MIME-Version: 1.0 Content-Type: multipart/related; boundary="----=_NextPart_01DC6DD3.E407B670" Este documento é uma Página da Web de Arquivo Único, também conhecido como Arquivo Web. Se você estiver lendo essa mensagem, o seu navegador ou editor não oferece suporte ao Arquivo Web. Baixe um navegador que ofereça suporte ao Arquivo Web. ------=_NextPart_01DC6DD3.E407B670 Content-Location: file:///C:/2669CE58/2218.htm Content-Transfer-Encoding: quoted-printable Content-Type: text/html; charset="us-ascii"
Modelo de elaboração=
de um
roteiro turístico gastronômico sustentável para o estad=
o de
Santa Catarina
Model for Developing a Sustainable Gastronomic Tourism Itinerary for=
the
State of Santa Catarina
|
https://orcid.org/0009-0009-5173-8076 |
Pós-graduada em Gastronomia. Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC) – Brasil. tamires.viana@prof.sc.senac.br. |
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Andressa Gislon
Dagostim Cirimbelli https://orcid.org/0009-0004-0379-1677 |
Graduanda em Tecnólogo em Gastronomia. Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC) – Brasil. andressa.cirimbelli@alunos.sc.senac.br.= |
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Anna Carolina
Motta Moreira Bruno https://orcid.org/0009-0002-2208-3348 |
Graduanda em Tecnólogo em Gastronomia. Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC) – Brasil. anna.bruno@alunos.sc.senac.br.= span> |
RESUMO
Este artigo apresenta a elaboração de um modelo de Roteiro Turístico Gastronômico Sustentável na região Carbonífera de Santa Catarina. Os roteiros gastronômicos desempenham papel estratégico ao orientar turistas na escolha de locais e pratos, conf= orme suas preferências e interesses. A pesquisa iniciou-se com uma revisão bibliográfica, seguida por levantamento de dados por = meio de questionários aplicados a estabelecimentos gastronômicos locais. Após a aplicação dos questionários, promoveu-se a capacitação dos participantes em práticas sustentáveis alinhadas às métricas Ambientais, Sociais= e de Governança (ESG) e aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Os resultados indicam que a maioria dos estabelecimentos já adota práticas como uso de energia renovável (73,3%), reaproveitamento de água (93,3%), estímulo ao uso de materiais não descartáveis (86,7%) e reciclagem de resíduos, incluindo óleos e gorduras. Verificou= -se ainda elevado engajamento na aquisição de matérias-pri= mas provenientes da agricultura familiar (93,3%) e atenção cresce= nte à segurança do trabalho, com 80% oferecendo capacitação periódica e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Além disso, 80% dos estabelecimentos apoiam regularmente ações sociais, evidencia= ndo compromisso com a responsabilidade social. Apesar desses avanços, persistem desafios, como baixo incentivo governamental, necessidade de maior monitoramento e ampliação do conhecimento sobre sustentabilid= ade. Conclui-se que a capacitação contínua é uma estratégia-chave para ampliar a adoção de práti= cas sustentáveis. A criação do roteiro contribuiu para dar visibilidade ao setor, incentivar iniciativas semelhantes em outras regiões e fortalecer o desenvolvimento gastronômico sustentável, em consonância com as metas globais da Agenda 203= 0.
Palavras=
-chave: roteiro turístico, turismo=
gastronômico; sustentabilidade, ESG, ODS.
ABSTRACT=
This article
presents the development of a Sustainable Gastronomic Tourism Itinerary mod=
el
for the Carbonífe=
ra region of Santa Catarina, Brazil. Gastronomic itineraries play a
strategic role in guiding tourists in selecting destinations and dishes
according to their preferences and interests. The research began with a
literature review, followed by data collection through questionnaires
administered to local gastronomic establishments, combined with training
sessions for participants in sustainable practices aligned with
Environmental, Social, and Governance (ESG) metrics and the United Nations
Sustainable Development Goals (SDGs). The results indicate that most
establishments already adopt sustainable practices, such as the use of
renewable energy (73.3%), water reuse (93.3%), promotion of non-disposable
materials (86.7%), and waste recycling, including oils and fats. A high lev=
el
of engagement was also observed in sourcing raw materials from family farmi=
ng
(93.3%) and in addressing occupational safety, with 80% offering
periodic training and providing Personal Protective Equipment (PPE).
Additionally, 80% regularly support social initiatives, reinforcing the
sector’s commitment to social responsibility. Despite these advances,
challenges remain, including low governmental incentives, the need for enha=
nced
monitoring, and the expansion of sustainability knowledge. The study conclu=
des
that continuous training is a key strategy to accelerate the adoption of
sustainable practices. The creation of the itinerary provided greater
visibility for the sector, encouraged similar initiatives in other regions,=
and
contributed to sustainable gastronomic development in alignment with the gl=
obal
goals of the 2030 Agenda.
Keywords: tourism itinerary; gastronomic touris; sustainability; ESG; ODS. =
Recebido em 28/09/2025.
Aprovado em 18/11/2025. Avaliado pelo sistema double blind peer review. Publicado conforme normas da ABNT.
https://doi.org/10.22279/navus.v17.2218
1 INTRODUÇÃO
O fenômeno do turismo tem cresc= ido aceleradamente ao longo dos anos, especialmente a partir do surgimento da sociedade pós-industrial. O avanço das tecnologias nos âmbitos industrial, comercial e residencial proporcionou às pessoas um maior tempo livre, permitindo que esse tempo seja utilizado para descanso, passeios, lazer ou até mesmo para a busca de alternativas complementares de renda (Neto; Moretto, 2000).
No contexto turístico as pra= 69;ticas e serviços de alimentação podem agregar valor a outros produtos e serviços turísticos, bem como serem oferecidos como atrativos turísticos propriamente ditos. Nessa condição, = os atrativos podem dar origem a um segmento turístico denominado Turismo Gastronômico (Gimenes-Minasse, 2020).
O turismo gastronômico é desenvolvido em diferentes países, que investem nesse segmento ao associá-lo, principalmente, às suas tradições culturais e às características únicas de suas paisagens alimentares (Hjalager; Richards, 2002; Björk; Kauppinen-Räisänen, 2016). Muitos desses países, ao considerarem o turismo gastronômico estratégico para o seu desenvolvimento turístico, adotam políticas públicas q= ue visam não apenas a sua divulgação, mas também a articulação e mobilização dos diferentes atores necessários para que o turismo gastronômico aconteça (Everett; Aitchison, 2008; Hall; Gössling, 2016; UNWTO, 2017; Gimenes-Minasse, 2023).De acordo com Gimenes-Minasse (2023), o turismo gastronômico pode contribuir significativamente para o desenvolviment= o de um destino turístico. No entanto, essa modalidade exige atenção no planejamento e na operacionalização,= uma vez que abrange aspectos ambientais, culturais, sociais e econômicos, além de possuir um elevado potencial de impacto sobre todo o sistema alimentar (Gimenes-Minasse, = 2023). Fomentar o turismo gastronômico é essen= cial para o desenvolvimento econômico local, já que diversos benefícios podem ser gerados por meio dessas práticas, tais c= omo aumento da atratividade e competitividade do destino, diversificaç&a= tilde;o da oferta turística, criação de uma marca, atração de investimentos, criação de empregos, melhoria da qualidade de vida da população, respeito e cuidado com a paisagem, valorização da cultura local, além do fortalecimento da identidade local e do senso de pertencimento (Gimenes-Minasse, 2023).
Uma das formas de se promover o turis= mo gastronômico é através da criação de rote= iros gastronômicos. Os roteiros gastronômicos desempenham um papel fundamental ao orientar os turistas, auxiliando-os na escolha dos locais a visitar e dos pratos a experimentar, conforme suas preferências e interesses (GUEDES, et al., 2022). Ainda de acordo com Guedes, et= al. (2020), a concentração e organização de ativida= des e atrativos, aliadas ao desenvolvimento de roteiros turísticos gastronômicos, contribuem para estimular os gastos dos turistas, criar produtos diferenciados e estruturar experiências que incentivam a permanência prolongada dos visitantes nos destinos. Além disso, essas iniciativas aumentam a probabilidade de retorno dos turistas e ajudam= a atrair novos públicos. A implementação de um roteiro gastronômico pode gerar impactos significativos na economia local (Vasconcelos, 2008) e desempenhar um papel importante para valorização de áreas rurais e periféricas (Guedes= , et al., 2022). Além disso, esses roteiros potencializam a oferta turística local, proporcionando um produto de maior valor agregado, beneficiando tanto os turistas e visitantes quanto a comunidade local (Garc= ia; Zottis; Bonho, 2015). Ao estruturar experiências baseadas na cultura = alimentar e nos saberes locais, os roteiros gastronômicos funcionam como produt= os turísticos culturais que reforçam a identidade regional, prom= ovem o desenvolvimento territorial e contribuem para a coesão social (Santana; Silva, 2018; Coriolano; Medeiros, 2011). Segundo Beni (2007) e Br= asil (2010), sua organização também facilita o planejamento turístico e o posicionamento competitivo dos destinos. Ou seja, podem ser instrumentos estratégicos para promover o desenvolvimento susten= tável articulando cultura, economia e permanência do visitante (Guedes et al., 2022; Ignarra, 2003).
O termo ESG é uma sigla em inglês que significa Environmental (ambiental), Social (social) and Governance (governança). Refere-se às práticas adotadas por uma organização nas áreas ambiental, social e de governança, refletindo suas iniciativas para minimizar impactos ambientais, combater injustiças sociais e promover melhores práticas de governança corporativa (Borsatto; Baggio; Brum, 2022). Esses indicadores funcionam como um selo, baseado em critério= s de conduta adotados por empresas que têm o interesse de serem socialmente responsáveis, ambientalmente sustentáveis e corretamente gerenciadas. De acordo com Almeida (2020) e Silva e Melo (2021), os critérios ESG se consolidaram como ferramentas fundamentais para ava= liar o compromisso das organizações com práticas sustentáveis, influenciando decisões de investidores, consumidores e órgãos reguladores. Além disso, estudos demonstram uma correlação positiva entre o bom desempenho ESG= e a performance financeira das empresas (Friede; Busch; Bassen, 2015).= p>
Por sua vez, os Objetivos de Desenvol= vimento Sustentável (ODS) surgiram em 2015 e fazem parte de uma agenda globa= l da ONU, a ser cumprida até o ano de 2030. Essa agenda estabelece 17 objetivos, que se desdobram em 169 metas, com o intuito de erradicar a pobr= eza, proteger o planeta e garantir que todas as pessoas tenham paz e prosperidade (FIEMG, 2021). Esses objetivos buscam equilibrar as dimensões do desenvolvimento sustentável, sendo que de suas metas foram alinhados= os aspectos do ESG (FIEMG, 2021). Segundo a ONU (2015), os ODS formam uma agen= da transformadora e integrada que orienta políticas públicas e práticas organizacionais sustentáveis. Para que um roteiro gastronômico seja de fato sustentável, é necessá= rio alinhar suas práticas aos princípios ESG e aos ODS, promovendo impactos positivos nas dimensões social, ambiental e econômica (FIEMG, 2021; IPEA, 2018).
Uma característica nem sempre mencionada explicitamente, mas presente nas abordagens teóricas sobr= e o desenvolvimento econômico local é a que se refere ao papel cen= tral do conhecimento. A relação entre educação e desenvolvimento está sempre presente nos discursos oficiais e &eacut= e; comum ao governo que elege o desenvolvimento como meta, elaborar políticas públicas voltadas para educação, já que variáveis importantes ao bom andamento da economia como o nível salarial, desemprego e avanço tecnológico, estão int= imamente relacionadas ao nível de capacitação da população (Silva; Colares, 2014). Como afirma Sen (2000), a expansão das capacidades humanas, especialmente por meio da educação, é essencial para impulsionar o desenvolvimen= to sustentável.
A atividade turística exige pe= ssoas dotadas de habilidades, competências e atitudes profissionais compatíveis aos múltiplos equipamentos e serviços que oferece, nas áreas de transporte, recepção, hospedagem, alimentação, <= span class=3DSpellE>recreação progra= madas, eventos, etc (Neto; Moretto, 2000). A qualificação de profissionais do turismo, portanto, deve estar alinhada a uma agenda mais a= mpla de desenvolvimento local, considerando também os compromissos assumi= dos pelo Brasil com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (Oliveir= a; Rodrigues, 2022).
Neste sentido, assim como em todos os seguimentos, existem dificuldades a serem trabalhadas, para a adequada promoção turística no Brasil, principalmente no que ta= nge a questões relacionadas ao combate a fome e agricultura sustent&aacu= te;vel (Gimenes-Minasse, 2023), que estão intimamente conectadas ao cumprim= ento dos ODS. Por isso, os desafios de caráter econômico, cultural, ambiental e social, precisam ser considerados na elaboração de planos e roteiros gastronômicos e todo esse processo requer cuidados = no planejamento e operacionalização (Gimenes-Minasse, 2023). = &nb= sp; = &nb= sp; = &nb= sp; = &nb= sp; = &nb= sp; = &nb= sp; = &nb= sp; = &nb= sp; = &nb= sp; = &nb= sp; = &nb= sp; = &nb= sp; = = Portanto, este trabalho buscou mapear as práticas sustentáveis realizad= as por estabelecimentos gastronômicos na região carbonífer= a de Santa Catarina e realizar capacitações capacitaç&atild= e;o dos participantes em práticas sustentáveis alinhadas às métricas ESG e aos ODS, com objetivo de elaborar um modelo de Roteiro Turístico Gastronômico Sustentável.
Este trabalho se justifica pela relevância da criação de rotas turísticas e de roteiros integrados, especialmente os gastronômicos, como estratégias efetivas para o desenvolvimento regional (Garcia; Zottis; Bonho, 2015). Atrelar práticas ESG e aplicar metas dos ODS ao proces= so de criação de um roteiro turístico gastronômico, tornando-o um roteiro gastronômico com característica sustentável, poderá contribuir com o fomento de investimentos= ao setor. Além de fortalecer o turismo gastronômico local, esta p= esquisa pretende oferecer subsídios para a formulação de novos estudos e pesquisas no âmbito do turismo, hospitalidade e lazer, contribuindo para o avanço do conhecimento científico e para a consolidação de práticas sustentáveis no segmen= to.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Turismo
O turismo é uma atividade econômica e social que envolve a movimentação de pessoa= s em busca de lazer, cultura, aventura e outras experiências. Segundo a (O= MT) Organização Mundial do Turismo, o turismo é um fenômeno mundial que contribui significativamente para o desenvolvime= nto econômico, social e cultural de diversos países (UNWTO, 2020).= A atividade turística pode ser classificada em várias categorias como turismo de lazer, turismo de negócios, turismo cultural, turismo gastronômico ou culinário, dentre outros. Os impactos do turis= mo podem ser divididos em três grandes categorias: econômicos, soc= iais e ambientais. Os impactos econômicos incluem a geração = de emprego, a arrecadação de impostos e a atração = de investimentos. Já os impactos sociais referem-se à interação entre visitantes e moradores, podendo resultar em enriquecimento cultural ou, em contrapartida, na deterioração= de tradições locais (Gartner, 1996). Os impactos ambientais, por= sua vez, são particularmente relevantes no contexto do ecoturismo, que b= usca promover práticas sustentáveis. A exploração irresponsável de recursos naturais pode levar à degradação ambiental, o que demanda uma gestão cuidado= sa para garantir a preservação dos ecossistemas (Buckley, 2010).
Utilizar a gastronomia como ferrament= a de atração de novos fluxos de turistas e como estratégia = de destino é fundamental para o turismo hoje, haja vista ter se convert= ido na terceira principal motivadora de viagens em todo o mundo. As ilustrações e tabelas devem ter um número em algarismo arábico, sequencial, inscritos na parte superior, precedida do tipo = de ilustração (Figura, Quadro, Mapa, Gráfico) ou da palav= ra Tabela quando for o caso. Colocar o título por extenso, inscrito no = topo da ilustração ou tabela para indicar a natureza e abrangência do seu conteúdo. A fonte deve ser colocada imediatamente abaixo indicar a autoria, precedida da palavra Fonte. =
2.2 Turismo Gastronômico
O turismo gastronômico pode ser definido como a experiência de viajar em busca de produtos alimentares locais, incluindo pratos típicos, festivais gastronômicos e experiências de cozinha (Cohen & Avieli, 2004). Essa práti= ca é fundamental para a valorização da identidade cultura= l de um destino, permitindo que os turistas se conectem de maneira mais profunda= com a comunidade anfitriã. Economicamente, o turismo gastronômico = tem grande importância, uma vez que experiências culinárias podem aumentar a procura por produtos locais, aumentando o comércio local e gerando emprego nas indústrias alimentares e de serviç= ;os. Do ponto de vista social, o turismo gastronômico pode promover a inclusão e a participação das comunidades, fortalecend= o as redes sociais e valorizando a cultura local. No entanto, também pode apresentar desafios, como a comercialização excessiva de tradições culturais, que pode resultar na diluiç&atild= e;o da autenticidade (Dines & Haslam, 2004).
2.3 Roteiros Turísticos
O Ministério do Turismo define roteirização como a forma= de organizar e integrar a oferta turística do país, gerando prod= utos rentáveis e comercialmente viáveis. É voltada para a construção de parcerias e promove a integração,= o comprometimento, o adensamento de negócios, o resgate e a preservação dos valores socioculturais e ambientais da região (BRASIL, 2007). Já o roteiro turístico é definido como “itinerário, caracterizado por um ou mais elemen= tos que lhe conferem identidade, definido e estruturado para fins de planejamen= to, gestão, promoção e comercialização turística”. Dessa forma, os roteiros turísticos podem s= er organizados dentro de uma área que apresente certas peculiaridades ou afinidades e proximidades. Em razão disso, formatam-se roteiros ou r= otas turísticas, que são regiões que apresentam, alé= m de similaridades na oferta turística, certos objetivos em comum em relação à atividade turística. Segundo Creato (2005), o roteiro turístico é definido como sendo aquele que aborda temas específicos, além de identificar e combinar as principais potencialidades do ambiente natural e cultural de uma regi&atild= e;o, interpretando-as, combinando-as e transformando-as em produtos turísticos comercializáveis. Ou seja, o desenvolvimento de roteiros turísticos com exposição temática, fundamentada em conteúdos culturais e naturais, desperta o interesse= das pessoas e preenche sua motivação para viajar. Essa ferramenta pode ser um instrumento para proteger e promover o patrimônio natural= e cultural — tanto material como imaterial — já que podem ajudar a proporcionar viabilidade econômica às atividades mais tradicionais, como a agricultura ou o artesanato. Entre os moradores locais= , os roteiros ajudam a mostrar a importância da região e a importância de preservá-la, justamente em um mundo cada vez ma= is preocupado com questões de sustentabilidade.
A concepção de um rotei= ro turístico é algo complexo, estudado, analisado e elaborado, c= apaz de transformar uma simples potencialidade em uma realidade. Entretanto, exi= ge um planejamento criterioso e a existência de uma infraestrutura mínima para atender ao visitante, que deve conter instalações e serviços como transporte, hospedagem, alimentação, entre outros, formando uma cadeia produtiva. Além disso, precisa ser operacionalmente e comercialmente viá= vel. Beni (2003) destaca a importância de inovação e criativ= idade, como forma de atrair e aumentar o fluxo turístico das destinações que têm, na atividade turística, um = dos seus principais geradores de emprego e renda. A existência de ativida= des de recreação e lazer aos visitantes são fatores que le= vam os turistas a optarem ou não por permanecer por mais tempo em determinado local ao longo de um roteiro turístico ou mesmo de um determinado destino. Neste caso, Moleta (2000) recomenda uma pesquisa de mercado sobre o público que visita a cidade ou localidades envolvida= s no roteiro, assim como suas preferências. O envolvimento da comunidade é importante, e esta precisa ter consciência dos aspectos positivos e negativos que a atividade turística irá trazer pa= ra a sua localidade e região. A comunidade local precisa estar engajada no projeto turístico uma vez que dela dependerá a receptividade e vários serviços para atender aos turistas entre eles, alojame= nto, alimentação e estrutura de apoio, por exemplo. Entre os aspec= tos positivos, estão a geração de novos empregos e increme= nto nos negócios já existentes. A participação da comunidade na atividade turística deve ser compatível com sua disponibilidade para o trabalho e sua habilidade para o relacionamento comercial com o público.
2.4 Roteiros Turísticos Gastronômicos
Os rotei= ros de turismo gastronômico têm desempenhado um papel importante para valorizar áreas rurais e periféricas. Ou seja, podem ser um f= ator instrumental para promover o desenvolvimento sustentável e simultaneamente reforçar a identidade regional e a coesão territorial. Com uma abordagem temática e segmentada, como é = a do turismo gastronômico, um destino pode gerar o interesse dos turistas = em épocas específicas e distintas do ano para evitar uma forte sazonalidade ou restringir um destino “a uma temporada”, a fim = de reduzir a pressão sobre os atrativos que estão mais sobrecarregados, prolongando ainda o fluxo de visitantes. Ao gerarem essa “capilaridade territorial”, os roteiros de turismo gastronômico podem ajudar a revitalizar áreas em declín= io, ingredientes em risco de desaparecimento e/ou a ajudar a colocar novos dest= inos no radar (ou no mapa turístico), criando novas oportunidades de empr= ego e estimulando o empreendedorismo e a inovação ao longo da cad= eia produtiva do turismo. Como consequência, ainda podem criar condições para atrair financiamento ou investimentos do setor privado, desenvolvendo toda a região em que o destino está. Mapear quem são as pessoas, os artesãos e os produtores que v= ivem naquela região, quais os restaurantes, bares, feiras e outros espaços que oferecem o que é cultivado ou tradicional do loca= l, isto é, identificar quais as potencialidades a serem trabalhadas naq= uele lugar. Produtos com com Indicação Geográfica ou patrimonializado, como um queijo, um embutido, um doce, uma farinha de mandioca, uma panela de barro, uma bebida, entre outros, são um ponto muito positivo para o desenvolvimento de um roteiro e turístico gastronômico.
Além do destaque para os serviços de alimentação, a elaboração de= um roteiro turístico gastronômico deve contar com uma anál= ise detalhada da região, elencando as maiores fraquezas do destino, como= por exemplo, ser afastado de aeroportos ou ainda pouco conhecido, a falta de infraestrutura hoteleira ou de saneamento e também os motivos que po= dem fazer dele uma referência no panorama turístico, como suas paisagens, museus, tradições, culturas, etc.
2.5 Turismo Gastronômico Sustentável
O turismo gastronômico sustentável pode ser compreendido como uma vertente do turismo que valoriza a cultura alimentar de determinado território ao mesmo temp= o em que busca minimizar os impactos socioambientais da atividade turísti= ca. O turismo gastronômico sustentável pode ser definido como a prática de explorar a cultura alimentar de um destino de maneira que minimize os impactos negativos no meio ambiente e promova a economia local. Essa abordagem integra práticas de cultivo e produção = de alimentos sustentáveis, priorizando ingredientes locais, sazonais e orgânicos, e promovendo a utilização de métodos = de produção que respeitem o ecossistema (Kivela & Crotts, 20= 06), além disso, surge como uma perspectiva que visa equilibrar a experiência culinária dos viajantes com a preservação ambiental e o fortalecimento das comunidades loca= is (EESC/UNWTO, 2019).
A sustentabilidade é um aspect= o vital do turismo gastronômico. A promoção de práticas alimentares sustentáveis, como o uso de ingredientes locais e orgânicos, pode minimizar os impactos ambientais e promover a saúde das comunidades (Sustainable Food Trust, 2016). O conceito de "farm-to-table" (da fazenda à mesa) tem ganhado destaque, refletindo uma preocupação crescente com a origem dos aliment= os e com o suporte a pequenos produtores locais. Além disso, tais práticas favorecem a segurança alimentar, reduzem a pegada de carbono e impulsionam a valorização dos saberes alimentares tradicionais (SUSTAINABLE FOOD TRUST, 2016).
A conexão entre turismo, sustentabilidade e responsabilidade social torna-se ainda mais relevante qu= ando articulada com práticas corporativas éticas e inovadoras, com= o as orientadas pelos princípios ESG, discutidos a seguir.
2.6 Critérios ESG e Sustentabilidade nos Serviços
Gastronômicos
A sigla ESG, do inglês Environm= ental, Social and Governance, refere-se a critérios que avaliam o desempenho ambiental, social e de governança das organizações. De modo geral, ESG refere-se o quanto uma empresa busca alinhar os valores éticos e sustentáveis para garantir a proteção ambiental, ao compromisso social e à promoção da transparência nas atividades empresariais.
Nos últimos anos, o conceito d= e ESG consolidou-se como um modelo essencial para orientar práticas empresariais sustentáveis e éticas. A integração desses critérios não apenas responde às crescentes pressões ambientais e sociais, mas também demonstra uma relação positiva com o desempenho financeiro das organizações (Friede; Busch; Bassen, 2015).
O pilar ambiental envolve a gest&atil= de;o responsável dos recursos naturais, controle de emissões de ga= ses de efeito estufa e práticas de economia circular. O pilar social refere-se a ações voltadas para os direitos humanos, condições de trabalho dignas, diversidade e inclusão. Já a governança abrange transparência, ética corporativa e responsabilidade na gestão (Silva; Dias, 2020).
Empresas que adotam estratégia= s ESG robustas têm mostrado maior resiliência e competitividade, atra= indo investidores mais conscientes e reduzindo riscos regulatórios (Kr&uu= ml;ger, 2015). No contexto do turismo gastronômico, por exemplo, o ESG pode s= er aplicado desde o uso de fornecedores locais até a gestão ética dos resíduos, promovendo valor compartilhado e inovação responsável. Além disso, consumidores estão cada vez mais atentos às práticas corporativas, priorizando marcas alinhadas com valores sustentáveis (Porter; Krame= r, 2011).
Desta forma, o ESG transcende a ideia= de responsabilidade social e ambiental, representando um vetor estratég= ico para inovação, reputação e perenidade organizacional. A integração dessas práticas é fundamental para construir um futuro mais sustentável, justo e equilibrado, promovendo o crescimento econômico ao mesmo tempo em que= se protege o meio ambiente. Essa integração entre sustentabilida= de empresarial e responsabilidade social converge diretamente com os compromis= sos globais estabelecidos pela Agenda 2030, o que será explorado na próxima seção.
Desta forma, o ESG transcende a ideia= de responsabilidade social e ambiental, representando um vetor estratég= ico para inovação, reputação e perenidade organizacional. A integração dessas práticas é fundamental para construir um futuro mais sustentável, justo e equilibrado, promovendo o crescimento econômico ao mesmo tempo em que= se protege o meio ambiente.
2.7 Objetivos de Desenvolvimentos Sustentável (ODS) no contex=
to
do turismo gastronômico sustentável
Em 2015, a Organizaçã= o das Nações Unidas (ONU) lançou um importante desafio aos s= eus 193 Estados-membros, incluindo o Brasil: a implementação de u= ma nova agenda de desenvolvimento sustentável para os próximos 15 anos. Intitulada Agenda 2030, essa iniciativa estabelece um plano de ação global composto por 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que visam enfrentar os principais desafios contemporâneos em escala planetária (ONU, 2015). Esses objetiv= os são ambiciosos, interconectados e integrados, refletindo um compromi= sso coletivo dos países signatários com a promoção = dos direitos humanos, a erradicação das desigualdades, a equidade= de gênero e o empoderamento de mulheres e meninas. A proposta da Agenda = 2030 equilibra as três dimensões fundamentais do desenvolvimento sustentável: econômica, social e ambiental, e busca articular = os esforços de governos, instituições, empresas e socieda= de civil na construção de um futuro mais justo, resiliente e inclusivo (Sachs, 2015).
Os 17 ODS abrangem uma ampla gama de = temas prioritários para o desenvolvimento sustentável. Entre eles estão a erradicação da pobreza em todas as suas formas= ; o combate à fome e a promoção da segurança alimen= tar por meio de uma agricultura sustentável; a garantia de saúde e bem-estar para todas as idades; a oferta de educação inclusiv= a, equitativa e de qualidade ao longo da vida; e a busca pela igualdade de g&e= circ;nero e pelo empoderamento feminino. Também se destacam os objetivos relacionados à garantia de acesso à água limpa e saneamento básico, à promoção de energia limpa e acessível, ao incentivo ao crescimento econômico com trabalho decente, e ao fomento da inovação e infraestrutura sustent&aa= cute;vel (ONU, 2015).
Outros pontos relevantes da Agenda in= cluem a redução das desigualdades internas e entre os países, a criação de cidades e comunidades sustentáveis, o incen= tivo ao consumo e à produção responsáveis, e a urgência na tomada de medidas para combater as mudanças climáticas. Ademais, são abordadas questões ligadas à proteção da vida nos oceanos e nos ecossistemas terrestres, à promoção da paz, justiça e instituições eficazes, e ao fortalecimento de parcerias globa= is para a implementação dos objetivos (SACHS, 2015).
A Agenda 2030 representa, portanto, u= m pacto internacional orientado para a construção de um mundo mais sustentável e solidário. Seu êxito depende da articulação entre governos, setor privado, academia e socieda= de civil, bem como do engajamento individual e coletivo em ações concretas. A educação e a conscientização sobre= os ODS desempenham papel estratégico na mobilização de recursos, saberes e atitudes voltadas à transformação social, ambiental e econômica necessária para a efetivação dos compromissos assumidos. Nesse sentido, a Agenda 2030 se configura não apenas como uma diretriz política, mas = como um chamado ético à corresponsabilidade global frente aos desa= fios do nosso tempo. A educação e a conscientização sobre esses objetivos são fundamentais para sua efetiva implementação.
A conexão entre os ODS e os princípios do ESG é evidente: ambos propõem transformar modelos produtivos e sociais com base na equidade, justiça ambiental, inclusão e governança participativa. O turismo gastronô= mico sustentável, por sua vez, pode funcionar como um campo de aplicação prática dessas agendas, ao incorporar valore= s de justiça alimentar, responsabilidade ambiental, fortalecimento comunitário e fomento à economia local.
Nesse sentido, a integraç&atil= de;o entre ODS, ESG e turismo sustentável representa uma estratégia sinérgica para enfrentar os desafios contemporâneos, promovendo inovação, regeneração e bem-estar coletivo. Para que tais transformações sejam efetivas, é fundamental o papel da educação, da gestão pública e da consciência cidadã no engajamento com essas agendas.
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
O presente estudo consiste na elaboração de um modelo de Roteiro Turístico Gastronômico Sustentável, que foi aplicado como projeto piloto= na região Carbonífera do sul de Santa Catarina. Inicialmente foi realizada uma pes= quisa bibliográfica, com intuito de conceituar e definir termos como turis= mo, gastronomia, turismo gastronômico, roteiros gastronômicos, sustentabilidade, ESG, ODS e roteiros gastronômicos sustentáve= is.
Finalizada a pesquisa teórica,= foi elaborado um questionário fechado por meio do formulário eletrônico Google Forms, contendo 16 questões, com a intenção de avaliar o conhecimento prévio desses estabelecimentos sobre o tema sustentabilidade e identificar atividades sustentáveis já praticadas nos locais. Em seguida o estudo foi direcionado para o levantamento de dados dos serviços gastronômicos presentes na região Carbonífera do Sul Catarinense.
Para o levantamento dos serviç= os gastronômicos foram feitas buscas em páginas oficiais de setor= es governamentais dos municípios, a fim de se conseguir contato com associações comerciais e empresariais, secretarias de turismo, câmara de dirigentes lojistas dentre outros órgãos que pudessem contribuir com a divulgação da pesquisa. Foram encaminhados e-mails para essas entidades, explicando o teor da pesquisa e solicitando que os mesmos fizessem o direcionamento do formulário pa= ra seus associados, que fossem do setor gastronômico da região. Em paralelo a essas ações, também foi realizada a divulgação da pesquisa em programas de rádio veiculado= s na Região Carbonífera. Concomitante ao envio dos formulár= ios, foram realizadas pesquisas em sites de busca e em redes sociais para identificar estabelecimentos gastronômicos da região a fim de realizar um convite individual para a participação na pesquis= a. O contato com os estabelecimentos identificados foi realizado via mensagens de WhatsApp, via telefone e por meio de visitas presenciais.
Foram realizados contatos diretos com= , no mínimo, três estabelecimentos por município, totalizando aproximadamente 36 convites. A seleção seguiu critérios previamente definidos: os estabelecimentos deveriam estar localizados nas proximidades de pontos turísticos de seus respectivos municíp= ios; possuir tempo mínimo de funcionamento de três anos na região da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (AMREC); e apresentar capacidade de atendimento igual ou superior a 100 pessoas. Do total de estabelecimentos convidados, onze aceitaram o convite para participar do estudo. Os links com o questionário= foram encaminhados via WhatsApp para os responsáveis por estes estabelecimentos e os responsáveis orientados a responder o formulário.
Posteriormente, foi agendada uma capacitação sobre Práticas Sustentáveis Para Serviços Gastronômicos. Todos os estabelecimentos participante= s do estudo foram convidados a participarem do treinamento, que envolveu temas relacionados à sustentabilidade, com base nas métricas ESG e = ODS. Ao final do estudo, os dados foram analisados e discutidos. Após a capacitação foi elaborado um roteiro gastronômico para a região carbonífera de SC, composto pelos estabelecimentos que participaram da pesquisa e considerando os estabelecimentos que praticam no mínimo uma iniciativa sustentável em consonância com as= ODS e ESG. O Guia foi produzido utilizando o programa Canva, reunindo informações detalhadas sobre os estabelecimentos participante= s, incluindo seuspratos principais, a proximidade com pontos turísticos locais e um breve histórico de cada casa. Posteriormente, o roteiro será disponibilizado em sites institucionais e revistas eletrônicas, como estratégia de divulgação e ampliação do alcance junto ao público interessado.
4 RESULT=
ADOS E
DISCUSSÕES
4.1 An&a=
acute;lise
dos estabelecimentos em relação às práticas sus=
tentáveis
Dos estabelecimentos que concordaram em participar da pesquisa, 15 responderam o questionário enviado pelas pesquisadoras. As perguntas formuladas, abordaram temas relacionados aos objetivos, 02, 03, 05, 06, 07, 08, 11, 12 = e 14 dos ODSs, além disso 08 questões estavam relacionadas ao eixo social e 10 questões relacionadas ao eixo ambiental dos ESGs. As pesquisadoras optaram por não abordar questões relacionadas ao eixo governança, por entenderem que poderia haver resistência = por parte dos estabelecimentos em fornecer tais informações. De maneira geral, a maior parte dos estabelecimentos referiu aplicar ações sustentáveis em seus estabelecimentos, sendo que= das 16 questões inseridas no questionário, 13 foram respondidas de forma positiva pela maioria dos entrevistados, enquanto 3 questões tiveram respostas negativas por pelo menos 50% dos entrevistados.
&= nbsp; Conforme dados levantados no questionário 73,3 % dos participantes, referem utilizar algum tipo de energia renovável em seus estabelecimentos, enquanto 26,7% dos entrevistados, não utilizam nenhum método = de energia renovável. Essa alta adesão reflete uma tendênc= ia crescente de adoção de fontes de energia mais sustentáveis, que vêm ganhando espaço devido aos benefícios ambientais e econômicos. Fontes renováveis de energia são aquelas que podem ser repostas imediatamente pela nature= za (Goldemberg; Lucon, 2006). O que fortalece a meta 7.2 do ODS7 que visa aume= ntar substancialmente a participação de energias renováveis= na matriz energética global até o ano de 2030.
&= nbsp; Eficiência energética significa gerar a mesma quantidade de energia com menos recursos naturais ou obter o mesmo serviço com menos energia. Um est= udo de Souza e Colaboradores, de 2021, no Rio de Janeiro, mostrou que com a eficientização de 10.943 eletrodomésticos foi possível reduzir o consumo de energia em 1.541,54 MWh/ano e reduzir = na demanda de ponta na ordem de 398,39 kW, o que garantiu uma conservação de energia próxima a 50%. Substituir equipamentos eletrodomésticos, lâmpadas ou aparelhos eletrônicos convencionais, por aparelhos com maior eficiência energética, pode contribuir de forma significativa com a sustentabilidade do planeta. Neste estudo observou-se que 46,7% das empresa= s, ainda não adota esta prática, que pode inclusive, reduzir o custo do estabelecimento com eletricidade.
&= nbsp; Constatou-se que a maioria dos estabelecimentos, aproximadamente 93,3%, aplica algum método de reaproveitamento de água. Apenas um estabelecimento= , ou seja, 6,7%, não utiliza essa prática. Isso indica que o reaproveitamento de água é uma prática bastante comum entre os estabelecimentos analisados. O reuso de água se faz necessário, já que a água é um bem natural comu= m da sociedade que vem se tornando raro e que tende a ficar caro à medida= que diminui a quantidade disponível para uso potável (Santos, 201= 5). A utilização da água de reuso segura possibilita que a oferta de água potável seja destinada para fins essenciais, e= a de água de reuso, para outros fins, tais como atividades agrícolas, irrigação paisagística e limpeza urb= ana (Pinto et al., 2014).
&= nbsp; Aproximadamente 86,7% dos estabelecimentos estimula o uso de materiais não descartáveis, o que demonstra uma forte preocupação co= m a sustentabilidade. Essa prática é importante porque ajuda a reduzir a quantidade de lixo gerado e o impacto ambiental. Plásticos são materiais comumente utilizados em embalagens de alimentos. Consequentemente esses materiais se destacam em volume e quantidade nos resíduos sólidos urbanos, o que torna necessário reava= liar as práticas de utilização destes materiais (Corrê= ;a et al., 2018). Dentre os principais resíduos sólidos observa= dos na composição do lixo urbano brasileiro, os copos descartáveis ocupam posição de destaque, ainda mais considerando o tempo prolongado de decomposição no ambiente e= as dificuldades na reciclagem do resíduo, tendo em vista o retorno mínimo do seu processo de destinação (Quirino; Santos, 2020). Os materiais biodegradáveis são uma alternativa para mitigar os impactos negativos ambientais, econômicos e sociais decorrentes do uso dos plásticos não biodegradáveis. A meta 11.6 do ODS 11, considera que os usos de materiais biodegradáve= is desempenham papel importante na gestão adequada de resíduos (= Carvalho; Salum; Valadares, 2022).
&=
nbsp; Um
dos problemas que vem chamando bastante atenção e se configur=
ando
como de difícil solução é o dos resíduos
sólidos, popularmente chamados de ‘lixo’. Isso acontece =
por
conta do crescimento elevado desses resíduos (principalmente devido =
ao
enorme consumismo das sociedades contemporâneas), seu difícil
gerenciamento e sua disposição final inadequada (Lima; Saraiv=
a,
2022). A maioria dos estabelecimentos, aproximadamente 86,7%, realiza a
separação e descarte adequado de resíduos, enquanto 13=
,3%
não adotam essa prática. Um dos pontos mais importantes no
gerenciamento sustentável é a reciclagem de embalagens, sendo
esta também uma oportunidade de geração de emprego e r=
enda
para a população, além de sintetizar vários
princípios do que é desenvolver de forma sustentável. A
reciclagem é definida como o processo de transformação=
dos
resíduos sólidos que envolvem a alteração de su=
as
propriedades físicas, físico-químicas ou
biológicas, com vistas à transformação em insum=
os
ou novos produtos (BRASIL, 2010). Ainda com relação ao descarte adequado de
resíduos, 100% dos estabelecimentos afirmam realizar a reciclagem de
óleos e gorduras. O óleo, ao ser descartado de forma inadequa=
da,
interfere nos lençóis freáticos, podendo resultar em
diversos problemas ambientais, como, por exemplo, na escassez de águ=
a (Nascimento;
Lima, 2022).
As compras corporativas compõem quase sempre uma parte substancial do orçamento de uma organização púb= lica ou privada, o que faz com que seja elevado seu potencial de transformação econômica, social e ambiental (Gambogi; F= erreira; Boson, 2021). Observa-se que 100% das unidades (15 estabelecimentos) referem adquirir matérias-primas do comércio local. Isso indica um fo= rte compromisso com a economia local. A preferência por fornecedores loca= is pode fortalecer as redes de produção e consumo responsáveis, alinhando-se às práticas de ESG e aos OD= Ss.
&= nbsp; Uma das formas de atingir um consumo alimentar sustentável é a ampliação da agricultura familiar voltada às demandas = do mercado interno (Santin; Nascimento, 2023). Os dados da entrevista mostram = que 93,3% dos estabelecimentos adquirem matérias-primas provenientes da agricultura familiar, enquanto apenas 6,7% não o fazem. Essa alta pe= rcentagem indica um forte engajamento dos estabelecimentos com práticas de com= pra sustentáveis e de apoio à agricultura familiar, o que é fundamental para o fortalecimento da economia local, a segurança alimentar e a preservação do meio ambiente.
&= nbsp; Quanto ao consumo de produtos orgânicos identifica-se sua expansão no Brasil e no mundo em virtude da crescente contaminação ambien= tal que afeta todo o ecossistema e o aumento de estudos sobre os perigos do con= sumo de alimentos contaminados com produtos químicos sobre a saúde= das pessoase de outros seres vivos (Sousa; Miguel; Santos, 2020). Produto orgânico, seja ele in natura ou processado, é aquele obtido em sistema orgânico de produção agropecuário ou ori= undo de processo extrativista sustentável e não prejudicial ao ecossistema local (BRASIL, 2007). O estudo demonstra que pouco mais de 50% = dos entrevistados, adquire matérias-primas orgânicas para seus estabelecimentos, número relativamente baixo, mas que pode ser expli= cado pela diferença de preços entre alimentos convencionais e org&= acirc;nicos.
&= nbsp; Quanto ao eixo social do ESG, observou-se que 80% dos estabelecimentos referem disponibilizar Equipamento de Proteção Individual (EPI) a é todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado a proteção contra riscos capazes de ameaçar a sua segurança e a sua saúde (Soares; Figueir= a, 2023). A NR-6 determina que todas as atividades profissionais que possam ca= usar algum tipo de risco físico para o trabalhador devem ser cumpridas co= m o auxílio dos EPI’s (Soares; Figueira, 2023), além disso,= ao disponibilizar equipamentos de proteção individual aos colaboradores, as empresas estarão se adequando a métricas ES= G.
&= nbsp; Quanto à capacitação, 80% dos estabelecimentos oferece capacitação periódica a seus colaboradores, atitude extremamente importante, já que a capacitação profissi= onal é uma porta de acesso à grandes oportunidades. As mudan&ccedi= l;as constantes e a escassez de trabalho tornam o mercado cada vez mais competit= ivo, dessa forma, as pessoas devem estar sempre prontas, com hábitos e atitudes condizentes com um mercado cada vez mais exigente (Freitas; Galv&a= tilde;o, 2023). Por conseguinte, é importante frisar que a ausência ou = deficiência de um programa de treinamento dos colaboradores interfere diretamente na eficácia organizacional. Dessa forma, torna-se estratégico investir no treinamento, pois ele irá promover conhecimento para mel= hor satisfazer o cliente, e aumentando os lucros da empresa (Manhães, 20= 16).
&= nbsp; Dos estabelecimentos analisados, 80% apoiam projetos ou ações soc= iais regularmente, isso mostra um forte compromisso com a responsabilidade socia= l, o que é ótimo para a imagem e o impacto positivo na comunidade.= O apoio a ações sociais reforça o pilar social do ESG. Além disso, essas iniciativas também se conectam aos ODS. Ao investir em ações sociais, as empresas ajudam a avançar esses objetivos globais. Por outro lado, os 20% que não apoiam proje= tos ou ações sociais podem estar enfrentando desafios ou ainda não perceberam o valor de se envolver nessas iniciativas, o que representa uma oportunidade de crescimento e conscientização.=
&= nbsp; Menos da metade dos estabelecimentos refere sensibilizar os clientes com relação ao desperdício de alimentos. Dado que chama atenção, devido ao impacto social, ambiental e econômico causado pelo desperdício de alimentos no Brasil e no mundo. Os principais fatores relacionados ao desperdício de alimentos sã= ;o: comprar muitos alimentos sem planejar as refeições em que serão utilizados, armazená-los de forma indevida, preparar uma quantidade de comida maior do que será consumida e colocar no prato porções além do que será possível comer durante as refeições. Reduzir o desperdício de aliment= os pela metade per capita mundial, em nível de varejo e do consumidor, é uma das metas relacionadas aos ODS (Santos, et al., 2020). Vale ressaltar que para que o combate do desperdício de alimentos seja efetivo, mudanças são necessárias nas práticas operacionais, produtivas e de consum= o, sendo de extrema relevância trabalhar a sensibilidade do consumidor f= inal para esta causa (Longo, 2022). O manejo de sobras e restos são instr= umentos essenciais para redução do desperdício em serviç= ;os de alimentação, pois permitem mensurar dados e, a partir dele= s, elaborar planos de ação (Martins, et al., 2024). Neste aspecto, 93,3% dos estabelecimentos entrevistados relatou realizar controle de desperdício de alimentos.=
&nb= sp; A desigualdade salarial entre os gêneros consiste no ato de remunerar c= om salários diferentes entre homens e mulheres que exercem as mesmas funções, tendo como fator determinante para essa distinção a questão de gênero (Fonseca; Pereira, 2022). 100% dos entrevistados refere não haver distinçã= ;o entre remuneração para homens e mulheres que ocupam o mesmo cargo, o que é considerado muito positivo, haja vista que o direito a equidade salarial entre homens e mulheres é garantido por lei no Bra= sil, devido aos prejuízos históricos sofridos pela mulher no ambie= nte de trabalho (Fonseca; Pereira, 2022).
&= nbsp; Por fim, 92,9% dos estabelecimentos estão com suas licenças ambientais regulares, fato considerado positivo, no que tange a consciência ambiental destes estabelecimentos. As licenças ambientais têm o papel primordial de garantir a conformidade com as normas ambientais, prevenindo danos significativos ao ecossistema. Institui= ções e pesquisadores ambientais argumentam que o licenciamento ambiental se afig= ura como um importante instrumento do Poder Público para exercer seu dever co= nstitucional de preservação do patrimônio ambiental brasileiro, conciliando desenvolvimento econômico e social com a sustentabilidade= na utilização dos recursos naturais do país (Mateus; Pere= ira, 2015).
&= nbsp;
4.2 Capacitações em práticas sustentá=
veis
A capacitação com representantes dos estabeleciment= os participantes do estudo, foi realizada no dia 28 de julho de 2025, às 19:30h, de forma on-line, por meio do aplicativo Google Meet. Todos os estabelecimentos foram previamente informados e receberam o convite para a capacitação que teve como tema “Sustentabilidade em Serviços Gastronômicos: ações práticas que fazem a diferença”. O treinamento iniciou conceituando as sigl= as ODS e ESG. Posteriormente foram explanados os temas abordados no questionário do estudo, sendo eles o uso consciente da água, economia de energia, redução de resíduos, consumo consciente, redução de desperdício, valorizaç&a= tilde;o do colaborador, equidade no ambiente de trabalho, apoio a projetos relacion= ados a causas sociais e organização burocrática nos serviços. Dos 15 estabelecimentos participantes do estudo, apenas 2 deles compareceram a capacitação, o que pode denotar ainda pouco interesse pelo te= ma sustentabilidade, dentro das organizações que não compareceram. Com relação aos estabelecimentos que participar= am pode-se perceber baixo conhecimento dos representantes sobre ODSs e ESGs, por&eacut= e;m ambos demostraram interesse em ampliar seus conhecimentos e implementar nov= as ações sustentáveis nas empresas. A contribuição da educação para o desenvolvimento sustentável é inegável e foi enfatizada na Agenda da O= NU para 2030. Uma de suas metas está relacionada à aprendizagem = da sustentabilidade, à construção e à modernização de instalações educativas (Pires; Alpertedst, 2022). O setor gastronômico possui grande relevânci= a no quesito sustentabilidade, principalmente pelo alto consumo de água, energia e alimentos, sendo de grande importância o conhecimento sobre sustentabilidade, por parte destes serviços. Aos estabelecimentos que não puderam participar do treinamento, foi enviada uma apresentação em modelo PDF, contendo todos os assuntos aborda= dos, a fim de que os mesmos pudessem ser acesso ao conteúdo, porém não se pode garantir a capacitação dos mesmos. A figur= a 2 mostra a capa da apresentação realizada com as empresas.
Figura 1 – Capacitaç&atil= de;o sobre Sustentabilidade em Serviços Gastronômicos

4.3 Elaboração do Roteiro Turístico
Gastronômico
O roteiro contemplou todos os municípios da AMREC e contou= com a representatividade de pelo menos um estabelecimento por município, s= endo eles: Restaurante Russo representando o Balneário Rincão; Restaurante Granitão representando o município de Cocal do Su= l; Anselmo Lanches e Cantina Vettorazzi representando Criciúma; Cerveja= ria Saint Biar, representando Forquilhinha; Old West Pub representando Içara; Restaurante e Pousada Bugiu da Serra representando Lauro Müller; Celeiro Garden representando o Morro da Fumaça; Tratoria Mont’ Alccino e Restaurante Casa do Chico representando Nova Veneza; = Big Jack Cervejaria e Pub representando Orleans; Santuário Reserva do Aguaí e Restaurante Romagna representando Siderópolis; Pousada Rural Santo Antonio representando Treviso e Tratoria Cappo Del Mondo repres= entando Urussanga. A elaboração do roteiro turístico gastronômico pôde evidenciar a aplicação das práticas sustentáveis realizadas pelas empresas que participaram do estudo, alinhadas aos princípios ESG e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU. Na elaboração do roteiro foram destacados os principais serviços oferecidos pelos estabelecimentos, imagens ilustrativas, endereço e formas de contato= com os mesmos. Na criação do roteiro turístico gastron&oci= rc;mico, também foram elencados os pontos turísticos mais relevantes da região sendo eles: Região dos Lagos e orla marítima em= no Balneário Rincão; Castela Britânico em Cocal do Sul; Mi= na de Visitação em Criciúma; Parque Municipal Ecológico em Forquilha; Santuário Sagrado Coraçã= ;o de Jesus em Içara; Serra do Rio do Rastro em Lauro Müller; Coli= na de Nossa Senhora Aparecida Em morro da Fumaça; A Gôndola Lucil= le em Nova Veneza; O Paredão de Orleans, em Orleans; A Barragem do Rio São Bento em Siderópolis; A Cachoeira Cirenaica em Treviso e = os Vales da Uva Goethe em Urussanga. Ao descrever a aproximação = dos serviços com pontos turísticos regionais, o roteiro turístico gastronômico representa uma prática concreta = de turismo sustentável e inclusivo, integrando estratégias de valorização cultural, responsabilidade socioambiental e fortalecimento econômico. A elaboração do roteiro turístico gastronômico, conforme descrito, transcende o aspecto promocional ao funcionar como uma ferramenta estratégica de desenvolvimento sustentável. A Figura 2 apresenta um código Q= R, que direciona para o link do roteiro turístico gastronômico elabor= ado.
Figura 2 – Roteiro Turíst= ico Gastronômico Sustentável
=
p>
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
&= nbsp; Este trabalho elaborou um modelo de roteiro gastronômico sustentável para os municípios da região carbonífera de SC. Durant= e a elaboração do trabalho foram identificadas práticas sustentáveis realizadas por estabelecimentos gastronômicos situados nos municípios desta região, os mesmos estabelecimen= tos receberam capacitação com o tema “Sustentabilidade em Serviços Gastronômicos” e após serem capacitados,= os estabelecimentos foram incluídos no roteiro.
&= nbsp; A pesquisa concluiu que já há um movimento positivo do setor gastronômico, com relação à aplicaç&atild= e;o de práticas sustentáveis, entretanto ainda há questões que precisam ser melhoradas. Acredita-se que fatores econômicos possam estar relacionados com menor adesão a alguma= s estratégias sustentáveis, todavia, a falta de conhecimento sobre sustentabilidad= e, o baixo incentivo e a ausência de monitoramento por parte de setores governamentais também podem estar contribuindo para um ritmo lento em direção ao alcance das metas da agenda 2030.
&= nbsp; Supõe-se que capacitações periódicas que apontem benefíc= ios como a maior confiabilidade de mercado, maiores investimentos financeiros e= a fidelização de clientes, possam contribuir para acelerar esse processo e engajar empresas que ainda não estão envolvidas co= m o desenvolvimento sustentável.
Como limitação deste estudo, destaca-se que os dados obtidos refletem apenas a realidade dos estabelecimentos que aceitaram participar da pesquisa na região carbonífera de Santa Catarin= a, não podendo ser generalizados para todos os serviços gastron&= ocirc;micos da região ou de outros contextos. Sugere-se que pesquisas futuras ampliem o escopo geográfico e incluam diferentes segmentos do setor gastronômico, bem como adotem métodos comparativos e longitudinais, a fim de avaliar o impacto das práticas sustentáveis ao longo do tempo e em distintos contextos regionais.= span>
&= nbsp; A implementação de um roteiro gastronômico que leva em co= nta a sustentabilidade, poderá servir de modelo para serviços gastronômicos de outras regiões do estado de SC e até m= esmo do Brasil, além de estimular à adesão de prátic= as sustentáveis, tendo em vista a visibilidade positiva que tais empres= as teriam. Por fim, esta pesquisa poderá colaborar com o desenvolviment= o de novos estudos nessa área e contribuir para desenvolvimento regional responsável e inovador.
<=
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