Análise da composição dos intangíveis nas empresas de TI e telecomunicações da B3

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22279/navus.2020.v10.p01-13.1084

Palavras-chave:

Composição. Intangibilidade. Companhias de tecnologia da informação e telecomunicações.

Resumo

O objetivo do estudo consistiu em analisar a composição dos ativos intangíveis das empresas dos setores de tecnologia da informação e de telecomunicações listadas na B3. Realizou-se pesquisa descritiva, conduzida por meio de análise documental e abordagem quantitativa dos dados, que se referem ao período de 2012 a 2018, de uma amostra composta por 15 companhias. Os resultados demonstraram que os níveis de ativos intangíveis registrados pelas companhias apresentaram diferenças significativas durante os anos analisados, com destaque para 2015 que registrou o maior valor médio de ativos intangíveis, enquanto o ano de 2018 apresentou o nível médio mais baixo dentre os anos analisados. Observou- se ainda que a empresa Linx foi a que obteve a maior representatividade dos intangíveis com relação ao ativo total, com destaque também para a Itautec e a Positivo, demonstrando oscilações de quedas e aumentos de seus intangíveis. Destaca-se também que os intangíveis mais evidenciados pelas companhias foram os softwares, ágio sobre investimentos, marcas e patentes, enquanto, acordos de não competição e contratos de concessão foram os menos evidenciados. Ao final, concluiu-se que tais empresas vêm aumentando gradativamente o registro dos ativos intangíveis em seus balanços, refletindo positivamente na qualidade da informação contábil.

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Biografia do Autor

Antonio Rodrigues Albuquerque Filho, Universidade Federal do Ceará - UFC.

Mestre em Administração e Controladoria pela Universidade Federal do Ceará - UFC.

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Publicado

2020-02-20

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Artigos