MIME-Version: 1.0 Content-Type: multipart/related; boundary="----=_NextPart_01DBA321.4A6E9150" Este documento é uma Página da Web de Arquivo Único, também conhecido como Arquivo Web. Se você estiver lendo essa mensagem, o seu navegador ou editor não oferece suporte ao Arquivo Web. Baixe um navegador que ofereça suporte ao Arquivo Web. ------=_NextPart_01DBA321.4A6E9150 Content-Location: file:///C:/2669C6F4/2064.htm Content-Transfer-Encoding: quoted-printable Content-Type: text/html; charset="windows-1252"
Attributes, barriers and challenges that =
impact
the decision-making process in the development of Smart Campus.
Patrícia Bellotti Carvalho htt=
ps://orcid.org/0000-0002-0821-8931
|
=
Mestre em Educação. Doutoranda em Gest=
ão da
Informação. Universidade Federal do Paraná (UFPR) – Brasil.
patriciabellotti@ufpr.br<=
span
style=3D'font-family:"Liberation Serif",serif;mso-fareast-font-family:Cal=
ibri;
mso-bidi-font-family:"Lohit Devanagari";mso-bidi-language:HI'> |
=
Taiane
Ritta Coelho https://orcid.org/0000-00=
03-2607-0704
|
Doutora
em Administração. Professora do Programa de Pós-graduação em Gestão da
Informação (PPGGI) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) – Brasil.
taianecoelho@ufpr.br |
=
Louisi
Francis Moura https://orcid.org/0000-00=
02-6980-4002 =
|
Doutora
em Engenharia de Produção e Sistemas. Professora de Gestão e Engenharia
Organizacional da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) –
Brasil. louisifrancis@utfpr.edu.br |
RESUMO
Este estudo identifica os atrib=
utos,
barreiras e desafios que afetam o desenvolvimento de S=
mart
Campus e influenciam o processo decisório. A pesquisa esclarece seu impacto=
na
implementação e gestão desses ambientes, fornecendo subsídios para decisões
mais eficientes. A metodologia adotada combina uma revisão
sistemática da literatura e análise de conteúdo para mapear os principais
atributos, barreiras e desafios associados ao desenvolvimento de Smart Campus. A abordagem teórica baseia-se na intera=
ção
entre stakeholders e fatores contextuais, como governança, infraestrutura
tecnológica e cultura institucional. Foram identificados 11 atributos
essenciais, incluindo conectividade digital, interoperabilidade de sistemas=
e
segurança da informação. Além disso, a pesquisa revelou 8 barreiras que
dificultam a implementação, como resistência à mudança e restrições orçamen=
tárias,
e 7 desafios relacionados à gestão estratégica, integração tecnológica e
políticas de privacidade. A análise evidenciou que a superação dessas barre=
iras
e desafios requer estratégias adaptativas e um alinhamento entre stakeholde=
rs.
Conclui-se que a adoção de atributos específicos, aliada a estratégias efic=
azes
para mitigar barreiras e desafios, é fundamental para fortalecer a eficiênc=
ia
da gestão e promover a inovação e sustentabilidade dos Smart
Campus. Os achados deste estudo contribuem para o desenvolvimento de diretr=
izes
práticas voltadas à tomada de decisão informada e à melhoria contínua desses
ambientes.
Palavras-chave: Smart Campus; processo decisório; estratégia; barreiras; atributos.
ABSTRACT
This
study identifies the attributes, barriers and challenges that affect the
development of Smart Campus and influence the decision-making process. The
research clarifies their impact on the implementation and management of the=
se
environments, providing support for more efficient decision-making. The ado=
pted
methodology combines a systematic literature review with content analysis to
map the key attributes, barriers, and challenges associated with the
development of Smart Campus. The theoretical approach is based on the
interaction between stakeholders and contextual factors, such as governance,
technological infrastructure, and institutional culture. Eleven essential
attributes were identified, including digital connectivity, systems
interoperability, and information security. Additionally, the research reve=
aled
eight barriers that hinder implementation, such as resistance to change and
budgetary constraints, as well as seven challenges related to strategic
management, technological integration, and privacy policies. The analysis
evidenced that overcoming these barriers and challenges requires adaptive
strategies and alignment among stakeholders. It is concluded that the adopt=
ion
of specific attributes, combined with effective strategies to mitigate barr=
iers
and challenges, is essential to strengthen management efficiency and promote
innovation and sustainability of Smart Campus. The findings of this study
contribute to the development of practical guidelines aimed at informed
decision-making and continuous improvement of these environments.
Keywords: Smart Campus; decision-making.; strategy; barrie=
r; attributes.
Recebido
em 08/12/2024. Aprovado em 24/02/2=
025.
Avaliado pelo sistema double blind
https://doi.org/10.22279/navus.v16.2064
1 INTRODUÇÃO
O conceito de Smart =
Cities tem ganhado destaque como resultado de avanços
tecnológicos significativos que permitem uma gestão mais eficiente dos recu=
rsos
urbanos, promovendo conectividade, automação e otimização de serviços (Zhan=
g,
2021). Esse modelo inovador tem sido adaptado ao contexto acadêmico por mei=
o do
conceito de Smart Campus, que busca integrar
tecnologias avançadas para aprimorar processos administrativos, acadêmicos =
e de
governança institucional (Li, 2021).
Um Smart Campus é um
ambiente colaborativo e tecnológico que integra redes sem fio, Internet das
Coisas (IoT) e análise de dados para otimizar a gestão e a tomada de decisão
(Ferreira & Araújo, 2018). Esses ambientes promovem eficiência operacio=
nal,
segurança e sustentabilidade (Bandeira & Araújo Neto, 2022; Schenatz, 2019). No entanto, a sua implementação enfr=
enta
desafios como barreiras tecnológicas, dificuldades na integração de sistema=
s e
a necessidade de estratégias de governança eficazes.
Apesar dos avanços na literatura sobre Smart Campus, ainda há uma lacuna na sistematização d=
e um
modelo conceitual que estruture os atributos críticos, barreiras e desafios=
que
influenciam a tomada de decisão e a implementação desses ambientes. A ausên=
cia
de um referencial estruturado dificulta a formulação de estratégias coerent=
es
para sua governança e expansão. Diferentemente de abordagens fragmentadas q=
ue
analisam aspectos isolados do Smart Campus, este
estudo propõe um modelo conceitual integrador, identificando 11 atributos
essenciais, 8 barreiras que dificultam a implementação e 7 desafios crítico=
s,
considerando aspectos como integração tecnológica, políticas institucionais=
e
interação com stakeholders.
A identificação desses elementos é fundamental p=
ara
qualificar a tomada de decisão em Smart Campus,=
pois
permite compreender os fatores determinantes para sua gestão eficiente. Em =
um
cenário onde o volume de informações disponíveis cresce exponencialmente, a
ausência de estruturação pode comprometer a efetividade das estratégias
adotadas (Silva, 2017). Assim, a integração de sistemas de informação e a
adoção de estratégias estruturadas possibilitam coletar, organizar e distri=
buir
dados de forma estratégica, apoiando gestores e pesquisadores na formulação=
de
políticas mais eficazes (Leite & Tavares, 2018). Modelos tradicionais de
tomada de decisão, como os propostos por Simon (1997), Freeman (2018) e
Davenport & Prusak (1998), demonstram que a
interação entre stakeholders e a gestão eficiente da informação são fatores
essenciais para garantir inovação e governança eficaz em ambientes acadêmic=
os
inteligentes.
Dessa forma, este estudo não apenas analisa os
conceitos de Smart Cities<=
/span> e
Smart Campus, mas também propõe um modelo conce=
itual
baseado em uma revisão sistemática da literatura e análise de conteúdo,
estruturando os principais atributos, barreiras e desafios que impactam a
governança e a tomada de decisão nesses ambientes acadêmicos. A partir dessa
abordagem, o estudo busca fornecer diretrizes
práticas para apoiar gestores na implementação de estratégias eficazes,
promovendo a inovação e sustentabilidade dos Smart
Campus.
2
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A
transformação digital tem impactado significativamente as instituições de
ensino superior, demandando modelos organizacionais mais eficientes e um
processo decisório fundamentado na gestão da informação e na interação entre
stakeholders. Neste contexto, a análise dos processos decisórios, da estrut=
ura
organizacional das universidades e dos modelos conceituais aplicáveis aos <=
span
class=3DSpellE>Smart Campus tornam-se elementos fundamentais para
compreender e aprimorar a governança desses ambientes. O Smart
Campus transforma a educação superior ao integrar tecnologias avançadas e
práticas sustentáveis. Além de promover sustentabilidade ambiental, econômi=
ca e
social, incentiva a aprendizagem colaborativa e adaptativa, sendo uma exten=
são
do conceito de Smart Citie=
s.
Segundo Pagliaro et al. (2016), os Smart Campus ampliam a eficiência e eficácia dessas
iniciativas urbanas.
O
processo decisório em ambientes Smart Campus ex=
ige um
modelo estruturado que integre dados, tecnologia e colaboração entre
stakeholders (Mitchell et al., 1997). Freeman (2018) reforça que a interação
entre os stakeholders influencia diretamente as decisões organizacionais,
enquanto Davenport e Prusak (1998) destacam a
importância da qualidade da informação no processo decisório. Modelos
tradicionais de tomada de decisão, como o racional e incremental, precisam =
ser
adaptados à dinâmica tecnológica dos Smart Camp=
us
(Simon, 1997), permitindo maior transparência e eficiência na gestão. Nesse
sentido, as universidades, como instituições de ensino e pesquisa, enfrentam
desafios organizacionais que demandam estruturas de governança flexíveis e
adaptativas (Neves et al., 2017). A gestão organizacional no contexto
universitário deve equilibrar a inovação tecnológica com a gestão da
informação, garantindo um modelo responsivo às mudanças institucionais e às=
demandas
dos stakeholders (Wood & Agle, 1997). O uso=
de
plataformas digitais para análise preditiva e automação de processos
administrativos tem sido um diferencial na governança universitária (Yang et
al., 2018). Além disso, a educação corporativa também se posiciona como
fator-chave na gestão organizacional das universidades, permitindo o
desenvolvimento de competências essenciais para a integração de tecnologias
inteligentes ao ambiente acadêmico (Blackmore &=
amp;
Sachs, 2012; El-Tannir, 2002).
Os
modelos conceituais oferecem uma estrutura teórica para compreender e aprim=
orar
a gestão de Smart Campus. Modelos de classifica=
ção
dos stakeholders, como os de Freeman (2018) e Mitchell et al. (1997), auxil=
iam
na priorização de atores influentes no ambiente universitário. A gestão bas=
eada
em dados permite a construção de frameworks estruturados para otimizar
processos e integrar decisões baseadas em evidências (Batini et al., 2009).=
O
framework decisório para Smart Campus deve inco=
rporar
atributos como qualidade da informação, gestão colaborativa e transparência,
promovendo uma governança mais eficaz (Davenport & Prusak,
1998).
Os
Smart Campus representam ambientes educacionais
dinâmicos, nos quais a interação entre usuários (alunos e professores) e
dispositivos é mediada pela Internet das Coisas (IoT) (Hadwan
et al., 2020). Estes ambientes são extensões dos Ambientes Inteligentes,
projetados para fornecer suporte eficaz aos usuários, além de intensificar o
conhecimento e minimizar erros no desenvolvimento de fluxos de trabalho
(Augusto et al., 2022). Essa abordagem melhora o ensino, a pesquisa e o des=
ign
dos módulos educacionais, garantindo que as universidades acompanhem os ava=
nços
mais recentes em tecnologia da informação e comunicação (Huang, 2021).
Semelhantes às Smart Citie=
s,
os Smart Campus enfrentam desafios como a adapt=
ação
às mudanças climáticas, crescimento populacional e a necessidade de lideran=
ça
colaborativa (Fachinelli et al., 2022).
Neste cenário, uma revisão sistemática da literatura pode auxiliar na
identificação dos atributos, barreiras e desafios que impactam a gestão de =
Smart Campus e influenciam o processo decisório,
proporcionando uma base sólida para a construção de um modelo conceitual
eficaz. A abordagem metodológica adotada neste estudo visa fornecer uma
compreensão abrangente dos fatores críticos que afetam a implementação e a =
gestão
de Smart Campus, contribuindo para o avanço e a
inovação nas práticas educacionais e organizacionais. Dessa forma, a
fundamentação teórica apresentada sustenta a necessidade de um modelo de to=
mada
de decisão que integre tecnologia, gestão da informação e colaboração entre
stakeholders, permitindo uma gestão universitária mais inovadora e eficient=
e.
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A pesquisa a= dota métodos descritivos, combinando análises qualitativas e quantitativas por m= eio de revisão sistemática da literatura (RSL) e análise de conteúdo. As fontes utilizadas para a RSL e a construção do modelo conceitual incluem IEEE, Web= of Science, Science Direct, Google Acadêmico, Scopus, Eme= rald e DOAJ. O acesso foi realizado pelo Portal de Periódicos da Capes, autentic= ado via Acesso CAFe.
Definiu-se a estr=
atégia
de busca utilizando todas as ferramentas necessárias, como o tesauro e os
operadores booleanos "AND" e "OR". A construção da
estratégia de busca partiu dos termos chave da pesquisa, sendo Smart Cam=
pus,
tomada de decisão e estratégia. Os termos foram considerados no singular e
plural, e apenas o idioma inglês foi utilizado na elaboração da estratégia =
de
busca.
Para a busca foram
considerados critérios em todas as bases de dados, sendo estes: (i) data da=
busca
em 17 de agosto de 2023 e atualização dos resultados em 02 de novembro de 2=
023;
(ii) o período temporal considerou de 2019 à 2023; (iii) tipo de documentos,
considerando somente os “artigos”; e (iv) artigos “Revisado por pares”.
Na Tabela 1 estão
descritos maiores detalhes da busca, um panorama geral sobre as bases de da=
dos
pesquisas, período, filtro por subárea e tipo de material, assim como o
resultado obtido.
Tabela
1
Panorama
da busca nas bases de dados
Base de dados=
|
Termos |
Período |
Resultados
17/08/2023 |
Filtro por su=
báreas
da base |
Tipo do mater=
ial |
IEEE |
(“Smart Campus” OR “S=
mart
Campus” OR "college Campus") AND decision making |
2019-2023 |
14 |
educational instituti=
ons;
decision making; teaching |
Artigo |
Web of Science - Core Collection |
((“Smart Campus” OR
“Smart Campus” OR "college Campus") AND decision making AND
(strategy OR strategie OR strategies2019-2023 |
16 |
-- |
Artigo |
|
Scopus |
(("Smart
Campus" OR "Smart Campus" OR "college Campus") A=
ND
decision AND making AND (strategy<=
/span> OR strategie OR strategies)) |
2019-2023 |
10 |
Social Science e Decisio=
n
Science |
Artigo |
Emerald("Smart Campus&q=
uot;
OR "Smart Campus") AND decisión |
2019-2023 |
44 |
-- |
Artigo |
|
Science direct |
((“Smart Campus” OR
“Smart Campus” OR "college Campus") AND decision making AND
(strategy OR strategie OR strategies)) |
2019-2023 |
16 |
-- |
Artigo |
DOAJ |
("Smart Campus&q=
uot;
OR "Smart Campus") |
2019-2023 |
6 |
Social Science |
Artigo |
Google acadêmico |
((“Smart Campus” OR “Smart Campus”) AND decision making AND (strat=
egy
OR strategies) AND barriers2019-2023 |
213 |
-- |
Artigo de revisão |
Nas bases Web of Science e Scopus, a bus=
ca foi
realizada no campo “tópicos”, que inclui o título, resumo e palavra-chave. =
As
bases de dados foram escolhidas por serem reconhecidas internacionalmente e
categorizadas nas áreas multidisciplinar (Web of science, Science Direct,
Google Acadêmico, Scopus e DOAJ), de tecnologia (IEEE), e de administração e
negócios (Emerald). Elas fornecem o embasamento teórico necessário para o
desenvolvimento da pesquisa, a partir da estratégia de busca aplicada para =
localizar
e identificar as bibliografias.
Além disso, a esc= olha e seleção dessas bases de dados passou pelo critério de relevância e pertinên= cia com o tema foco da pesquisa, e a possibilidade de recuperação por subtópicos/subáreas, possibilitando chegar nos termos-chaves de interesse.<= o:p>
A Figura 1 resume=
o
desenho da pesquisa aplicada: uma RSL, a análise de conteúdo e uma proposta=
de modelo
conceitual.
Figura
1
Etapa 1: Revisão Sistemática da Litera=
tura
Análise de conteúdo<=
o:p> Modelo conceitual Revisão Sistemática =
da Literatura
Na etapa da revisão sistemática de
literatura, foi utilizado o protocolo que orientou e forneceu o embasamento
para o desenvolvimento e aplicação da RSL. Na Figura 2 é possível visualiza=
r a
descrição das etapas do protocolo.
Figura
2
Protocolo
RSL
Questão de pesquisa: Quais são os atributos que influenciam o modelo organizacional e
que devem ser considerados no processo decisório em Smart
Campus? Palavras-chave da pesquisa (PT): Smart Campus; Processo Decisório; Estraté=
gia;
Barreiras; Atributos Palavras-chave da pesquisa (EN): Smart Campus; Deci=
sion-making
process; Strategy; Barriers; Attributes
Portfólio: 22 artigos Base de dados: IEEE; Science Dir=
ect;
Web of Science; Scopus; Emerald; DOAJ; Google Ac=
adêmico. Período: 2019-2023 IEEE: 14; Science Direct: 1=
6;
Web of Science: 16; Google academico: 213=
Scopus: 10 Emerald: 44 DOAJ: 6 Análise de títulos e resumos: IEEE: 5; Science
Direct: 2; Web of Science: 3; Scopus: 2; Emerald: 2; DOAJ: 5; Google Academico: 3
O protocolo RSL t=
em
como objetivo identificar trabalhos que abordem os atributos s serem
considerados em um Smart Campus. Este protocolo fornece um portfólio de art=
igos
com base em dois critérios: o tema central do artigo deve estar relacionado=
a
Smart Campus ou campus inteligente, bem como englobar uma perspectiva sobre=
os
atributos adequados para o processo decisório. Um artigo coletado é excluíd=
o se
não atender a esses parâmetros.
3.1 Aná=
lise de
Conteúdo
A análise de cont=
eúdo
apoia a identificação e análise de atributos que influenciam os modelos
organizacionais e que devem ser considerados no processo decisório em Smart
Campus. A Figura 3 resume o procedimento de análise de conteúdo.
Figura
3
Análise
de Conteúdo
Na análise de con=
teúdo,
serão apresentados os resultados, examinando os atributos, barreiras e desa=
fios
que influenciam o desenvolvimento de Smart Campus e impactam o processo
decisório nesse contexto. A análise foi conduzida por meio da leitura detal=
hada
dos textos e da categorização qualitativa com o software Atlas.ti, permitin=
do a
extração e organização dos principais fatores críticos. Utilizando o método=
de
Classificação Hierárquica Descendente (CHD), os dados foram organizados e
categorizados pelo software, conforme detalhado no Anexo I. Os padrões
identificados na CHD serviram de base para estruturar o Modelo Conceitual,
sintetizando as principais influências na gestão de Smart Campus.
A combinação da
investigação manual com a análise via Atlas.ti proporciona uma compreensão
aprofundada dos fatores críticos que influenciam a gestão e implementação de
Smart Campus. Assim, este estudo oferece uma oportunidade para explorar o
processo de tomada de decisão como um escopo adicional a ser investigado.
Os resultados obt=
idos
na Análise de Conteúdo foram fundamentais para estruturar a etapa seguinte =
da
pesquisa. A categorização dos fatores identificados, realizada pelo Atlas.t=
i,
permitiu reconhecer padrões e inter-relações entre os elementos analisados.=
Essas
categorias emergentes serviram de base para a formulação do Modelo Conceitu=
al,
que sintetiza as principais influências na gestão de Smart Campus e na toma=
da
de decisão nesse contexto. Além disso, a identificação de stakeholders-chav=
e e
suas interações possibilitou uma compreensão mais aprofundada das dinâmicas
institucionais, garantindo que o modelo proposto seja aplicável à realidade=
dos
gestores acadêmicos.
A partir dessas
análises, a Etapa 3 se dedicou à estruturação de um modelo que represente
visualmente essas conexões, facilitando sua interpretação e aplicação
estratégica.
3.2 Mod=
elo
Conceitual
Com base nos resultados obtidos na Eta=
pa 2,
foi desenvolvido um Modelo Conceitual que sintetiza os principais atributos,
barreiras e desafios que influenciam a governança de S=
mart
Campus. Além disso, o modelo incorpora o papel dos stakeholders e das
tecnologias de suporte para sua implementação eficiente. A construção do mo=
delo
foi guiada por um percurso estruturado, assegurando coerência e aplicabilid=
ade
aos elementos identificados por meio da Análise de Conteúdo.
O processo de construção do modelo seg=
uiu um
percurso estruturado que envolveu a identificação dos componentes-chave, a
definição das relações entre esses elementos, a elaboração de uma represent=
ação
gráfica e a validação por especialistas. Inicialmente, foram selecionados os
elementos mais relevantes que afetam a governança e o desenvolvimento de Smart Campus, incluindo atributos críticos como
interoperabilidade de sistemas, escalabilidade e segurança da informação. A=
lém
disso, foram consideradas barreiras institucionais, como resistência à muda=
nça
e restrições orçamentárias, bem como desafios estratégicos que exigem a
formulação de políticas de governança digital e a integração de tecnologias
emergentes. A compreensão dessas interações é fundamental para estruturar um
modelo decisório robusto e aplicável a diferentes contextos acadêmicos.
A relação entre esses componentes foi
analisada para compreender como atributos, barreiras e desafios afetam a to=
mada
de decisão em um Smart Campus. Nesse sentido, f=
oram
identificadas relações causais e interdependências, evidenciando que barrei=
ras
institucionais podem dificultar a adoção de determinados atributos, enquant=
o a
atuação estratégica dos stakeholders pode minimizar desafios e facilitar a
implementação de soluções tecnológicas inovadoras. Esse mapeamento permitiu
estruturar um modelo mais alinhado às necessidades institucionais e às prát=
icas
de governança digital.
Para facilitar a compreensão dessas
interações, foi elaborada uma representação visual do Modelo Conceitual. Es=
se
modelo se configura como uma ferramenta prática para gestores e pesquisador=
es,
permitindo a visualização integrada dos fatores críticos que influenciam a
governança de Smart Campus. Sua estrutura contr=
ibui
para a formulação de estratégias mais eficazes, promovendo a inovação e a
sustentabilidade nesses ambientes acadêmicos inteligentes.
A robustez e aplicabilidade do modelo =
serão
asseguradas por meio de um processo de validação utilizando o método Delphi,
que contará com a participação de especialistas na área. Esse procedimento
permitirá a realização de refinamentos e melhorias, garantindo que o modelo
esteja alinhado às necessidades reais da gestão de Sma=
rt
Campus e possa ser aplicado em diferentes cenários institucionais.
O Modelo Conceitual desenvolvido nesta=
etapa
oferece uma abordagem prática e integrada para apoiar a governança e a toma=
da
de decisão em Smart Campus, facilitando sua
implementação em diferentes instituições. Esse modelo se mostra especialmen=
te
útil para gestores acadêmicos, pois auxilia na identificação de pontos crít=
icos
para a tomada de decisão, permitindo uma administração mais eficiente e
estratégica dos recursos e iniciativas institucionais. Além disso, sua
aplicabilidade estende-se às instituições de ensino, fornecendo suporte na
implementação de estratégias sustentáveis que favorecem a integração de nov=
as
tecnologias e a modernização dos processos acadêmicos e administrativos.
Pesquisadores também se beneficiam des=
se
modelo, visto que ele estabelece uma base estruturada para o desenvolviment=
o de
estudos voltados à governança e inovação em Smart
Campus, oferecendo uma abordagem analítica que permite explorar diferentes
aspectos relacionados à adoção e gestão desses ambientes inteligentes. Além
disso, stakeholders institucionais encontram no modelo um suporte fundament=
al
para alinhar as necessidades dos diversos atores envolvidos, garantindo que=
a
implementação de soluções tecnológicas seja viável e atenda aos desafios
específicos de cada instituição.
Ao estruturar os elementos essenciais =
que
impactam a gestão de Smart Campus, o modelo não
apenas sistematiza informações relevantes, mas também fornece um framework
analítico que orienta estratégias de inovação e sustentabilidade. Dessa for=
ma,
contribui para uma gestão mais eficiente, promovendo a transformação digita=
l e
garantindo que as universidades e centros acadêmicos possam se adaptar às
exigências do cenário contemporâneo de forma estratégica e bem fundamentada=
.
A Tabela 2 indica=
as
principais informações de cada artigo coletado (identificação A1 - A22),
incluindo título, autor(es), periódico publicado, ano e o método utilizado.=
Tabela 2
Panorama
do portfólio
|
Título |
Autor(es) |
Periódico |
Ano |
Método |
A1 |
A
tomada de decisão baseada em atributos que influenciam a compra de
máquinas agrícolas |
Mello et al. |
Saber Humano |
2019 |
Questionário; Estatística descritiva |
A2 |
Smart Campus® as a li=
ving
lab on Sustainability indicators monitoring |
Negreiros et al. |
IEEE International Smart
Cities Conference |
2020 |
Dashboard; Sistema de monitoramento contínuo e inteligen=
te |
A3 |
Smart Campus Model: A
Literature Review |
Imbar et al. |
International Confere=
nce
on ICT for Smart Society |
2020 |
Revisão de literatura |
A4 |
Uma análise dos atributos Importantes no proc=
esso
de decisão de compra de notebooks utilizando Análise fatorial e escalonam=
ento
Multidimensional |
Vieira & Slongo |
Revista de Administração Mackenzie |
2006 |
Pesquisa exploratória-qualitativa; Entrevista; Análise factorial;
Escalonamento multidimensional |
A5 |
Smart Campus: extensi=
ve
review of the last decade of research and current challenges |
Chagnon- Lessard et a=
l. |
IEEE Access |
2021 |
Extensa análise da literatura científica sobre
campi inteligentes da última década (2010-2020) |
A6 |
A Smart Campus framew=
ork:
challenges and opportunities for education based on the sustainable
development goals |
Silva-da-Nóbrega et al. |
Sustainability |
2022 |
Pesquisa quantitativa descritiva exploratória=
por
meio da Análise de Importância-Desempenho (IPA) |
A7 |
The Making of Smart
Campus: A Review and Conceptual Framework |
Polin et al. |
Buildings |
2023 |
Revisão Sistemática da Literatura utilizando o
protocolo PRISMA |
A8 |
Optimizing Smart Camp=
us
Solutions: An Evidential Reasoning Decision Support Tool=
|
Ahmed et al. |
Smart Cities |
2023 |
Revisão de literatura; Abordagem de raciocínio
evidencial (ER) com Python |
A9 |
The Challenges and Op=
portunities
of Era 5.0 for a More |
Tavares et al. |
Society |
2022 |
Revisão Sistemática de Literatura |
A10 |
Towards a Sma= rt Campus: supporting campus decisions with Internet of Things applications<= o:p> |
Valks et al. |
Building Research &=
; Information |
2020 |
Revisão de literatura; Estudo de caso |
A11 |
Smart Campus =
— A
sketch |
Min-Allah &am=
p; Alrashed |
Sustainable
Cities and Society |
2020 |
Revisão de literatura |
A12 |
A study on
posture - based teacher -student behavioral engagement pattern |
Zhao et al. |
Sustainable
Cities and Society |
2021 |
Modelo de árvore de decisão baseado em
árvore de classificação e regressão (CART) |
A13 |
Smart Campus:=
definition,
framework, technologies,=
and services |
Dong et al. |
IET Smart Cit=
ies |
2020 |
Revisão integral das tecnologias de a=
poio
e das propostas existentes de Smart Campuss |
A14 |
Towards Smart
Campus Management: defining
information requirements =
for decision maki=
ng through dashb=
oard Design |
Valks et al. |
Buildings |
2021(a) |
Dashboards; Briefing |
A15 |
Supporting
strategic decision-maki=
ng
on the future campus with space utilization studies: a case study |
Valks et al. |
Property Management |
2021 (b) |
Medições de uso do espaço realizadas =
na TU Delft nos últimos cinco anos |
A16 |
A determinati=
on
of the smartness lev=
el of university=
Campus: the Smart Availability Scale (SAS) |
Samancioglu=
span> & Nuere<=
/span> |
Journal of Engineering and Applied Science |
2023 |
Revisão de literatura; Estudo de caso com avaliações
pós-ocupação (POEs) |
A17 |
A multi-attri=
bute utility decis=
ion support tool =
for
a Smart Campus—=
UAE as a case stu=
dy |
Ahmed, V. et =
al. |
Frontiers in
Built Environment |
2022 |
Revisão de Literatura; Pesquisa envolvendo uma amostra; Análise AHP |
A18 |
Smart Campus
tools – adding value =
to
the university campus by measuring spa=
ce
use real-time |
Valks, et al. |
Jornal de Imóveis Corporativos |
2018 |
Questionário; Entrevista semi- estruturada. |
A19 |
An Investigat=
ion
into stakeholders’=
perception of
Smart Campus criteria: the American Univ=
ersity of Sharjah as=
a
case study |
Ahmed et al.<= o:p> |
Sustainabilit=
y |
2020 |
Pesquisa exploratória, quantitativa e qualitativa; Estudo de caso; Revisão de literatura |
A20 |
Facilitating
successful Smart Campus transitions: a systems=
|
Awuzie et al. |
Applied Scien=
ces |
2021 |
Revisão de literatura |
A21 |
Automating in a Smart Ca=
mpus |
Opranescu et al. |
International
Symposium on Advanced Topics in Electrical
Engineering |
2023 |
Estudo de caso; Revisão Sistemática da
Literatura (RSL) |
A22 |
Teaching
Performance Evaluation in Smart Camp=
us |
Xu et al. |
IEEE Access |
2018 |
Revisão Sistemática da Literatura (RS=
L);
Sistema de avaliação de desempenho |
3.3 Análise de Conteúdo
A Análise de Conteúdo, conforme Bardin
(2016), emprega métodos sistemáticos no intuito de descrever o conteúdo das
informações, a partir de indicadores (quantitativos ou não), permitindo, as=
sim,
realizar interpretações baseadas nas classificações dos componentes das
mensagens analisadas.
A análise de conteúdo foi apoiada pela
utilização do software Atlas.ti, e suas fases se
organizaram em três etapas: pré-análise; explor=
ação
do material; tratamento dos resultados e interpretações, conforme demonstra=
do
na Figura 4.
Figura 4
Etapas e procedimentos da análise de co=
nteúdo
A fase in=
icial de
=
pré-análise compreendeu a leitura preliminar dos
títulos, resumos e palavras-chave dos textos, seguida pela organização no
software Atlas.ti. Durante esse processo, o
"tema" foi estabelecido como a unidade de registro para codificaç=
ão,
identificado por palavras-chave representativas dos códigos associados. As
"frases" foram designadas como unidades de contexto, destinadas a
fornecer esclarecimentos sobre as unidades de registro. Além disso, foram
formulados indicadores e estabelecidas categorias de contexto, com base nas
análises preliminares. É importante destacar que a elaboração dos indicador=
es
seguiu o critério do "objeto de referência citado", que pressupõe=
que
quanto mais frequente for o objeto nas mensagens, maior será sua relevância
(Bardin, 2016).
A
exploração do material envolveu a análise e codificação completa de todos os
textos do portfólio bibliográfico. A partir dessa codificação, as unidades =
de
registro foram agrupadas e relacionadas por tópicos semelhantes, resultando=
na
formação de categorias de análise. É relevante mencionar que uma análise de
conteúdo engloba categorias de duas naturezas: Categorias de Contexto e
Categorias de Análise. As categorias de contexto são amplas e definem-se pe=
lo
seu relacionamento com a questão e os objetivos de pesquisa, enquanto as
categorias de análise correspondem a subdivisões das categorias de contexto=
em
partes analisáveis (Bardin, 2016). Na presente Revisão Sistemática da
Literatura (RSL), as categorias de contexto foram definidas durante a etapa=
de pré-análise, enquanto as categorias de análise foram
identificadas durante a fase de exploração do material.
Por
fim, o tratamento dos resultados foi caracterizado pela exploração, compara=
ção
e análise das categorias, unidades de registro e de contexto, permitindo a
interpretação e atribuição de significado aos dados (C=
reswell,
2014).
4
APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
4.1
Categorias de Contexto
As
categorias de contexto, como mencionado anteriormente, são definidas pela s=
ua
amplitude e relevância para a questão e os objetivos da pesquisa. Com base =
nas
análises descritivas apresentadas nesta etapa preliminar, e em consonância =
com
os objetivos deste estudo, foram identificadas cinco categorias de contexto:
(i) Smart Campus; (ii)
Processo Decisório; (iii); Atributos; (iv) Desafios; e (v) Barreiras.
Concluídos
os procedimentos preliminares de análise textual, o próximo passo envolve a
exploração do material, que é identificada na análise de conteúdo através da
realização de codificações, associação dos códigos às categorias de context=
o e
subdivisão das categorias de contexto em categorias de análise, conforme
detalhado na próxima subseção.
4.2
Exploração do material
A
etapa de exploração do material teve início com a releitura e a codificação
abrangente dos textos. Esse processo envolveu a seleção criteriosa, a análi=
se
profunda e a interpretação dos dados, empregando a codificação de segmentos
textuais para identificar e atribuir significados às relações pertinentes a=
os
objetivos da pesquisa (Bardin, 2016).
A
codificação transforma dados brutos em informações, organizando e categoriz=
ando
os diferentes trechos textuais com base em suas similaridades, o que permite
identificar padrões no conteúdo examinado. Dessa forma, a frequência de
ocorrência dos códigos possibilita uma análise heurística, que, ao ser
visualizada graficamente, oferece uma representação do constructo final da
codificação e fornece subsídios para a formulação das categorias de análise=
.
A
codificação dos artigos resultou em cinco códigos distintos, dos quais, os =
mais
recorrentes e representativos da análise estão apresentados na Figura 5.
Frisa-se que os códigos foram nomeados, individualmente, em língua portugue=
sa,
conforme recurso disponibilizado pelo software Atlas.t=
i.
Na referida figura, códigos maiores e mais centralizados indicam maior
frequência de ocorrência nos textos.
A
Figura 5 (nuvem de palavra) destaca, principalmente, 5 categorias: Smart Campus; Processo Decisório; Atributos; Desafios=
e
Barreiras.
Os
três primeiros códigos fazem parte da estratégia de busca utilizada nas bas=
es
para recuperação dos artigos, e se relacionam diretamente com o problema de=
sta
pesquisa, razão pela qual aparecem com maior Frequência.
Figura
5
Análise
heurística da codificação
4.3 =
Atributos
Mattoni et
al. (2016) desenvolveram uma metodologia de tomada de decisão para o
desenvolvimento de um Smart Campus, considerand=
o as
influências mútuas entre os diferentes aspectos desse conceito e priorizando
fatores diversos. Complementando essa abordagem, Majee=
d
e Ali (2018) propuseram um modelo que explora os efeitos da IoT e da comput=
ação
em nuvem na ampliação dos recursos tecnológicos e na conectividade dos
dispositivos nos campi. Esses estudos fornecem
insights relevantes sobre os atributos que influenciam a gestão e implement=
ação
de Smart Campus e devem ser levados em conta no
processo decisório.
A literatura destaca que a identificaç=
ão de
tecnologias facilitadoras é essencial para a sustentação de um Smart Campus. Sensores, plataformas de análise de dad=
os e
redes de comunicação figuram entre os elementos-chave, juntamente com fator=
es
estratégicos como custos de implementação, operação e manutenção, duração do
projeto, disponibilidade de recursos e benefícios percebidos pelas partes
interessadas (Karam, 2020). Além disso, ferramentas de apoio à decisão são
apontadas como indispensáveis para determinar aplicações inteligentes adequ=
adas
a contextos específicos, considerando variáveis como localização, cultura e
custos (Prandi et al., 2020). Métodos multicritérios e a abordagem de
raciocínio evidencial (ER) também são mencionados como alternativas robustas
para lidar com desafios estratégicos (Sun et al., 2017).
Vieira e Slongo=
span>
(2006) analisaram atributos importantes no processo de decisão de compra por
meio de uma pesquisa com 131 participantes, utilizando análise fatorial
exploratória. Identificaram 24 atributos agrupados em cinco dimensões: praz=
er e
benefícios, características do produto, desempenho, atenção e operacionalid=
ade.
Esses resultados têm implicações práticas, podendo auxiliar na formulação de
estratégias de marketing direcionadas.
Omotayo et
al. (2021) reforçam a importância dos atributos na tomada de decisão,
explorando sua classificação em termos de relevância para os consumidores e
destacando fatores sociais, culturais, pessoais e psicológicos que moldam as
percepções sobre esses atributos. Eles também apontam como tais característ=
icas
influenciam estratégias de mercado e posicionamento competitivo.
A literatura sobre Smart
Campus identifica uma ampla gama de atributos que influenciam a gestão e a
eficiência desses ambientes, como a capacidade de personalização de serviço=
s, a
conectividade robusta entre recursos operacionais e transacionais e o
investimento em infraestrutura tecnológica. Outros elementos incluem a
sensibilidade ao contexto, o uso de algoritmos para recomendações inteligen=
tes
e a garantia de continuidade dos negócios diante de interrupções. Esses
atributos são fundamentais para decisões estratégicas e para a eficiência
administrativa.
Ahmed et al. (2020) abordam a análise e
classificação dos atributos conforme critérios teóricos, destacando mapas
perceptuais e aspectos sociais, culturais e psicológicos que influenciam o
processo decisório. Esses fatores são essenciais para identificar os atribu=
tos
mais relevantes segundo a perspectiva dos stakeholders, auxiliando no
desenvolvimento de estratégias e decisões alinhadas às necessidades
institucionais.
Por fim, Coccoli<=
/span>
et al. (2015) enfatizam que a identificação e avaliação de atributos são
cruciais para transformar campi tradicionais em Smart<=
/span>
Campus. Eles destacam dimensões como educação, meio ambiente, gestão e
tecnologia, alinhando necessidades institucionais com paradigmas educaciona=
is
inovadores. A construção de um modelo eficaz depende da integração de eleme=
ntos
como comunicação de dados, processamento inteligente e recomendações
personalizadas, que, juntos, otimizam o processo decisório e promovem uma
gestão eficiente.
A Figura 6 apresenta os principais atr=
ibutos
identificados no processo decisório no contexto do ambiente Smart
Campus.
Figura
6
=
Atributos
Os atributos identificados para o processo decisório em Smart Campus possuem aplicações práticas em ambientes universitários inteligentes= . A conectividade robusta é um dos fatores essenciais, pois redes de alta performance, como a fibra óptica, garantem a transmissão de dados sem interrupções, viabilizando plataformas de ensino a distância e análises acadêmicas em tempo real. A segurança da informação também se destaca, com soluções baseadas em blockchain que asseguram a autenticidade de registros acadêmicos e protegem dados sensíveis de estudantes e da administração, especialmente em instituições que priorizam a privacidade. Além disso, a sustentabilidade ambiental é fortalecida pelo uso de sensores IoT, que monitoram em tempo real o consumo de energia e ajustam automaticamente as configurações de climatização e iluminação para maior eficiência.
Outro aspecto fundamental é a gestão integrada de recursos, onde sistemas de gerenciamento inteligente alocam automaticamente salas de aula e laboratórios conforme a demanda em tempo real, otimizando o uso do espaço. Um exemplo prático dessa aplicação pode ser observado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que alcançou economia significativa ao adotar um sistema de alocaç= ão dinâmica (Wronski, 2007). Além disso, a UFRGS realizou estudos sobre alocação dinâmica de tarefas em redes em chip (NoCs), buscando otimizar o consumo energético em sist= emas computacionais. Essas iniciativas refletem a preocupação dessas instituições com a eficiência e a sustentabilidade em suas operações.
Esses exempl= os demonstram de maneira concreta como os atributos identificados influenciam a tomada de decisão e a gestão eficiente em um Smart Campus, assegurando maior inovação e otimização dos recursos institucionais= .
4.4
Desafios
Liu, et al. = (2017) destacam desafios no processo decisório, como a avaliação de múltiplos critérios, a consideração de restrições diversas e a otimização de objetivo= s. Métodos como programação linear e inteligência artificial são sugeridos como ferramentas para superar essas dificuldades.
Na pesquisa = de Pribyl et al. (2018), a seleção de projetos e a aloca= ção de recursos são analisadas com ênfase na gestão de riscos e incertezas ao long= o do processo de tomada de decisão.
Já Adamkó et al. (2017) identificam os desafios relacion= ados à introdução de novas tecnologias, destacando fatores como custos de implementação e operação, impacto social e ambiental e considerações éticas= . A decomposição do problema decisório em componentes fundamentais é vista como essencial para auxiliar universidades a fazer escolhas informadas.= p>
A transição = de um campus tradicional para um Smart Campus é reconhecidamente complexa, envolvendo múltiplos critérios, sistemas incompatíveis e gestão de riscos. Ahmed et al. (2022) enumeram sete desafios principais, incluindo a seleção de tecnologias adequadas e a integração de plataformas digitais.
Valks et al. (2020) destacam os desafios relacionados à implementação de tecnolog= ias IoT, como coleta, análise e segurança de dados, e ressaltam a necessidade de ferramentas de apoio à decisão para lidar com a complexidade dessas informações.
No trabalho = de Omotayo et al. (2021), são enfatizados os custos operacionais e os desafios de adaptação, sugerindo que a identificação de fatores críticos de sucesso, como custo e duração do projeto, é fundamental para o desenvolvimento de sistemas de apoio eficazes.
Coccoli et al. (2015) apontam a integração de plataformas digitais e questões de governança como desafios significativos. Também ressaltam a subutilização de conhecimento e a necessidade de otimizar a satisfação dos stakeholders.
Desafios adi= cionais incluem a gestão de grandes volumes de solicitações, o uso de big data para melhorar serviços educacionais, a redução de custos e o aumento da eficiênc= ia administrativa. Avaliar o desempenho docente de forma científica, com base = em informações de ensino e interações, também é essencial.
Esses desafi= os afetam diretamente a gestão e estruturação dos Smart= span> Campus, exigindo a adoção de tecnologias como IoT, big data e computação em nuvem para melhorar a eficiência, flexibilidade e qualidade dos serviços educacionais. No processo decisório em Smart Ca= mpus, a consideração desses desafios é indispensável para garantir a integração efetiva de tecnologias, a avaliação adequada do desempenho e a contínua evolução dos serviços.
Figura
7
Desafios
As universid= ades brasileiras vêm enfrentando desafios tecnológicos de forma proativa, implementando soluções inovadoras para melhorar a eficiência e a gestão institucional. A gestão de grandes volumes de dados, por exemplo, tem sido aprimorada com plataformas de análise em tempo real, como demonstrado pela Universidade Federal de Lavras (UFLA), que desenvolveu uma solução baseada = em inteligência artificial para prever riscos de evasão e retenção de estudant= es, auxiliando na gestão dos cursos de graduação. No campo da sustentabilidade ambiental, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) desenvolveu um sis= tema de controle utilizando recursos de IoT para integrar a iluminação e a climatização em ambientes acadêmicos (Scharlau,= 2021). Os resultados mostraram uma redução significativa no consumo de energia, demonstrando a viabilidade de utilizar tecnologias de IoT para otimizar o u= so de recursos em ambientes universitários.
A integração= de sistemas também tem sido um ponto central para a modernização das instituiç= ões. A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) desenvolveu uma plataf= orma de integração de middleware para computação ubíqua, permitindo a interopera= bilidade entre sistemas desenvolvidos de modo independente (Lopes, 2011). Essa soluç= ão possibilita a integração de serviços providos por diferentes plataformas, incluindo sistemas legados e novos, facilitando o desenvolvimento de aplica= ções mais complexas e exigentes. Além disso, a aceitação de mudanças tecnológica= s se torna mais eficaz quando há o envolvimento direto dos stakeholders. A Universidade Federal do Rio Grande (FURG) participa ativamente da Rede MCTI= /Embrapii de Tecnologia e Inovação Digital (TID), cuja estrutura de governança inclui comitês técnicos e um conselho consultivo (I= TEC FURG, n.d.). Com representantes de associações = empresariais, órgãos governamentais e organizações sociais, essa iniciativa busca promove= r a cooperação científica e tecnológica entre as instituições participantes, alinhando as ofertas de infraestrutura às demandas tecnológicas da indústria nacional.
Esses exempl=
os
práticos demonstram como as universidades podem adotar abordagens inovadoras
para superar desafios e impulsionar a transformação digital, garantindo mai=
or
eficiência operacional e um ambiente acadêmico mais moderno e sustentável.<=
span
style=3D'background:yellow;mso-highlight:yellow'>
4.5
Barreiras
Valks et al. (2020) apontam barreiras enfrentadas por universidades, como a press= ão sobre recursos devido ao envelhecimento das instalações e ao desenvolvimento organizacional. Estudos sobre a utilização do espaço têm papel estratégico = ao informar decisões sobre tipo e escala de instalações necessárias. Além diss= o, diferenças na percepção da importância de critérios entre stakeholders podem dificultar o processo decisório. Assim, ferramentas que incorporem impacto social, ambiental e considerações éticas são fundamentais para decisões mais informadas.
Entre as bar= reiras descritas, destacam-se as culturais, que dificultam a transição para ambien= tes Smart Campus. A sensibilização tecnológica, o suporte adequado de TI (Tecnologia da Informação) e o engajamento de usuários são aspectos críticos para superar esses desafios e garantir uma transição efic= az (Valks et al., 2020).
A pesquisa de Mattoni et al. (2016), identificou outros entraves, como o aumento de solicitações de usuários, o = que exige maior eficiência no tempo de resposta. A redução da intervenção human= a em tarefas repetitivas, por meio de técnicas inovadoras, é essencial para minimizar erros e melhorar os processos. Os autores também destacam a necessidade de atualizar ferramentas e práticas educacionais para acompanha= r as exigências do novo modelo.
Essas barrei= ras afetam diretamente a gestão e a implementação de Smart= Campus, dificultando a integração de tecnologias e a satisfação dos stakeholders. Custos operacionais elevados, como despesas com pessoal, ener= gia e segurança, são apontados como fatores críticos que influenciam a viabilid= ade da transição. Além disso, desafios relacionados à sustentabilidade das instalações exigem atenção especial para reduzir o consumo de recursos e minimizar impactos adversos, como a produção de resíduos.
Uma abordagem holística é essencial para enfrentar barreiras tecnológicas, sociais, organizacionais e ambientais. Questões como resistência à mudança, conscientização de stakeholders, adequação da infraestrutura tecnológica e conformidade regulatória também emergem como aspectos críticos que devem ser cuidadosamente avaliados no processo decisório.
Valks et al. (2020) ressaltam que a pressão por recursos limita investimentos em infraestrutura, tornando essencial um planejamento estratégico baseado em d= ados robustos. Já Mattoni et al. (2016) enfatizam a importância de superar incompatibilidades entre sistemas tradicionais e nov= os paradigmas tecnológicos. Ambas as abordagens convergem para a necessidade de reduzir barreiras culturais e adotar soluções inovadoras que sustentem a transição para Smart Campus.
Os estudos c= itados identificam oito barreiras principais: divergências na percepção de critérios entre stakeholders, incompatibilidade com sistemas tradicionais, influência de preferências humanas no processo decisório, barreiras culturais, aumento das demandas dos usuários, necessidade de automação em tarefas repetitivas, uso= de técnicas inovadoras para funcionalidades inteligentes e atualização de ferramentas e processos educacionais. A superação dessas barreiras é fundamental para garantir uma transição bem-sucedida e otimizar os benefíci= os tecnológicos e organizacionais em Smart Campus.=
Figura
8
Barreiras
As barreiras identificadas no processo de implementação de um Smart= Campus, como a complexidade da transição e a resistência à mudança, podem s= er eliminadas ou minimizadas através de abordagens práticas e estratégicas. A seguir, são apresentados exemplos de como algumas das barreiras podem ser superadas:
a) Resistênc= ia à mudança
Para mitigar= essa barreira, as universidades podem adotar programas de capacitação e workshops voltados para a conscientização e o treinamento dos stakeholders. Um exemplo concreto é a Universidade Federal da Bahia (UFBA), que investiu em iniciati= vas de capacitação digital para professores, alunos e funcionários, facilitando= a adoção de novas tecnologias e promovendo uma transição mais suave para o ambiente digital do Smart Campus (UFBA, 2020).<= /span>
b) Custos operacionais elevados
Os altos cus= tos de implementação podem ser reduzidos com parcerias público-privadas (PPPs) e financiamentos externos. A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) exemplifica essa estratégia ao estabelecer uma colaboração com a Eletrobras para otimizar a eficiência energética no campus (Unicamp, 2019). Essa parce= ria resultou na redução de despesas com infraestrutura e impulsionou a sustentabilidade da instituição.
c) Incompati= bilidade entre sistemas de informação
A integração= de sistemas legados com novas plataformas pode ser facilitada pelo uso de plataformas abertas e APIs (Interfaces de Programação de Aplicações). A Universidade Federal de Lavras (UFLA) demonstrou essa possibilidade ao desenvolver um sistema de inteligência artificial para prever padrões de ev= asão e retenção de estudantes (Andifes, 2023). Esse sistema foi integrado ao mod= elo acadêmico já existente, garantindo maior eficiência na gestão universitária= e melhorando o acompanhamento dos alunos.
d) Segurança= e privacidade de dados
A adoção de protocolos avançados de criptografia e autenticação multifatorial é essenci= al para garantir a proteção dos dados institucionais e acadêmicos. A Universid= ade Federal da Paraíba (UFPB) implementou a tecnologia blockchain na emissão de diplomas digitais, assegurando autenticidade, proteção contra fraudes e conformidade com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) (Instituto Naciona= l de Tecnologia da Informação, 2022). Essa inovação fortaleceu a segurança dos registros acadêmicos e simplificou a validação dos diplomas.
Esses exempl= os demonstram que, apesar dos desafios, a digitalização e modernização das universidades são viáveis por meio de soluções práticas e estratégicas. As barreiras não devem ser vistas apenas como obstáculos, mas como oportunidad= es para inovação, tornando os Smart Campus mais eficientes, seguros e preparados para o futuro.
Etapa
3: Modelo Conceitual
A Figura 9 a= presenta um modelo conceitual para apoiar gestores e pesquisadores no projeto, implementação e revisão de atributos como suporte para o processo de tomada= de decisão que influencia a gestão e o desenvolvimento de Smart Campus. A condução do processo decisório em um Smart= span> Campus envolve desafios e barreiras que devem ser considerados para garanti= r a eficácia da implementação.
Figura
9
Modelo
Conceitual
O m=
odelo
conceitual proposto busca estruturar e explicar a interação entre os difere=
ntes
elementos que influenciam a gestão e a tomada de decisão em ambientes Smart Ca=
mpus.
Para isso, são considerados cinco componentes principais: atributos, barrei=
ras,
desafios, stakeholders e tecnologias de suporte. A proposta visa fornecer um
framework analítico que auxilie gestores e tomadores de decisão na
implementação e aprimoramento das estratégias de gestão em universidades.
Os
atributos identificados representam fatores críticos que impactam a gestão =
e a
eficiência de um Smart Campus. Dentre eles,
destacam-se a conectividade e interoperabilidade, garantindo a integração de
sistemas e a comunicação eficaz entre plataformas digitais; a segurança da
informação e privacidade, asseguradas por medidas como criptografia e
blockchain para proteção de dados sensíveis; a escalabilidade e adaptabilid=
ade,
permitindo a expansão do Smart Campus sem compr=
ometer
a infraestrutura tecnológica; a governança colaborativa, promovendo o
envolvimento de diferentes stakeholders na gestão institucional; e a
sustentabilidade ambiental, impulsionada pelo uso de IoT e sensores para
otimizar o consumo de energia e reduzir desperdícios. Um exemplo prático da
aplicação desses atributos pode ser observado na Universidade Estadual de
Campinas (Unicamp), que, em parceria com a Eletrobras, implementou um proje=
to
de eficiência energética no campus Barão Geraldo. A modernização do sistema=
de
iluminação pública, com a substituição de luminárias convencionais por LED =
e a
adoção de um sistema de telegestão inteligente, ilustra como esses fatores
podem otimizar recursos, promover sustentabilidade e fortalecer a governança
colaborativa (Anibolete, 2022).
Ape=
sar
dos benefícios, a implementação de um Smart Cam=
pus
enfrenta diversas barreiras, que dificultam sua adoção e manutenção. Entre =
os
principais desafios, encontram-se a resistência à mudança, resultante da
cultura organizacional tradicional; as limitações financeiras, que restring=
em o
orçamento para inovações tecnológicas; a incompatibilidade de sistemas lega=
dos,
dificultando a integração entre tecnologias antigas e novas plataformas; os
desafios regulatórios e legais, relacionados à conformidade com normas de
proteção de dados e privacidade; a infraestrutura inadequada, que limita a
conectividade e a disponibilidade de equipamentos tecnológicos; a falta de
capacitação, exigindo treinamentos contínuos para docentes, discentes e
técnicos administrativos; e a governança fragmentada, caracterizada pelo de=
salinhamento
estratégico entre setores institucionais. A Universidade Federal da Bahia
(UFBA) superou a resistência à mudança ao investir em programas de capacita=
ção
digital para docentes e discentes, promovendo maior adesão às novas tecnolo=
gias
e reduzindo a rejeição ao modelo de Smart Campus
(Alves & Lopes, 2024). A instituição desenvolveu iniciativas voltadas à
integração de plataformas digitais na educação, facilitando a adaptação ao
ensino mediado por tecnologia. Essa abordagem demonstrou que a capacitação
contínua e o suporte institucional são essenciais para garantir que a inova=
ção
tecnológica seja amplamente adotada, promovendo um ecossistema universitário
mais dinâmico e digitalmente integrado (Alves & Lopes, 2024).
Alé=
m das
barreiras, existem desafios relacionados à gestão de grandes volumes de dad=
os,
ao desenvolvimento de políticas eficazes de governança digital e à adoção de
tecnologias emergentes. Estratégias para superação incluem o uso de Big Dat=
a e Analytics para apoiar a tomada de decisão, o investim=
ento
em Inteligência Artificial para automação de processos acadêmicos e
administrativos e a implementação de modelos híbridos de governança que
combinem participação ativa dos stakeholders e o uso de dashboards interati=
vos.
Um exemplo de sucesso na adoção dessas estratégias pode ser observado na
Universidade Federal de Lavras (UFLA), que desenvolveu um sistema baseado em
inteligência artificial para prever padrões de evasão e retenção de estudan=
tes.
Utilizando dados acadêmicos como coeficiente de rendimento, reprovações e
trancamentos, a ferramenta identifica alunos em situação de risco com alta
precisão, permitindo a adoção de medidas preventivas direcionadas. Essa
iniciativa demonstra como a tecnologia pode contribuir para uma tomada de
decisão mais assertiva, promovendo maior eficiência na gestão universitária=
e
garantindo um ambiente acadêmico mais inclusivo e sustentável (Mendes, 2023=
).
Os
stakeholders desempenham um papel essencial na governança do Smart Campus, influenciando diretamente a aceitação e
implementação de novas tecnologias, a definição de políticas institucionais=
e a
alocação de recursos e investimentos estratégicos. Para fortalecer essa
governança e garantir a adoção bem-sucedida das inovações, uma estratégia
eficaz é a criação de comitês consultivos multidisciplinares. Compostos por
gestores acadêmicos, docentes, discentes, equipes de TI e setor administrat=
ivo,
esses comitês promovem uma abordagem colaborativa e participativa no proces=
so
decisório. Além de garantir um alinhamento mais preciso entre as necessidad=
es
institucionais e as soluções tecnológicas adotadas, essa estrutura reduz a
resistência à mudança, facilita a identificação de desafios e oportunidades=
e
assegura que os investimentos sejam direcionados estrategicamente, otimizan=
do
recursos e ampliando os benefícios para toda a comunidade acadêmica.
Por=
fim,
as tecnologias emergentes desempenham um papel fundamental no suporte à ges=
tão
e tomada de decisão em um Smart Campus. Destaca=
m-se,
nesse contexto, a Internet das Coisas (IoT), utilizada para o monitoramento=
de
recursos e automação de processos acadêmicos; Big Data & Analytics, que permite a coleta e análise de dados pa=
ra
tomada de decisão estratégica; e o Blockchain, aplicado à segurança da
informação e à gestão de credenciais acadêmicas. A implementação de blockch=
ain,
em particular, tem se mostrado uma solução inovadora para garantir a
confiabilidade e transparência nos processos institucionais. Um exemplo prá=
tico
é a iniciativa da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), que adotou essa
tecnologia para a emissão de diplomas digitais. Com esse sistema, a
universidade conseguiu reduzir fraudes, garantir a autenticidade dos
certificados e agilizar o processo de certificação, eliminando a necessidad=
e de
documentos físicos. A solução, fornecida pela Rede Nacional de Ensino e
Pesquisa (RNP), permite que instituições e empregadores verifiquem facilmen=
te a
validade dos diplomas, promovendo maior segurança e eficiência na gestão
acadêmica. Esse caso reforça o papel estratégico do blockchain como uma
ferramenta essencial no ecossistema de Smart Ca=
mpus,
assegurando a integridade dos registros acadêmicos e contribuindo para uma
administração universitária mais digital e confiável (=
Poquiviqui,
2022).
5 CONCLUSÃO
Este estudo teve como objetivo identificar os
atributos, barreiras e desafios que impactam o desenvolvimento de Smart Campus e influenciam o processo decisório. A
pesquisa, baseada em uma revisão sistemática da literatura e análise de
conteúdo, resultou na identificação de 11 atributos, 8 barreiras e 7 desafi=
os
que afetam esses ambientes acadêmicos. Os achados contribuem para o avanço =
do
conhecimento ao estruturar fatores essenciais para a implementação eficaz d=
e um
Smart Campus, fornecendo uma abordagem fundamen=
tada
para sua gestão.
Além das contribuições teóricas, os resultados
oferecem diretrizes práticas para gestores e tomadores de decisão em
universidades e outras instituições acadêmicas. A identificação e categoriz=
ação
dos atributos servem como um referencial estratégico para desenvolver
iniciativas que aprimorem a eficiência administrativa, promovam a integração
tecnológica e melhorem a experiência acadêmica. A estrutura apresentada pode
ser aplicada como ferramenta de planejamento, garantindo que a adoção de
tecnologias e a implementação de novas práticas estejam alinhadas às
necessidades institucionais.
Apesar das contribuições deste estudo, algumas
limitações devem ser consideradas. A revisão sistemática da literatura pode=
não
ter capturado todas as nuances da implementação prática dos Smart
Campus em diferentes contextos institucionais. Além disso, a análise se bas=
eou
em dados secundários, tornando essencial que futuras pesquisas complementem
esses achados por meio de estudos empíricos aprofundados, como entrevistas =
com
gestores acadêmicos e stakeholders, além de estudos de caso em universidades
que já implementaram estratégias alinhadas às diretrizes discutidas.
Para viabilizar a aplicação prática dos resultad=
os,
sugere-se que as universidades adotem estratégias específicas, como a criaç=
ão
de políticas institucionais que incorporem as diretrizes do estudo ao
planejamento estratégico, a capacitação contínua de gestores e stakeholders
para aprimorar a tomada de decisão diante dos desafios tecnológicos e
organizacionais, a implementação progressiva de tecnologias inteligentes pa=
ra
facilitar a adaptação institucional e reduzir barreiras, além do monitorame=
nto
contínuo das mudanças por meio de indicadores de desempenho. Esse
acompanhamento sistemático garantirá que as iniciativas implementadas estej=
am
alinhadas aos objetivos institucionais e tragam benefícios concretos à
comunidade acadêmica.
Em suma, este estudo reforça a importância de uma
abordagem estruturada na gestão de Smart Campus,
destacando a relevância dos atributos identificados, bem como das barreiras=
e
desafios que influenciam o processo decisório. As contribuições teóricas e
práticas apresentadas fornecem um suporte estratégico para gestores, permit=
indo
o desenvolvimento de ambientes acadêmicos mais eficientes, inovadores e
alinhados às demandas contemporâneas. Com a implementação das diretrizes
propostas, espera-se que as universidades possam aprimorar seus processos
administrativos e acadêmicos, promovendo um ecossistema mais inteligente,
sustentável e tecnologicamente integrado.
ANEXO I: Classificação Hierárquica Descendente
Nota: Recuperado de Moura et al., 2019, = p. 1379
REFERÊNCIAS
=
ABNT.
(2021). NBR ISO 37122: cidades e comunidades sustentáveis: indicador=
es
para cidades inteligentes. Rio de Janeiro, ABNT.
Ada=
mkó, A., Balázs, B., Krisztián=
,
E., Attila, F., Nándor Kri=
stóf,
H., & Norbert, K-F. (2017). Smart Campus service link: Adaptation and
interaction planes for campus and university environments. 2017 8th IEEE
International Conference on Cognitive Infocommunicatio=
ns
(CogInfoCom), 000271–000276.
https://doi.org/10.1109/CogInfoCom.2017.8268255
Ahmed, V., Abu Alnaaj, K.,
& Saboor, S. (2020). An Investigation into Stakeholders’ Perception of
Smart Campus Criteria: The American University of Sharjah as a Case Study. =
Sustainability,
12(12). https://doi.org/10.3390/su12125187
Ahmed, V., Saboor, S., Ahmed, N., & Ghaly, M=
. (2022).
A multi-attribute utility decision support tool for a Smart Campus—UAE as a
case study. Frontiers in Built Environment, 8, 1044646. https://doi.=
org/10.3389/fbuil.2022.1044646
Ahmed, V., Khatri, M. F., B=
ahroun,
Z., & Basheer, N. (2023). Optimizing smart campus solutions: An evident=
ial
reasoning decision support tool. Smart Cities, 6(5), 2308-2346.
Alotaibi, S. (2021). An Integrated Framework for
Smart College based on the Fourth Industrial Revolution. International
Transaction Journal of Engineering, Management, & Applied Sciences &
Technologies, 12(4), 12A4R, 1-18. http://TUENGR.COM/V12/12A4R.pdf
=
Alves,
L., & Lopes, D. (2024). Educação e plataformas digitais: popularizando
saberes, potencialidades e controvérsia. EDUFBA.
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39372
=
=
Andifes.
(2023). UFLA desenvolve solução com Inteligência Artificial para prever eva=
são
e retenção de estudantes. Andifes.org.br.
https://www.andifes.org.br/2023/11/14/ufla-desenvolve-solucao-com-inteligen=
cia-artificial-para-prever-evasao-e-retencao-de-estudantes/
=
=
Bandeira,
L. K. R., & Araújo Neto, M. de S. (2022). O que é um Smart Campus?. =
Perspectivas
em Gestão & Conhecimento, 12(1), 175–188.
https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/pgc/article/view/48610
=
=
Bardin,
L. (2016). Análise de conteúdo. Edições 70.
=
=
Bufrem,
L. S. (2021). Qualidade e quantidade como categorias indissociáveis de
pesquisa. Informação & Informação, 26(4), 200–222.
https://doi.org/10.5433/1981- 8920.2021v26n4p200 Chagnon-Lessard, N., Gosselin, L., Barnabé, S.,; Bello-Ochende, T., Fe=
ndt, S.,
& Goers, S. (2021). Smart Campus: Extensive Review of the Last Decade of
Research and Current Challenges. IEEE Access, 9, 124200–124234. https://doi.org/10.1109/ACCESS.2021.3109516 =
=
Coccoli,
M., Maresca, P., Stanganelli, L., & Guercio, A. (2015). <=
span
style=3D'mso-bookmark:_Hlk4746433'>An experience of
collaboration using a PaaS for the smarter university model. Special Iss=
ue
on DMS2015, 31, 275–282. https://doi.org/10.1016/j.jvlc.2015.10.014
Dong, X., Kong, X., Zhang, F., Chen, Z., & K=
ang,
J. (2016). OnCampus: A mobile platform towards a
Smart Campus. SpringerPlus, 5(1), 974.
https://doi.org/10.1186/s40064-016-2608-4
Dong, Z. Y., Zhang, Y., Yip, C., Swift, S., &
Beswick, K. (2020). Smart Campus: Definition, framework, technologies, and
services. IET Smart Cities, 2(1), 43–54.
https://doi.org/10.1049/iet-smc.2019.0072
=
Fachinelli,
A.C., Yigitcanlar, T., Cortese, T.T.P., Sabatini-Marques, J., Sotto, D., &a=
mp;
Libardi, B. =
(2022).
=
Smart
Cities do Brasil: desempenho das capitais brasileiras. Educs.
https://www.citylivinglab.com/report-bra-aus
=
=
Ferreira,
F. H. C., & Araújo, R. M. (2018). Campus Inteligentes: Conceitos,
aplicações, tecnologias e desafios. RelaTe-DIA, 11(1). Recuperado de
https://seer.unirio.br/monografiasppgi/article/view/7147
=
=
Gil,
A. C. (2017). Como elaborar projetos de pesquisa (5th ed.). <=
/span>Atlas.
Guofeng, X., & Mingzhu, L. (2021). The
Application of Big Data Technology in the Construction of Smart Campus in
Vocational Colleges. Journal of Physics: Conference Series, 1827(1),
012134. https://doi.org/10.1088/1742-6596/1827/1/012134
Hadwan, M., Khan, R.U., & =
Abuzanouneh, K.I. (2020). Towards a Smart Campus for =
Qassim
University: An Investigation of Indoor Navigation System. Advances in
Science, Technology and Engineering Systems Journal, 5, 831-837.
Huang, Z. (2021). The Research on Blended Teachi=
ng
in Vocational Colleges Based on Smart Campus. Journal of Physics: Confer=
ence
Series, 1865(2), 022048. https://doi.org/10.1088/1742-6596/1865/2/02204=
8
Imbar, R. V., Supangkat,
S. H. & Langi, A. Z. R. (2020). Smart Campus Model: A Literature Review=
. 2020
International Conference on ICT for Smart Society (ICISS), 1–7. https:/=
/doi.org/10.1109/ICISS50791.2020.9307570
Instituto Nacional de
Tecnologia da Informação. (2019). Universidade Federal da Paraíba passa a
emitir diplomas digitais assinados com certificado ICP-Brasil. Instituto
Nacional de Tecnologia Da Informação.
https://www.gov.br/iti/pt-br/assuntos/noticias/indice-de-noticias/universid=
ade-federal-da-paraiba-passa-a-emitir-diplomas-digitais-assinados-com-certi=
ficado-icp-brasil
Ite=
c Furg. (n.d.). Centro multiusuário. ITEC FURG - Centro de Rob=
ótica
E Ciência de Dados. https://itecfurg.org/?page_id=3D5643
=
Leite,
F., & Tavares, R. (2018). Comunicação da informação, gestão da
informação e gestão do conhecimento (S. Costa, Org.).
Li, W. (2021). Research on Teaching Management B=
ased
on Smart Campus Platform and Smart Classroom. 2021 4th International
Conference on Information Systems and Computer Aided Education, 279–283.
https://doi.org/10.1145/3482632.3482690
=
Liu,
K., Warade, N., Pai, T., & Gupta, K. (2017). Location-aware Smart Cam=
pus
security application. 2017 IEEE SmartWorld,
Ubiquitous Intelligence & Computing, Advanced & Trusted Computed,
Scalable Computing & Communications, Cloud & Big Data Computing,
Internet of People and Smart City Innovation (SmartWor=
ld/SCALCOM/UIC/ATC/CBDCom/IOP/SCI), 1–8. https://doi.org/10.1109/UIC=
-ATC.2017.8397588
=
Lopes,
F. A. D. S. (2011). Uma plataforma de integração de middleware para Computa=
ção
Ubíqua [tese]. chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://=
repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/17944/1/FredericoASL_TESE.pdf
Majeed, A. & Ali, M. (2018). How
Internet-of-Things (IoT) making the university Campus smart? QA higher
education (QAHE) perspective. 2018 IEEE 8th Annual Computing and
Communication Workshop and Conference (CCWC), 646–648. https://doi.org/=
10.1109/CCWC.2018.8301774
=
Mattoni,
B., Pagliaro, F., Corona, G., Ponzo, v., Bisegna, F., & Gugliermetti, F.
(2016). A
matrix approach to identify and choose efficient strategies to develop the
Smart Campus. 2016 IEEE 16th International Conference on Environment and
Electrical Engineering (EEEIC), 1–6.
https://doi.org/10.1109/EEEIC.2016.7555571
=
Mello,
M. F., Schlosser, J. F., & Cervo, H. Z. (2019). A tomada de decisão baseada=
em
atributos que influenciam a compra de máquinas agrícolas. Saber Humano:
Revista Científica da Faculdade Antonio Meneghetti, 9(15), 149–168.
https://doi.org/10.18815/sh.2019v9n15.410
=
=
Min-Allah,
N., & Alrashed, S. (2020). S=
mart
Campus—A sketch. Sustainable Cities and Society=
, 59, 102231. https://do=
i.org/10.1016/j.scs.2020.102231
Morais, F. R. de, Var=
ela,
C. A., Roble, G. L. de E., & Augusto, E. E. F. (2020). Educação e
Estratégia Organizacional em Serviços de Saúde. Revista de Administração
FACES Journal, 19(2), 48–68.
https://revista.fumec.br/index.php/facesp/article/view/6485
Moura, L. F. de Lima,
E.P., Deschamps, F., Van Aken, E., da Costa, S.=
E.G., Treinta, F.T., & Cestari, J.M.A.P. (2019). Designing performance
measurement systems in nonprofit and public administration organizations. <=
i>International
Journal of Productivity and Performance Management, 68(8), 1373–1410.
https://doi.org/10.1108/IJPPM-06-2018-0236
Negreiros, I., Franci=
sco.
A.C.C., Fengler, F.H., Faria, G., Pinto, L.G.P.,
& Tolotto, M. (2020). Smart Campus® as a living
lab on sustainability indicators monitoring. 2020 IEEE International Sma=
rt
Cities Conference (ISC2), 1–5.
https://doi.org/10.1109/ISC251055.2020.9239017
=
Nóbrega,
P. I. S. da. (2021). Smart Campus: indicators for the =
smartization process at universities [Dissertação
de mestrado]. Universidade=
Federal de Campina Grande, Paraíba, Brasil.
http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/22981
Omotayo, T., Awuzie,=
B.,
Ajayi, S., Moghayedi, A., & Oyeyipo,
O. (2021). A Systems Thinking Model for Transitioning Smart Campus to Citie=
s. Frontiers
in Built Environment, 7, 755424. https://doi.org/10.3389/fbuil.2021.755=
424
Opranescu<=
/span>, V., Nedelcu, I., &
Ionita, A. D. (2023). Automating Students’ Decision Processes in a Smart
Campus. 2023 13th International Symposium on Advanced Topics in Electric=
al
Engineering (ATEE), 1–6. https://doi.org/10.1109/ATEE58038.2023.1010809=
4
=
Pagliaro,
F., Mattoni, B., Gugliermenti, F., ; Bisegna, F., Azzaro, B., & Tomei, =
F.
(2016). A
roadmap toward the development of Sapienza Smart Campus. 2016 IEEE 16th
International Conference on Environment and Electrical Engineering (EEEIC)<=
/i>,
1–6. https://doi.org/10.1109/EEEIC.2016.7555573
Polin, K., Yigitcanlar,
T., Limb, M., & Washington, T. (2023). The Making of Smart Campus: A Re=
view
and Conceptual Framework. Buildings<=
span
lang=3DIT style=3D'font-family:"Myriad Pro",sans-serif;mso-fareast-font-fam=
ily:
"Times New Roman";mso-bidi-font-family:Arial;mso-ansi-language:IT;mso-bidi-=
font-weight:
bold'>, 13(4), 891. https://doi.org/10.3390/buildings13040891
=
=
Prandi,
C., Monti, L., Ceccarini, C., & Salomoni, P. (2020). Smart Campus: Fostering =
the
Community Awareness Through an Intelligent Environment. Mobile Networks =
and
Applications, 25(3), 945–952. https://doi.org/10.1007/s11036-019-01238-=
2
Pribyl, O., Opasanon=
, S.,
& Horak, T. (2018). Student perception of Smart Campus: A case study of
Czech Republic and Thailand. 2018 Smart City Symposium Prague (SCSP),
1–7. https://doi.org/10.1109/SCSP.2018.8402669
Samancioglu, N., & Nuere, S. (2023). A determination of the smartness le=
vel of
university Campus: The Smart Availability Scale (SAS). Journal of
Engineering and Applied Science, 70(1), 10. https://doi.org/10.1186/s44=
147-023-00179-8
Sch=
arlau, C. C. (2021). Desenvolvimento de um Sistema de
Controle para Integração da Iluminação Natural e Artificial com Recursos de=
IoT
(p. 29) [TCC]. https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/223657
=
Schenatz,
B. N. (2019). Smart Campus e analytics para a redução da evasão e promoç=
ão
da permanência no ensino superior: um estudo de caso [Tese de doutorado=
].
Fundação Getúlio Vargas, São Paulo, Brasil.
https://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/handle/10438/27470
=
=
Silva,
G. R. da. (2017). Gestão da informação para a tomada de decisão em uma
instituição de ensino superior privada: a experiência da faculdades integra=
das
da união educacional do Planalto Central (FACIPLAC/DF). RDBCI: Revista
Digital de Biblioteconomia e Ciência da Informação, 15(1), 53–81.
https://doi.org/10.20396/rdbci.v15i1.8645248
=
=
Silva-da-Nóbrega,
P. I., Chim-Miki, A. F., & Castillo-Palacio, M. (2022). <=
span
style=3D'mso-bookmark:_Hlk4746433'>A Smart Campus Framework:
Challenges and Opportunities for Education Based on the Sustainable Develop=
ment
Goals. Sustainability, 14(15), 9640. https://doi.org/10.3390/su14159=
640
Sun, L., Chen, G., Xiong, H., & Guo, C. (201=
7).
Cluster Analysis in Data‐Driven Management and Decisions. Journal of
Management Science and Engineering, 2(4), 227–251.
https://doi.org/10.3724/SP.J.1383.204011
=
Tavares,
M. C., Azevedo, G., & Marques, R. P. (2022). The Challenges and
Opportunities of Era 5.0 for a More Humanistic and Sustainable Society—A
Literature Review. <=
span
class=3DSpellE>Soc=
ieties, 12(6), 149. https://doi.org/10.3390/soc1206014=
9
UFBA. (2020). Mapeame=
nto
cultural UFBA 2019: programa Onda Digital. https://mapeamentocultural.ufba.=
br/programa-onda-digital
Unicamp. (2019). Sobr=
e o
Projeto Campus Sustentável. Campus Sustentável.
https://www.campus-sustentavel.unicamp.br/sobre/
Valks, B., Arkesteijn,
M. H., Den Heijer, A. C., & Vande Putte, H.=
J.
(2018). Smart campus tools–adding value to the university campus by measuri=
ng
space use real-time. Journal of Corporate Real Estate, 20(2), 103-11=
6.
https://www.emerald.com/insight/content/doi/10.1108/jcre-03-2017-0006/full/=
html
Valks, B., Arkesteijn,
M. H., Koutamanis, A., & Den Heijer,
A. (2020). Towards a Smart Campus: supporting campus decisions with Interne=
t of
Things applications. Building Research & Information, 49(1), 1–2=
0. https://doi.org/10.1080/09613218.2020.1784702 Valks, B., Arkesteijn,
M., Koutamanis, A., & Den Heijer,
A. (2021a). Towards Smart Campus Management: Defining Information Requireme=
nts
for Decision Making through Dashboard Design. Buildings, 11(5), 201.
https://doi.org/10.3390/buildings11050201 Valks, B., Blokland, E., Elissen, C., Van-Loon I., Roozem=
ond,
D., Uiterdijk, P., Arkeste=
ijn,
M., Koutamanis, A., & =
Heijer,
A. (2021b). Supporting strategic decision-making on the future campus with
space utilisation studies: A case study. Pro=
perty
Management, 39(4), 441–465. https://doi.org/10.1108/PM-09-2020-0054 Vieira, V. A., & Slongo=
,
L. A. (2006). Uma análise dos atributos importantes no processo de decisão de compr=
a de
notebooks utilizando análise fatorial e escalonamento multidimensional. =
RAM.
Revista de Administração Mackenzie, 7(4), 35–59.
https://doi.org/10.1590/1678-69712006/administracao.v7n4p35-59 =
=
Xu,
X., Wang, Y., & Yu, S. (2018). Teaching Performance
Evaluation in Smart Campus. IEEE Access, 6, 77754–77766.
https://doi.org/10.1109/ACCESS.2018.2884022 Zhang, L. (2021). Research on WSN Time
Synchronization Algorithm Based on Smart Campus. Journal of Physics:
Conference Series, 1802(3), 032079.
https://doi.org/10.1088/1742-6596/1802/3/032079 =
Zhao,
J., Li, J., & Jia, J. (2021). A study on posture-based teacher-student behavio=
ral
engagement pattern. Sustainable Cities and Society, 67, 102749. http=
s://doi.org/10.1016/j.scs.2021.102749 Wronski, F. (2007). Alocação dinâmica de tarefas periódicas em NoCs malha com redução do
consumo de energia (p. 103) [Dissertação]. http://hdl.handle.net/10183/1117=
7
Atributos,
barreiras e desafios que impactam o processo decisório no desenvolvimento d=
e Smart Campus<=
v:rect
id=3D"Retângulo_x0020_23" o:spid=3D"_x0000_s1026" style=3D'position:absolu=
te;
margin-left:0;margin-top:10.75pt;width:496.05pt;height:1.15pt;z-index:2516=
58752;
visibility:visible;mso-wrap-style:square;mso-width-percent:0;
mso-height-percent:0;mso-wrap-distance-left:9pt;mso-wrap-distance-top:0;
mso-wrap-distance-right:9pt;mso-wrap-distance-bottom:0;
mso-position-horizontal:absolute;mso-position-horizontal-relative:text;
mso-position-vertical:absolute;mso-position-vertical-relative:text;
mso-width-percent:0;mso-height-percent:0;mso-width-relative:page;
mso-height-relative:page;v-text-anchor:top' o:gfxdata=3D"UEsDBBQABgAIAAAAI=
QC2gziS/gAAAOEBAAATAAAAW0NvbnRlbnRfVHlwZXNdLnhtbJSRQU7DMBBF
90jcwfIWJU67QAgl6YK0S0CoHGBkTxKLZGx5TGhvj5O2G0SRWNoz/78nu9wcxkFMGNg6quQqL6RA
0s5Y6ir5vt9lD1JwBDIwOMJKHpHlpr69KfdHjyxSmriSfYz+USnWPY7AufNIadK6MEJMx9ApD/oD
OlTrorhX2lFEilmcO2RdNtjC5xDF9pCuTyYBB5bi6bQ4syoJ3g9WQ0ymaiLzg5KdCXlKLjvcW893
SUOqXwnz5DrgnHtJTxOsQfEKIT7DmDSUCaxw7Rqn8787ZsmRM9e2VmPeBN4uqYvTtW7jvijg9N/y
JsXecLq0q+WD6m8AAAD//wMAUEsDBBQABgAIAAAAIQA4/SH/1gAAAJQBAAALAAAAX3JlbHMvLnJl
bHOkkMFqwzAMhu+DvYPRfXGawxijTi+j0GvpHsDYimMaW0Yy2fr2M4PBMnrbUb/Q94l/f/hMi1qR
JVI2sOt6UJgd+ZiDgffL8ekFlFSbvV0oo4EbChzGx4f9GRdb25HMsYhqlCwG5lrLq9biZkxWOiqY
22YiTra2kYMu1l1tQD30/bPm3wwYN0x18gb45AdQl1tp5j/sFB2T0FQ7R0nTNEV3j6o9feQzro1i
OWA14Fm+Q8a1a8+Bvu/d/dMb2JY5uiPbhG/ktn4cqGU/er3pcvwCAAD//wMAUEsDBBQABgAIAAAA
IQD0Omtp6gEAALQDAAAOAAAAZHJzL2Uyb0RvYy54bWysU8tu2zAQvBfoPxC817Ic2YkFy0HqIEWB
9AGk/QCaoiSiFJdd0pbdr++SchyjuQW9EFzucnZnOFzdHnrD9gq9BlvxfDLlTFkJtbZtxX/+ePhw
w5kPwtbCgFUVPyrPb9fv360GV6oZdGBqhYxArC8HV/EuBFdmmZed6oWfgFOWkg1gLwKF2GY1ioHQ
e5PNptNFNgDWDkEq7+n0fkzydcJvGiXDt6bxKjBTcZotpBXTuo1rtl6JskXhOi1PY4g3TNELbanp
GepeBMF2qF9B9VoieGjCREKfQdNoqRIHYpNP/2Hz1AmnEhcSx7uzTP7/wcqv+yf3HePo3j2C/OWZ
hU0nbKvuEGHolKipXR6Fygbny/OFGHi6yrbDF6jpacUuQNLg0GAfAYkdOySpj2ep1SEwSYeL2XJ5
czXnTFIuLxbTeeogyufLDn34pKBncVNxpJdM4GL/6EMcRpTPJWl4MLp+0MakANvtxiDbC3r1YrG8
uv54QveXZcbGYgvx2ogYTxLLSCx6yJdbqI9EEmG0DlmdNh3gH84Gsk3F/e+dQMWZ+WxJqGVeFNFn
KSjm1zMK8DKzvcwIKwmq4oGzcbsJozd3DnXbUac8kbZwR+I2OhF/meo0LFkj6XGycfTeZZyqXj7b
+i8AAAD//wMAUEsDBBQABgAIAAAAIQDq5Hz53QAAAAYBAAAPAAAAZHJzL2Rvd25yZXYueG1sTI/N
TsMwEITvSLyDtUjcqJMgUBuyqSp+KnEAqQWJqxMvSSBeR7HTpm/PcoLjzoxmvi3Ws+vVgcbQeUZI
Fwko4trbjhuE97enqyWoEA1b03smhBMFWJfnZ4XJrT/yjg772Cgp4ZAbhDbGIdc61C05ExZ+IBbv
04/ORDnHRtvRHKXc9TpLklvtTMey0JqB7luqv/eTQ3DV8NU8ZHr7sqHTx24bXp8fJ0K8vJg3d6Ai
zfEvDL/4gg6lMFV+YhtUjyCPRIQsvQEl7mqVpaAqEa6XoMtC/8cvfwAAAP//AwBQSwECLQAUAAYA
CAAAACEAtoM4kv4AAADhAQAAEwAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAW0NvbnRlbnRfVHlwZXNdLnhtbFBL
AQItABQABgAIAAAAIQA4/SH/1gAAAJQBAAALAAAAAAAAAAAAAAAAAC8BAABfcmVscy8ucmVsc1BL
AQItABQABgAIAAAAIQD0Omtp6gEAALQDAAAOAAAAAAAAAAAAAAAAAC4CAABkcnMvZTJvRG9jLnht
bFBLAQItABQABgAIAAAAIQDq5Hz53QAAAAYBAAAPAAAAAAAAAAAAAAAAAEQEAABkcnMvZG93bnJl
di54bWxQSwUGAAAAAAQABADzAAAATgUAAAAA
" fillcolor=3D"#46937b" stroked=3D"f"/>
Patrícia Bellotti Carvalho; Taiane =
Ritta
Coelho; Louisi Francis Moura
IS=
SN 2237-4558 • Navus • <=
/span>Florianópolis
• SC • <=
/span>v.
16 • p. 01- |
|
ISSN 2237-4558 • Navus • &n=
bsp;Florianópolis •
SC • v.9
• n.2 • <=
/span>p.
XX-XX • abr./jun. 2019 |
|