MIME-Version: 1.0 Content-Type: multipart/related; boundary="----=_NextPart_01DC6DD4.4BE42710" Este documento é uma Página da Web de Arquivo Único, também conhecido como Arquivo Web. Se você estiver lendo essa mensagem, o seu navegador ou editor não oferece suporte ao Arquivo Web. Baixe um navegador que ofereça suporte ao Arquivo Web. ------=_NextPart_01DC6DD4.4BE42710 Content-Location: file:///C:/2669CE59/2219.htm Content-Transfer-Encoding: quoted-printable Content-Type: text/html; charset="windows-1252"
A inserção da casca de ostra na economia circular: =
sustentabilidade, ODS=
e reutilização
de resíduos no Ribeirão da Ilha –=
SC
The insertio=
n of
oyster shells in the circular economy: sustainability, SDGs, and waste reus=
e in
<=
span
lang=3DEN-US style=3D'font-size:18.0pt;mso-bidi-font-size:20.0pt;mso-fareas=
t-font-family:
Calibri;mso-fareast-theme-font:minor-latin;color:gray;mso-themecolor:backgr=
ound1;
mso-themeshade:128;mso-ansi-language:EN-US;font-weight:normal'>Ribeirão da Ilha – S=
C
|
Milliana Devilla https://orcid.org/0000-0002-6431=
-3896 |
Especialista
em Cosmetologia. Universidade do Vale do Itajaí (Univali) – Brasil. milli=
anadevilla@gmail.com |
|
Magali Mallmann https://orcid.org/0009-0005-9700-3981 |
Graduanda. Serviço Nacional de Aprendiz=
agem
Comercial (SENAC) – Brasil. magali.mallmann@alunos.sc.senac.br |
|
Iuna Saccol https://orcid.org/0009-0002-0077-448X |
Graduanda. Serviço Nacional de Aprendiz=
agem
Comercial (SENAC) – Brasil. iuna.saccol@alunos.sc.senac.br |
RESUMO
Este estudo tem como objetivo geral identificar as possibilidades de
inserção da casca de ostra na economia circular analisando a cadeia produti=
va
de ostras no Litoral da Grande Florianópolis, com ênfase no Ribeirão da Ilh=
a. O
estudo se fundamenta nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A
metodologia adotada foi de caráter exploratório com abordagem qualitativa. =
Foram
elaborados três questionários distintos impressos e aplicados no formato
presencial para fazendeiros de ostras, donos de restaurantes e farmácias de
manipulação, entre os meses de junho e julho de 2025. Os relatos apontam a =
falta
de informação sobre todo o processo de descarte das cascas das ostras, bem =
como
seus processos de beneficiamento. Mesmo Santa Catarina sendo o maior produt=
or
de ostras do Brasil, responsável por grande parte da produção nacional, ain=
da
não há uma estrutura consolidada para o reaproveitamento das cascas de ostr=
as
em larga escala. Conclui-se que mesmo atualmente o beneficiamento seja
limitado, existem sinais claros de potencial, especialmente com foco na
economia circular e sustentabilidade. A casca da ostra é mais que um resídu=
o, é
uma fonte de materiais com valor agregado, e há indícios de que projetos
poderiam crescer e ganhar escala.
Palavras-chave: concha de ostra; economia circular; sustentabilidade.
ABSTRACT
This study aims to identify =
the
possibilities for incorporating oyster shells into the circular economy by
analyzing the oyster production chain in the coastal region of Greater Florianópolis, with particular emphasis on Ribeirão da Ilha. The research is grounded in the
Sustainable Development Goals (SDGs). An exploratory methodology with a
qualitative approach was adopted. Three distinct printed questionnaires were
developed and administered in person to oyster farmers, restaurant owners, =
and
compounding pharmacies between June and July 2025. The findings reveal a la=
ck
of information regarding the entire process of oyster shell disposal as wel=
l as
shell processing methods. Although Santa Catarina is the largest oyster
producer in Brazil, accounting for a substantial share of national producti=
on,
there is still no consolidated structure for the large-scale oyster shell r=
euse.
The study concludes that, although current processing is limited, there are
clear indications of potential, particularly with a focus on circular econo=
my
and sustainability. Oyster shells are more than mere waste; they are a sour=
ce
of value-added materials, and there are signs that projects in this area co=
uld
expand and scale up.
: oyster shell; circular economy; sustainability.
Recebido em 28/09/2025. Apr=
ovado
em 12/12/2025. Avaliado pelo sistema double blind peer =
review. Publicado conforme normas da ABNT.
https://doi.org/10.22279/n=
avus.v17.2219
1 INTRODUÇÃO
A casca de o= stra, historicamente considerada um resíduo sem valor, tem ganhado crescente aplicação em diversas áreas, como a construção civil, a indústria de alimen= tos e a farmacêutica (Gottlieb et al., 2008). Essa valorização acompanha a expa= nsão da ostreicultura, atividade que no Brasil é majoritariamente conduzida por unidades familiares, gerando alternativas de renda e fortalecendo a economi= a de comunidades pesqueiras locais (Ferreira; Ferreira, 2014). Os principais est= ados produtores de ostras no país são São Paulo, Rio= de Janeiro, Espírito Santo e Santa Catarina, sendo este último o maior produtor nacional (Custódio, 2005).
O litoral catarinense, em especial a região de Florianópolis, destaca-se por suas condições ambientais favoráveis à maricultura. Baías e enseadas abrigadas, somadas à boa qualidade da água e ao clima ameno, criam um cenário ideal pa= ra o cultivo de moluscos (Gallon et al., 2011). O pesquisador Cláudio Blacher, do Laboratório de Moluscos Marinhos da Universidade Federal de Santa Catarina (LLM/UFSC), exp= lica que a giga do pacífico adicionada no litoral catarinense encontrou um ambie= nte ideal ao seu desenvolvimento: “Aqui a ostra leva de seis a oito meses para ficar pronta para o consumo, enquanto na França, um dos maiores produtores e consumidores dessa espécie, esse tempo é de até três anos”. Atualmente o Laboratório da UFSC produz as sementes que são vendidas aos ostreicultores = (Suzin, 2020). No Ribeirão da Ilha, bairro tradicional= da capital catarinense, essas características propiciaram o desenvolvimento de= uma ostreicultura fortemente vinculada à história, cultura e identidade da comunidade pesqueira local (Silva, 2012). A atividade representa hoje cerca= de 80% da produção da cidade, consolidando-se como um polo da ostreicultura no estado (Mondo; Borges, 2014).
Apesar de sua importância econômica e sociocultural, a expansão da ostreicultura acarreta desafios ambientais, sobretudo em relação à gestão de resíduos. A concha de ostra, que representa a maior parte do peso dos bivalves, é frequentemente descartada de forma inadequada. Em ambientes terrestres, esse descarte pode liberar compostos como sulfeto de hidrogênio (H₂S) e amônia (NH₃= ;), contribuindo para a contaminação do solo e emissão de odores desagradáveis.= No ambiente marinho, o problema se agrava com o assoreamento e a eutrofização = de baías (Jung et al., 2016).
Apesar das i= númeras possibilidades de aproveitamento da casca de ostra e do seu potencial econô= mico e sustentável, dados atualizados sobre a geração, descarte e destinação fin= al desse resíduo em nível estadual e municipal são escassos. Essa lacuna compr= omete o planejamento de políticas públicas e induz a importação de derivados de ostra, como o pó de carbonato de cálcio, de outros estados, enfraquecendo a economia local (IPEA, s.d.; Silva; Debacher, 20= 10).
Diante desse cenário, este estudo tem =
como
objetivo geral identificar as possibilidades de
inserção da casca de ostra na economia circular analisando a cadeia produti=
va de
ostras no Litoral da Grande Florianópolis, com ênfase no Ribeirão da Il=
ha,
e para isso, propõe-se: diagnosticar as práticas de descarte da casca de os=
tra
adotadas por maricultores e restaurantes locais; quantificar os resíduos
gerados; avaliar a viabilidade econômica do aproveitamento das conchas para
extração de carbonato de cálcio; mapear o uso do pó de ostra por farmácias =
de
manipulação catarinenses; investigar os impactos ambientais associados ao
descarte inadequado.
O estudo se fundamenta nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialment= e os de números 3, 9, 12, 14 e 17. A reutilização da casca de ostra se alinha ao= ODS 3 ao promover avanços na saúde, ao ODS 9 pela contribuição à inovação e ao crescimento econômico sustentável, ao ODS 12 ao reforçar padrões de produçã= o e consumo responsáveis, ao ODS 14 pela conservação marinha, e ao ODS 17 por incentivar parcerias e práticas de economia circular. Experiências internacionais, como na Coreia do Sul e na Malásia, demonstram o potencial = de aproveitamento das cascas em diversas aplicações tecnológicas (Yoon et al., 2010; Câmara, 1996; Chan et al., 2002).
Espera-se qu=
e este
estudo contribua para a formulação de práticas sustentáveis na ostreicultura
local, promovendo o reaproveitamento de resíduos, reduzindo impactos ambien=
tais
e fortalecendo a cadeia produtiva regional por meio de inovações alinhadas =
à economia
circular e aos princípios da produção e consumo sustentáveis (Leão, 2013; C=
ho,
2018).
2 FUNDAMENTAÇÃO= TEÓRICA
2.1 Objetivos do Desenvolvimento
Sustentável
A busca pelo desenvolvimento sustentável tem mobilizado a comunidade internacional desde= o início do século XXI. Em setembro de 2000, foi estabelecida a Declaração do Milênio das Nações Unidas, com oito metas focadas no combate à fome, pobrez= a, doenças e desigualdades. Este conjunto de compromissos, conhecidos como Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), teve vigência até 2015 e representou um marco inicial nas políticas globais voltadas à melhoria das condições de vida e proteção ambiental (Agripino, 2009; Córdova; Alvarez-Mo= n, 1999).
Como sucesso= ra dos ODM, a Agenda 2030 foi oficialmente lançada na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), em 2012, e adotada formalmente = em 2015 pelos 193 Estados-Membros da ONU. A nova agenda apresenta 17 Objetivos= de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e 169 metas com vigência até 2030, articuladas em um plano de ação que visa erradicar a pobreza, proteger o planeta e assegurar prosperidade para todos, com o compromisso de “não deix= ar ninguém para trás” (SECRETARIA-GERAL, 2024; MOVIMENTO ODS, 2023).
A Agenda 203= 0 se diferencia por integrar as dimensões econômica, social e ambiental do desenvolvimento, destacando a importância da participação de todos os atores sociais — governos, setor privado e sociedade civil — para o alcance dos objetivos propostos (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, s.d.). No Brasil= , o Comitê Nacional para os ODS (CNODS), com apoio técnico do IPEA e do IBGE, é responsável por coordenar a implementação dos objetivos. O país adaptou as metas globais à sua realidade, estabelecendo 175 metas nacionais, o que demonstra o esforço em alinhar os ODS ao contexto nacional (Costa, 2018).= span>
Nesse cenári= o, destaca-se o papel fundamental das empresas e da sociedade civil. As empres= as são convocadas a reavaliar seus impactos e a contribuir para a mitigação de efeitos negativos sobre a sociedade e o meio ambiente, ao mesmo tempo em que potencializam os positivos (CEBDS, 2015). Já a sociedade civil atua como ag= ente fiscalizador e mobilizador, promovendo ações e pressionando por políticas públicas eficientes e transparentes (Boechat, 2021). Assim, a articulação e= ntre governo, setor privado e sociedade é essencial para promover a sustentabilidade, combater desigualdades e garantir o uso responsável dos recursos naturais.
Neste contex= to, a implementação dos ODS não se limita apenas às ações do governo ou das grand= es empresas, mas envolve também o setor produtivo local, que pode contribuir significativamente para a construção de uma economia mais sustentável. A ca= deia produtiva da ostra, por exemplo, se destaca como um exemplo de como resíduos podem ser aproveitados de forma circular, promovendo tanto a sustentabilida= de quanto a geração de valor econômico.
2.2 Produção Sustentável e Economia
Circular: Oportunidades a partir da Casca de Ostra
A produção sustentável pressupõe a adoção de práticas ao longo de todo o ciclo de vida= de bens e serviços que minimizem impactos socioambientais. No setor aquícola, a cadeia produtiva da ostra apresenta grande potencial de inserção em práticas sustentáveis e de economia circular. O Plano de Ação para Produção e Consumo Sustentáveis (PPCS), coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, propõe diretrizes para essa transição, mas ainda há desafios relevantes no que se refere ao manejo de resíduos (IPEA, s.d.; Leão, 2013).
Dados aponta= m que cerca de 25% dos maricultores descartam os resíduos de conchas diretamente = no mar, e 10% os depositam em terrenos, sem qualquer processo de reaproveitame= nto (Silva & Debacher, 2010). Esse descarte inadequado reforça o modelo linear de consumo, baseado no paradigma “extrai= r, produzir, descartar” (Jacobi & Besen, 2011). Frente a esse contexto, a economia circular surge como alternativa estratég= ica de beneficiamento.
A economia c= ircular propõe a reinserção dos resíduos como insumos em novos ciclos produtivos, reduzindo a dependência de recursos não renováveis e minimizando o desperdí= cio. A reutilização das cascas de ostra representa uma dessas oportunidades, dado seu elevado teor de carbonato de cálcio, que pode alcançar até 96% (Souza, 2015). Este resíduo pode ser aproveitado in natura, com processos simples de limpeza e trituração, reduzindo custos e impactos ambientais.
Essa estraté= gia de reaproveitamento pode ir além do uso local abrindo novas possibilidades no mercado, uma vez que a casca de ostra apresenta múltiplas aplicações. A exploração dessas alternativas pode gerar não apenas benefícios ambientais,= mas também novos nichos econômicos.
2.3 Aplicações e Potencial de Mercado=
da
Casca de Ostra
Diversos est= udos demonstram o potencial de reaproveitamento da casca de ostra em diferentes setores. Na construção civil, sua aplicação como substituto parcial da arei= a em concretos mostrou-se promissora, mantendo a resistência à compressão quando utilizada em proporções de até 40% (Yoon et al., 2003). Na indústria farmacêutica, o carbonato de cálcio obtido da casca é utilizado como suplem= ento nutricional, especialmente em gestantes, como já ocorre na Malásia (Câmara, 1996). Há também aplicações em polímeros, onde misturas de polietileno reciclado com pó de ostra apresentaram melhores propriedades mecânicas (Cha= n et al., 2002).
O aproveitam= ento industrial da casca de ostra apresenta vantagens em comparação ao carbonato= de cálcio de origem mineral, amplamente utilizado pela indústria, como exempli= fica a empresa Imerys Carbonate Solutions, que atua = no Brasil com extração de calcário (Insumus, 2024)= . O uso da casca de ostra como matéria-prima alternativa não apenas reduz impac= tos ambientais como se alinha aos princípios da sustentabilidade e economia circular, com ganhos sociais, econômicos e ecológicos (Cho, 2018).= p>
As farmácias= de manipulação fazem parte da cadeia produtiva que utiliza o carbonato de cálc= io extraído da moagem da casca da ostra. O carbonato de cálcio (CaCo3) é o principal componente encontrado nas conchas da Crassos= trea Gigas (ostra japonesa ou do Pacífico). O pó é obtido a partir de sua tritur= ação e purificação, apresenta características físicas, tais como, coloração bran= ca, inodoro e microcristalino (Farmacopéia Homeopát= ica Brasileira, 1996).
A indústria farmacêutica tem utilizado amplamente o carbonato de cálcio como suplemento alimentar e, recentemente, utilizado pela indústria cosmética na fabricação= de itens de higiene como sabonetes, utilizado como agente saponificante e, também para insumos estéticos, como por exemplo máscaras faciais, com o = nome popular de “pó de pérola” (Chierigni e Rocha, 2= 011).
O carbonato = de cálcio (CaCo3) é o sal de cálcio que apresenta maior concentração desse min= eral, estes, são ancorados por uma matriz de aminoácidos chamados conchiolina, que atua como hidratante natural, ajudando a pele a repor aminoácidos perdi= dos naturalmente ao longo dos anos (Silva e Valarini, 2016). Além disso, sabe-se que a conchiolina au= xilia também na produção de colágeno e de outras enzimas do tecido cutâneo (Carne= iro, 2007).
Recentes pes= quisas apontam que seu uso tópico possui papel regulador na diferenciação dos queratinócitos basais em corneócitos, promovend= o a regeneração de tecidos, tornando cada vez mais relevante os estudos da interação do carbonato de cálcio e a recuperação da pele (Polefka e Bianchini, 2015).
2.4 A Realidade no Ribeirão da Ilha:
Produção e Descarte
Florianópoli= s, em especial o bairro Ribeirão da Ilha, destaca-se como um dos principais polos= de cultivo de ostras no Brasil. A espécie Crassostrea gigas (ostra do Pacífico) é a mais cultivada, e a produção de moluscos no litoral catarinense representa 95% da produção nacional. Florianópolis ganh= ou o selo de Cidade Criativa UNESCO da gastronomia em 2014 e um pedido de um sel= o de identificação geográfica, onde em 2023, chegou em torno de 292 produtores de ostras, com produção média estadual de 1.707 toneladas. (EPAGRI, 2023). Estima-se que mais de 1 milhão de quilos de cascas sejam descartados anualm= ente apenas em Florianópolis, dos quais uma parcela significativa é despejada no= mar ou em terrenos locais, sem tratamento adequado (CNODS, 2024; Revista Exame, 2022).
O trabalho do ostreicultor no Ribeirão da Ilha é anual, as sementes de ostras são colocad= as no mar, principalmente, entre os meses de março a outubro. Os “fazendeiros”= iniciam a “colheita” após seis meses, quando elas atingem o tamanho para serem comercializadas. Durante todo o ano os ostreicultores fazem o manejo consta= nte das sementes e das ostras nas diversas etapas de desenvolvimento. O tempo m= édio para as ostras atingirem o tamanho comercial de 8 cm é de 8 meses, porém, c= omo as ostras não apresentam um crescimento linear, algumas (cerca de 20%) já p= odem ser comercializadas com cerca de 5 a 6 meses (Manzoni, 2001).
Apesar de iniciativas como o “Projeto Valorização dos Resíduos da Maricultura” (UFSC, 2007), que buscou avaliar a viabilidade de reaproveitamento das cascas, ain= da não há uma estrutura consolidada para seu aproveitamento em larga escala. O projeto destacou a importância de se pensar em tecnologias de reaproveitame= nto acessíveis e economicamente viáveis para pequenos produtores, visando à red= ução dos impactos ambientais e à inserção da atividade aquícola em uma lógica sustentável e circular, porém uma pequena parte da sociedade se beneficia.<= /span>
3. METODOLOGIA
=
Para a realização dessa pesquisa foram
adotados procedimentos ordenados, descrevendo o tipo de pesquisa, os
participantes envolvidos e as amostras, os instrumentos e procedimentos par=
a a
coleta de dados, bem como análise e limitações do estudo.
A pesquisa possui caráter exploratório =
com
abordagem qualitativa e buscou investigar a inserção da casca de ostra na
economia circular, práticas de sustentabilidade, alcance dos ODS e reutiliz=
ação
de Resíduos no Ribeirão da Ilha em Florianópolis, como também investigar as
possibilidades de uso e a origem do carbonato de cálcio extraído das cascas=
de
ostras por meio do mapeamento das farmácias de manipulação do centro de
Florianópolis.
De acordo com Zikm=
und
(2000, p. 89): “os estudos exploratórios costumam ser úteis para diagnostic=
ar
situações, descobrir soluções alternativas ou descobrir novas ideias. Já Gil
(2002, p. 41) destaca que: “a pesquisa exploratória é desenvolvida no senti=
do
de proporcionar uma visão geral acerca de determinado fato”. Isso se justif=
ica baseado
de que “esse tipo de pesquisa é realizada, sobretudo, quando o tema escolhi=
do é
pouco explorado e torna-se difícil formular hipóteses precisas e
operacionalizáveis”. A incorporação de métodos qualitativos, permite que os
pesquisadores explorem a dimensão dos dados qualitativos, proporcionando uma
compreensão mais completa e diversificada dos fenômenos estudados (Creswell, 2015).
Na etapa inicial desse estudo foi reali=
zado
um levantamento bibliográfico com o objetivo de analisar informações e
fundamentar o tema da pesquisa em questão. Na segunda etapa, foram elaborados três questionários distintos impr=
essos
e aplicados no formato presencial entre os meses de junho e julho de 2025. =
A
estrutura do questionário foi pensada para facilitar sua aplicação em campo,
reduzir vieses interpretativos e fomentar o engajamento dos participantes p=
or
meio de questões diretamente relacionadas à sua realidade produtiva.
A entrevista é uma ferramenta valiosa p=
ara
coletar dados em pesquisas qualitativas, pois através delas, os pesquisador=
es
podem obter informações detalhadas e mais informal sobre as percepções,
atitudes e experiências dos participantes. Além disso, por meio do discurso=
, é
possível estabelecer uma aproximação com os respondentes, conseguindo assim
analisar melhor seus pontos de vista. Duarte (2004, p. 215) ressalta: “Entr=
evistas
são fundamentais quando se precisa/deseja mapear práticas, crenças, valores=
e
sistemas classificatórios de universos sociais específicos, mais ou menos b=
em
delimitados, em que os conflitos e contradições não estejam claramente
explicitados”.
Precedentemente à aplicação dos questionários, foi realizado um levantamento no formato online para identif= icar as fazendas de ostras, os restaurantes no Ribeirão da Ilha em Florianópolis, como também as farmácias de manipulação no centro de Florianópolis. As respectivas empresas foram organizadas em planilhas com seus dados separados (fazendas, restaurantes e farmácias) e os questionários foram padronizados contemplando os objetivos da pesquisa na apresentação com os respondentes.<= o:p>
Na etapa inicial da coleta com as fazen=
das e
os restaurantes, foram encontradas adversidades para localizar os responden=
tes,
sendo assim, foram realizadas mais de cinco tentativas e, mesmo assim, a
disponibilidade, o aceite e os números de respostas se mostraram abaixo do
previsto, diferentemente das farmácias de manipulação, onde o número de
respondentes superaram o previsto.
Contemplando a abordagem qualitativa fo=
ram
realizadas ao todo dezessete entrevistas. Entre os entrevistados, dois eram
fazendeiros de ostras, três eram proprietários de restaurantes e doze eram
proprietários de farmácias de manipulação. Os participantes foram seleciona=
dos
baseados em critérios específicos levando em consideração os objetivos da
pesquisa onde a principal relevância foi a atividade de trabalho na
ostreicultura e/ou que envolvesse a casca de ostra e seus insumos.
A pesquisa foi realizada em Florianópol=
is,
especificamente no Ribeirão da Ilha onde as fazendas de ostras e os
restaurantes se encontram em maior concentração e na região central de
Florianópolis, devido a concentração das farmácias de manipulação. Em respe=
ito
a ética e com os participantes, foi garantido o sigilo das informações como
seus anonimatos, como também foram informados que suas respostas seriam uti=
lizadas
somente para fins acadêmicos.
A análise dos dados evidenciou informaç=
ões
significativas sobre os objetivos da pesquisa. Os resultados foram
interpretados de acordo com os referenciais teóricos e o entendimento dos
pesquisadores na interpretação crítica e suas percepções.
Os dados coletados foram agrupados, org=
anizados
e apresentados em tabela, sendo assim, os dados alcançados para a análise q=
ualitativa,
expuseram apontamentos relevantes dos participantes para a pesquisa.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Essa pesquisa busca analisar a cadeia
produtiva da casca de ostra e identificar sua inserção na economia circular
através de suas possibilidades de uso, dentro dos objetivos da ODS. Dessa
forma, como ilustra o Quadro 1, esses objetivos da pesquisa se alinham com =
os Objetivos
de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente os de números 3, 9, 12,=
14
e 17.
Quadro
1 – Alinhamento dos objetivos da pesquisa com as metas das ODS
|
Meta
ODS |
Objetivos
em comum |
|
3 |
Promover
avanços na saúde |
|
9 |
Contribuição
à inovação e o crescimento econômico sustentável |
|
12 |
Reforçar
padrões de produção e consumos sustentáveis |
|
14 |
Fomentar
a conservação marinha |
|
17 |
Incentivar
parcerias e práticas de economia circular |
Fonte:
Elaborado pelas autoras (2025) - Adaptado de ONU (2020).
Os dados apontam que nas fazen= das no Ribeirão da Ilha, ainda existe e é aplicado o modelo linear de consumo, ind= o na contramão da economia circular e não correspondendo as metas das ODS.
Referente aos questionários aplicados aos três donos de restaurantes, nas informações sobre compra de o= stra para seus respectivos estabelecimentos, o respondente n.1 afirmou que possu= i a própria fazenda, e os respondentes n.2 e n.3 compram de fazendeiro locais; = na pergunta sobre quantos anos trabalham com ostras, o respondente n.1, inform= ou que há 27 anos, o respondente n.2 há 37 anos e o respondente n.3 há 28 anos= ; quando questionados sobre o descarte, levando em consideração que a estimativa foi baseada na média de ostras servidas durante os períodos de alta e baixa temporada sem considerar os picos sazonais específicos, o respondente n.1 afirmou que descarta em média por semana 3.000 cascas de ostras, o responde= nte n.2 e n.3 descartam em média 2.000 mil; quando questionados sobre a quantid= ade de cascas de ostras descartadas, todos os três não sabem exatamente a quantidade. Quando questionados sobre aproveitamento e iniciativas, o respondente n.1 e n.3 afirmaram que possuem conhecimento de projetos de reutilização; o respondente n.2 relata que já ouviu falar. Nas informações sobre participação em iniciativas de reaproveitamento das cascas que gerass= em renda, todos os respondentes afirmaram que estariam abertos para adquirir conhecimento sobre o assunto. Quando questionados se eles conheciam alguma forma útil de reaproveitamento das cascas de ostras, o respondente n.1 respondeu na fabricação de tijolos e ração animal; o respondente n.2 conhec= e o uso na construção civil e aterros e, o respondente n.3 na fabricação de tijolos. Todos os respondentes acreditam que o descarte das cascas pode cau= sar algum impacto ambiental negativo e suas respostas foram assoreamento, polui= ção e, o respondente n.1 acrescentou que fica visível as cascas de ostras da passarela de seu restaurante no fundo da água. sobre o interesse em partici= par de cursos e capacitação sobre reaproveitamento de forma “rentável”, todos mostraram interesse.
Os dados apontam que, tanto os fazendeiros como os proprietários de restaurantes no Ribeirão da Ilha, são aplicados um sistema linear de consumo e que a sustentabilidade seria mais = uma forma de “fiscalização” que poderiam gerar cobranças financeiras, causando desinteresse em contribuir com a economia circular na qual possibilitaria g= erar renda para ambos.
E por fim, nos questionários aplicados nas 12 farmácias de manipulação no centro de Florianópolis, quando questionadas sobre quantos anos atuam no mercado, 06 respondentes são recen= tes, entre 01 e 04 anos, 02 respondentes estão há mais de 02 décadas e 04 estão = há mais de 04 décadas. Nas informações sobre compra e produção, quando questio= nado se o estabelecimento utiliza carbonato de cálcio para manipulações, 12 responderam que sim; em relação à média da quantidade de gramas de carbonat= o de cálcio utilizado mensalmente, 04 respondentes afirmaram que usam menos de 01 grama, 04 respondentes usam 100 gramas, outras 03 utilizam 200 gramas, 01 respondente utiliza 900 gramas. Todas as respondentes adquirem o carbonato = de cálcio de fora de Santa Catarina, todas do Estado de São Paulo; quando questionadas sobre a origem, apenas 01 farmácia adquire de origem natural, derivado das cascas de ostras, entretanto, quando questionada de onde vêm e= ssas cascas, a mesma não soube responder e 11 adquirem de forma sintética; isso corrobora que o carbonato de cálcio ainda é comprado de outras fontes de fo= rma mais barata, como o calcário por exemplo; todas relataram que nenhum fornec= edor informa se a casca de ostra utilizada na fabricação do carbonato de cálcio procede de alguma cooperativa ou projeto que visa alternativas para o aproveitamento desse rejeito. Quando questionadas sobre a rastreabilidade da matéria-prima e do conhecimento de alguma cooperativa ou associação ou até mesmo de projetos que reutilizam ou buscam alternativas para o uso das casc= as de ostras, todas afirmaram que não. Quando questionadas se elas acreditam q= ue o descarte das cascas pode causar algum impacto ambiental, 05 responderam não= , 05 responderam que sim e 02 não souberam dizer; sobre as formas úteis de reaproveitar as cascas de ostras, 01 respondeu na indústria farmacêutica, 04 responderam que não sabem, 05 não sabem e 02 mencionaram além da indústria farmacêutica a construção civil e ração animal; apenas 01 farmácia manifest= ou um comentário opcional, afirmando que os próprios médicos prescritores não = prescrevem mais o “cálcio de ostra” e sim o carbonato de cálcio sintético.
Analisando os dados, fica evid= ente a falta de informação sobre todo o processo de descarte das cascas das ostras, bem como seus processos de beneficiamento. Mesmo Santa Catarina sendo o mai= or produtor de ostras do Brasil, responsável por grande parte da produção nacional, destacando Florianópolis em particular, chegando a ser chamada de= “Capital Nacional da Ostra”, ainda não há uma estrutura consolidada para o reaprovei= tamento das cascas de ostras em larga escala. Quando analisamos de onde as farmácias adquirem o carbonato de cálcio, fica evidente que não somente Florianópolis, mas todo Estado de Santa Catarina, movimenta a economia do Estado de São Pa= ulo, sendo que esse insumo poderia ser adquirido no próprio Estado, gerando renda tanto para os fazendeiros e restaurantes, como também favorecendo a economia circular, a partir da criação de novos círculos produtivos, gerando emprego= s e renda extra para os catarinenses. Fica evidente a falta de projetos voltados para o beneficiamento desse resíduo.
O modelo de negócio principal = de acordo com o Quadro 2, recai sobre a cadeia produtiva e gastronômica da ost= ra. Baseado nos dados colhidos, se percebe uma resistência na criação de projetos por c= ausa de desafios logísticos e econômicos; as cascas são volumosas, pesadas, dema= ndam higienização, secagem, moagem ou calcinificação= para se tornarem utilizáveis, portanto, um processo de beneficiamento requer infraestrutura, com equipamentos, instalações, rede de coleta e investiment= os que não são estabelecidos na região.
As iniciativas de pesquisas ai= nda são simulares, pontuais, acadêmicas ou experimentais, não escaladas como processos industriais.
Quadro
2 – Resumo do modelo de negócio da cadeia produtiva da ostra e beneficiamen=
to
da casca
|
Fator |
Florianópolis/Ribeirão
da Ilha |
|
Infraestrutura |
Inexistente
ou residual para beneficiamento |
|
Modelo
de negócio |
Foco
em cultivo e gastronomia, não na reciclagem e beneficiamento |
|
Atividades
científicas |
Existente,
porém em escala piloto ou acadêmica |
|
Exigência
de investimento para beneficiamento |
Alto
e disperso para escala industrial |
Fonte:
Elaborado pelas autoras (2025).
Embora a produção de ostras seja grande, a inexistência de cadeias industriais estruturadas também são, sendo que atualmente não existe um setor formal e nenhum sistema consolidado que recolha e beneficie as cascas de ostras em Florianópolis.
3 CONCLUSÃO
As cascas de ostr=
as
acabam sendo descartadas e não reutilizadas de forma ampla por uma combinaç=
ões
de fatores práticos, econômicos e regulatórios, porém, diante do exposto, f=
ica
evidente que iniciativas robustas para viabilidade e reaproveitamento das
cascas de ostras ainda carecem de uma estrutura consolidada, com incentivos=
do
poder público e privado e da comunidade, com tecnologias de reaproveitamento
viáveis e mais facilmente acessíveis para os produtores e proprietários de
restaurantes do Ribeirão da Ilha. A falta dessa economia circular e da falt=
a de
produção do insumo extraído das cascas das ostras, o carbonato de cácio, de=
ntro
do próprio Estado, acaba forçando a compra do pó de ostra de outros Estados,
mesmo Santa Catarina sendo o maior produtor de ostras do Brasil. Essa lacuna
compromete o planejamento de políticas públicas e induz a importação de
derivados de ostra na sua forma forma sintética, enfraquecendo a economia l=
ocal.
Durante o estudo,=
se
observou que, apesar de tanta informação e acesso facilitado como a interne=
t, o
interesse por práticas sustentáveis e a inserção da economia circular segue
lentamente devido a falta de informações por parte de iniciativas de políti=
cas
públicas e locais.
As metas das ODS =
apresentadas
nesse estudo mostram o caminho não somente para contribuir à inovação e o
crescimento econômico sustentável ou a fomentar a conservação marinha, elas=
vão
além, elas mostram que incentivar parcerias, obter conhecimento e realizar
práticas de economia circular, todos saem ganhando.
Se destaca como f=
ator
limitante o número reduzido de respondentes, onde a dificuldade de interess=
e e
até mesmo de confiança, ficou evidente durante a coleta de dados. Ainda ass=
im,
os resultados obtidos proporcionaram fundamentos suficientes para que estud=
os
sobre o descarte das cascas de ostras tomem novos rumos.
Apesar de hoje o
beneficiamento ser limitado, existem sinais claros de potencial, especialme=
nte
com foco na economia circular e sustentabilidade. A casca da ostra é mais q=
ue
um resíduo, é uma fonte de materiais com valor agregado, e há indícios de q=
ue
projetos poderiam crescer e ganhar escala.
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