O teletrabalho na percepção dos teletrabalhadores e seus gestores: vantagens e desvantagens em um estudo de caso
DOI:
https://doi.org/10.22279/navus.2018.v8n3.p37-52.601Palavras-chave:
Teletrabalho. Teletrabalhadores. Vantagens. Desvantagens.Resumo
Este trabalho aborda um tema proveniente das transformações nos ambientes organizacionais impulsionadas pela globalização e pelo avanço das tecnologias da informação e comunicação, o teletrabalho. O presente estudo busca analisar a implantação do teletrabalho em uma organização com jurisdição estadual de acordo com a percepção dos teletrabalhadores e seus gestores, no que se refere ao perfil dos sujeitos, motivações para ingresso na modalidade e as vantagens e desvantagens na percepção dos teletrabalhadores e seus gestores. Para isso, utilizou-se como procedimentos metodológicos a abordagem qualitativa, a estratégia de estudo de caso e também o estudo longitudinal dividido em duas coletas de dados, realizadas através de questionários contemplando a turma ingressante por meio do edital 2/2016. As informações obtidas derivam de respostas de 34 teletrabalhadores na primeira coleta e 26 na segunda coleta de um universo de 45 participantes. Os principais resultados referem-se ao perfil dos optantes pelo teletrabalho, em sua maioria são mulheres, casadas e com filhos. A principal motivação apontada para a escolha dessa modalidade de trabalho deu-se pela facilidade de conciliar a vida profissional com a vida familiar. O perfil de personalidade apontou como principais características capacidade de conciliar a vida profissional e familiar no mesmo espaço, facilidade de concentração. Em relação as principais vantagens do teletrabalho foram elencadas qualidade de vida em família e maior opção de organizar o tempo livre. Quanto as principais vantagens na percepção dos gestores, aponta-se a maior produtividade e motivação dos teletrabalhadores. A análise dos dados também permitiu concluir que o programa não possui grandes desvantagens na percepção dos sujeitos, sendo citados por uma pequena parcela de teletrabalhadores apenas visão preconceituosa em relação ao teletrabalho e as oportunidades de carreira reduzida, na percepção dos gestores, a falta de legislação específica e vulnerabilidade de dados e recursos.
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