MIME-Version: 1.0 Content-Type: multipart/related; boundary="----=_NextPart_01DB4FD2.BDFE7CE0" Este documento é uma Página da Web de Arquivo Único, também conhecido como Arquivo Web. Se você estiver lendo essa mensagem, o seu navegador ou editor não oferece suporte ao Arquivo Web. Baixe um navegador que ofereça suporte ao Arquivo Web. ------=_NextPart_01DB4FD2.BDFE7CE0 Content-Location: file:///C:/0138DE7F/Navus_v15_2061_.htm Content-Transfer-Encoding: quoted-printable Content-Type: text/html; charset="us-ascii"
Gestão e Mídia do
Conhecimento: Educação em rede e os desafios da Inteligência Artificial Gene=
rativa na escrita
acadêmica
Knowledge Management and Media: Networked Education and the Challenges of Generative<=
span
style=3D'letter-spacing:-.35pt'> Artificial Intelligence in Academic
Writing
Márcio Vieira
de Souza |
Doutor em Engenharia de Produção. Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) – Bras=
il. |
Felipe de Matos Muller |
Doutor em Filosofia.=
Pontifícia Universidade Católica do Rio
Grande do Sul - PUCRS.
Doutor em Engenharia e Gestão do Conhecimento. Universidade Federal
de Santa Catarina – UFSC |
Cristina da Silva Reis |
Especialista em Psicopedago=
gia Clínica e Instituciona=
l - Universidade
Cesumar - UNICESUMAR. Especialista em Design Instrucional. Faculdade de Administração, Humanas
e Exatas - FAHE. crisqmc12@gmail.com |
O objetivo=
deste
artigo foi analisar as transformações da educaçã=
;o
que ocorreram no contexto do avanço das Tecnologias da Informa&cced=
il;ão e da Comunicação (TIC) e mais recentemente com o surgimento da Inteligência =
span>Artificial Generativa (IAG) e o seu impacto
no processo de ensino e aprendizagem, assim como para a
personalização do ensino. Discute e faz uma análise so=
bre
a gestão das mídias do conhecimento e a integração das
TICs na educação, onde
também é =
analisado
o uso da IAG na escrita acadêmica e os efeitos da pandemia e da
pós pandemia na educação. Não se pode negar que=
a
pandemia acelerou esse processo, destacando a importâ=
ncia da educação a distância e do conceito
de educação em rede. Reconhece a importância das
ferramentas de análise de redes sociais (ARS) e do surgimento da IAG. As considerações finais apontam que as TICs oferecem oportunidades para inovar na educação, e que essa inovação tenha a intencionalidade de uma educação em rede democrática que é f=
undamental que sejam acompanhadas de uma reflexão crítica, principalmente no que diz respeito a questões éticas, ha=
vendo
a constatação da necessidade de investimento na inclusã=
;o
digital e na formação =
span>dos profissionais da educa&ccedi=
l;ão. O uso da IAG em ambientes educacionais está tr=
ansformando
métodos de ensino e avaliação. Ferramentas de IAG
apresentam potencial para personalizar o aprendizado e oferecer feedback
imediato, mas também desafiam os sistemas
tradicionais de avaliação e levantam
preocupações sobre a autoria e a integridade acadêmica.=
Palavras-chave:
Tecnologia
da Informação e da Comunicação; Inteligên=
cia
Artificial Generativa; educação em rede.
The objective of this article was to analyze the
transformations in education brought about by the advancement of Information and Communication Technologies (ICT) and, more recently, the emergence
of Generative Artificial Intelli=
gence (GAI) and its impact on teaching and learning processes,
as well as
on personalized education. It discusses and analyz=
es
the management of knowledge media and the integration of ICTs in education,
also examining the use of GAI in academic writing and the effects of the
Keywords: Information and Communication Technology; Generative Artificial
Intelligence; networked education.
Recebido em 31/08/2024. Aprovado
em 12/12/2024. Avaliado<=
span
style=3D'letter-spacing:-.15pt'> pelo sistema double blind peer review. Publicado
conforme normas da ABNT. https://doi.org/=
10.22279/navus.v15.2061
Num
mundo globalizado, onde o Estado, o mercado e a sociedade civil estã=
o em
franca transformação, onde a gestão e a mídia do
conhecimento possuem uma forte tendência a plataformizaç&atild=
e;o
tecnológica a Inteligência Artificial Generativa (IAG) chega n=
esta
conjuntura de forma exponencial e disruptiva. Em todas as áreas do
conhecimento ela influência direta ou indiretamente. Sendo assim,
a educação=
está sendo muito a cada dia fica mais complexo, tanto tecnologicamente, como nas consequências e desa=
fios
da gestão, envolvendo as Mídias do Conhecimento e seus desafi=
os
que vão desde políticas públicas, metodologias
pedagógicas e ao cotidiano da sala de aula.
O
estágio atual de influência das Tecnologia da
Informação e Comunicação (TIC) com o
desenvolvimento da Web Semântica envolve redes sociotécnicas,
criam uma imbricação na vida cotidiana e uma
amplificação e desenvolvimento científico do conceito =
de
“redes”. Desta forma a utilização de ferramentas =
de
Análise de Redes Sociais (ARS) contribuem e interagem de maneira
transdisciplinar, por exemplo
na neurociência,<=
span
style=3D'letter-spacing:-.15pt'> passando
pela gestão, pela matemática, ciências sociais, entre outras áreas, fazendo com que o conce=
ito
de “Educação em Rede” se torne cada vez mais
relevante a ser estudado.
Entre
outros aspectos, a IAG tem transformado a escrita acadêmica, pois aux=
ilia
na criação de textos, revisão gramatical e
formatação de trabalhos. A utilização da IAG ne=
sse
contexto apresenta desafios significativos, sobretudo no que tange à
ética e à normatização. Este artigo explora alg=
umas
destas questões e discute as implicações do uso de IAG na escrita acadêmica, analisando a ferramenta do ChatGPT.
As tecnologias digitais v&eci=
rc;m avançando ao longo dos tempos, e com isso sua integração a vários
campos do conhecimento, e nesse caminhar surgem novas perspectivas a respei=
to
do aprendizado e também na forma com que são disseminadas as
informações e na maneira que podem ser potencializadas. Neste
contexto, as Mídias do Conhecimento emergem com um conceito que une o
desenvolvimento da tecnologia aliada às=
ciências cognitivas e educacionais, oferecendo oport=
unidades
inéditas para a construção e o compartilhamento do sab=
er,
com isso, conceituam:
O
termo "Mídias do Conhecimento" foi utilizado pela primeira=
vez
por Mark Stefik (1986) para descrever as consequências de associar a
Inteligência Artificial à internet (Eisenstadt; Vicent,
1998/2000). A Mídia do Conhecimento surge como uma nova disciplina
(Eisenstadt; Vicent, 1998/2000), da convergência entre
informática,telecomunicações, ciências cognitiva=
s ou
ciências da aprendizagem. A emergência das Mídias do
Conhecimento oferece uma nova visão na área da
educação, conectando o surgimento das TIC aos contextos socia=
is e
educacionais (Müller; Souza, 2020, p. 21).
Desta forma, com o avanço das Mídias do Conhecimento, aparecem as iniciativas
práticas que procuram realistas. Com base na visão de Stefik (1986) e Grutter (2002, p. vii), su=
rgiram
novos projetos em algumas instituições de destaque, sintetiza=
do
por Müller e Souza (2020, p. 22):
Existem três projetos princ=
ipais decorrentes da proposta de Stefik (1986).
Eles estavam baseados em (1) Universidade de Stanford (EUA), (2) Universidade de Toronto =
(CAN)
e
(3) Open University (Reino Unido). A proposta de Mídia do Conhecimen=
to
de Mark Stefik (1986) foi implementada pela primeira vez, por volta dos anos
1990, nas Pesquisas em Mídias do Conhecimento Universidade de Stanfo=
rd
(EUA), através do Esforço de Compartilhamento de Conhecimento=
da
DARPA (Defense Advanced Research Projects Agency),
um consórcio com<=
span
style=3D'letter-spacing:-.15pt'> o objetivo de "compartilhar e reutilizar
bases de conhecimento e sistemas baseados em conhecimento", sustentand=
o as
Mídias do Conhecimento em ontologias (vocabulários comuns).
<= o:p>
Esse
termo vem sendo explorado ao longo dos últimos tempos, com diferentes
enfoques concomitantemente às mudanças sociais e
tecnológicas que impactam a forma com que o conhecimento é
gerado, propagado e utilizado. Essa variedade de formas na literatura refle=
te
uma natureza dinâmica e interdisciplinar do tema, mostrando
a adaptabilidade das Mídias do Conhecimento
em relação às suas respostas quanto às demandas=
que
essa constante evolução gera.
Ao compreender as Mídia=
s do Conhecimento, identificou-se como que elas contribuem para a
transformação dos ambientes de aprendizagem, e também =
com
a interação humana e não humana (artificial). Na sequência
é apresentada uma tabel=
a adaptada de Müller e Souza (2023)
que sintetiza as definições principais referente ao
conceito ao longo dos tempos, o que evidencia as contribuiçõe=
s de
diversos autores com abordagens diversas. As perspectivas são
diferentes, mas demonstram a r=
iqueza
conceitual que esse campo de estudo sustenta:
Tabela =
1 - Definição de Mídias do
Conhecimento
Autor/Data |
Definição de Mídias do Conhecimento |
Stefik (1986) |
“Como uma rede de informação com serviços semi
automatizados de geração,
distribuição e consumo de conhecimento.” |
Gruber, Tenenbaum e Weber (1992) |
“Um ambiente computaciona=
l no
qual o conhecimento explicitamente representado serve como |
Eisenst=
adt
(1995), resumido por Lynch (2004) |
“Capturar, armazenar, transmitir, =
compartilhar, acessar
e criar conhecimento.” |
Baecker (1997) |
“Documentos, artefatos, tecnologias e=
sistemas destinados a=
aumentar a criatividade, a aprendizagem e a construção do conhecimento humano.” |
Schmid
(1997), sumarizado por Stanoevska-Sl=
abeva
(2002) |
“Uma plataforma fornecendo um=
âmbito para a gestão e troca de conhecimento
dentro de uma comunidade circunscrita por agentes humanos e
artificiais.” |
Schmid e Stanoevska-Slabeva (1998) |
“Espaços de informação, que com base
em TIC inovadoras apoiam a troca
de informações dentro de uma comunidade composta por
agentes humanos e artificiais.”=
; |
Eisenstadt e Vincent
(1998) |
“O
processo de geração, entendimento e compartilhamento de
conhecimento usando vá=
;rias mídias diferentes, =
bem como
o entendimento de como o uso de diferentes mídias modela=
esses
processos.” |
Eppler, Seifried e Röpn (1999) |
“Uma plataforma técnica e organizacional de uma comunidade para a finalidade de troca
de conhecimento entre
os seus agentes.” |
Stanoevska-Slabeva (2002) |
“Como extensões de nós=
mesmos,
capazes de armazenar e transmitir conhecimento explícito no espa&ccedi=
l;o e no tempo.” |
Eppler (2011) |
“Infraestruturas baseadas em tecnologi=
a da informação que permitem a codificação e
transferência de conhecimento.” |
Sousa (2019) |
“Todo sistema medi=
ador: mecânico, elétrico, eletrônico e eletrônico-digital, com alguma autonomia, que produz =
novas
informações e simula o processo de conhecimento.” |
Müller e Souza
(2020) |
“Um sistema ou rede basea=
do
em Tecnologias da Informação e Comunicação (T=
IC) que
gera, distribui e se alimenta de conhecime=
nto por meio da integração
de agentes humanos e artificiais.” |
Fonte: Adaptado
de Müller e Souza (2023, p. 27).
O
fenômeno da plataformização digital, caracterizado pela
hegemonia das Big Techs, envolve e impacta as Mídias do Conhecimento=
e a
educação, onde a adoção de plataformas digitais
pode facilitar o aprendizado em rede e promover a conectividade e a
colaboração entre os estudantes e educadores. Isso está
alinhado com as tendências de educação aberta e digital,
onde o uso destas Tecnologias da Informação e da
Comunicação (TIC) são essenciais para criar ambientes =
de
aprendizagem mais inclusivos e interativos. Porém os desafios da
concentração e centralização das redes tanto
economicamente quanto socialmente, limita as inovações sociai=
s e
democráticas na educaç&a=
tilde;o.
O conceito
de Mídia do Conhecimento evoluiu desde Stefik (1986) que o entendia “como uma rede de informação com serviços
semiautomatizados de geração, distribuição e
consumo de conhecimento” para um sistema ou rede complexa
baseado em TICs relacionando o conhecimento com agentes humanos e artificiais
(Müller; Souza, 2023). Essa transformação também
é discutida pelos autores, onde destacam a importância das
Mídias do Conhecimento na educação em rede, e argument=
am que as Mídias do Conheciment=
o potencializam nossa capacidade de<=
span
style=3D'letter-spacing:-.15pt'> pensar,
comunicar e aprender
integrando agentes humanos e artificiais em um sistema colaborativo de
geração de conhecimento.=
A
educação em rede vai além
dos parâmetros teóricos das Mídias do Conhecimento. A comunicação =
do
conhecimento e a educação em rede, por sua vez, têm uma
intersecção rica e ampla. Podemos ver a comunicaç&atil=
de;o
do conhecimento como o campo fértil onde a educação em
rede floresce (Müller; Souza, 2023, p. 34).
No
ambiente educacional, as redes sociais como o Facebook, blogs entre outros,
são ferramentas essencia=
is para a construção do conhecimento colaborativo. Como observado<=
span
style=3D'letter-spacing:-.45pt'> por Spanhol
et al. (2020) "o uso do Fa=
cebook
como ferramenta de aprendizado pode melhorar de maneira significativa o nível de conhecimento dos estudantes". Elas permitiram que os estudantes e professores
compartilhem recursos educacionais, participem de
XXI. A utilização das redes sociais
na educação=
foi destacada por Spanhol et al.
(2020) "como pontes
pa=
ra
diversas formas de interação humana e
Durante
a pandemia do COVID-19, houve uma proliferação de fake news, =
onde
essas informações falsas traziam questionamentos referente ao
tratamento, as vacinas e as medidas de prevenção, gerando
confusão e resistência por parte da população em
adotar as medidas de saúde cientificamente comprovadas. Em um mundo inundado de
informações, inclusive "fake news", a
educação em rede pode promover
habilidades crít=
icas de gerenciamento de informação (Müller; Souza, 2018).
Gelfert
(2018) apresenta a definição de fake news como "a
apresentação deliberada de alegações tipicamente
falsas ou enganosas como notícias", essas informaç&otild=
e;es
foram divulgadas de maneira r&=
aacute;pida e facilitadas através das redes sociais,
onde a priorização era com base no engajamento
e nos cliques em relação a precisão (Rochlin, 2017). A rápida evolução=
tecnológica das últimas décadas vem mudando a forma c=
omo
consumimos, nos relacionamos e, claro, aprendemos.
Para Ferrari
et al. (2023),=
a pandemia foi um marco histórico, pois houve uma grande mudança na sociedade em
relação às tecnologias digitais “como a internet=
e a
inteligência artificial” e o quanto elas transformaram a vida e=
o
cotidiano das pessoas. Citam inclusive a forma com que um estudante realiza=
de
maneira autônoma a procura por conhecimento através da
inteligência artificial. Ainda de acordo com os autores, - “a
pandemia expôs que ninguém sairá imune da
massificação do ensino, de tal
forma que a sociedade cobra conteúdo online.
Logo, evidencia-se uma codependência da sociedade
com a tecnologia”.
As transformações que a pandemia
de COVID-19 trouxe foram significativas para a educação a distância (EaD) e para a
educação em rede, onde demonstrou seus desafios e oportunidad=
es. Apesar de
ser conceituada no contexto pandêmico, como modalidade=
de En=
sino Remoto
Emergencial (ERE), é inegável que as
ferramentas de EaD durante esse período mostraram-se como uma
solução essencial para <=
/span>poder dar continuidade nas atividades educacionais diárias =
devido às questões de distanciamento social.
Nos
anos anteriores à pandemia, essa modalidade já havia ganhado
espaço, e graças às TIC que possibilitaram a
conexão de estudantes e de docentes de diversas partes do mundo.
Conforme Spanhol et al. (2018),
a EaD é caracte=
rizada pela separação
geográfica entre o professor e o estudante, e i=
sso
intensifica a necessidade do =
uso de TIC para superar
barreiras de tempo e
espaço. Na pandemia isso ocorreu através=
das
plataformas digitais, videoconferências, fóruns online e mater=
iais
digitais. A flexibilidade que a EaD proporcionou também foi de uma c=
erta
forma necessária, pois conseguiu atender a diferentes necessidades d=
os
estudantes, principalmente aos que possuíam contextos com maiores
dificuldades de acesso à internet e a dispositivos adequados.
Diferentes
ofertas de espaços de aprendizagem flexibilizam o acesso aos
conteúdos programáticos. Por meio desta dinamizaç&atil=
de;o
e trocas de experiências é possível alcançar mai=
or
significação dos assuntos e aproximação dos
estudantes com seus professores, pois ambos se beneficiam dos mesmos estilos
de comunicaç&ati=
lde;o (Techio
et al., 2023, p. 41).
Da
mesma forma, na pandemia, durante o Ensino remoto emergencial (ERE) os
professores e estudantes precisaram se adaptar rapidamente ao uso destas
ferramentas, muitas vezes sem o treinamento necessário para
utilizá-las de maneira eficaz. Souza et
al. (2021) enfatizam que o desenvolvimento de competências digita=
is
é fundamental para enfrentar os desafios do ambiente educacional
contemporâneo.
No
início do século XXI, assistimos a uma intensa
transformação digital e a uma crescente
popularização da=
s TIC. Em paralelo, surge a urgência de democratizar=
a alfabetização digital,
motivada tanto pela fascinação das mídias digit=
ais
quanto pela expansão do aprendizado online (Mendes; Spanhol; Souza,
2018; Müller; Souza, 2023).
Depois
da pandemia, a EaD se manteve em um papel estratégico em
relação à educação, as experiências
foram acumuladas e geraram inovações tecnológicas e
tecnologias integradas ao ensino híbrido, onde sã=
o combinadas as aulas presenciais e virtuais. A massificação forçada do Ensino Remoto Emergencial (ERE) acelerou
mudanças significativas na educação, baseadas nas
técnicas e ferramentas da EAD, destacando tanto seu potencial quanto os desafios
que ainda precisam
ser superados. O futuro
da educação presencial, da educação híbr=
ida
e até da EAD
dependerão da capacidade das
instituições de ensino de incorporarem as tecnologias e as
metodologias de forma inclusiva e eficaz, assegurando que o aprendizado seja
acessível e relevante para todos os estudantes.
[...] a EaD fornece
conteúdos a estudantes em diferentes<=
span
style=3D'letter-spacing:-.15pt'> mídias, como víde=
os, áudios, textos (digitais ou em forma de documento
estático), al&eac=
ute;m de ferramentas interativas, tais como fór=
uns, chats,
e-mails, bem como estratégias de ensino e aprendizagem, que evoluem com o passar dos tempos
(Darôs et al., 2023, p. 1=
29).
A
construção de um ecossistema educacional mais equitativo
exigirá esforços coordenados entre governos, educadores e
sociedade civil para garantir que todos tenham acesso às ferramentas
necessárias para participar plenamente da educação
digital. Techio et al. (2023), tra=
zem
como reflexão a flexibil=
ização da maneira de estudar devido
ao acesso e a disponibilidade dos materiais,<=
span
style=3D'letter-spacing:-.4pt'> mas para que se obtenha sucesso é
imprescindível a capacidade de resumo e dedicação
são extremamente necessá=
rios.
Estamos numa sociedade em rede (Castells, 2010) portanto a educação, dentro dessa sociedade, também precisa ser
analisada como tal. Desta forma se faz necessário identificar o tipo=
da
rede, podendo ser centraliza=
da, descentralizada ou ainda distribuída. É importante pensar sobre a educação em rede nem sempre pode ser
compreendida como uma educação democrática. É importa=
nte e necessário analisar
o papel de relevância e arquitetura das redes na área educacional, identificando e<=
span
style=3D'letter-spacing:2.0pt'> estimulando formas mais
dialogadas, distribuída=
s e conectadas com o mundo.
Neste aspecto o surgimento e o desenvolvimento de ferramentas de
Análise de Redes Sociais (ARS) tem contribuído muito para
desvendar e identificar as car=
acterísticas, por exemplo de uma gestão escolar, ou de uma atuação docente
em sala de aula, ou
ainda <=
/span>de uma rede ou sistema escolar
complexo.
Ao
analisar a essência da educação a distância e da
educação em rede, fica evidente que ambas têm fundament=
os e
propósitos distintos. A educação em rede, por exemplo,
possui uma amplitude e visão sobre aprendizado que vai além
daquela encontrada na educação a distância. Ambas, cont=
udo,
utilizam a Mídia do Conhecimento para alcançar seus objetivos,
mas não são intercambiáveis em seus conceitos
(Müller; Souza, 2023, p. 34).
A
pandemia acelerou o uso de IAG no ambiente educacional, criando oportunidad=
es
para personalizar o ensino e otimizar o processo de aprendizagem. A IAG
já existia antes da pandemia da COVID-19, modelos generativos como o
GPT-2 e do GPT-3 e algumas versões do DALL-E já estavam em
desenvolvimento antes de 2020 e a área vinha crescendo com o
avanço das redes neurais. Porém com o aumento do trabalho rem=
oto
e a demanda por interações on-line propiciaram as
condições de inovação e demandas por tecnologias
acelerando a massificação da IAG.
Ferramentas
de IAG podem auxiliar na avaliação de desempenho dos estudant=
es,
oferecendo feedbacks e ajudando
os professores a identificarem as áreas que precisam de maior atenção. O uso da tecnologia durante a pandemia
evidenciou como ferramentas digitais podem<=
span
style=3D'letter-spacing:-.7pt'> ser essenciais para manter
a continuidade das atividades educacionais e profissionais, além de
preservar a saúde pública. Agora, há uma
integração muito mais próxima do ensino em sala de aul=
a e
online sob o termo genérico de aprendizado misto ou híbrido, onde o tempo e=
m sala
de aula é reduzido,
mas não eliminad=
o, com
um tempo substancial sendo usado para o aprendizado online (Bacich; Neto;
Trevisani, 2015).
Don Ihde (2017), em sua obra intitulada Tecnologia e o mundo da vida:
do jardim à
terra, indica que
há vários modos de relação com a tecnologia. Es=
sas
relações envolvem interações entre os seres hum=
anos
e os artefatos técnicos, algumas mais simples e outras mais complexa=
s.
Tais interações mediam e tornam possível a vida cotidi=
ana,
abrangendo desde o ambiente privado e íntimo até os ambientes
públicos e funcionais, como o local de trabalho, constituindo um
tecnossistema.
Os
modos de relação delineados por Don Ihde (2017) são
quatro: (a) incorporação, (b) hermenêutica, (c) alterid=
ade
e (d) segundo plano. Na relação de incorporação=
, a
experiência humana está tecnologicamente mediada, sendo a
tecnologia integrada ao modo de vivenciar o mundo (Ihde, 2017, p. 120-132). Um exemplo dado=
pelo
autor é o uso de óculos, que, uma vez ajustados, tornam-se transparentes para o sujeito, sendo incorporados =
ao
seu modo de perceber os arredores.
Se essa tecnologia vestível evoluir para óculos equipados com
Na
relação hermenêutica, explica Don Ihde (2017, p. 132-15=
6),
o mundo se apresenta ao ser humano hermeneuticamente interpretado pela
mediação tecnológica, de forma visível e
explícita, exigindo que o usuário interprete o mundo por meio
dela. Um exemplo dado pelo autor é o termômetro, que,
independentemente de seu tipo ou da finalidade da medição,
fornece ao usuário acesso ao mundo por meio da leitura de seu mostra=
dor.
Nesse contexto, a interpretação do mundo ocorre atravé=
s da
leitura de dispositivos, sendo a escrita uma forma de linguagem
tecnologicamente mediada.
Se
esse tipo de tecnologia for integrado a dispositivos vestíveis equip=
ados
com inteligência artificial, como relógios ou anéis
inteligentes, que coletam dados sobre a saúde do usuário e ou=
tros
aspectos, a mediação tecnológica desempenha por meio da
tela dos dispositivos um papel hermen&=
ecirc;utico
determinante para os usuários. Esses dispositivos
apresentam informaçõ=
es em =
monitores
de=
smartphones, permitindo ao usuário interpretar sua=
saúde com base nos dados coletados e cruzados com big data, analisados pelas big techs que desenvolvem e
comercializam essas tecnologias. Eles colocam
na tela o foco perceptual imediato da experiência
do sujeito, evidenciando uma <=
/span>dependência
opaca entre os sensores de dados e, por exemplo, o corpo humano.
Para
Don Ihde (2017, p. 156-176), na relação de alteridade, o arte=
fato
tecnológico é tratado como se fosse outro alguém,
tornando-se o foco da atenção. “Não estamos lida=
ndo
com meras ferramentas [...], mas os experienciamos como outros que se postam
diante de nós, como se fossem outros humanos —
o que também g=
era fantasias
e romantizaç&otil=
de;es a seu respeito” (Carvalho, 202=
0). Um exemplo dado são os rob&oc=
irc;s
sociais, que interagem como se fossem pessoas autônomas.
Outro exemplo
de sistema tecnológico que frequenteme=
nte exemplifica a relaç&a=
tilde;o de alteridade
em seu uso são os
sistemas de Inteligência
Artificial, como os modelos Large Language Models (LLMs). Esses sistemas
"processam textos com sucesso extraordinário e, frequentemente,=
com
resultados indistinguíveis daqueles que seres humanos podem produzir"
(Floridi, 2023b). Um exemplo é o ChatGPT, que<=
span
style=3D'letter-spacing:-.2pt'> "se
comporta como se tivesse a habilidade de aprender e interagir conversacionalmente como um humano=
"
(Santaella, 2023, p. 38). À medida que o ChatGPT aumenta sua capacid=
ade
de engajar os usuários em interações conversacionais c=
ada
vez mais semelhantes àquelas realizadas entre seres humanos, isso desperta curiosidade por modos de interação não apenas mais funcionais, mas també=
m mais
existenciais. O ChatGPT é “um companheiro de conversas capaz,
inclusive, de fornecer conselhos sobre questões pessoais, apesar de =
que
tenha sido treinado para ser cuidadoso quanto a isso” (Santaella, 202=
3,
p. 30)
O
quarto modo de relação, como descrito por Don Ihde (2017, p.
172-178), é a relação de segundo plano, que modifica as
formas da experiência humana, exercendo efeitos indiretos sobre a for=
ma como o mundo é vivenciado. Um exemplo é
o sistema de iluminação, que, embora crie contextos
para o existir humano, molde suas possibilidades e diversifique a qualidade=
da
experiência que temos do mundo, frequentemente não recebe nossa
atenção direta, passando despercebido (Ihde, 2017, p. 173).
Considere
que, em 2024, a Inteligência Artificial já está integra=
da
como um assistente inteligente embutido em softwares de escrita e
revisão de texto, operando predominantemente em segundo plano e
oferecendo sugestões contextuais e correções
automáticas. Algumas IAs são projetadas para atuar como
tecnologias assistivas, aprimorando a eficiência de forma não
intrusiva e adaptando-se &agra=
ve;s necessidades do usuá=
rio. Esse tipo de tecnologia tem despertado interesse tanto pela
possibilidade de automatizar a escrita quanto
pela de automatizar a leitura em ambientes educacionais, gerando debates sobre =
sua
utilidade em funções e contextos específicos, bem como
sobre sua normatização.<=
/span>
A
IA generativa está desafiando as instituições de ensin=
o.
Modelos como GPT automatizam a produção de texto e podem aume=
ntar
também a desinformação, contribuindo para a
deterioração do ambiente intelectual e acadêmico e aume=
nto
da produção de "lixo semântico" (Floridi;
Chiriatti, 2020). “Após =
a entrada do ChatGPT - uma ferramenta de inteligência artificial (IA) conversac=
ional
– tornou-se crucial para<=
span
style=3D'letter-spacing:-.2pt'> as IES conhecer
as implicaç&otild=
e;es das ferramentas de IA nos resultados da aprendizagem dos estudantes” (Chaudhry et al., 2023).
No entanto,
é importante considerar que modelos
au=
toridade
intelectual (expertise) e a autonomia humanas, mas é incapaz de exer=
cer
responsabilidade moral, agência epistêmica ou domínio
especializado sobre qualquer área.
O
otimismo acentuado acerca do potencial das inteligências artificiais
generativas tem conduzido muitas pessoas a uma postura de credulidade
ingênua. Com as possibilidades amplas e multifuncionais dos modelos de IA baseados em LLM (Large Language Models), cresce a tendência de delegar integralmente diversas ta=
refas
a essas tecnologias. Nesse contexto, Floridi e Chiriatti (2020) alertam que “no final, os crédulos vão delegar a =
algum
produtor automático de t=
exto a última palavra, como hoje fazem perguntas existenciais ao
Google”. Essa confiança em sistemas que automatizam a escrita<=
span
style=3D'letter-spacing:-.15pt'> levanta
preocupações éticas e epistemol&oa=
cute;gicas.
William K. Clifford, em sua obra, Ethics of Belief,
publicada originalmente em 1877, adverte sobre as consequências da
credulidade:
O
mal que a credulidade faz num homem não se limita à
estimulação de um caráter crédulo nos outros e à decorrente defesa de crenças falsas. O hábito de ser descuidado com aquilo em que acredit=
o leva
os outros a serem por hábito descuidados com a verdade daquilo que me
é dito (Clifford, 2020, p. 304).
A
credulidade apresenta-se como um problema epistemológico para aquelas
pessoas que se apropriam das respostas geradas pela IA generativa sem revis=
ar e
avaliar adequadamente as informações fornecidas. Essa postura
torna-se indesejável, especialmente em contextos de desconhecimento
sobre determinado assunto, pois as respostas fornecidas pela IA, sem uma
análise crítica do usuário, não podem ser
consideradas confiáveis ou dignas de crédito. A credulidade,
nesse sentido, enfraquece o rigor epistêmico necessário para o
desenvolvimento de práticas informacionais confiáveis,
impulsionando o problema da desinformação e degradando o ambi=
ente
epistêmico.
O uso de ferramentas de IA generativa influencia diver=
sos aspectos
sociais, éticos e epistêmicos
relacionados à aquisição, exposição e
disponibilização de informações. Essas tecnolog=
ias
impactam como as pessoas acessam informações e são
expostas a novos conteúdos, especialmente por meio de mecanismos como
recomendação e personalização, além de
levantar questões sobre diversidade e representatividade. Além
disso, a confiabilidade das respostas, bem como a qualidade e precisã=
;o
das informações, =
depende não apenas dos algoritmos e dados de treinamento, mas também da qualidade
dos prompts utilizados (Lo, 2023).
O
uso da IAG em atividades educativas apresenta tanto benefícios quanto
riscos, como destacado por Floridi =
span>(2023a). Entre os benefícios, a IA pode aumentar a eficiência e eficácia das aç&o=
tilde;es
humanas, melhorar as capacidades sociais ao promover colaboraç&atild=
e;o
e contribuir para a resolução de problemas complexos por meio=
da
coordenação social (Floridi, 2023a). No entanto, também
há riscos significativos, como a desvalorização das
habilidades humanas, a redução da capacidade de monitoramento
humano ao delegar decisões importantes a sistemas autônomos e o
potencial de influenciar comportamentos humanos de maneira indesejada (Flor=
idi,
2023a).
Para
diminuir esses riscos e maximizar os benefícios, Floridi (2023a)
propõe práticas recomendáveis no uso da IA generativa.
É fundamental determinar limites claros sobre quais decisões
não devem ser delegadas à
IA garantir que as regulamentações acompanhem os avanç=
os tecnológicos, desenvolver
mecanismos para identificar e corrigir consequências indesejadas e
promover atividades que aumentem a conscientização sobre os
impactos sociais e éticos da IA (Floridi, 2023a). Essas estrat&eacut=
e;gias
visam preservar a dignidade e a autonomia humanas, prevenir danos e assegur=
ar a
segurança, além<=
span
style=3D'letter-spacing:-.05pt'> de garantir
a transparência e a responsabilidade nos processos<=
span
style=3D'letter-spacing:-.15pt'> de tomada de decisão
da IA.
Segundo
Floridi (2023a), o uso de ferramentas de IA generativa exige o fortalecimen=
to
da integridade epistêmic=
a no ambiente automatizado, =
garantindo que os processos sejam conduzidos de fo=
rma ética e respons&aacut=
e;vel.
Além disso, destaca-se<=
span
style=3D'letter-spacing:-.1pt'> a importância da supervisão
humana para assegurar a
precisão e confiabilidade dos resultados. É fundamental
também o desenvolvimento de novas competências editoriais, tan=
to
para a formulação de prompts eficazes quanto para a coleta e
combinação (compilação) dos resultados obtidos.
Floridi e Chiriatti (2020) enfatizam, também, a necessidade de promo=
ver
uma nova cultura digital, capacitando os cidadãos para navegar em um
ambiente digital transformado<=
span
style=3D'letter-spacing:-.05pt'> pela presença
crescente da IA. Afinal,
Após
a introdução do ChatGPT, uma ferramenta de inteligência
artificial (IA) conversacional, tornou-se essencial para as
Instituições de Ensino Superior compreenderem as
implicações dessas tecnologias nos resultados de aprendizagem=
dos
estudantes (Chaudhry et al., 20=
23).
Segundo os autores, "os sistemas
de avaliaç&atild=
e;o baseados
no desempenho parecem
provavelmente inutiliza=
dos com a chegada do ChatGPT" (Chau=
dhry et al., 2023). Além disso,
"os instrumentos de avaliação existentes, como exames
baseados em conhecimento e tarefas de pensamento crítico, mostram-se
inadequados para confirmar a aprendizagem e o desempenho na ausência =
de
ferramentas capazes de validar a autoria do trabalho" (Chaudhry et al., 2023). O ChatGPT,
por exemplo, "passa nos testes de integridade
acadêmica de ferramentas como a Turnitin", enquanto outras, como
GPTZero e Copyleaks, têm demonstrado limitações na
detecção de textos gerados por IA (Chaudhry et al., 2023).
Apesar
disso, existem perspectivas otimistas. Benuyenah (2023) sugere que "o
ensino superior prosperará junto com a evolução da IA,
desde que as pedagogias e estratégias de avaliação sej=
am
adaptadas". Lo (2023) reforça a necessidade de educar os estuda=
ntes
para se comunicarem com modelos de linguagem como o ChatGPT, que estã=
;o
alterando o panorama da informação e demandando novas abordag=
ens
na alfabetização informacional.
Em
termos de aplicação, o ChatGPT pode ser usado para personaliz=
ar
instruções, fornecer feedback imediato e desenvolver respostas
adaptadas às necessidades específicas dos alunos, contribuindo
para o aprimoramento do desempenho acadêmico e da experiência g=
eral
de aprendizagem (Chaudhry et al.,
2023). Adicionalmente,<=
span
style=3D'letter-spacing:-.25pt'> "o
ChatGPT é capaz de escrever
tarefas, analisar estud=
os de
caso, desenvolver relatórios e propor soluções para
problemas baseados em trabalho" (Chaudhry
et al., 2023)=
. No entanto, conforme
observado por Crawford
et al. (2023)=
, embora
a IA ofereça suporte ao aprendizado, "não
substitui o aprendizado, mas fornece um caminho alternativo".
Ao unir a IAG à educação, no contexto deste artigo, se tratando da escrita acadêmica, podemos considerar uma transformação significativa, visto que traz o quanto é complexo o
cenário educacional. Es=
te artigo
explorou as ligações entre
gestão e Mídia do Conhecimento=
, trouxe
também os desafios
da educação em rede e
as repercussões éticas e epistê=
micas que tecnologias disruptivas que a IAG traz=
. A relação da
educação em rede, aliado às plataformas digitais e
às Mídias do Conhecimento demonstra uma potencialidade n=
a inclusão digital, na o uso responsável e inclusivo.
A educação democrática em rede fortalece a cidadania e promove o uso crítico e transformador =
das Mídias do Conhecimento<=
span
style=3D'letter-spacing:-.15pt'> com o objetivo
de beneficiar a sociedade. Esse modelo educacional deve ser compreen=
dido como um ambiente
que estimula o diálogo, a interação e a construção coletiva de
in=
formações,
tornando o conhecimento uma ferramenta efetiva para o exercício plen=
o da
cidadania (Souza, 2015). Compreende-se que as instituições de
ensino, devem desenvolver estratégias para integrar a IAG e as M&iac=
ute;dias
do Conhecimento, de maneira eficaz, ética e inclusiva. Desta forma p=
ode
funcionar como um espaço de diálogo, onde promove a interatividade, adota
a ciência das redes como uma abordagem para compreender=
os
processos educativos, utilizando as mídias digitais e do conheciment=
o de
maneira crítica e transformadora (Müller; Souza, 2020).
Entretanto deve-se
reconhecer a coexistência das redes digitais
com a importância dos agentes humanos, gerando uma
As
relações entre seres humanos e tecnologia, como discutido por=
Don
Ihde (2017), ilustram como ferramentas tecnológicas, incluindo a IAG,
mediam e transformam as interações cotidianas. Modos de
relação como incorporação, hermenêutica,
alteridade e segundo plano demonstram como essas tecnologias moldam a
percepção, a interpretação e a experiência
humana.
A
IAG oferece benefícios como maior eficiência, mas também
levanta desafios como a desvalorização de habilidades humanas=
e o
aumento da credulidade ingênua. A capacidade dos modelos de IA, como o
ChatGPT, de simular interação humana destaca a necessidade de
supervisão e análise crítica para evitar a
dependência excessiva e a disseminação de
desinformação.
O
uso da IAG em ambientes educacionais está transformando métod=
os
de ensino e avaliação. Ferramentas como o ChatGPT apresentam
potencial para personalizar o aprendizado e oferecer feedback imediato, mas
também desafiam os sistemas tradicionais de avaliação e
levantam preocupações sobre a autoria e a integridade
acadêmica. Para maximizar os benefícios e mitigar os riscos, é
essencial desenvolver
BENUYENAH, =
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