre em Ciências Contábeis. Professor da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) – Brasil.

Mestre em Ciências Contábeis. Professor da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) – Brasil.

Leonardo Flach, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Professor Associado da Universidade Federal de Santa Catarina. Doutor em Contabilidade e Finanças pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT/EUA. Professor do Programa de Pós-Graduação em Contabilidade na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Fernando Fernandes, Bacharel em Contabilidade. Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) – Brasil.

Bacharel em Contabilidade. Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) – Brasil. 

Luísa Karam de Mattos, Doutoranda em Administração. Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) – Brasil.

Doutoranda em Administração. Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) – Brasil.

Referências

AMBROZINI, M. A, MATIAS, B. M.; PIMENTA JUNIOR, T. Análise dinâmica de capital de giro segundo o modelo Fleuriet: uma classificação das empresas brasileiras de capital aberto no período de 1996 a 2013. Revista de Contabilidade Vista & Revista, v. 25, n. 2, p. 15-37, 2014.

ASSAF NETO, A. Estrutura e análise de balanços: um enfoque econômico-financeiro. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2015.

ASSAF NETO, A.; SILVA, C. A. T. Administração do capital de giro. São Paulo: Atlas, 2009.

BEIRUTH, A. X.; FÁVERO, L. P. L. Um ensaio sobre a adoção das international financial reporting standards em convenants contratuais. Revistas de Finanças Aplicadas, v. 7, n. 1, p. 1-22, 2016.

BRAGA, R. Fundamentos e técnicas de administração financeira. São Paulo: Atlas, 2010.

BRAGA, J. P. et al. Análise do impacto das mudanças nas normas contábeis brasileiras: um estudo comparativo dos indicadores econômico-financeiros de companhias brasileiras para o ano de 2007. Revista Contemporânea de Contabilidade, v. 8, n. 15, p. 105-128, 2011.

BRIGHAM, E. F.; EHRHARDT, M. C. Administração financeira. São Paulo: Cengage Learning, 2010.

CALIXTO, L. Análise das Pesquisas com Foco nos Impactos da Adoção do IFRS em Países Europeus. Revista de Contabilidade Vista & Revista, v. 2, n. 1, p. 157-187, 2010.

CARDOZO, R. L.; SOUZA, F. S. R. N.; DANTAS, M. M. Impactos da Adoção do IFRS na Acumulação Discricionária e na Pesquisa de Gerenciamento de Resultados no Brasil. Revista Universo Contábil, v. 11, n. 2, p. 65-84, 2015.

CARMO; C. H. S., RIBEIRO, A. M.; CARVALHO, L. N. G. Convergência de fato ou de direito? A influência do sistema jurídico na aceitação das normas internacionais para pequenas e médias empresas. Revista de Contabilidade & Finanças, v. 22, n. 57, p. 242-262, 2011.

CARVALHO, F. A. et al. Impactos de alterações nas práticas contábeis nos indicadores financeiros das empresas brasileiras. In: CONGRESSO USP DE CONTROLADORIA E CONTABILIDADE, 11., 2011. São Paulo. Anais [...]. São Paulo: FIPECAFI, 2011.

CHIACHIO, Viviane Ferreira de Oliveira; MARTINEZ, Antonio Lopo. Efeitos do Modelo de Fleuriet e Índices de Liquidez na Agressividade Tributária. Revista de Administração Contemporânea, v. 23, n. 2, p. 160-181, 2019.

COLAUTO, R. D.; BEUREN, I. M. Coleta, Análise e Interpretação dos Dados. In: BEUREN, I. M. (org.). Como elaborar trabalhos monográficos em contabilidade. 3ª. ed. São Paulo: Atlas, 2014.

COSTA, J. A.; THEÓPHILO, C. R.; YAMAMOTO, M. M. A. Aderência dos pronunciamentos contábeis do CPC às normas internacionais de contabilidade. Contabilidade, Gestão e Governança, v. 15, n. 2, p. 110-126, 2012.

CRUZ, P. G.; BRESSAN, V. G. F. Análise financeira de empresas: uma aplicação do Modelo de Fleuriet e análise da demonstração dos fluxos de caixa em empresas de Tecnologia da Informação. In: CONGRESSO USP DE CONTROLADORIA E CONTABILIDADE, 11., São Paulo. Anais [...]. São Paulo: FIPECAFI, 2011.

CUNHA, P. R., SANTOS, V., HEIN, N.; LYRA, R. L. W. C. Reflexos da Lei n. º 11.638/07 nos indicadores contábeis das empresas têxteis listadas na B3. Revista de Educação e Pesquisa em Contabilidade (REPeC), v. 7, n. 2, 2013.

ERNST & YOUNG. Manual de normas internacionais de contabilidade: IFRS versus normas brasileiras. São Paulo: Atlas, 2009.

FARIAS, J. B. et al. Impactos da adoção das IFRS nas demonstrações consolidadas dos bancos listados na B3. Revista Universo Contábil, v. 10, n. 2, p. 63-83, 2014.

FÁVERO, L. P. et al. Análise de dados: Modelagem multivariada para tomada de decisões. Rio de Janeiro: Campus, 2009.

FLEURIET, M., ZEIDAN, R. O Modelo Dinâmico de Gestão Financeira. Rio de Janeiro: Alta Books, 2015.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002.

GONÇALVES, J. C.; BATISTA, B. L. L., MACEDO, M. A.; MARQUES, J. A. V. Análise do impacto do processo de convergência às normas internacionais de contabilidade no Brasil: um estudo com base na relevância da informação contábil. Revista Universo Contábil, v. 10, n. 3, p. 25-43, 2014.

HAIR, J. F. et al. Análise multivariada de dados. Porto Alegre: Bookman, 2009.

IUDÍCIBUS, S. Análise de balanços. São Paulo: Atlas, 2010.

KLANN, R. C., BEUREN, I. M. Impacto da convergência contábil internacional na suavização de resultados em empresas brasileiras. BBR. Brazilian Business Review, v. 12, n. 2, p. 1-25, 2015.

LAGE, A. C., LONGO, C. G., WEFFORT, E. F. J. Estrutura Conceitual para Elaboração e Apresentação das Demonstrações Financeiras. In: FARAH, P. L. S. (org.). Manual de Normas Internacionais de Contabilidade IFRS versus Normas Brasileiras. São Paulo: Atlas, 2010. p. 1-14.

LEMES, S.; CARVALHO, L. N. Contabilidade Internacional para Graduação. São Paulo: Atlas, 2010.

LINDNER, G.; CUNHA, P. R.; FAVERI, D. B. Reflexo da Adoção da Lei 11.638/07 e da Medida Provisória 449/08 nos Indicadores Econômicos Financeiros das Empresas Listadas no Segmento de Fios e Tecidos na B3. Revista de Administração, Contabilidade e Economia da Fundace, v. 4, n. 2, p 1-17, 2013.

LORENCINI, F. D.; COSTA, F. M. Escolhas contábeis no Brasil: identificação das características das companhias que optaram pela manutenção versus baixa dos saldos do ativo diferido. Revista de Contabilidade & Finanças, v. 23, n. 58, p 52–64, 2012.

MARTINS, G. A.; THEÓPHILO, C. R. Metodologia da investigação científica para ciências sociais aplicadas. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

MARTINS, O. S.; PAULO, E. Reflexo da adoção das IFRS na análise de desempenho das companhias de capital aberto no Brasil. Revista de Contabilidade e Organizações, v. 4, n.9, p. 30-54, 2010.

MATARAZZO, D. C. Análise financeira de balanços. São Paulo: Atlas, 2010.

MCMANUS, K. J. IFRS implementação das normas internacionais de contabilidade e da lei n 11.638 no brasil aspectos práticos e contábeis relevantes. São Paulo: Quartier Latin do Brasil, 2009.

NASCIMENTO, C. et al. Tipologia de Fleuriet e a Crise Financeira de 2008. Revista Universo Contábil, v. 8, n. 4, p. 40-59, 2012.

OLIVEIRA, V. A.; LEMES, S. Nível de Convergência dos princípios contábeis brasileiros e norte-americanos às normas do IASB: Uma Contribuição para a Adoção das IFRS por Empresas Brasileiras. Revista de Contabilidade & Finanças, v. 22, n. 56, p. 155-173, 2011.

OLIVEIRA, M. D. S. S. et al. Convergência da Contabilidade Brasileira aos Padrões Internacionais: Um estudo comparativo entre Contabilistas e Docentes. In: CONGRESSO USP DE CONTROLADORIA E CONTABILIDADE, 9., São Paulo. Anais [...]. São Paulo: FIPECAFI, 2012.

RENGEL, S., SANTOS, V.; LYRA, R. L. W. C. Desempenho do capital de giro das empresas Sadia e Perdigão: aplicação do Modelo Fleuriet. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CUSTOS, 16, Fortaleza. Anais [...]. Fortaleza: CBC, 2009.

RIVA, E. D., SALOTTI, B. M. Adoção do Padrão Contábil Internacional nas Pequenas e Médias Empresas e seus Efeitos na Concessão de Crédito. Revista Contabilidade & Finanças, v. 26, n. 69, p. 304-316, 2015.

SANTOS, V.; RENGEL, S.; HEIN, N. Correlações canônicas entre os indicadores tradicionais e o modelo Fleuriet na avaliação do capital de giro de empresas têxteis. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CUSTOS, 16., Fortaleza. Anais [...]. Fortaleza: CBC, 2009.

SANTOS, E. S., CALIXTO, L. Impactos do Início da Harmonização Contábil Internacional (Lei 11.638/07) nos Resultados das Empresas Abertas. RAE - Revista de Administração de Empresas, v. 9, n. 1, p. 1-26, 2010.

SANTOS, A. C., STAROSKY FILHO, L., KLANN, R. C. Efeito do Processo de Convergência às Normas Internacionais de Contabilidade no value relevance das Demonstrações Contábeis de Organizações Brasileiras. Revista Contemporânea de Contabilidade, v. 11, n. 22, p. 95-118, 2014.

SARQUIS, R. W., LUCCAS, R. G., LOURENÇO, I. Classificação dos Sistemas Contábeis na era IFRS: uma análise dos países da América Latina. In: CONGRESSO USP DE CONTROLADORIA E CONTABILIDADE, 9., São Paulo. Anais [...]. São Paulo: FIPECAFI, 2014.

SILVA, J. P. Análise financeira das empresas. São Paulo: Atlas, 2013.

SILVA, T. D.; MIRANDA, G. J. Os Indicadores relativos a Gestão de Capital de Giro Antes e Depois da adoção dos Padrões Internacionais de Contabilidade. Revista de Educação e Pesquisa em Contabilidade, v. 10, n. 3, p. 258-271, 2016.

SILVEIRA, E.; ZANOLLA, E.; MACHADO, L. Uma classificação alternativa à atividade econômica das empresas brasileiras baseada na tipologia Fleuriet. Revista Portuguesa e Brasileira de Gestão, v. 14, n. 1, p. 14-25, 2015.

TELLES, S. V.; SALOTTI, B. M. Divulgação da Informação Contábil Sobre Depreciação: O Antes e o Depois da Adoção das IFRS. Revista Universo Contábil, v. 11, n. 2, p. 153-173, 2015.

WESTON, J. F; BRIGHAM, E. F. Fundamentos da Administração Financeira. São Paulo: Pearson Makron Books, 2000.

Downloads

Publicado

2020-02-12

Edição

Seção

Artigos