![3D""](3D"image.001.png")
Aplica=C3=A7=C3=A3o da =
UTAUT2 em app de v=C3=ADdeos curtos para planejar viagens: um estudo qualit=
ativo no Brasil=
Applicat= ion of UTAUT2 in short video apps for travel planning: a qualitative study = in Brazil
Leylane Meneses Martins https://orcid.org/0000-0003-4411-2568 | Mestre = em Turismo. Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) =E2=80=93 Br= asil. leylane.martins.028@ufrn.edu.br |
Luiz Mendes Filho https://orcid.org/0000-0002-9175-= 8903 | D= outor em Administra=C3=A7=C3=A3o. Universidade Federal do Rio Grande do Nor= te (UFRN) =E2=80=93 Brasil. luiz.mendes@ufrn.br |
P=C3=B3s-doutor em Educa=C3=A7= =C3=A3o. Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) =E2=80=93 Brasi= l. marcelo.porte@ufrn.br | |
S=C3=A9rgio Marques J=C3=BAnior<= /span> https:/= /orcid.org/0000-0002-6008-8038 | Doutor em Agronomia. Universidade Federal do Rio G= rande do Norte (UFRN) =E2=80=93 Brasil. sergio.marques@ufrn.br |
RESUMO
Aplicativos de v= =C3=ADdeos curtos em redes sociais t=C3=AAm se mostrado influentes no plane= jamento de viagens, afetando percep=C3=A7=C3=B5es e comportamentos tur=C3= =ADsticos. Este estudo aplica a UTAUT2 para ident= ificar as dimens=C3=B5es relevantes para aceita=C3=A7=C3=A3o de uso de apli= cativos de v=C3=ADdeos curtos de turismo para o planejamento de viagem, bem= como indicar suas potenciais implica=C3=A7=C3=B5es pr=C3=A1ticas para dese= nvolvedores de aplicativos tur=C3=ADsticos e profissionais de marketing de = destinos. Baseado em 66 entrevistas com usu=C3=A1rios brasileiros de v=C3= =ADdeos curtos sobre destinos tur=C3=ADsticos, utilizou an=C3=A1lise de con= te=C3=BAdo e mapeamento de palavras-chave via VOSviewer.= Os resultados confirmam que expectativa de desempenho, esfor=C3=A7o, motiv= a=C3=A7=C3=A3o hed=C3=B4nica e h=C3=A1bito s=C3=A3o determinantes no uso de= sses aplicativos de v=C3=ADdeos curtos no planejamento de viagens, enquanto= influ=C3=AAncia social, condi=C3=A7=C3=B5es facilitadoras e valor do pre= =C3=A7o t=C3=AAm impacto irrelevante. Os usu=C3=A1rios percebem esses aplicativos como ferramentas =C3=BAteis,= pr=C3=A1ticas e funcionais, gerando sentimentos hed=C3=B4nicos diversos e = refor=C3=A7ando sua utilidade no planejamento de viagens. Revela uma mudan= =C3=A7a no comportamento dos turistas, que se tornam planejadores aut=C3=B4= nomos ao ter f=C3=A1cil acesso =C3=A0 informa=C3=A7=C3=A3o por meio desses = apps de v=C3=ADdeos curtos, impactando a din=C3=A2mica do turismo com maior= controle e personaliza=C3=A7=C3=A3o. Al=C3=A9m disso, na pr=C3=A1tica, des= envolvedores devem projetar funcionalidades que enfatizem desempenho e moti= va=C3=A7=C3=A3o hed=C3=B4nica, enquanto profissionais de marketing devem fo= car em conte=C3=BAdos visuais r=C3=A1pidos e informativos para engajar pote= nciais viajantes.
Palavras-chave: aplicativos de v=C3=ADdeos curtos; teoria UTAUT2; plan= ejamento de viagem.
<= span style=3D"font-family:Arial">
ABSTRACT
Short‑form video applications on social media have pr=
oven highly influential in travel planning, affecting tourists=E2=80=99 per=
ceptions and behaviors. The present study applies the Unified Theory of Acc=
eptance and Use of Technology 2 (UTAUT2) framework to identify the key dime=
nsions influencing the acceptance of short‑form tourism video applications for travel planning, as well as=
to outline their potential practical implications for tourism app develope=
rs and destination marketing professionals. Based on 66 interviews with Bra=
zilian users of destination‑foc=
used short‑<=
/span>form videos, a quali=
tative content analysis was performed alongside keyword mapping via VOSview=
er. Results indicate that performance expectancy, effort expectancy, hedoni=
c motivation, and habit significantly drive the adoption of short
Keywords: s= hort video apps; UTAUT2 theory; travel planning.
=
Recebido em 19/11/2024.
https://doi.org/10.22279/navus.v16.2053
1 INTRODU=C3=87=C3= =83O
Em 2022, cerca de 76,83% dos brasilei= ros acessaram redes sociais, mantendo 165,46 milh=C3=B5es de usu=C3=A1rios = ativos no pa=C3=ADs, al=C3=A9m de prever um cont=C3=ADnuo crescimento at=C3= =A9 alcan=C3=A7ar 191,55 milh=C3=B5es de usu=C3=A1rios entre 2023 a 2028 (S= tatista, 2023). Paralelamente, o desenvolvimento da tecnologia de informa= =C3=A7=C3=A3o e comunica=C3=A7=C3=A3o global tem-se expandido para contribu= ir com o uso mais popular de aplicativos, o que torna uma tend=C3=AAncia de= consumo no cen=C3=A1rio tecnol=C3=B3gico e ainda promove mais estudos sobr= e aceita=C3=A7=C3=A3o e uso de tecnologia em dispositivos pessoais (Sun et = al., 2023).
As percep=C3=A7=C3=B5es dos turistas sobre v=C3=AD= deos curtos em aplicativos de redes sociais influenciam positivamente o seu= envolvimento comportamental nos momentos de visualiza=C3=A7=C3=B5es, cria= =C3=A7=C3=B5es, compartilhamentos e coment=C3=A1rios, ao proporcionar carac= ter=C3=ADsticas que afetam a concentra=C3=A7=C3=A3o, felicidade e a experi= =C3=AAncia junto ao seu envolvimento com o v=C3=ADdeo e as inten=C3=A7=C3= =B5es em rela=C3=A7=C3=A3o ao destino (Li & Tu, 2024).
O motivo para realizar este estudo =C3=A9 entender m= elhor como as pessoas usam estes aplicativos de v=C3=ADdeos curtos no plane= jamento de viagens. Ao identificar as dimens=C3=B5es que mais influenciam e= sse uso, pode-se melhorar a compreens=C3=A3o sobre as prefer=C3=AAncias e c= omportamentos dos usu=C3=A1rios, assim como contribuir para cria=C3=A7=C3= =A3o de estrat=C3=A9gias mais eficazes de marketing e produtos no setor = de turismo e tecnologia. Portanto, o objetivo da pesquisa =C3=A9 identifica= r as dimens=C3=B5es relevantes da Teoria Unificada de Aceita=C3=A7=C3=A3o e= Uso de Tecnologia 2 (UTAUT2) para aceita=C3=A7=C3=A3o de uso de aplicativo= s de v=C3=ADdeos curtos de turismo para o planejamento de viagem, bem como = indicar suas potenciais implica=C3=A7=C3=B5es pr=C3=A1ticas para desenvolve= dores de aplicativos tur=C3=ADsticos e profissionais de marketing de destin= os.
No campo do turismo a UTAUT2 visa explicar inten=C3=A7=C3= =A3o de uso e/ou uso real, tendo como objeto de estudo diversas tecnologias= , como plataformas digitais para reserva de meios de hospedagem (Nathan et = al., 2020; Tamilmani et al., 2022), compras de turismo online (Dogra & Adil, 2022; Hateftabar, 2022), ado=C3=A7=C3=A3o= de chatbots baseados em Intelig=C3=AAncia Artifi= cial (IA) para fornecer servi=C3=A7os de turismo (Zhang et al., 2023), util= iza=C3=A7=C3=A3o do metaverso em eventos (Ariza-Montes et al., 2023), Reali= dade Virtual (RV) para despertar interesse em visitar destinos fisicamente = (Huang, 2023; Phang & Kong, 2023) entre outros contextos.
= O UTAUT2 tamb=C3=A9m foi adotado no contexto da ado=C3=A7=C3=A3o de aplicat= ivos m=C3=B3veis no turismo (Kamboj & Joshi, 2021; Palos-Sanchez et al.= , 2021), como por exemplo para explicar a inten=C3=A7=C3=A3o dos viajantes = de usar avalia=C3=A7=C3=B5es de viagens online co= mo forma de CGU e fonte preferencial de obter informa=C3=A7=C3=B5es (Assake= r et al., 2019) ou at=C3=A9 mesmo para explicar o uso cont=C3=ADnuo desses = aplicativos de viagens (Coves-Martinez et al., 2023; Kamboj & Joshi, 20= 21). Por=C3=A9m, n=C3=A3o foi verificado a utiliza=C3=A7=C3=A3o da UTAUT2 n= o contexto de aplicativos de v=C3=ADdeos curtos de turismo no contexto do p= lanejamento de viagem.
O artigo apre= senta cinco se=C3=A7=C3=B5es. Se=C3=A7=C3=A3o 1 com esta introdu=C3=A7=C3= =A3o juntamente com objetivo e justificativa do estudo. Se=C3=A7=C3=A3o 2 e= xplora os fundamentos te=C3=B3ricos. A Se=C3=A7=C3=A3o 3 descreve os m=C3= =A9todos utilizados no estudo, enquanto a Se=C3=A7=C3=A3o 4 apresenta a an= =C3=A1lise de dados e a discuss=C3=A3o de resultados. E finalmente, a Se=C3= =A7=C3=A3o 5 fornece a conclus=C3=A3o e prop=C3=B5e futuras pesquisas e lim= ita=C3=A7=C3=B5es.
&#x= a0;
2 UTAUT2 E SUAS DIMENS=C3=95ES
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A Teoria Unificada de Aceita=C3=A7=C3=A3o e Uso de Tecnologia 2, do i= ngl=C3=AAs Unif= ied Theory of Acceptance and use of Technology 2<= /span> (UTAUT2) surgiu devido aos avan=C3= =A7os tecnol=C3=B3gicos (Venkatesh et al., 2012), adicionando tr=C3=AAs nov= os construtos em rela=C3=A7=C3=A3o =C3=A0 teoria UTAUT original, que enfati= zam a motiva=C3=A7=C3=A3o hed=C3=B4nica (MH) percebida pelos usu=C3=A1rios,= o valor do pre=C3=A7o e h=C3=A1bito, aos quatro construtos centrais do mod= elo original (expectativa de desempenho, expectativa de esfor=C3=A7o, influ= =C3=AAncia social e condi=C3=A7=C3=A3o facilitadora), al=C3=A9m dos itens m= oderadores, que s=C3=A3o: idade, g=C3=AAnero e experi=C3=AAncia (Moura et a= l., 2017), conforme figura 1.
Figura 1
Modelo te=C3=B3rico UTAUT2
![3D"Diagrama
Descri=C3=A7=C3=A3o](3D"image.002.png")
Fonte: Traduzido de Venkatesh et al. = (2012).
A utilidade do uso da teoria UTA= UT2 foram bem documentados por pesquisas acad=C3=AAmicas e investiga=C3=A7= =C3=B5es emp=C3=ADricas (Venkatesh et al., 2012) para analisar as vari=C3= =A1veis que impulsionam a ado=C3=A7=C3=A3o de sistemas e plataformas tecnol= =C3=B3gicas pelos consumidores (Ali et al., 2023; Ariza-Montes et al., 2023= ; Aydin, 2023; Barbosa et al., 2022; Coves-Martinez et al., 2023; Zhou et a= l., 2023), al=C3=A9m de apresentar melhores resultados, especialmente para = a varia=C3=A7=C3=A3o explicada da inten=C3=A7=C3=A3o comportamental (56% a = 74%) e uso de tecnologia (40% a 52%) (Chang, 2012).
A expectat=
iva de desempenho, semelhante ao construto de utilidade percebida (Aydin, 2=
023; Kamboj & Joshi, 2021; Tam et al., 2020) da Teoria de =
Aceita=C3=A7=C3=A3o Tecnol=C3=B3gica, do ingl=C3=AAs Technology Acceptance Model
A expectativa de esfor=C3= =A7o tem a ver com o grau em que o sistema pode ser facilmente utilizado (D= ayour et al., 2023), =C3=A9 definida como grau de facilidade associado ao u= so do sistema (Venkatesh et al., 2003; Venkatesh et al., 2012), semelhante = a facilidade de uso percebida do modelo TAM, quando uma pessoa acredita que= usar um determinado sistema seria livre de esfor=C3=A7o (Davis, 1989).
Pesquisas anteriores relataram associa=C3=A7=C3=B5es de influ=C3= =AAncia positiva e significativa entre a expectativa de esfor=C3=A7o e a in= ten=C3=A7=C3=A3o/ado=C3=A7=C3=A3o de tecnologia (Alazab et al., 2021; Coves= -Martinez et al., 2023; Hateftabar, 2022; Zhang & Hwang, 2023), e que a= facilidade de utiliza=C3=A7=C3=A3o =C3=A9 um determinante prim=C3=A1rio do= envolvimento do usu=C3=A1rio com a tecnologia (Hateftabar, 2022).
O construto condi=C3=A7=C3=A3o facilitadora =C3=A9 a medida em que as = pessoas acreditam que as estruturas organizacionais e de infraestruturas t= =C3=A9cnicas existentes est=C3=A3o dispon=C3=ADveis para apoiar a utiliza= =C3=A7=C3=A3o do sistema (Dayour et al., 2023).
Essa dimens=C3= =A3o =C3=A9 definida como a percep=C3=A7=C3=A3o do usu=C3=A1rio sobre os re= cursos, ferramentas e apoio dispon=C3=ADvel para realizar um comportamento = (Venkatesh et al., 2012), identificada como um preditor da inten=C3=A7=C3= =A3o de publicar e compartilhar informa=C3=A7=C3=B5es nas redes sociais (Hu= ang, 2018).
O fator influ=C3=AAncia social =C3=A9 definido co= mo a percep=C3=A7=C3=A3o do usu=C3=A1rio com rela=C3=A7=C3=A3o =C3=A0 opini= =C3=A3o de outras pessoas influentes, sobre se ele deveria ou n=C3=A3o util= izar uma tecnologia, ou seja, refere-se ao impacto de outras pessoas releva= ntes na percep=C3=A7=C3=A3o do indiv=C3=ADduo para usar uma determinada tec= nologia (Venkatesh et al., 2012).
A motiva=C3=A7=C3=A3o hed=C3=B4nica= significa uma motiva=C3=A7=C3= =A3o intr=C3=ADnseca, percep=C3=A7=C3=A3o de sentimentos de divers=C3=A3o, = ludicidade, prazer derivados do indiv=C3=ADduo ao utilizar a tecnologia (Ve= nkatesh et al., 2012). Refere-se ao construto que apresenta a satisfa=C3=A7= =C3=A3o e a felicidade que os consumidores obt=C3=AAm ao utilizar a tecnolo= gia (Wen et al., 2023).
=C3=89 necess=C3=A1rio incluir a motiv= a=C3=A7=C3=A3o hed=C3=B4nica para explicar a ado=C3=A7=C3=A3o e o uso da te= cnologia, j=C3=A1 que existem tecnologias que oferecem caracter=C3=ADsticas= hed=C3=B4nicas para motivar as inten=C3=A7=C3=B5es e comportamentos dos in= div=C3=ADduos (Won et al., 2023). Isto amplia a compreens=C3=A3o geral do c= omportamento do indiv=C3=ADduo a partir da perspectiva do papel que a motiv= a=C3=A7=C3=A3o hed=C3=B4nica desempenha na determina=C3=A7=C3=A3o das inten= =C3=A7=C3=B5es atitudinais e comportamentais em rela=C3=A7=C3=A3o =C3=A0 ac= eita=C3=A7=C3=A3o e utiliza=C3=A7=C3=A3o da tecnologia (Kim et al., 2023).<= /span>
A motiva=C3=A7=C3=A3o refere-se ao prazer obtido ao adotar ou = usar algo, e neste contexto um aplicativo m=C3=B3vel de compartilhamento de= v=C3=ADdeo curto. Os aplicativos t=C3=AAm um elemento de ader=C3=AAncia em= que os usu=C3=A1rios tendem a verificar seus smartphones com frequ=C3=AAncia em busca de novidades, al=C3=A9m de se envolve= r nas redes sociais, ao contr=C3=A1rio do que acontece com uso de computado= r (Nathan et al., 2020).
O h=C3=A1bito =C3=A9 outro construto = considerado importante para a ado=C3=A7=C3=A3o da tecnologia (Zhang et al.,= 2023). Trata-se da propens=C3=A3o de algu=C3=A9m utilizar uma tecnologia d= e maneira quase autom=C3=A1tica e repetitiva, ap=C3=B3s aprender o seu manu= seio, muitas vezes de forma inconsciente e espont=C3=A2nea, j=C3=A1 que os = usu=C3=A1rios a incorporam de forma constante e repetida em suas atividades= (Hameed et al., 2022; Kwateng et al., 2018; Nathan et al., 2020). Pode ser= considerado o antecedente da inten=C3=A7=C3=A3o e pode levar ao comportame= nto de uso (Hameed et al., 2022). =C3=89 um comportamento aprendido em resp= osta a um est=C3=ADmulo inconsciente que leva a resultados agrad=C3=A1veis = (Merhi et al., 2019).
O valor do pre=C3=A7o explica a estrutur= a de custos e pre=C3=A7os da tecnologia que afeta o uso tecnol=C3=B3gico pe= los consumidores (Dayour et al., 2023), ou seja, uma compensa=C3=A7=C3=A3o = dos consumidores entre a percep=C3=A7=C3=A3o dos benef=C3=ADcios dos aplica= tivos e o custo monet=C3=A1rio para us=C3=A1-los (Venkatesh et al., 2012).<= /span>
A inten=C3=A7=C3=A3o comportamental de uso =C3=A9 um construto= dependente definido como o plano do indiv=C3=ADduo para utilizar a tecnolo= gia num futuro previs=C3=ADvel, ap=C3=B3s considerar uma s=C3=A9rie de fato= res relativos =C3=A0 sua utiliza=C3=A7=C3=A3o (Venkatesh et al., 2003). Tra= ta-se da disposi=C3=A7=C3=A3o das pessoas em tentar e o planejamento que fa= zem para usar determinados meios para realizar um comportamento, at=C3=A9 p= orque uma inten=C3=A7=C3=A3o n=C3=A3o =C3=A9 o mesmo que um comportamento (= Barbosa et al., 2022). No entanto, pode ser vista como uma medida do quanto= uma pessoa est=C3=A1 disposta a se envolver em determinado comportamento, = a=C3=A7=C3=A3o (Ajzen, 2001; Nathan et al., 2020).
=C3=89 nece= ss=C3=A1rio compreender o comportamento do usu=C3=A1rio de como eles fazem = uso de uma tecnologia emergente (Tam et al., 2020), como por exemplo os apl= icativos de v=C3=ADdeos curtos em turismo. E para = aplicar a UTAUT2 ao contexto de v=C3=ADdeos curtos de turismo, =C3=A9 funda= mental articular cada construto =C3=A0s din=C3=A2micas desse ambiente digit= al e aos comportamentos desses usu=C3=A1rios/viajantes.
A exp= ectativa de desempenho est=C3=A1 diretamente relacionada =C3=A0 busca por i= nforma=C3=A7=C3=B5es pr=C3=A1ticas que otimizem o planejamento de viagem, e= m redes sociais e servi=C3=A7os digitais voltados ao turismo, a percep=C3= =A7=C3=A3o de benef=C3=ADcio pr=C3=A1tico e efic=C3=A1cia do sistema (expec= tativa de desempenho) alicer=C3=A7a a confian=C3=A7a na plataforma, fortale= ce o engajamento e direciona comportamentos explorat=C3=B3rios e transacion= ais no planejamento e consumo de servi=C3=A7os de viagem (Baydeni et al.,20= 24; Ara=C3=BAjo Vila =E2=80=AFet al., 2021).
J=C3=A1 a expectativa de esfor=C3=A7o = remete =C3=A0 simplicidade de navega=C3=A7=C3=A3o na facilidade de uso (Med= eiros et al., 2022) e a rapidez de acesso ao conte=C3=BAdo (Huang, 2023), f= atores que reduzem a curva de aprendizado e tornam a plataforma agrad=C3=A1= vel e de baixo custo cognitivo para turistas em busca de informa=C3=A7=C3= =A3o instant=C3=A2nea, ou seja, quanto menor o esfor=C3=A7o percebido em op= erar um aplicativo, maior a inten=C3=A7=C3=A3o de reserva (Nathan et al., 2= 020).
A influ=C3=AAncia social em redes sociais de v=C3=ADdeo =
curto manifesta‑
O constr= uto h=C3=A1bito diz que o uso repetido consolida o comportamento e no turis= mo Medeiros et=E2=80=AF al. (2022) definem como a automatiza=C3=A7=C3=A3o de postar roteiros, ap= ontando que essa rotina refor=C3=A7a o engajamento nas redes sociais. A inc= orpora=C3=A7=C3=A3o repetida do aplicativo na rotina di=C3=A1ria do turista= , por exemplo, consultando recomenda=C3=A7=C3=B5es, refor=C3=A7a a ado=C3= =A7=C3=A3o cont=C3=ADnua da tecnologia (Huang, 2023).
Embora a= maioria dos aplicativos seja gratuita, o valor do pre=C3=A7o =C3=A9 uma di= mens=C3=A3o que pode surgir quando h=C3=A1 vers=C3=B5es premium, como tours virtuais exclusivos, = influenciando a percep=C3=A7=C3=A3o de custo‑benef=C3=ADcio e= ntre turistas mais exigentes.
Para fortalecer a conex=C3=A3o e= ntre teoria e pr=C3=A1tica no contexto do turismo, destacam‑s= e estudos que evidenciam as dimens=C3=B5es da UTAUT2, como por exemplo na p= esquisa de Baydeni et al. (2024), que demonstraram nas plataformas de reser= va de resorts, a expectativa de desempenho exercendo um efeito positivo e s= ignificativo sobre a inten=C3=A7=C3=A3o de compra, evidenciando a import=C3= =A2ncia da utilidade pr=C3=A1tica para otimizar o planejamento de hospedage= ns.
De modo consistente, Ara=C3=BAjo Vila et al. (2021) identificaram no segmento = de turismo de spa que a expectativa de desempenho foi o construto com maior= peso na explica=C3=A7=C3=A3o da inten=C3=A7=C3=A3o de compra, ressaltando = a necessidade de funcionalidades que efetivamente melhorem a experi=C3=AAnc= ia do usu=C3=A1rio.
<= span style=3D"font-family:Arial">Medeiros et al. (2022) destacam que a = facilidade de postagem e elementos de entretenimento (motiva=C3=A7=C3=A3o h= ed=C3=B4nica) deve ser enfatizada por empresas de tecnologia tur=C3=ADstica= , para incentivar turistas a compartilhar roteiros e criar comunidades ativ= as.
Em Zhou et al. (2023), recomenda = 11;se que a gest=C3=A3o e profissi= onais de market= ing de destinos apresentem v=C3=AD= deos curtos altamente informativos, aproveitando a motiva=C3=A7=C3=A3o hed= =C3=B4nica e a influ=C3=AAncia social para estimular o planejamento aut=C3= =B4nomo de viagens, e que invistam em personaliza=C3=A7=C3=A3o algor=C3=ADt= mica para refor=C3=A7ar o h=C3=A1bito de consulta di=C3=A1ria ao conte=C3= =BAdo.
Dessa forma, ao articular cada construto da UTAUT2 com = as pr=C3=A1ticas e comportamentos dos usu=C3=A1rios/turistas em plataformas= de v=C3=ADdeos curtos, estabelece-se um entendimento no seu uso no turismo= digital.
Com base nessas fundamenta=C3=A7=C3=B5es na literat= ura, a pr=C3=B3xima se=C3=A7=C3=A3o apresenta a estrat=C3=A9gia metodol=C3= =B3gica adotada neste estudo, desde a sele=C3=A7=C3=A3o e caracteriza=C3=A7= =C3=A3o da amostra, desenvolvimento do roteiro de entrevista, procedimentos= de coleta, transcri=C3=A7=C3=A3o e codifica=C3=A7=C3=A3o dos dados.=
3 METODOLOGIA
O primeiro procedimento metodol=C3=B3gico se deu a= trav=C3=A9s da pesquisa bibliogr=C3=A1fica sobre a UTAUT2, a fim de corrobo= rar seu conceito, dimens=C3=B5es e aplica=C3=A7=C3=B5es principalmente no = =C3=A2mbito do turismo. Optou-se pelo uso da base de dados Web o= f Science para realizar essa busca e assim obter estudos de maior qualidade (Barret= o et al., 2022; Kim & So, 2021; Porte et al., 2018), com publica=C3=A7=C3=B5es acad=C3=AAmico-cient=C3=ADficas mais completas e direcionadas para o= s campos das Ci=C3=AAncias Sociais e Administra=C3=A7=C3=A3o (Al-Sulaiti, 2= 022).
Para atender ao objetivo da pesquisa e justificar o n=C3=
=BAmero de participantes, empregou=
‑se uma amostragem por conv=
eni=C3=AAncia complementada por bola de neve, com os seguintes crit=C3=A9ri=
os de inclus=C3=A3o: (a) uso pr=C3=A9vio de aplicativos de redes sociais pa=
ra assistir a v=C3=ADdeos curtos de turismo; (b) pelo menos tr=C3=AAs meses=
de experi=C3=AAncia com essas plataformas; e (c) idade =E2=89=A5
Ap=C3=B3s levantamento te=C3=B3rico, pa= ra atender ao objetivo de pesquisa, foi desenvolvido um roteiro de entrevis= ta, o qual desdobra as dimens=C3=B5es da UTAUT2 (Venkatesh et al., 2012) em questionamentos, com pergunta= s abertas, que segundo Gil (2008), s=C3=A3o aquelas em que =C3=A9 solicitad= o aos respondentes que ofere=C3=A7am suas pr=C3=B3prias respostas/opini=C3= =B5es.
Para cada dimens=C3=A3o, foram elaboradas 1 a 2 pergunt= as abertas, seguindo Gil (2008) quanto ao uso de quest=C3=B5es que permitis= sem resposta livre. Al=C3=A9m dessas, o roteiro incluiu perguntas filtro co= mo uso pr=C3=A9vio de apps de v=C3=ADdeos curtos e quest=C3=B5es sociodemog= r=C3=A1ficas (idade, g=C3=AAnero e frequ=C3=AAncia de uso, estes moderadore= s foram coletados para contextualizar as an=C3=A1lises.
O rot= eiro foi testado em cinco entrevistas‑piloto para ajustar a r= eda=C3=A7=C3=A3o e a ordem dos itens, aplicado presencialmente para docente= s do eixo de Ci=C3=AAncias Sociais Aplicadas, garantindo padroniza=C3=A7=C3= =A3o na formula=C3=A7=C3=A3o das quest=C3=B5es. Ap=C3=B3s isso, a coleta fi= nal foi realizada tamb=C3=A9m de modo presencial, nas depend=C3=AAncias da = Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), campus da cidade de Nat= al, abordando desde discentes, docentes, t=C3=A9cnicos administrativos a vi= sitantes.
O roteiro da coleta de dados =C3=A9 apresentado no Q= uadro 1 atrav=C3=A9s de um formul=C3=A1rio que foi aplicado presencialmente= com as grava=C3=A7=C3=B5es das respostas. Complementa o instrumento a inda= ga=C3=A7=C3=A3o da idade, do g=C3=AAnero dos respondentes e da experi=C3=AA= ncia (frequ=C3=AAncia de uso) com uso de aplicativos de redes sociais no = =C3=A2mbito de visualizar/criar/compartilhar v=C3=ADdeos curtos de turismo.= Essas i= nforma=C3=A7=C3=B5es servem de base para a an=C3=A1lise do resultado, uma v= ez que se constituem nos tr=C3=AAs fatores, segundo Venkatesh et al. (2012), considerados como moderadore= s da inten=C3=A7=C3=A3o e uso da Tecnologia.
Roteiro de entrevista estruturado
![3D"Interface](3D"image.003.png")
Ao todo, 66 = entrevistas foram realizadas no m=C3=AAs de abril de 2024,os turnos manh=C3= =A3, tarde e noite, com dura=C3=A7=C3=A3o m=C3=A9dia de 35=E2= =80=AFminutos, gravadas mediante a= ssinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), que explici= tou objetivo da pesquisa, autoriza=C3=A7=C3=A3o de grava=C3=A7=C3=A3o e garantia de anonimato.
N=C3=A3o foram solicitadas informa=C3=A7=C3=B5es pessoais que=
identificassem os entrevistados, mas nos resultados, quando necess=C3=A1ri=
os, foram identificados por c=C3=B3digos fict=C3=ADcios de R1 a R66.=
Po= steriormente, as grava=C3=A7=C3=B5es foram transcritas automaticamente por = software= pr=C3=B3prio desenvolvido em linguagem d= e programa=C3=A7=C3=A3o PYTHON, elaborado a partir da Interface de Programa= =C3=A7=C3=A3o da Aplica=C3=A7=C3=A3o (API) do ChatGPT (Figura 2). Em seguid= a, realizou‑se revis=C3=A3o manual integral do= s arquivos salvos em txt para corrigir erros de segmenta=C3=A7=C3=A3o e normalizar abrevia=C3=A7=C3=B5es, garantindo fi= delidade ao discurso original.
&= #xa0;
Figura 2
Tela inicial do software de transcri=C3=A7=C3=A3o
=![3D"Interface](3D"image.004.png")
Fonte: Autores (2024).
Estes dados salvos em formato txt foram convertidos ao formato <= span style=3D"font-family:Arial; font-style:italic; background-color:#fffff= f">RefMan (RIS) Export para an=C3=A1lise no VOSviewer, software que auxilia na organiza=C3=A7=C3=A3o= e an=C3=A1lise de palavras-chave, possibilitando a forma=C3=A7=C3=A3o de <= /span>clusters e a identifica=C3=A7=C3=A3o dos termos mais frequentes nas entre= vistas, assim como suas inter-rela=C3=A7=C3=B5es atrav=C3=A9s de representa= =C3=A7=C3=B5es gr=C3=A1ficas (Santos et al., 2024).
Ap=C3=B3s= a transcri=C3=A7=C3=A3o das entrevistas, os textos foram lidos, refinados = (retiradas de figuras de linguagem e abrevia=C3=A7=C3=B5es) e inseridos na = an=C3=A1lise dos dados qualitativos, de acordo com a t=C3=A9cnica de an=C3= =A1lise de conte=C3=BAdo, que segundo Richardson (2012) se aplica a discurs= os diversos e possui caracter=C3=ADsticas de objetividade e sistematiza=C3= =A7=C3=A3o.
Foi realizada uma cataloga=C3=A7=C3=A3o de termos= semelhantes (Santos et al., 2024) para caracterizar cada dimens=C3=A3o con= forme o modelo UTAUT2, selecionando tamb=C3=A9m as respostas significativas= que representam a opini=C3=A3o dos entrevistados.
Para a cat=
egoriza=C3=A7=C3=A3o, elaborou=
011;se a partir das defini=C3=A7=
=C3=B5es das sete dimens=C3=B5es da UTAUT2 (Venkatesh et al., 2012), tr=C3=
=AAs crit=C3=A9rios (Bardin, 1977; Richardson, 2012): (1) Relev=C3=A2ncia=E2=80=AF- identifica=
=C3=A7=C3=A3o de men=C3=A7=C3=A3o expl=C3=ADcita a benef=C3=ADcios, facilid=
ades ou efeitos inerentes =C3=A0 dimens=C3=A3o analisada; (2) Exemplifica=
=C3=A7=C3=A3o=E2=80=AF=E2=80=93 presen=C3=A7a de depoimentos; e (3) Nega=C3=A7=C3=A3o
= Na pr=C3=B3xima se=C3=A7=C3=A3o, os resul= tados ser=C3=A3o organizados por dimens=C3=A3o te=C3=B3rica e enriquecidos = por evid=C3=AAncias emp=C3=ADricas, permitindo discutir como cada construto= da UTAUT2 influencia o comportamento de uso desses aplicativos no contexto= tur=C3=ADstico.
4 RESULTADOS E DISCUSS=C3=83O
=
Esta se=C3=A7= =C3=A3o apresenta as discuss=C3=B5es e resultados da an=C3=A1lise dos dados= coletados, validando as dimens=C3=B5es da UTAUT2 aceitas e confirmadas no = uso de aplicativos de redes sociais que apresentam v=C3=ADdeos curtos de tu= rismo. As an=C3=A1lises est=C3=A3o organizadas de acordo com cada dimens=C3= =A3o e os participantes deste estudo s=C3=A3o cidad=C3=A3os brasileiros que= atendem, principalmente, aos seguintes crit=C3=A9rios: (i) uso de aplicati= vos de redes sociais e (ii) visualiza=C3=A7=C3=A3o de v=C3=ADdeos curtos ne= stes aplicativos.
= =
Figura 3
Aplicativos utilizados pelos respondentes
![3D"Diagrama
Descri=C3=A7=C3=A3o](3D"image.005.jpeg")
Fonte: Autores (2024).
=
O In= stagram =C3=A9 o aplicativo mais utilizado entre os entrevistados. Isso pod= e indicar uma forte presen=C3=A7a visual e social, atraindo muitos usu=C3= =A1rios (Kim & Lei, 2024). O YouTube =C3=A9 o segundo mais citado, suge= rindo que os entrevistados j=C3=A1 est=C3=A3o acessando e visualizando a no= va aba de shorts (Halim et al., 2022; Menon, 2022), tornando o aplicativ= o mais popular e fonte de entretenimento (Zhu et al., 2022).
O Faceboo= k indica que ainda =C3=A9 uma plataforma relevante para uma parte dos entre= vistados, possivelmente devido =C3=A0 utilidade para conex=C3=B5es pessoais= (Ayuni, 2020). E o TikTok vem ganhando popularidade no Brasil, como aplica= tivo mais recente especialmente por seus formatos de v=C3=ADdeos curtos e e= nvolventes (Anderson, 2020; Bai & Lee, 2023; Fong et al., 2024; Lim, 20= 21; Martins et al., 2023), mas ainda n=C3=A3o supera os outros mencionados = em termos de uso pelos entrevistados.
<= span style=3D"font-family:Arial; color:#0d0d0d; background-color:#ffffff">&= #xa0;
4.1. Dimens=C3=A3o Expectativa de Desempenho
A quest=C3=A3o quatro do roteiro de e= ntrevistas foi direcionada ao que tange a dimens=C3=A3o expectativa de dese= mpenho. As respostas permitiram identificar quatro vari=C3=A1veis(Figura 4)= no que se refere =C3=A0s percep=C3=A7=C3=B5es sobre a utilidade dos aplica= tivos de v=C3=ADdeos curtos de turismo no planejamento de viagens, ao ofere= cer uma compreens=C3=A3o por parte dos usu=C3=A1rios que essa tecnologia (a= plicativos) proporciona benef=C3= =ADcios na sua utiliza=C3=A7=C3=A3o em determinada atividade (Venkatesh et = al., 2003; Venkatesh et al., 2012).
= Figura 4
A seguir, apresenta-se as var= i=C3=A1veis com destaque das entrevistas, validando a dimens=C3=A3o expecta= tiva de desempenho e sua poss=C3=ADvel influ=C3=AAncia no comportamento dos= usu=C3=A1rios no Brasil.
4.1.1. Informa=C3=A7=C3=B5es
=
As resposta= s classificadas como =E2=80=9CInforma=C3=A7=C3=B5es=E2=80=9D geralmente ind= icam que os usu=C3=A1rios valorizam a capacidade desses aplicativos em forn= ecer detalhes pertinentes sobre destinos, atrativos e servi=C3=A7os tur=C3= =ADsticos, onde a informa=C3=A7=C3=A3o r=C3=A1pida, acess=C3=ADvel, =C3=BAt= il e objetiva (Long & Kim, 2022) pode acelerar e enriquecer o processo = de planejar e decidir viajar (Zhou et al., 2023), conforme corroboram os en= trevistados:
=E2=80=9Co aplicativo tem a= op=C3=A7=C3=A3o de descrever o lugar com a sess=C3=A3o de descri=C3=A7=C3= =A3o do v=C3=ADdeo e atrav=C3=A9s dessa descri=C3=A7=C3=A3o cont=C3=A9m v= =C3=A1rias informa=C3=A7=C3=B5es que podem auxiliar=E2=80=9D R2.
==E2=80=9Cacho que s=C3=A3o informa=C3=A7=C3=B5es =C3=BAteis. Eu acho q= ue o v=C3=ADdeo =C3=A9 uma forma inicial de me capturar para o destino, ou = para o atrativo, ou para o restaurante que seja do destino=E2=80=9D R7.
<= p style=3D"margin-top:0pt; margin-bottom:0pt; text-align:justify; line-heig= ht:115%; font-size:10pt">4.1.2. Conte=C3=BAdo
O conte=C3=BAdo, f= requentemente associado com informa=C3=A7=C3=B5es, refor=C3=A7a a utilidade= percebida dos aplicativos em oferecer diversidade de dados visuais (Alam= =C3=A4ki et al., 2023) e descritivos sobre servi=C3=A7os ou produtos tur=C3= =ADsticos. Esta =C3=A9 uma vari=C3=A1vel que os usu=C3=A1rios esperam que e= sses aplicativos ampliem seu conhecimento e preparo para viagens, de acordo= com trechos das entrevistas:
=E2=80=9Cacredito que fornece = informa=C3=A7=C3=B5es =C3=BAteis para pessoas que planejam viagens por ser = v=C3=ADdeos curtos e de f=C3=A1cil acesso, os aplicativos disponibilizam va= riados conte=C3=BAdos, desde o conte=C3=BAdo de roteiros tur=C3=ADsticos a = conhecer um meio de hospedagem, um ponto tur=C3=ADstico=E2=80=9D R24.
=E2=80=9Cos v=C3=ADdeos eles s=C3=A3o curtos, mas conseguem traze= r conte=C3=BAdo com informa=C3=A7=C3=B5es que voc=C3=AA pode adicionar um r= epert=C3=B3rio maior, ent=C3=A3o ele vai trazendo ali pequenos insights que= voc=C3=AA vai salvando nas op=C3=A7=C3=B5es do aplicativo=E2=80=9D R34.
<= span style=3D"font-family:Arial">Apesar de um limite de dura=C3=A7=C3=A3o d= e segundos, os v=C3=ADdeos curtos podem ser relevantes em conte=C3=BAdo (Wa= ng, 2020) que descrevem caracter=C3=ADsticas, atributos e aspectos de um de= stino ou servi=C3=A7o tur=C3=ADstico, servindo de inspira=C3=A7=C3=A3o para= viagens, comprovando o papel dos apps de redes sociais como um gerador de = conte=C3=BAdo, que pode despertar um interesse e motiv=C3=A1-los a viajar (= Liu et al., 2019).
4.1.3. Utilidade
As respostas neste grupo aparecem praticamente em todas as falas = dos entrevistados, confirmando que os aplicativos s=C3=A3o vistos como ferr= amentas pr=C3=A1ticas e funcionais para o planejamento de viagens. Indiv=C3= =ADduos que usam aplicativos m=C3=B3veis, como aqueles que oferecem v=C3=AD= deos curtos, s=C3=A3o mais propensos a dedicar maior aten=C3=A7=C3=A3o aos = elementos visuais e valorizar as informa=C3=A7=C3=B5es provenientes desses = elementos e,aumentar a probabilidade de verem o aplicativo como uma platafo= rma =C3=BAtil (Xiang et al., 2016).
A utilidade =C3=A9 a cara= cter=C3=ADstica diretamente relacionada =C3=A0 dimens=C3=A3o expectativa de= desempenho, em que, de acordo com a coleta de dados, a tecnologia, aplicat= ivo de redes sociais que apresentam v=C3=ADdeos curtos de turismo, ajudar= =C3=A1 os usu=C3=A1rios a realizarem tarefas relacionadas a viagens com mai= s efici=C3=AAncia, como por exemplo planejar uma poss=C3=ADvel viagem, conf= orme relatos:
= =E2=80=9Cacho que fornece informa=C3=A7=C3=B5es =C3=BAteis porque =C3=A9 a = percep=C3=A7=C3=A3o de quem j=C3=A1 visitou, de quem foi j=C3=A1 teve a exp= eri=C3=AAncia no destino e est=C3=A1 compartilhando para que outras pessoas= possam se interessar tamb=C3=A9m em visitar o destino=E2=80=9D R8.<= /p>
=E2=80=9Cacredito que as informa=C3=A7=C3=B5es nesses aplicativos s= =C3=A3o =C3=BAteis no planejamento de uma viagem, especialmente nas decis= =C3=B5es iniciais, como escolha do destino=E2=80=9D R39.
4.1.4. Planejamento
&#x= a0;
Por fim, a vari=C3=A1vel planejamento reflete uma expectat= iva de desempenho em termos de organiza=C3=A7=C3=A3o de viagem. A percep=C3= =A7=C3=A3o de que os aplicativos auxiliam no planejamento implica uma valor= iza=C3=A7=C3=A3o significativa da funcionalidade destes aplicativos em term= os de prepara=C3=A7=C3=A3o e otimiza=C3=A7=C3=A3o de itiner=C3=A1rios.
<= /span>
Os v=C3=ADdeos curtos s=C3=A3o refer=C3=AAncias importantes pa= ra os turistas fazerem planos de viagem, eles podem influenciar a forma=C3= =A7=C3=A3o das imagens dos destinos, afetando ainda mais a vontade de viaja= r (Li & Tu, 2024). O planejamento eficaz de viagens =C3=A9 fundamental = para a experi=C3=AAncia do turista, e a utiliza=C3=A7=C3=A3o de aplicativos= se mostra essencial nesse contexto.
A afirma=C3=A7=C3=A3o do= s entrevistados sobre a import=C3=A2ncia do planejamento demonstra uma muda= n=C3=A7a de paradigma, onde a tecnologia oferece informa=C3=A7=C3=B5es e se= torna um aliado estrat=C3=A9gico na defini=C3=A7=C3=A3o de roteiros. A fun= cionalidade dos aplicativos, ao proporcionar um acesso r=C3=A1pido e intuit= ivo a informa=C3=A7=C3=B5es sobre destinos, atra=C3=A7=C3=B5es e at=C3=A9 d= icas pr=C3=A1ticas, possibilita uma prepara=C3=A7=C3=A3o mais completa e ad= aptada =C3=A0s necessidades dos viajantes.
4.2. Dimens=C3=A3o Expectativa de Esfor=C3=A7o
=
Figura 5
![3D"Diagrama
Descri=C3=A7=C3=A3o](3D"image.007.jpeg")
Fonte: Aut= ores (2024).
4.2.1. Antecipa=C3=A7=C3=A3o da experi=C3=AAnc= ia de viagem
Est= a vari=C3=A1vel encontrada representa um quantitativo de 40% da amostra, em= que afirma que os usu=C3=A1rios valorizam a capacidade dos v=C3=ADdeos cur= tos de preparar e antecipar a experi=C3=AAncia de viagem (Zhou et al., 2022= ). Eles consideram esses aplicativos f=C3=A1ceis de manusear, sem esfor=C3= =A7o para obter informa=C3=A7=C3=B5es sobre turismo, permitindo um planejam= ento mais informado e enriquecido, conforme relatos:
&= #xa0;
=E2=80=9Cfacilitar com certeza. porque eu j=C3=A1 vo= u ter um contato pr=C3=A9vio, uma no=C3=A7=C3=A3o com o destino e facilitar= a minha busca e o meu planejamento de viagem=E2=80=9D R3.
= =E2=80=9Cfacilitar o planejamento das viagens, porque, querendo ou n=C3=A3o= , algumas pequenas dicas que s=C3=A3o dadas, voc=C3=AA pode escolher um res= taurante, um hotel para ficar. Ent=C3=A3o eu acho que ele facilita, sim, a = realiza=C3=A7=C3=A3o da viagem=E2=80=9D R44.
4.2.2. Autonom= ia na organiza=C3=A7=C3=A3o de viagens
=
A autonomia na organiza=C3=A7=C3=A3o das viagens obt= eve aproximadamente 10% da amostra, ao enfatizar como os v=C3=ADdeos curtos= apoiam a tend=C3=AAncia de auto planejamento de viagens, onde os turistas = organizam suas viagens de forma independente, sem depender de ag=C3=AAncias= . Eles apreciam a facilidade de acesso e o controle total sobre o pl= anejamento, que pode reduzir o esfor=C3=A7o percebido para tomada de decis= =C3=A3o (Xu et al., 2022).
<= span style=3D"font-family:Arial; background-color:#ffffff">Esta vari=C3=A1v= el reflete uma mudan=C3=A7a em dire=C3=A7=C3=A3o a um comportamento de cons= umo mais autodirigido, abastecido pela facilidade de acesso =C3=A0 informa= =C3=A7=C3=A3o proporcionada pelos aplicativos e canais digitais (Kim & = Lei, 2024), conforme os entrevistados tamb=C3=A9m afirmam:
=E2=80=9Cfacilitar. Eu acho que =C3=A0 medida qu= e n=C3=B3s tivemos um grande salto no turismo, principalmente com o desenvo= lvimento das tecnologias as pessoas elas se tornaram auto planejadores de s= uas viagens=E2=80=9D R55.
=E2=80=9Cfacilita demais. Porque a= lguns v=C3=ADdeos, eles s=C3=A3o bastante, bem explicativos, inclusive com = valores e tudo=E2=80=9D R51.
4.2.3. Descoberta de novos destinos
=E2=80=9Cfacilitar, porque muitas das vezes s=C3=A3o refer=C3=AAncia= s em locais que a gente desconhece e fica conhecendo atrav=C3=A9s desses v= =C3=ADdeos curtos=E2=80=9D R2.
=E2=80=9Cfacilitar, pois os a= plicativos de v=C3=ADdeos curtos de turismo est=C3=A3o se tornando cada vez= mais popular porque eles oferecem aos viajantes uma maneira r=C3=A1pida de= envolver, de descobrir novos destinos, inspira=C3=A7=C3=A3o para os viajan= tes, para que eles possam se planejar para o pr=C3=B3ximo destino=E2=80=9D = R65.
=
4.2.4. Qualidade do Conte=C3=BAdo
= ;
Nesta vari=C3=A1vel, os entrevista= dos correspondem aproximadamente 20% da amostra, os quais destacam a import= =C3=A2ncia da qualidade do conte=C3=BAdo e da habilidade dos criadores e in= fluenciadores em engaj=C3=A1-los e inform=C3=A1-los sobre turismo (Caraka e= t al., 2022). Os entrevistados apontam que a utilidade dos aplicativos de v= =C3=ADdeos curtos depende da habilidade dos produtores de conte=C3=BAdo em = apresentar informa=C3=A7=C3=B5es de maneira f=C3=A1cil, clara e atraente: <= /span>
=E2=80=9C= tem pessoas que realmente se empenham para fazer um conte=C3=BAdo para faci= litar quem v=C3=AA ou voc=C3=AA encontra assuntos que s=C3=A3o relevantes, = vai depender de onde voc=C3=AA est=C3=A1 procurando e quem voc=C3=AA est=C3= =A1 consultando=E2=80=9D R5.
=E2=80=9Ccom as informa=C3=A7= =C3=B5es positivas dos v=C3=ADdeos curtos n=C3=B3s conseguimos visualizar e= encontrar atrativos e ver al=C3=A9m daquela parte comercial em si=E2=80=9D= R9.
Referente as v= ari=C3=A1veis apresentadas pelos respondentes sobre o uso do aplicativo dif= icultar planejar viagens, aproximadamente 3% dos entrevistados explanaram e= ssa opini=C3=A3o, em que o aplicativo pode fornecer informa=C3=A7=C3=B5es e= nviesadas, expressando a ideia de conte=C3=BAdo suspeito ou n=C3=A3o= confi=C3=A1vel, como tamb=C3=A9m exigindo a necessidade de pesquisa adicio= nal, tornando a expectativa de esfor=C3=A7o uma dimens=C3=A3o necess=C3=A1r= ia para buscar a veracidade do conte=C3=BAdo explanado no aplicativo, devid= o a informa=C3=A7=C3=B5es incomple= tas ou insuficientes que aumentam o esfor=C3=A7o do usu=C3=A1rio em ter que= dedicar tempo e recursos para encontrar os dados que realmente passem segu= ran=C3=A7a e credibilidade para planejar sua viagem.
Essas var= i=C3=A1veis destacam diferentes aspectos valorizados pelos entrevistados, d= esde a descoberta de novos produtos tur=C3=ADsticos at=C3=A9 a depend=C3=AA= ncia da confiabilidade do conte=C3=BAdo apresentado nos v=C3=ADdeos.=
Cada uma dessas vari=C3=A1veis revela uma caracter=C3=ADstic= a =C3=BAnica de como os v=C3=ADdeos curtos podem ser percebidos como uma fe= rramenta facilitadora no planejamento de viagens, destacando tanto as oport= unidades quanto as dificuldades que essas plataformas apresentam para seus = usu=C3=A1rios.
4.3. Dime= ns=C3=A3o Motiva=C3=A7=C3=A3o Hed=C3=B4nica
<= p style=3D"margin-top:0pt; margin-bottom:0pt; text-indent:36pt; text-align:= justify; line-height:115%; font-size:10pt">De acordo com o roteiro de entrevistas, a quest=C3=A3o nove foi direciona= da para saber o sentimento, do entrevistado ao usar aplicativos de redes so= ciais que mostram v=C3=ADdeos curtos de turismo, com intuito de verificar s= obre a dimens=C3=A3o motiva=C3=A7=C3=A3o hed=C3=B4nica, visto que =C3=A9 de= monstrada na satisfa=C3=A7=C3=A3o e felicidade que os usu=C3=A1rios obt=C3= =AAm ao utilizar a tecnologia (Wen et al., 2023), tendo o resultado favor= =C3=A1vel e condizente a sua defini=C3=A7=C3=A3o, apresentando no quadro 2:=
Quadro 2 <= /p>
Sentimentos hed=C3=B4nicos de acordo com os = respondentes
![3D"Texto
Descri=C3=A7=C3=A3o](3D"image.008.png")
As respos= tas indicam que os usu=C3=A1rios percebem os aplicativos de v=C3=ADdeos cur= tos tanto como ferramentas =C3=BAteis para o planejamento de viagens, quant= o como fontes de entretenimento e prazer. A motiva=C3=A7=C3=A3o hed=C3=B4ni= ca, portanto, desempenha um papel no uso cont=C3=ADnuo dessas tecnologias, = conforme os usu=C3=A1rios buscam n=C3=A3o apenas informa=C3=A7=C3=B5es, mas= tamb=C3=A9m divers=C3=A3o, satisfa=C3=A7=C3=A3o e uma conex=C3=A3o emocion= al com os conte=C3=BAdos visualizados.
4.4. Dimens=C3=A3o H= =C3=A1bito
As respostas para buscar a valida=C3=A7= =C3=A3o desta dimens=C3=A3o foi a partir da quest=C3=A3o onze. A an=C3=A1li= se de conte=C3=BAdo foi feita para identificar quantos entrevistados usam o= s aplicativos de forma corriqueira e autom=C3=A1tica como h=C3=A1bito (Hame= ed et al., 2022; Nathan et al., 2020).
Dos 66 entrevistados, 5= 5 deles usam aplicativos de redes sociais de modo inconsciente e repetitivo= (Kwateng et al., 2018), e j=C3=A1 faz parte da sua rotina di=C3=A1ria visu= alizarem v=C3=ADdeos curtos de turismo nos aplicativos. O uso de tecnologia= s pode se tornar um h=C3=A1bito ap=C3=B3s os usu=C3=A1rios aprenderem a man= use=C3=A1-las e come=C3=A7arem a utiliz=C3=A1-las de maneira repetitiva e e= spont=C3=A2nea (Hameed et al., 2022; Zhang et al., 2023).
A na= turalidade do uso habitual indica uma integra=C3=A7=C3=A3o da tecnologia no= cotidiano do entrevistado, validando a dimens=C3=A3o h=C3=A1bito nos segui= ntes relatos:
=E2=80=9C=C3=A9 corriqueir= o, umas tr=C3=AAs, quatro vezes na semana. Porque quando voc=C3=AA v=C3=AA = um, a=C3=AD fica aparecendo outro e outro, =C3=A9 h=C3=A1bito sempre pegar = no aplicativo e ver v=C3=ADdeos curtos de turismo=E2=80=9D R15.
<= p style=3D"margin-top:0pt; margin-left:113.4pt; margin-bottom:0pt; text-ali= gn:justify; line-height:115%; font-size:9pt">=E2=80=9C=C3=A9 bem comum ver esse tipo de v=C3=ADdeo inconscientemente= v=C3=A1rias vezes, que acabou virando costume, rotina, h=C3=A1bito=E2=80= =9D R31.=E2=80=9Cvejo sempre inconscientemente quando estou= passando pelos reels e eles s=C3=A3o direcionados para mim, de forma autom= =C3=A1tica, vejo v=C3=A1rios e fico a pensar numa poss=C3=ADvel viagem, j= =C3=A1 =C3=A9 h=C3=A1bito abrir o aplicativo e acabar vendo v=C3=ADdeos=E2= =80=9D R63.
O algoritmo aparece associado = ao h=C3=A1bito inconsciente, onde o entrevistado reage automaticamente ao e= st=C3=ADmulo dado pelo aplicativo, integrando essa atividade em sua rotina = de forma espont=C3=A2nea, como segue:
= =E2=80=9Csemanalmente, de repente, voc=C3=AA acaba vendo v=C3=A1rios, o alg= oritmo acaba te sugerindo, te levando para isso inconscientemente, como um = h=C3=A1bito mesmo=E2=80=9D R7.
=E2=80=9Cuso aplicativos todo= momento e vejo v=C3=ADdeos curtos no Instagram diariamente por causa do al= goritmo que me sugere esses tipos de v=C3=ADdeos, j=C3=A1 =C3=A9 comum ver = v=C3=A1rios=E2=80=9D R21.
4.5. Di= mens=C3=B5es Influ=C3=AAncia Social, Condi=C3=A7=C3=A3o Facilitadora e Valo= r do Pre=C3=A7o
Esta se=C3=A7=C3=A3o objetiva apresentar que as dimens=C3=B5= es Influ=C3=AAncia Social, Condi=C3=A7=C3=A3o Facilitadora e Valor do Pre= =C3=A7o n=C3=A3o s=C3=A3o consideradas relevantes na inten=C3=A7=C3=A3o de = uso de aplicativos de v=C3=ADdeos curtos de turismo. Iniciando com a dimens= =C3=A3o influ=C3=AAncia social, a partir da quest=C3=A3o seis, que buscou s= aber se o uso de aplicativos de v=C3=ADdeos curtos era recomendado por amig= os ou familiares, a maioria dos usu=C3=A1rios responderam que n=C3=A3o cost= umam receber indica=C3=A7=C3=A3o para uso da tecnologia, conforme segue:
=E2=80=9Celes n=C3=A3o recomendam o= uso do aplicativo e sim para ver tal perfil no Instagram, =C3=A9 mais o co= nte=C3=BAdo=E2=80=9D R5.
=E2=80=9Cn=C3=A3o recomendam o uso do aplicativo, mas eu sempre receb= o recomenda=C3=A7=C3=B5es de v=C3=ADdeos curtos de turismo=E2=80=9D R10.
=E2=80=9Cn=C3=A3o do = aplicativo, mas eles me enviam muito conte=C3=BAdo para que eu possa ver e = me informar=E2=80=9D R12.
=E2=80=9Cn=C3=A3o indicam, nem recomendam. J=C3=A1 ficam todos insta= lados no celular=E2=80=9D R43.
Este achado =C3=A9 consi= stente com estudos anteriores (Alazab et al., 2021; Assaker et al., 2019; B= aptista & Oliveira, 2015;Zhang & Hwang, 2023), em que a influ=C3=AA= ncia social nem sempre afeta o comportamento do usu=C3=A1rio, tornando-a um= a dimens=C3=A3o insignificante, at=C3=A9 pelo fato de ter maior acesso a in= forma=C3=A7=C3=B5es, facilidade de uso da tecnologia e se tornar mais indep= endente no que diz respeito =C3=A0 tomada de decis=C3=B5es sem necessitar d= e aux=C3=ADlio ou opini=C3=A3o de terceiros.
Referente a dimen= s=C3=A3o condi=C3=A7=C3=A3o facilitadora, a partir das quest=C3=B5es sete e oito, d= o roteiro de entrevista, a pesquisa realizada sugere que a maioria dos usu= =C3=A1rios n=C3=A3o enfrenta problemas significativos ao utilizar os aplica= tivos para visualiza=C3=A7=C3=A3o de v=C3=ADdeos, compartilhamentos e plane= jar viagens, como tamb=C3=A9m n=C3=A3o exp=C3=B5em a necessidade de recurso= s ou ferramentas adicionais para melhorar a experi=C3=AAncia de uso dessa t= ecnologia.
Este resultado =C3=A9 re= levante ao considerar que esta dimens=C3=A3o n=C3=A3o =C3=A9 importante na = inten=C3=A7=C3=A3o de uso ou mudan=C3=A7a de comportamento (Herrero et al.,= 2017; Medeiros et al., 2022; Phang & Kong, 2023), visto que a aus=C3= =AAncia de dificuldades para essa amostra pode ser interpretada como um ind= icativo de que as condi=C3=A7=C3=B5es facilitadoras j=C3=A1 est=C3=A3o adeq= uadamente estabelecidas, em funcionamento adequado, satisfeitos com a tecno= logia utilizada.
=E2=80=9Cn=C3=A3o. porqu= e n=C3=B3s temos diversos recursos gratuitos e diversas fontes, ent=C3=A3o = n=C3=A3o pagaria=E2=80=9D R3.
=E2= =80=9Cn=C3=A3o. porque acredito que as fun=C3=A7=C3=B5es atuais j=C3=A1 ate= ndem minha necessidade ent=C3=A3o n=C3=A3o pagaria=E2=80=9D R9.
<= p style=3D"margin-top:0pt; margin-left:113.4pt; margin-bottom:0pt; text-ali= gn:justify; line-height:115%; font-size:9pt">=E2=80=9Cn=C3=A3o estaria disposta a pagar a = mais por recursos adicionais at=C3=A9 porque se eu vejo um v=C3=ADdeo curto= ali eu tenho outros meios de buscar me informar sobre aquele lugar=E2=80= =9D R11.=E2=80=9Cn=C3=A3o. porque= eu acho que gratuitamente a gente j=C3=A1 consegue muitas informa=C3=A7=C3= =B5es=E2=80=9D R13.
=E2=80=9Cn=C3= =A3o. Os recursos que j=C3=A1 s=C3=A3o disponibilizados da forma gratuita, = j=C3=A1 conseguem atingir os objetivos=E2=80=9D R37.
Os aplicativos de redes sociais que = mostram v=C3=ADdeos curtos de turismo s=C3=A3o aplica=C3=A7=C3=B5es gratuit= as e sem custos monet=C3=A1rios para os usu=C3=A1rios. Desta forma, valor d= o pre=C3=A7o, n=C3=A3o =C3=A9 uma vari=C3=A1vel explicativa adequada neste = contexto e objeto de estudo espec=C3=ADfico, semelhante ao resultado de div= ersos estudos (Baba et al., 2023; Baptista & Oliveira, 2015).
Portanto, os resultados deste estudo demonstr= am que estas tr=C3=AAs dimens=C3=B5es n=C3=A3o possuem relev=C3=A2ncia, inf= lu=C3=AAncia no uso da tecnologia aplicativo de v=C3=ADdeo curto.
4.6. Dimens=C3=A3o inten=C3=A7=C3=A3o de uso=
Esta dimens=C3=A3o represen= ta a resposta no modelo da teoria UTAUT2, porque =C3=A9 o resultado comport= amental final (Albayrak et al., 2023) para gerar uma tomada de decis=C3=A3o= . No rot= eiro de entrevista, a pergunta doze =C3=A9 referente a dimens=C3=A3o inten= =C3=A7=C3=A3o de uso do aplicativo hoje e no futuro e entre os 66 entrevist= ados, 50% responderam de forma negativa.
Isso indica que, mesmo com a percep=C3=A7=C3=A3o que o aplicativo for= nece informa=C3=A7=C3=B5es =C3=BAteis, facilita planejar viagens e demonstr= a um h=C3=A1bito frequente de us=C3=A1-lo, mais da metade dos respondentes = expressou alguma forma de vis=C3=A3o desfavor=C3=A1vel ou c=C3=A9tica em re= la=C3=A7=C3=A3o ao uso desses aplicativos para este prop=C3=B3sito, conform= e justifica-se de acordo com recorte da coleta de dados:
&#x= a0;
=E2=80=9Ceu n=C3=A3o considero uma ferramenta importante= para planejar viagens, exatamente por causa do conte=C3=BAdo superficial, = ent=C3=A3o n=C3=A3o vou levar em considera=C3=A7=C3=A3o para planejar minha= s viagens, a n=C3=A3o ser que sejam dicas e conte=C3=BAdos interessantes e = relevantes para mim=E2=80=9D R21.
=E2=80=9Cn=C3=A3o acho uma= ferramenta importante. Acho que o v=C3=ADdeo curto pode despertar o teu in= teresse, pode ser uma porta de entrada, muito lindo a din=C3=A2mica do v=C3= =ADdeo curto estimular a consumir=E2=80=9D R32.
=E2=80=9Cn= =C3=A3o. Esses aplicativos entendo como uma moda. As pessoas ainda continua= m e v=C3=A3o continuar acessando uma p=C3=A1gina do site Google e /ou TripA= dvisor para saber mais informa=C3=A7=C3=B5es=E2=80=9D R58.
&= #xa0;
Os demais 50% aprovam usar o aplicativo, bem como sua in= ten=C3=A7=C3=A3o futura. Quando os usu=C3=A1rios t=C3=AAm a inten=C3=A7=C3= =A3o comportamental de usar um produto de sistema de informa=C3=A7=C3=A3o o= u ferramenta de tecnologia, ela acabar=C3=A1 levando ao comportamento real = de uso, ou seja, ap=C3=B3s a inten=C3=A7=C3=A3o vem a a=C3=A7=C3=A3o de tom= ada de decis=C3=A3o, que no comportamento tur=C3=ADstico ser=C3=A1 baseada = na vontade de viajar (Zhao, 2023).
5 CON= CLUS=C3=83O
Inic= ialmente, a pesquisa apresentou uma revis=C3=A3o bibliogr=C3=A1fica sobre a= UTAUT2, inclusive com diversos exemplos de pesquisas no turismo, para comp= rovar seu uso em tipos de tecnologias diferentes, proporcionando um arcabou= =C3=A7o te=C3=B3rico para compreender as dimens=C3=B5es que influenciam a a= ceita=C3=A7=C3=A3o e utiliza=C3=A7=C3=A3o da tecnologia aplicativos de rede= s sociais de v=C3=ADdeos curtos de turismo.
Em seguida, a metodologia adotada, que incluiu entrevistas como co= leta de dados, permitiu uma explora=C3=A7=C3=A3o mais profunda de opini=C3= =B5es e experi=C3=AAncias e a an=C3=A1lise qualitativa ofereceu uma compree= ns=C3=A3o detalhada e interpreta=C3=A7=C3=A3o contextualizada das percep=C3= =A7=C3=B5es dos entrevistados.
Consi= derando as contribui=C3=A7=C3=B5es apresentadas, esta pesquisa identificou = dimens=C3=B5es que s=C3=A3o aplicadas a inten=C3=A7=C3=A3o de uso da tecnol= ogia aplicativos de redes sociais, ap=C3=B3s an=C3=A1lise das respostas obt= idas para cada dimens=C3=A3o da Teoria UTAUT2, apresentando uma implica=C3= =A7=C3=A3o te=C3=B3rica importante para validar a aplicabilidade desta teor= ia.
Com rela=C3=A7=C3=A3o =C3=A0s dime= ns=C3=B5es expectativa de desempenho, expectativa de esfor=C3=A7o, motiva= =C3=A7=C3=A3o hed=C3=B4nica e h=C3=A1bito no uso de aplicativos de v=C3=ADd= eos curtos de turismo, pode-se concluir que os usu=C3=A1rios percebem esses= aplicativos como ferramentas =C3=BAteis, pr=C3=A1ticas, e funcionais, com = conte=C3=BAdo, informa=C3=A7=C3=B5es e dicas para auxiliar no planejamento = de viagens, ocasionando tamb=C3=A9m sentimentos hed=C3=B4nicos diversos no = uso habitual da plataforma.
Referen= te a motiva=C3=A7=C3=A3o hed=C3=B4nica, os sentimentos encontrados <= span style=3D"font-family:Arial">sugerem que a funcionalidade dos aplicativ= os que enfatizam esses elementos hed=C3=B4nicos pode aumentar significativa= mente a satisfa=C3=A7=C3=A3o do usu=C3=A1rio e a popularidade da tecnologia= . J=C3=A1 a dimens=C3=A3o condi=C3=A7=C3=A3o facilitadora, em n=C3=A3o ter = relev=C3=A2ncia na inten=C3=A7=C3=A3o de uso das plataformas de v=C3=ADdeos curtos = de turismo, demonstra que est=C3=A3o conseguindo oferecer uma experi=C3=AAn= cia de usu=C3=A1rio que alinha as expectativas dos consumidores com os recu= rsos e fun=C3=A7=C3=B5es j=C3=A1 disponibilizadas.
Portanto, essas percep=C3=A7=C3=B5es validam as dimens=C3= =B5es e evidenciam sua influ=C3=AAncia no comportamento dos usu=C3=A1rios n= o Brasil, destacando a relev=C3=A2ncia desses aplicativos no contexto do tu= rismo atual. Como implica=C3=A7=C3=A3o social, este estudo revela uma mudan= =C3=A7a significativa no comportamento dos turistas, que est=C3=A3o se torn= ando planejadores aut=C3=B4nomos de suas viagens, influenciados pela facili= dade de acesso =C3=A0 informa=C3=A7=C3=A3o por meio de aplicativos de v=C3= =ADdeos curtos. Essa tend=C3=AAncia pode impactar a din=C3=A2mica do turism= o, onde os consumidores buscam maior controle e personaliza=C3=A7=C3=A3o em= suas experi=C3=AAncias. Al=C3=A9m disso, o uso de aplicativos e v=C3=ADdeo= s curtos pode promover pr=C3=A1ticas de turismo sustent=C3=A1vel ao facilit= ar o acesso a informa=C3=A7=C3=B5es sobre viagens respons=C3=A1veis e promo= ver destinos menos conhecidos, a fim de contribuir para o al=C3=ADvio da pr= ess=C3=A3o de locais tur=C3=ADsticos populares.
Este estudo tamb=C3=A9m contribui com implica=C3=A7=C3=B5es pr= =C3=A1ticas, em que as informa=C3=A7=C3=B5es apresentadas podem servir como= base para desenvolvedores de aplicativos de turismo, projetarem funcionali= dades que atendam melhor =C3=A0s expectativas dos usu=C3=A1rios em rela=C3= =A7=C3=A3o a planejamento de viagens. Al=C3=A9m disso, este estudo destaca = a import=C3=A2ncia de utilizar v=C3=ADdeos curtos como uma estrat=C3=A9gia = eficaz para engajar turistas potenciais, para que profissionais de <= span style=3D"font-family:Arial; font-style:italic; background-color:#fffff= f">marketing de destino possam focar em campanhas que enfatizem a apresenta=C3=A7= =C3=A3o visual e a informa=C3=A7=C3=A3o pr=C3=A1tica e r=C3=A1pida para atr= air a demanda usu=C3=A1ria de aplicativos de v=C3=ADdeos curtos.
=Uma limita=C3=A7=C3=A3o do estudo foi a exclus= =C3=A3o de trabalhos de naturezas diversas na pesquisa bibliogr=C3=A1fica s= obre a UTAUT2, como disserta=C3=A7=C3=B5es, teses, livros e cap=C3=ADtulos.= Estudos futuros podem explorar outras fontes e inclusive outras bases de d= ados. Outro fator limitante foi o recorte geogr=C3=A1fico e cultural da amo= stra, coletada apenas no Brasil. Estudos futuros podem fazer um comparativo= com o comportamento do usu=C3=A1rio em outros pa=C3=ADses da Am=C3=A9rica = Latina ou entre continentes.
Como s= ugest=C3=A3o para continuar os estudos sobre a Teoria UTAUT2 no uso de apli= cativos de v=C3=ADdeos curtos de turismo, esta pesquisa pode ser explorada = para aplicar as vari=C3=A1veis encontradas numa coleta de dados quantitativ= a.
Como este estudo concentrou-se na= aplica=C3=A7=C3=A3o da UTAUT2 ao contexto de v=C3=ADdeos curtos em turismo= , tamb=C3=A9m para futuras investiga=C3=A7=C3=B5es poderiam ampliar o quadr= o te=C3=B3rico, integrando modelos como o Technology Acceptance = Model (T= AM), o Stimulus-Organism-Response (S-O-R), Theory of Planned = Behavior= (TPB) ou abordagens de experi=C3=AAncia de usu=C3=A1rio em plataformas aud= iovisuais, a fim de oferecer uma an=C3=A1lise mais abrangente do comportame= nto do consumidor digital no turismo.
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