MIME-Version: 1.0 Content-Type: multipart/related; boundary="----=_NextPart_01DC6E76.673E6190" Este documento é uma Página da Web de Arquivo Único, também conhecido como Arquivo Web. Se você estiver lendo essa mensagem, o seu navegador ou editor não oferece suporte ao Arquivo Web. Baixe um navegador que ofereça suporte ao Arquivo Web. ------=_NextPart_01DC6E76.673E6190 Content-Location: file:///C:/2669CB38/2188.htm Content-Transfer-Encoding: quoted-printable Content-Type: text/html; charset="windows-1252"
Training in Education 4.0 in the Military Police of
Santa Catarina: new perspectives for police education.
|
Silv=
ana
Rodrigues de Souza https://orcid.org/0000-0003-4606-431X |
=
Doutora em Educação. Universidade Federal de S=
anta
Catarina (UFSC) – Brasil. rodriguesdesouza0944@gmail.com.=
span> |
|
Sérgio Ricardo Trombetta https://orcid.org/0009-0006-3443-0705 |
Mestre
em Gestão do Conhecimento. Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) –
Brasil. ricatrom@gmail.com. |
RESUMO
A
inovação que surge como diferencial para melhor formar profissionais é uma =
área
que necessita de estudos constantes, visando o aperfeiçoamento e melhora dos
processos e resultados. Nessa esteira, este artigo tem como objetivo analis=
ar a
capacitação dos instrutores à luz da Educação 4.0 na Polícia Militar de San=
ta
Catarina (PMSC). O estudo, de natureza descritiva e com abordagem qualiquan=
titativa,
utilizou como instrumentos de coleta as respostas das atividades realizadas=
em um
treinamento específico para este público alvo, tais como questionários sóci=
o-acadêmicos,
questionários abertos, gravações em vídeo e podcasts.
Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva e análise temá=
tica
de conteúdo, considerando os pilares da Educação 4.0: personalização,
colaboração, aprendizagem baseada em problemas (ABP) e aprendizagem ao long=
o da
vida. Os resultados permitiram traçar o perfil dos instrutores,
majoritariamente do sexo masculino, com especialização e até 5 anos de
docência, e identificar o estilo de aprendizagem visual como predominante. A
análise das atividades evidenciou que a experiência profissional dos polici=
ais
é um elemento crucial para a resolução de problemas complexos e para a
contextualização do ensino. Ao final, tem-se que a capacitação contribuiu p=
ara
a introdução de práticas pedagógicas inovadoras na formação policial,
destacando a importância de se articular os princípios da Educação 4.0 com =
as
especificidades do contexto policial militar. O estudo oferece interessante=
s subsídios
para a reformulação de programas de formação docente em corporações militar=
es.
Palavras-chave: Polícia Militar de
Santa Catarina; Modelo Educação 4.0; Capacitação; Docência; Inovação.
ABSTRACT
Innovation, which emerges as a differentiating factor in improving
professional training, is an area that requires constant study aimed at ref=
ining
and enhancement processes and resu=
lts.
In this context, this article aims to analyze the training of instructors in
light of Education 4.0 within the Military Police of Santa Catarina (PMSC)=
. The
study, descriptive in nature and employing a qualitative-quantitative appro=
ach,
used as data collection instruments the responses to activities carried out=
during
a specific training program for this target audience, such as socio-academic
questionnaires, open-ended questionnaires, video recordings, and podcasts. =
The
data were analyzed using descriptive statistics and thematic content analys=
is,
considering the pillars of Education 4.0: personalization, collaboration,
problem-based learning (PBL), and lifelong learning. The results allowed us=
to
outline the profile of the instructors, predominantly male, holding
specialization degrees, and with up to five years of teaching experience, a=
nd
to identify the visual learning style as predominant. The analysis of the
activities showed that the professional experience of the police officers i=
s a
crucial element for solving complex problems and for contextualizing teachi=
ng.
In conclusion, the training contributed to the introduction of innovative
pedagogical practices in police education, highlighting the importance of
articulating the principles of Education 4.0 with the specificities of the
military police context. The study offers relevant insights for the
reformulation of teacher training programs within military corporations.
Keywords=
:
Santa Catarina Military Police; Education 4.0 Model; Training; Teaching;
Innovation.
Recebido
em 22/08/2025. Aprovado em 25/11/2025. Avaliado pelo sistema double blind
https://doi.org/10.22279/navus.v16.2188
=
1
INTRODUÇÃO
Aproveitar a experiência acumulada pel=
os
instrutores em suas funções profissionais, de modo a estimular a aprendizag=
em
por meio da colaboração e da prática, constitui uma estratégia fundamental =
para
aprimorar a formação na instituição. Essa premissa,, muito comum na área
educacional, incentivou os primeiros movimentos de aproximação e estudos dos
conceitos relacionados à Educação 4.0 na Academia de Polícia Militar da
Trindade (APMT), local de ensino, pesquisa e extensão dos policiais militar=
es
catarinenses.
A Polícia Militar de Santa Catarina (P=
MSC),
criada em 1835 por Feliciano Nunes Pires, sempre buscou atuar em defesa dos
cidadãos nas mais diferentes demandas, seja em ocorrências de rotina, auxíl=
io
em desastres naturais ou outros cenários de quebra da Ordem Pública. Dessa
maneira construiu uma imagem de confiança junto à população que depende de =
seus
serviços. No entanto, além de preservar seus valores tradicionais, a corpor=
ação
vem passando por constantes mudanças voltadas à modernização de seus proces=
sos e
estrutura, desde a implantação da filosofia de Polícia Comunitária à utiliz=
ação
de câmeras corporais.
No âmbito da preparação de seus
profissionais não é diferente, onde cada vez mais se consolidam os valores
emanados pela modernidade e inovação. O modelo de Educação inspirado na
Indústria 4.0, foco do estudo realizado por Sharma (2019, p. 3561), é orien=
tada
por Inteligência Artificial (IA) e modelos físico-digitais, almejando a
interação homem-máquina ainda mais flexível. Para a autora, “o objetivo da
Educação 4.0 para as instituições de ensino é encorajar os alunos e aprimor=
ar
os seus resultados de aprendizagem”, onde se torna evidente o papel dos
estudantes como principais interessados e beneficiários pelo ecossistema
educacional.
Tendências já avançadas em locais onde=
o
investimento na educação é significativo, essa nova proposta surge como uma
importante meta a ser implementada pela PMSC, definida por diretrizes de seu
Plano Estratégico. Dentro deste cenário, a revisão da dinâmica de capacitaç=
ão e
instrução dos novos policiais militares não surge apenas como uma engrenage=
m na
incrementação de uma cultura de vanguarda já consolidada pela instituição,
reconhecida por organizações militares de outros estados, mas também no
cumprimento quanto a otimização de recursos e aperfeiçoamento de competênci=
as.
O viés do conceito Educação 4.0, no pr=
isma
da corporação militar, busca tornar as instruções mais interessantes, atrai=
ndo
a atenção dos discentes em meio às atividades vigorosas dos cursos de forma=
ção,
que atualmente ocorrem de forma semi-intensiva, caso este do Curso de Forma=
ção
de Sargentos (CFS).
Nesse interim, os professores precisam=
rever
suas formas de aprender, ensinar e orientar os conhecimentos para alunos qu=
e pertencem
a gerações mais novas, as quais possuem, desde que nasceram, uma interação
ativa e diária com computadores, informações avançadas e capacidades digita=
is.
Tornar as instruções mais interessantes e adequadas é um imperativo e a
capacitação em Educação 4.0 representa uma oportunidade de rever práticas e
implementar novas rotinas de aula, utilizando metodologias ativas e ferrame=
ntas
tecnológicas.
Diante desse cenário, a APMT propôs, em
2023, um treinamento em Educação 4.0 para os instrutores do Curso de Formaç=
ão
de Sargentos (CFS), executado em formato híbrido (online e presencial). Diante de tal contexto, o presente estudo=
tem
como objetivo analisar a experiência de capacitação em Educação 4.0 para
instrutores do Curso de Formação de Sargentos 2023 da PMSC, em relação aos
princípios da Educação 4.0.
A pesquisa é relevante tanto no plano
acadêmico, ao contribuir com a ainda incipiente literatura sobre a aplicaçã=
o da
Educação 4.0 em contextos militares, quanto no plano prático, ao oferecer um
modelo de capacitação que pode ser adaptado e replicado em outras corporaçõ=
es.
O artigo está estruturado, além desta
introdução, em Referencial Teórico, onde se discutem os conceitos de Indúst=
ria
4.0, Educação 4.0 e sua interface com a formação policial; Metodologia, que
detalha os procedimentos da pesquisa; Resultados, onde os dados empíricos s=
ão
apresentados; e, por fim, as Considerações Finais.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Indústria 4.0 e seus impactos sociais
Em um moment= o de profundas transformações, marcado pela velocidade e pelo impacto de descobertas tecnológicas que consolidam a chamada Quarta Revolução Industrial, tais mudanças não se restringem às fábricas ou laboratórios, pois é perceptível a utilização de ferramentas como a inteligência artificial, a internet das co= isas, e a computação em nuvem, por exemplo, em muitos setores. Tais avanços, embo= ra promissores, trazem consigo um ritmo acelerado que tem impactado de forma significativa a realidade tal como a entendemos, tanto da vida social quant= o na produtiva.
Segundo Shar= ma (2019), a Quarta Revolução Industrial prevê o desenvolvimento da manufatura automatizada e inteligente. Ao mesmo tempo em que se baseia em sistemas de produção que trocam informações em tempo real, também se pensa a personaliz= ação dessa produção. Na mesma linha de raciocínio, autores como Pan et al. (2015) e Ko= vacs et al. (2016) destacam que a Indústria 4.0 trabalha com componentes industriais que se comunicam entre s= i e que a essência dessa revolução reside em sistemas inteligentes e interligad= os em redes, o que possibilita produções autorreguladas. A comunicação entre pessoas, equipamentos e produtos está muito mais difundida e dinâmica.
Como o estud= o de Schwab (2016) nos alerta, a Indústria 4.0 está se desenvolvendo em um ritmo rápido e não linear, afetando não apenas a forma como fazemos as coisas, mas também o que elaboramos e, principalmente, quem somos. No setor educacional= não seria diferente, pois os efeitos que acompanham essa nova onda já são senti= dos e amplamente debatidos por profissionais da área.
2.2 A educação 4.0
Como reflexo= da Indústria 4.0 no setor de formação, a Educação 4.0 surge como um modelo que busca alinhar o desenvolvimento discente às demandas da sociedade digital. = Seu foco vai além da simples inserção de tecnologia em sala de aula, uma vez que propõe a reestruturação do processo de ensino e aprendizagem.
Essas questõ= es educacionais são abordadas por Cortes, Ramirez e Molina (2020, p.1), quando afirmam que “a formação das novas gerações deve estar de acordo com novas técnicas educacionais = que permitam aos profissionais enfrentar os desafios atuais e futuros”. Para is= so, é necessária a construção de uma cultura de aprendizagem, em diálogo entre = as mais variadas instituições, setores e academia, na busca de soluções que atendam a todos. Muitos desafios se impõem nesse caminho, entre eles alinha= r as tecnologias utilizadas na indústria com a educação (Cortez; Ramirez; Molina, 2020).
Os pressupos= tos desse modelo enfatizam a promoção de uma educação diferente, com atores que utilizam as ferramentas e recursos baseados em tecnologia. Isto significa d= izer que a educação vai além de aulas tradicionais e dos materiais didáticos, o processo permite instruções muito mais remotas, por meio de chats, chamadas de voz e materiais= mais dinâmicos.
Conforme Fis= k (2017) e Morais (2021), a Educação 4.0 possui princípios que devem ser considerados como características fundamentais: a personalização, a colaboração, a aprendizagem baseada em problemas, a aprendizagem ao longo da vida e o uso direto da tecnologia para a capacitação.
O princípio = de personalização indica a relevância de conhecer cada vez mais as característ= icas e experiências dos discentes a serem capacitados. Para Fisk (2017), é importante reconhecer que cada estudante é único, com diferentes estilos de aprendizagem, ritmos e interesses. Portanto, oferecer experiências de aprendizagem personalizadas, adaptadas às necessidades individuais de cada estudante, será cada vez mais relevante. Dessa forma, espera-se que façam p= arte dos instrumentos destinados a diagnosticar o perfil discente da turma pergu= ntas como: quem são os discentes? de onde eles vêm? quais os potenciais de habilidades de cada um? como aprendem? entre outras.
Ainda, em di= álogo com os estudos de Morais (2021), vislumbra-se que os discentes possam se to= rnar protagonistas de sua própria educação e desenvolver habilidades que serão fundamentais para o sucesso no mundo moderno.
Considerando= que o modelo tradicional e unilateral de ensino e aprendizagem tende a ocupar men= or espaço no ambiente acadêmico-escolar, o instrutor passa a assumir um papel de medi= ação e de estímulo às formas variadas de aprendizagem do conteúdo. Trata-se de u= m “instrutor [que] nesse processo passa a ser o mediador do conhecimento, porém, tem que= ser muito mais atento ao desenvolvimento dos estudantes (p.12)”. Para isso, o educador precisa conhecer diferent= es saberes e ter domínio da era digital e com ela saber produzir conhecimentos= . (Polícia Militar de Santa Catarina, 2023a).
Na esteira d= e um trabalho educacional mais personalizado e colaborativo vislumbra-se o uso de metodologias ativas e híbridas; experiências de aprendizagem personalizadas; parceria entre os envolvidos; avaliações de várias ordens; flexibilização d= os currículos; recursos digitais adaptativos e feedbacks contínuos coletivos e individuais. =
O princípio da colaboração nos remete à importância da interdisciplinaridade = e do uso de recursos aplicados em situações não isoladas. Dentro de um cenário t= ão amplo como é a atividade policial, a adequada correlação de disciplinas proporciona um melhor preparo aos profissionais expostos aos mais diversos desafios. O aperfeiçoamento colaborativo “constitui-se de um conjunto de métodos e técnicas em grupo, de modo que a aprendizagem de cada membro é de responsabilidade dos demais membros do grupo” (França; Dias; Borges, 2020, = p. 2). Aliado a isso, a aprendizagem baseada em problemas ressalta os saberes adquiridos em momentos simulados de crises ou desconforto, onde o ato de pe= nsar e aprender se faz presente com maior destaque diante das necessidades. O trabalho de Silva (2022) ressalta que a situação-problema deve ser real e c= om significado para que o estudante tenha interesse na busca por resoluções de problemas. Naturalmente, o debate acaba por se configurar como a forma mais adequada para a coesão deste princípio.
A relevância= da inter-relação e mediação entre sujeitos, bem como entre sujeito e objeto, é primordial na construção dos conhecimentos e na experiência vivida entre el= es. O princípio referente à aprendizagem ao longo da vida destaca a riqueza da experimentação e da sabedoria que, aliadas às análises, reflexões e cenários situacionais, carrega a maturidade adquirida com o passar do tempo. Estudio= sos como Bakhshi, Downing, Osborne e Schneider (2017) e Ehlers e Kellermann (2019) demonstram que o mercado de trabalh= o está mudando com o uso das novas tecnologias, o que impõe novos olhares sobre as funções profissionais e determina a importância de desenvolver o princípio = do saber e das experiências adquiridas com a aprendizagem ao longo da vida. = span>
Na linha do desenvolvimento das habilidades digitais e do letramento nessa perspectiva, sublinha-se a relevância de ações voltadas à capacitação em ambientes inteligentes, fóruns de discussão, games educativos, entre outros passos qu= e, naturalmente, proporcionarão um avanço adequado às demandas socias dos temp= os atuais.
2.3 A educação 4.0 e a formação policial militar
A aplicação = da Educação 4.0 em corporações militares representa um desafio singular. A formação policial tradicionalmente valoriza a disciplina, a hierarquia e as= rotinas intensivas, com forte ênfase em habilidades práticas, como tiro, defesa pes= soal e comando. Implementar princípios como os presentes na Educação 4.0 represe= nta uma mudança de paradigmas que requer cautela, agregando novos elementos que auxiliam na evolução das metodologias já utilizadas, sem descuidar dos aspe= ctos relacionados aos valores consolidados da própria organização.
3 METODOLOGIA DA PESQUISA
Esta produção científica caracteriza-se como um estudo de caso específico e instrumental,= com abordagem quali-quantitativa, realizado no âmbi= to da Academia de Polícia Militar da Trindade (APMT), em Florianópolis. Participa= ram da pesquisa 163 policiais militares selecionados previamente pelos Coordena= dores responsáveis, atuando como instrutores de 19 disciplinas do Curso de Formaç= ão de Sargentos (CFS) de 2023. Esses profissionais participaram, de forma híbrida — formato alinhado a um dos pilares da Educação 4.0 —, do “Treinamento em Educação 4.0 para Instrutores= ”. Para tal evento, o grupo total foi dividido em seis subgrupos, cada um com tutor específico responsável por orientar e acompanhar as atividades propos= tas. Para aprofundamento da análise, optou-se por uma amostra composta pelos integrantes do Grupo D (28 membros), no qual um dos autores foi tutor. Essa= confição permitu acesso às informações, detalhamento apropriado das respostas coletadas, e acompanhame= nto qualificado do desenvolvimento das etapas conforme o progresso do Treinamen= to.
Para captura= dos dados, utilizou-se vários instrumentos no decorrer do treinamento, alinhados aos princípios da Educação 4.0 e que ocorreram a cada etapa do evento. Em momento inicial, com objetivo de conhecer o perfil dos respondentes, aplico= u-se, por meio de um formulário, um questionário sócio-acadêmico-profissional composto por 52 perguntas semi-estruturadas, no= qual se registraram dados demográficos dos participantes, sua escolaridade, tempo de docência, disciplina ministrada, estilo de aprendizagem (com base no modelo VARK - Visual, Auditivo, Leitura/Escrita e Cinestésico), além do uso de tecnologias.
Na atividade seguinte, a gravação de um vídeo de apresentação foi a dinâmica realizada. = Com fins de aliar a tecnologia e competências para a oratória, cada participante deveria utilizar o próprio celular para registrar em 2 a 3 minutos sua apresentação pessoal, trajetória acadêmica, profissional, atividades ou histórias que mais lhe suscitaram memórias, além das expectativas em relaçã= o ao treinamento, devendo ser posteriormente encaminhado ao tutor correspondente= de seu grupo.
A terceira ferramenta aplicada foi baseada no princípio da colaboração e aprendizado baseado em problemas. Por meio de disciplinas afins identificadas nos prime= iros instrumentos, cada tutor deveria reunir pelo menos três membros para que criassem um podcast. Nessa ativ= idade, os participantes deveriam conduzir um debate,o = com duração de até 10 minutos, a partir de uma pergunta-problema que abordasse = um tema atinente e familiar a rotina de todos. A dinâmica deveria ser gravada = em vídeo ou áudio, onde todos os participantes deveriam se manifestar com clar= eza nos argumentos utilizados, aliando a teoria à prática de seus conhecimentos para que as respostas pudessem ser assertivas e práticas. Foram repassadas = as seguintes perguntas para essa etapa (Quadro 1):
Quadro 1 – Organização para dinâmica de =
podcasts
|
Número
do Grupo |
Membros
participantes |
Disciplinas
afins |
Pergunta
para debate |
|
G1 |
03 |
Administração Logística e Financeira (= ALF) Gestão de Projetos (GPP) |
Que pontos devem ser observados para q= ue os projetos para angariar recursos, com fins de melhoria, possam se tornar viáveis? |
|
G2 |
04 |
Administração de Pessoal (ADP)<= /p> Legislação Institucional (LEI)<= /p> Comando, Chefia e Liderança (CCL) Direito Processual Penal Militar (DPPM= ) |
Como a comunicação pode ser melhorada,= a fim de que o comando e o corpo técnico auxiliar possam compartilhar da mesma visão estratégica? |
|
G3 |
03 |
Comando, Chefia e Liderança (CCL) Técnica de Polícia Ostensiva (TPO) Tópicos Especiais de Legislação (TEL)<= /span> |
Quais aspectos (ou ações de reconhecim= ento) podem ser trabalhados junto ao meu efetivo para que tenham motivação e comprometimento a fim de suprir atividades que necessitariam de maior núm= ero de policiais para resolver? |
|
G4 |
03 |
Armamento, Munição e Tiro Policial (AM= TP) Técnicas de Polícia Ostensiva (TPO) Polícia Comunitária (POC) |
Como fazer com que o policial se torne= mais confiante para o uso de arma em situações de necessidades? |
|
G5 |
03 |
Armamento, Munição e Tiro Policial (AM= TP) Polícia Ostensiva (POS) Comando, Chefia e Liderança (CCL) |
Quais alternativas ou atividades a ser= em desenvolvidas para melhorar a percepção dos policiais sobre a importância= de atividades preventivas? |
|
G6 |
03 |
Armamento, Munição e Tiro Policial (AM= TP) Defesa Pessoal (DPE) Tópicos Especiais de Legislação (TEL)<= /span> |
Como despertar a percepção nos policia= is a respeito do público-alvo de suas atividades (de quem preciso cuidar? públ= ico interno ou externo?) |
|
G7 |
03 |
Polícia Comunitária (POC) Defesa Pessoal (DPE) Técnicas de Polícia Ostensiva (TPO) |
Como posso buscar a compreensão das pe= ssoas em situação de uso de força, sem comprometer a imagem criada por alguns programas preventivos da corporação? |
|
G8 |
03 |
Defesa Pessoal (DPE) Educação Física Policial Militar (EFPM= ) Atendimento Pré-Hospitalar Tático (APH= T) |
Como tornar atrativo os estilos de luta marcial para pessoas que praticam atividade física? |
|
G9 |
03 |
Armamento, Munição e Tiro Policial (AM= TP) Direitos Humanos (DRH) Polícia Ostensiva (POS) |
Como fazer com que o policial se torne= mais confiante para o uso de arma em situações de necessidades? |
Fonte: Elaborado pelos autores (2024).= span>
O quarto e ú= ltimo instrumento aplicado foi com enfoque na experiência adquirida, por meio da = aplicação de outro formulário, composto por quatro perguntas abertas onde o propósito= era investigar a percepção do princípio da aprendizagem ao longo da vida, questionando sobre cursos que o participante fez nos últimos cinco anos na = área policial; funções desempenhadas dentro da corporação PMSC; três situações ocorridas dentro da corporação que foram solucionadas durante o exercício d= as funções e como o instrutor abordaria a resolução das situações descritas anteriormente na atualidade, se de forma igual ou diferente.
Todas as eta= pas acima descritas foram realizadas na fase remota do treinamento, utilizando a plataforma EaD da corporação, em um período de = vinte e sete dias onde foram desenvolvidos os estudos de conteúdo teórico e a realização de atividades assíncronas (vídeos, podcast e questionários). A etapa presencial ocorreu em dia determinado, nas dependências da APMT, com atividades voltadas a debates interdisciplinares e encerramento do evento.
Em relação a= análise, os dados quantitativos dos questionários foram processados por meio de estatística descritiva (frequências e percentuais), tabulados com auxílio de planilhas eletrônicas. Os dados qualitativos (conteúdo dos vídeos, podcasts e questionários abertos) = foram lidos pelos autores, submetidos à análise de conteúdo temática, categorizando as falas e percepções conforme os temas vinculados à Educação 4.0. Para garant= ir a confiabilidade da análise qualitativa, parte do material foi codificada ind= ependentemente por dois pesquisadores, com posterior conferência e consolidação das categorias. Para garantir o anonimato dos respondentes, os participantes fo= ram identificados neste artigo por códigos.
4.1.
Perfil dos participantes e particularidades no grupo D
O público-al= vo que participou do referido curso não foi escolhido ao acaso, pois ao serem instrutores do CFS, poderiam entender, aplicar e difundir os conceitos da Educação 4.0 aos seus discentes, iniciando assim, posteriormente, a implementação de uma premissa inovadora para formação continuada de policia= is militares.
O perfil é c= omposto em sua maioria por integrantes do sexo masculino (154 pessoas) e que exercem predominantemente as atividades de rotina no meio administrativo, embora por formação e condição institucional, também acumulam experiências na atividade operacional. Inseridos no grande grupo estão os integrantes do Grupo D, composto por 28 policiais militares.
Ao tratarmos= sobre os itens de perfil, observou-se pelas respostas que o local de residência, tanto do grande grupo quanto do Grupo D apresentaram 93% de seus membros habitando na grande Florianópolis (Capital, São José, Palhoça e Biguaçu). Quanto ao nível de escolaridade, as respostas mostram que predomina o grau = de Especialização (92% do grupo total e 86% no Grupo D). Participantes com formação stricto sensu somam 7%= no público total, enquanto na amostra esse índice se eleva para 11% (Mestres), conforme demonstrado no Gráfico 1:
Gráfico 1 – Nível de escolaridade=
Fonte: Elaborado pelos autores (2024).= span>
Conforme evi= denciado no Gráfico 2, o tempo de docência que mais se destaca em ambos os grupos é = de até 5 (cinco) anos de experiência, especificamente 44% das respostas no gru= po Total e metade das devolutivas no grupo D. É possível observar ainda que os participantes que relataram ser o CFS sua primeira experiência como instrut= or representou a menor fatia do gráfico, sendo 10% das respostas do grupo tota= l e 14% na amostra D; similar com o tempo de experiência de 6 a 10 anos. Ainda = no grupo menor, o percentual de instrutores com maior tempo de docência corresponde de forma semelhante nos dois grupos, a 22%.
Gráfico 2 – Tempo de experiência na docê= ncia
Fonte: Elaborado pelos autores (2024).= span>
Quando o enf= oque passa a ser os instrutores vinculados às 19 disciplinas do CFS, é possível observar no Gráfico 3 que o maior número destes são relacionadas a Armament= o, Munição e Tiro Policial (AMTP), Defesa Pessoal Policial (DPE) e Atendimento= Pré Hospitalar Tático (APHT), uma vez que tais matéri= as possuem um instrutor principal e um auxiliar para desenvolvimento das aulas. Os instrutores do Grupo D trabalham com 15 das 19 disciplinas, destacando-se A= MTP, Técnicas e Operações de Polícia Militar (TPO), Comando, Chefia e Liderança (CCL) e Defesa Pessoal Policial (DPE).
Gráfico 3 – Distribuição por disciplinas=
Fonte: Elaborado pelos autores (2024).= span>
O estilo de aprendizagem mais referenciado pelos participantes foi o visual, com 44% dos registros totais e 36% na amostra D. Para o maior grupo, 26% trouxeram o es= tilo de aprendizagem auditivo como o segundo mais importante, enquanto no Grupo D tal afirmativa ficou como terceira maior escolha, com 15%, sendo ultrapassa= do pela Leitura/Escrita (32%). Os estilos de aprendizagem menos citados foram o Cinestésico e Multimodal, em ambos os grupos.
Gráfico 4 – Estilo de aprendizagem
Fonte: Elaborado pelos autores (2024).= span>
Quanto às qu= estões relacionadas à tecnologia, as ferramentas que os respondentes expuseram como mais utilizados são Notebook/Computador/Tablet. As redes sociais também se fazem presentes de maneira significativa, sendo apontadas por 24% do total = de participantes e 27% do grupo D. A ferramenta Inteligência artificial aparece como o recurso menos utilizado, com índice próximo a 10% em ambos os regist= ros, como constata-se no Gráfico 5.
Gráfico 5 – Ferramentas tecnológicas mais utilizadas
Fonte: Elaborado pelos autores (2024).= span>
4.2. A manifestação dos pilares = da educação 4.0 na capacitação
4.2.1 Princípio da Personalização
Para fins de= ste estudo, antes do início do curso, objetivando trabalhar com o princípio da personalização junto aos participantes, os mesmos foram submetidos a um questionário sócio-acadêmico-profissional. Entre os inúmeros resultados que contribuem para a identificação do perfil adequado, um dos mais relevantes = está centrado na percepção quanto à assimilação de informações, na qual o cursis= ta apontou quais modalidades predominam na sua forma de aprender. Os estilos de aprendizagem ofertados para escolha foram: visual, auditivo, leitura, escri= ta e cinestésico. Para esse escrito trouxemos as indicações apontadas pelo Grupo= D. Tem-se as seguintes respostas conforme maior número, de forma decrescente: visual (19); leitura (17) e auditivo (8). O estilo multimodal (5) e cinesté= sico (4) foram os menos apontados pela turma.
Na dinâmica = de gravações de vídeo para apresentação pessoal, fica evidente o valor que os = participantes atribuem para a carreira e a formação acadêmica, visto que todos destacaram esses dois tópicos em suas manifestações. Alguns ainda mencionam também hobbies pessoais, aspectos da vida= familiar e como essas características influenciaram para a tomada de decisão quanto = ao ingresso e continuidade do labor na corporação. Observou-se ainda em tal dinâmica que cerca de 25% dos mesmos demonstraram ter algum conhecimento sobre os concei= tos e princípios relacionados à Educação 4.0. Para exemplificar, destaca-se alg= uns argumentos mencionados: que “estabeleceu relações entre os projetos de Educ= ação 2.0, 3.0 e 4.0 com a sua formação de estudante até o momento em que passou a ser instrutor, sublinhando o quanto o processo educacional se modificou ao longo do tempo até seu fazer docente e com isso as posturas do professor e = do alunado também mudaram” (Po 1)[1]; “parabeniza o comando por trazer os es= tudos sobre a Educação 4.0 para a Corporação da Polícia Militar”, diz que “[...] o sucesso do projeto depende de todos os envolvimentos na APMT” e ainda expla= na sobre “o prazer de ser instrutor e de gostar da docência” (Po 2); o Po3 defende a Educação 4.0 e expõe aspectos que ilustram os princípios dessa forma de educar e ratifica que “[...] quanto maior o nível de estudos, melhor será a ação desse militar”.
Quanto às ex= posições por parte de outros policiais, observa-se que o Pp1 trouxe aspectos sobre a Educação 4.0 na sua apresentação, fazendo relações com a teoria e a prática, atribuindo importância para o princípio da Aprendizagem Baseada em Problema= s e da Colaboração, manifestando um exemplo de como na disciplina que ministra procura trazer episódios da realidade do mundo policial para serem discutid= os. O Pp 2 também salienta “a importância de aliar teoria e prática para o avan= ço do processo educacional”. Ainda, o Pp 3 expõe a relevância da Educação 4.0, ressaltando fatores como: experimentação, projetos e vivências. Por fim, re= lata as conexões entre os princípios modelo educativo e o tempo de serviço na corporação.
Nas colocaçõ= es do Pp 4 fica claro a busca do objetivo com o treinamento que parece ser, no senti= do da melhoria do fazer docente, “repassar o conteúdo da melhor maneira e melh= orar as habilidades”.
4.2.2 Princípios da Colaboração e da
Aprendizagem Baseada em Problemas
Os problemas enfrentados na atividade policial militar, tanto na função exercida pelo participante, quanto na relação com a disciplina que ministra, também foram abordados em duas questões abertas. Enquanto os motivos atribuídos ao prime= iro versam sobre: falta de efetivo; complexidade das demandas; falta de recursos e estrutura e ausência de qualificação, no que concerne aos arrolados ao segu= ndo aspecto encontram-se: falta de qualificação; carência da estrutura e também pouco comprometimento. Sublinha-se que muitos dos apontamentos que tratam das adversidades evidenciadas para o desempenho da função policial também são citados para as dificuldades encontradas quando se ministra as disciplinas.=
Uma vez identificadas as maiores dificuldades enfrentadas pelos participantes do cu= rso, foi possível criar perguntas com relevância de conteúdo para os participant= es, agrupadas por temáticas e direcionadas como temas para a dinâmica seguinte = do treinamento: a criação de podcasts<= /i> para intercâmbio de pontos de vista, fomentando a colaboração e interdisciplinaridade.
4.2.2.1 Recu= rsos, comunicação e efetivo
Considerando= grupos formados por disciplinas inter-relacionadas, foram repassadas as perguntas registradas no Quadro 1 para debate nos podcasts. Nas três primeiras respostas de questões do G1, referentes à falta de recur= sos, efetivo e comunicação, o Po 4, componente de tal grupo, expôs que a insuficiência de recursos precisa ser tratada de maneira “[...] a pensar fora da caixa, pensar de uma forma como Educação 4.0”. Segu= ndo ele, a corporação Policial Militar não pode ficar esperando apenas pelo recolhimento do imposto do contribuinte e repasse dos valores pelo Estado p= ara o orçamento da PM. “Faz-se necessário a busca por emendas parlamentares, convênios com a iniciativa privada, Ministério Público e secretarias”. Tamb= ém sugere um curso para que os policiais militares tomem conhecimento dos cami= nhos possíveis para angariar tais recursos, e ainda cita o Núcleo de Processos e Projetos (NPP) do Estado Maior como espaço que pode ser utilizado pelos policiais militares para cursos dessa procedência.
Os participa= ntes do G2 defenderam para a pergunta proposta, a criação e consolidação de uma cul= tura que incentiva a troca de ideias e que deve ser corporativa/organizacional. = Para tal intuito, elencou-se a necessidade de “cursos de capacitação para desenvolver habilidades de comunicação, a criação de canais efetivos e eficientes, [...], videoconferências, plataformas de comunicação online, etc= span>”.
Os cursistas= do G3, da qual debatem a questão do baixo número de efetivo de policiais militares= no Estado de Santa Catarina, trouxeram na introdução do podcast dados que evidenciam 2023, ano onde foi observado pela primeira vez um número de policiais inativos maior que os empregados em ati= vidade. “No referido ano tínhamos 9.477 policiais militares ativos”. O Po 5 ressalta que “[...]as instituições brasileiras, = não somente as da segurança pública, possuem o grande desafio que é fazer mais = com menos”; Po6 e Pp5, participantes do mesmo G3, enfatizam a importância do desenvolvimento da liderança, o apontamento de críticas construtivas, o reconhecimento de erros, a questão da lealdade, o investimento em materiais= e treinamento que podem ser elementos que compensam um pouco o baixo número de efetivos da corporação.
4.2.2.2 A fa= lta de qualificação e o processo educacional dos policiais
Quanto ao te= ma relacionado à confiança no momento do uso da arma, um dos grupos formados, = o (G9), lançou mão da estratégia de coloca= r um dos componentes no papel de ouvinte com uma pergunta no podcast, que faria a seguinte indagação: “Por que a PM não respeita os Direitos Humanos nas suas abordagens?<= /i>”. Os demais membros deste grupo responderam ao ouvinte partindo do pressuposto que “[...] a instituição policial é a primeira que age em situações de conflitos” e ainda, que “[...] a corporação oferece atenção e resguarda os direitos das pessoas”. Além disso, importantes aspectos foram ressaltados na resposta, mencionando que “[...] o profissional da Segurança Pública inform= a os direitos dos envolvidos, que muitas vezes não os conhecem”. Os respondentes salientaram que esses aspectos, comumente, não são lembrados e que “[...] s= omente nas audiências de custódias é que o juiz vai analisar se os direitos humanos foram respeitados ou não nos momentos das ocorrências”. De acordo com o Po7, responsável por responder às instâncias de controle da legalidade, a primei= ra verificação é realizada pelo próprio policial militar no momento da ocorrên= cia. O participante ainda ressaltou que os dados estatísticos demonstram que a maioria das prisões é considerada legal. O Pp 6, da equipe, chama atenção p= ara uma confusão que existe entre o uso da força e o direito de agir com força quando se faz necessário. Outro integrante da equipe, explica que existe uma Pirâmide do Uso da Força= [2], onde ocorre correspondência escalonada conforme ações do cidadão e do policial. Enfatiza ainda que o policial “[..= .] somente avança com o uso da força letal em uma ocorrência, quando percebe a existên= cia de uma agressão letal contra o profissional. Ademais a corporação busca o respeito aos direitos humanos e que havendo algum desrespeito por parte do = seu efetivo, tem-se as corregedorias para analisar possíveis excessos”. =
Precisamente= sobre a complexidade da disciplina de tiro debatida pelo G9, o Po 8 enfatiza: “Não é fácil utilizar uma arma de fogo. Nós temos vários cursos= e treinamentos [que desenvolvem] a precisão e acurácia/exatidão do uso da arma nas situações de necessidades. Também há o manuseio de várias e diferentes armas”. O Po 9 complementou afirmando que o pol= icial militar precisa entender sobre a legislação vigente, citando a Declaração d= os Direitos Humanos, a Constituição Federal e os documentos normativos da Polí= cia Militar.
O Grupo 4, f= ormado pelo Po 10, Po 11 e= Pp 7, também tratou do uso da arma na atividade do podcast. O Po 10 atentou para alguns aspectos, como: a observação da legalidade; a importância da legítima defes= a ou de terceiros; o calor das situações de conflitos e da inteligência do polic= ial para leitura do cenário, pois “[...] o policial terá que responder juridicamente pela sua ação ou não ação”. Afirmou ainda que: “Para que o policial tenha sobrevida profissional, ele tem que saber ser profissional. = Ter conhecimento, a boa-fé, consciência tranquila, agir conforme princípios mor= ais e éticos para fazer a tomada de decisão circunstancial, é difícil de ser to= mada pois é de momento”. O Po 11 complementou as ide= ias expondo a importância do treinamento, de treinamentos “em seco” (sem munições na arma), conhecer o equipamento e trabalhar a insegurança quando ocorre troca do armamento. O Po 10 ainda enfatizou que= “o treinamento é ponto chave para nossa performance operacional”. A Pp 7 foi monitora de turma da Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (ESFAP)= e corroborou quando manifestou que no uso da arma alguns alunos demonstram ma= is confiança, outros menos. Afirmando que a confiança esperada no uso também é influenciada conforme o tempo vai passando. “Ouve-se muito: treina, treina!= Para que quando esse profissional esteja pronto ou aperfeiçoado, ele possa agir = na legalidade e ter os procedimentos massificados”. Ainda no que concerne à instrução, a policial ratificou que “os alunos observam o instrutor que gos= ta do que está fazendo, que é apaixonado pelo ensino e que procura transmitir o conhecimento de forma leve quando possível e sério quando se faz necessário= ”. No fechamento do trabalho, o Po 10 destacou que= a fala da Pp 7 valoriza muito a função da ESFAP, local específico da APMT em = que se faz a educação dos futuros profissionais da corporação.
A clareza qu= anto ao público-alvo das atividades policiais, tema debatido pelo G6, demonstra, por intermédio das exposições dos militares, que alguns fatores estão se perden= do, pois, “o Sargento é o elo entre comando e tropa. Esse profissional está saindo de= um campo de execução para de gestão”, e segundo o mesmo manifestante “tem-se perdido um pouco nesse processo, sendo muito amigo e não sabendo cobrar ou repreender em situações necessárias.” O Pp 8 acrescentou que seus colegas de posto precisam ser líderes e que nem sempre assumem a responsabilidade do n= ovo cargo.
Em relação à= questão da compreensão do uso da força por parte da sociedade, cuidando para não comprometer a imagem criada por alguns programas preventivos da corporação,= o Grupo 7 trouxe elementos importantes para o debate. A Po 12 começou a análise apontando que a filosofia da Polícia de Proximidade e a b= oa imagem atribuída à corporação, resultante do trabalho nos programas institucionais ju= nto à comunidade, constituem pontos positivos. Contudo, observou que quando a Polícia atende ocorrências e faz uso da força, esse cenário muda. A mesma afirma que “as pessoas não entendem que a polícia aprende técnicas para fazer uso da força= ”. Na mesma esteira desse pensamento, o Pp 9 salientou que a atuação militar e= stá na mídia e nas redes sociais e, por vezes, as imagens e ações não são bem interpretadas. Prosseguiu na mesma linha quando falou que a imagem da políc= ia, como qualquer outra instituição [ou até mais], já é exposta de qualquer maneira, as pessoas acompanham e pode ser que alguma atuação seja vista de forma negativa ou positiva, o que depende da repercussão social também. O m= esmo participante reiterou que, na disciplina que ministra, busca qualificar o policial para que utilize a técnica específica adequada a cada tipo de atua= ção. Sustentou, ainda, que o emprego correto dessas técnicas contribui para minimizar a imagem negativa associada às ações policiais.. Ademais, afirma = que existem documentos na polícia que legitimam o fazer policial, entre eles es= tão manuais e legislações.
A Po 13 continuou o diálogo, instigando o outro integra= nte da equipe (Pp 9) com a seguinte pergunta: “Você acha que o policial tem até um certo medo de fazer uso da força por causa da repercussão que isso pode dar= na sociedade?” O Pp 9 iniciou sua resposta trazendo o caso de dois policiais q= ue vieram entrar em confronto com um suspeito após abordagem, sendo que em mom= ento de breve descuido, um deles teve sua arma roubada e foi alvo de disparos por parte do agressor. Após o relato, o integrante da equipe afirmou que o prob= lema é a conduta do agente e não o meio utilizado por ele. Assim sendo, “toda aç= ão por parte do agressor terá uma reação por parte da polícia”.
O tema do desconhecimentom por parte da população, que critica o
porquê das abordagens policiais com a arma em punho - “já que elas não são
bandidas, mas sim cidadãs” - foi aprofundado na discussão do podcast, como a assertiva de que as
técnicas e condutas policiais não são compreendidas. O Pp 10 valida as
afirmações anteriores ressaltando a importância dos programas institucionai=
s e
seu viés de ensino nesses momentos de explicar os porquês do uso da força e=
da
técnica.
Ao final do = podcast a Po<= /span> 13 lança mais uma questão para seus colegas de trabalho: “Vocês acham que o= uso da câmera policial na hora que vai atender uma ocorrência, ela pode contrib= uir para uma maior tranquilidade da população?” O Pp 10 recorda que o policial = deve avisar que a ocorrência está sendo gravada. Dessa forma ele consegue atuar dentro dos princípios de abordagem e garantir ao cidadão que porventura se sinta ofendido ou prejudicado, a procura da corregedoria para realizar sua = reclamação. O Pp 9 reiterou que existe uma certa resistência à câmera, mas que ele proc= ura explicar aos alunos que o uso deste equipamento exige uma mudança de cultur= a no uso das imagens, porque a sociedade também avançou na utilização delas em s= eus meios de comunicação, na utilização em vias públicas e casas de comércio, ou seja, não é mais possível evitar o uso. “O que os policiais militares preci= sam compreender é que a câmera vai viabilizar nosso trabalho, nossa atuação e q= ue cada vez mais a formação do policial é pautada nos direitos humanos e nas técnicas. Nessa linha o instrumento veio legitimar a atuação perante o cida= dão mal-intencionado”.
A questão direcionada ao Grupo 8, que debate a atratividade das artes marciais como estímulo à pratica de atividade física, foi inicialmente comentada pelo Pp = 11, que organizou seu pensamento em duas partes: a primeira versou sobre os benefícios das Artes Marciais (AM) e a segunda sobre como as características das AM podem complementar outras atividades físicas. Segundo o mesmo, os benefícios estão inscritos no desenvolvimento de habilidades motoras; aumen= to do reflexo; concentração; autoestima; melhora do condicionamento cardiovascular; flexibilidade e trabalha praticamente todos os grupos musculares. Em relação às características das AM é possível fazer um planejamento para completar outras atividades físicas e consequentemente preparar o policial de uma maneira melhor.
Outro compon= ente da equipe, Pp 12, complementou as colocações do parágrafo anterior citando: confiança, segurança e autoestima. O conceito da Interdisciplinaridade, que integra duas ou mais áreas do conhecimento, foi avivado, uma vez que o participante destacou que a disciplina Uso Diferenciado da Força estabelece= links com os conhecimentos das Art= es Marciais, então “o policial para fazer uso das ferramentas do uso diferenci= al da força, vai se sentir mais seguro se tiver base das Artes Marciais”.
O final do podcast deste grupo ainda chamou a= tenção para a relevância do aprendizado das AM que pode salvar a vida do policial,= do seu colega e de alguém da sociedade. Um dos membros lembrou que “suor derra= mado em treinamento é sangue poupado no combate”. Ainda o outro participante fez= um convite aos colegas, afirmando que “procure fazer Arte Marcial, temos vários batalhões que disponibilizam aulas de Jiu-jitsu, Muay<= /span> Thai e Defesa Pessoal Submission”.
4.2.3 Princípio Aprendizagem ao Longo =
da
Vida
Debates acer= ca do princípio Aprendizagem ao Longo da Vida foram abordados em várias etapas do projeto Educação 4.0 e, ao término do treinamento, esses tópicos foram tratados por intermédio de questões abertas respondidas através de um formulário. Embora= o contexto para esse item tenha sido explorado por quatro perguntas, duas del= as produziram respostas mais evidentes e relevantes à presente pesquisa, servirando de base para os resultados aqui apresentad= os. A escolha e descrição de três situações ocorridas dentro da corporação, as qu= ais foram solucionadas durante o exercício das funções militares dos respondent= es, representam perspectivas voltadas para diferentes questões da profissão militar. Estes aspectos são apresentados no Quadro 2.
Quadro 2 – Asp= ectos de situações ocorridas nas funções profissionais conforme instrutores
|
As=
pectos |
Ex=
emplos |
|
Atendimento de ocorrências policiais variadas<= o:p> |
assal=
tos a
residência, confrontos armados, prisões por tráfico de drogas, etc; |
|
Resoluções de situações de emergência |
salva=
mentos
de vítimas, primeiros socorros e negociações em casos de reféns; |
|
Gerenciamento de crises |
paral=
isações
gerais, greves, manifestações sociais e desastres naturais; |
|
Mediação de conflitos internos |
entre=
colegas
de trabalho e resolução de problemas interpessoais; |
|
Coordenação e participação em operações polici=
ais
complexas |
busca=
s e
apreensões, reintegrações de posse e controles de distúrbios civis; |
|
Implementação de melhorias administrativas |
reest=
ruturação
de processos, organização de documentos, atualização de sistemas e gestã=
o de
recursos humanos; |
|
Envolvimento em atividades de ensino |
capac=
itações,
planejamento de cursos, desenvolvimento de material didático, coordenaçã=
o de
treinamentos; |
|
Participação em ações que envolvem inteligência
policial |
inves=
tigações,
monitoramento e captura de criminosos; |
|
Negociações e implementação de políticas e
benefícios para os policiais militares |
anist=
ias,
subsídios salariais, requisitos de formação acadêmica; |
|
Adaptação às mudanças tecnológicas e legislati=
vas |
uso de
câmaras corporais, sistemas de informações e novos procedimentos
operacionais; |
Fonte: Elabora= do pelos autores (2024).
Quando os 163 participantes foram solicitados a responder se abordariam as situações da m= esma maneira na atualidade, 98 responderam que não, ou seja, aproximadamente 66%= do total. Dessa feita, 33% agiriam de igual forma. Cabe destacar que as questõ= es abertas permitiam mais de uma justificativa para argumentar o porquê das aç= ões diferenciadas frente às situações vividas.
A utilização= de novos recursos de apoio e suporte organizacional foram fortemente trazidos = como argumentação, uma vez que 40% das respostas expuseram releituras diferencia= das de ocorrências e onde o tempo de serviço suscitou novos aprendizados e refl= exões de mudança de comportamento. Ademais, 25% das respostas apontaram a importâ= ncia do desenvolvimento de capacidade técnica, instrução e gestão, o que direcio= na para novas formas de liderança, delegação de atividades e aprimoramento de habilidades e/ou competências.
Um percentua= l muito similar ao anterior, 23%, refere-se à evolução dos procedimentos operaciona= is alimentados pela atualização da legislação e ações para execução da rotina.=
Algumas outr= as razões foram atribuídas em menor número, como: utilização de novas ferramen= tas de gerenciamento, suportes e uso de tecnologias (16%); a busca por entendim= ento a partir do ponto de vista da vítima, do indivíduo policial ou mesmo do gru= po de policiais envolvidos, com mais paciência e empatia (7%); também foram citados alguns casos específicos que tratariam de maneira diferente (4%) e novas fontes de recursos financeiros (3%).
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Na perspecti= va do desenvolvimento das competências digitais e da inclusão, a articulação entr= e os pilares da Educação 4.0 e as experiências profissionais dos policiais milit= ares participantes do evento revela-se, sem dúvida, relevante como motor para a = inovação na formação desses profissionais. Neste ínterim, este estudo objetivou anal= isar a experiência de capacitação em Educação 4.0 para instrutores do Curso de Formação de Sargentos da Polícia Militar de Santa Catarina. A personalizaçã= o, operacionalizada pelo diagnóstico de perfis e estilos de aprendizagem, perm= itiu um engajamento mais significativo, confirmando a premissa de Fisk (2017) so= bre a importância de reconhecer a singularidade de cada aprendiz. A colaboração= e a Aprendizagem Baseada em Problemas, materializadas na produção de podcasts, fomentaram a troca de experiências e a busca coletiva por soluções para desafios reais, fortalece= ndo a interdisciplinaridade de modo a refletir a dinâmica colaborativa defendida por França, Dias e Borges (2020). Por fim, a reflexão sobre a aprendizagem = ao longo da vida evidenciou o valor da experiência e da autorreflexão na contí= nua qualificação profissional, um atributo fundamental em um contexto de rápidas transformações como o policial militar.
As principais contribuições desta produção para a prática permeiam a oferta de um modelo = de capacitação que pode ser adaptado para outras corporações, além de fomentar= o debate sobre a aplicação da Educação 4.0 em um contexto militar considerand= o o aspecto acadêmico, tema ainda pouco explorado pela literatura.
Ainda que es= te estudo tenha reconhecidamente um escopo limitado, pois baseia-se no recorte= de um único curso, com análise detalhada em grupo específico, impedindo uma vi= são mais abrangente e generalista, ressalta-se que a adaptabilidade, a criatividade, o esforço coletivo e o comprometimento dos envolvidos possam = ser elementos de relevância para percepção quanto aos impactos dos métodos de ensino e aprendizagem junto à organização. Assim, para pesquisas futuras, sugere-se a aplicação e avaliação do modelo em outros contextos policiais ou militares; a realização de estudos longitudinais que mensurem o impacto da capacitação no desempenho dos discentes; e pesquisas que explorem a integra= ção de tecnologias relacionadas a Inteligência Artificial e gamificação, na formação policial.
Dessa forma,= é possível concluir que os primeiros passos para a incorporação da Educação 4= .0 na PMSC foram dados de maneira promissora. A experiência demonstrou que, me= smo em um ambiente tradicional e conservador, é possível fomentar uma cultura de inovação para formação, essencial para o surgimento de profissionais mais preparados, críticos e adaptáveis, capazes de servir à sociedade com maior excelência.
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[1]
Os
participantes aqui citados serão diferenciados por letras e números em
sequência.
[2] A Pirâmide d=
o Uso
da Força é um modelo escalonado das ações policiais, consagrado
internacionalmente e utilizado pelo efetivo da PMSC, na qual o agente de
segurança pode agir em diferentes níveis, conforme a gravidade da ocorrênci=
a e
em resposta à ameaça percebida. Adaptado do modelo de FLETC, possui clara
observância dos princípios legais e de Direitos Humanos.
Capacitação em Educação 4.0 =
na
Polícia Militar de Santa Catarina: novas perspectivas para a formação polic=
ial
Silvana Rodrigues=
de
Souza; Sérgio Ricardo Trombetta
|
IS=
SN
2237-4558 • Navus • <=
/span>Florianópolis
• SC • <=
/span>v.
16 • p. 01- |
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ISSN 2237-4558
• Navus • &n=
bsp;Florianópolis •
SC • v.9
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XX-XX • abr./jun. 2019 |
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