MIME-Version: 1.0 Content-Type: multipart/related; boundary="----=_NextPart_01DB4AE6.1BBB12E0" Este documento é uma Página da Web de Arquivo Único, também conhecido como Arquivo Web. Se você estiver lendo essa mensagem, o seu navegador ou editor não oferece suporte ao Arquivo Web. Baixe um navegador que ofereça suporte ao Arquivo Web. ------=_NextPart_01DB4AE6.1BBB12E0 Content-Location: file:///C:/AE09C655/Navus_v14_2015.htm Content-Transfer-Encoding: quoted-printable Content-Type: text/html; charset="windows-1252"
Effects of the Pandemic on School Dropout=
Adonai José Lacruz |
=
Doutor em Administração. Insti=
tuto
Federal do Espírito Santo (IFES) – Brasil. adonai.lacruz@ifes.edu.br |
Fagner=
Carniel |
Doutor
em Sociologia política. Universidade Estadual de Maringá (UEM) – Brasil. =
=
fcarniel@uem.br |
Christiele=
Martins da Silva =
Pezzin |
Graduada
em Logística. Instituto Federal do Espírito Santo (IFES) – Brasil. christielemartinsdasilva@gmail.com |
Katarina Rosa Lemos |
Pós-graduada
em Estatística. Fundação de apoio ao desenvolvimento da ciência e tecnolo=
gia (Facto)
– Brasil. <=
span
style=3D'mso-bookmark:_Hlk60668720'>katarinarosalemos@gmail.com |
RESUMO
Este artigo objetiva investigar o efeito da pandemia da Covid-19 na =
taxa
de abandono escolar do ensino fundamental do estado do Espírito Santo. Foram
coletados dados diretamente no site do Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira para os anos de 2015 a 2022. Na anál=
ise
dos dados, foi realizada uma abordagem derivada do teste de Chow,
controlando os efeitos da localização (escola rural ou urbana) e da dependê=
ncia
administrativa (escola pública ou privada). Para tanto, foi tomado como pon=
to
focal, o ano 2020 (ano da ocorrência do lockdown). Os resultados confirmara=
m a
ruptura de tendência da evolução da taxa de abandono escolar entre 2015 e 2=
022
em decorrência da pandemia, revelando que a média da taxa de abandono das
escolas públicas aumentou em relação às privadas, assim como a taxa das esc=
olas
urbanas em relação à taxa das escolas rurais. Os achados do estudo somam
esforços na direção de fornecer informações qualificadas aos gestores públi=
cos
para o aperfeiçoamento ou reformulação de políticas públicas educacionais de
enfrentamento à pandemia.
Palavras-chave: educação básica; pandemia; covid=
-19;
abandono escolar.
ABSTRACT
This paper aims to investigate the effect of the
Covid-19 pandemic on the school dropout rate in elementary school in the st=
ate
of Espírito Santo, Brazil. To achieve this, data was collected from the web=
site
of the Anísio Teixeira National Institute of Educational Studies and Resear=
ch for
the period between 2015 and 2022. The data analysis employed an approach ba=
sed
on the approach derived from the Chow Test, controlling the effects of Loca=
tion
(rural or urban school) and Administrative Dependency (public or private
school. For this purpose, the year 2020 (occurrence of the lockdown), was u=
sed
as the focal point. The results confirmed a disruption in the trend of the
school dropout rate's evolution between 2015 and 2022 due to the pandemic. =
They
also revealed that the average dropout rate in public schools increased com=
pared
to private schools, as did the rate in urban schools compared to rural scho=
ols.
The study’s findings contribute to efforts to provide public managers with
qualified information to improve or redesign educational public policies in
response to the pandemic.
Keywords: elementary school; pandemic; covid-19; school
dropout.
Recebido
em 05/09/2024. Aprovado em 08/10/2=
024.
Avaliado pelo sistema double blind
https://doi.org/10.22279/navus.v14.2015
1 <=
/span>Introdução e Contexto de Investigação
O abandono e= scolar é um fenômeno central para os debates sobre a situação da educação brasileira, pois exige que se reflita a respeito dos efeitos que as desigualdades socia= is exercem sobre a formação das futuras gerações. Por isso mesmo o tema recorr= entemente desperta a atenção de pesquisadores de áreas diversas, como a sociologia (A= lves; Soares; Xavier, 2016), a matemática (Klein, 2006), a educação (Carvalho; Santos; Chrispino, 2020), a administração públi= ca (Pakenas; Jesus Filho, 2017), entre outras.
Os números d= o módulo Educação, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-C – Educação) de 2022, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dão dimensão do tamanho do problema. Das 52 milhões de pessoas com idades entre 14 e 29 anos no Brasil, 18% delas (ou seja, 9,5 milhões) não haviam concluído alguma das etapas da educação básica, seja por abandonarem a escola, seja por nunca a terem frequentado (Instituto Brasile= iro de Geografia e Estatística, 2023).
Fatores exte= rnos e internos às escolas contribuem historicamente para aumentar ou diminuir o abandono escolar. As condições sociais e econômicas de estudantes e suas famílias, o envolvimento precoce e em intensidade inadequada com o mundo do trabalho, e a reprovação cumulativa, são exemplos já conhecidos de situações que reforçam a tendência ao abandono (Silva Filho; Araújo, 2017). = p>
Nesse sentid= o, Santos (2010, p. 3782) observa que “O abandono escolar prematuro é, em muit= os casos, fruto de uma incompatibilidade entre o contexto escolar e as criança= s, que mutuamente se rejeitam e, finalmente resultado das expectativas das próprias crianças e adolescentes, que preferem uma afirmação e integração pessoais pela via do trabalho”.
Ao longo das= últimas décadas, com o investimento em políticas públicas e o ambiente escolar se aproximando do ambiente pessoal do aluno, as taxas de abandono escolar fora= m gradualmente reduzidas em praticamente todos os níveis e modalidades de ensino.= p>
No entanto, a pandemia provocada pela Covid-19 (causada pelo vírus SARS-CoV-2), trouxe impactos sanitários, políticos, sociais, econômicos e culturais de amplitude global, demandando ações governamentais de enfrentamento (Lara; Cruz, 2022)= .
O modo como = nos relacionamos com o vírus no ‘Brasil de Bolsonaro’ parece ter escancarado as profundas assimetrias e desigualdades que estruturam nosso tecido social (<= span class=3DSpellE>Rapchan; Carniel, 2020) e seus efeitos provavelmente permanecerão por tempo indeterminado na educação (Fundo das Nações Unidas p= ara a Infância, 2021).
De fato, em = todas as esferas da vida social a pandemia da Covid-19 (deste ponto em diante, refer= ida apenas por pandemia) revelou abismos sociais e acentuou expressões da desigualdade. No processo educacional não é diferente. O peso da suspensão = das aulas, a restrição da oferta e acesso às atividades educacionais, bem como o esgarçamento dos laços sociais, impactaram diretamente as práticas pedagógi= cas e as condições de aprendizagem de um contingente gigantesco de estudantes. Porém,
As maiores vítimas da Covid-19, direta e indiretamente, são as mesm=
as que
são cotidianamente atingidas pela miséria, pelo imperialismo, pelo racismo,
pelo machismo, pelo capacitismo e pelas múltiplas formas de rebaixamento
social. (Rapchan; Carniel, 2021, p. 167).
No Espírito = Santo, o Decreto nº 4597-R, de 16 de março de 2020 (um dia antes da primeira morte confirmada no Brasil), indicou a partir dessa data a suspensão das atividad= es presenciais nos estabelecimentos públicos e privados de ensino, por um perí= odo de 15 dias (Lara; Cruz, 2022; Nascimento; Silva, 2020).
Com o agrava=
mento do
cenário, foi feita a extensão do isolamento social e a adequação de novas
medidas quanto à organização de ações no âmbito dos sistemas educacionais de
ensino, sobretudo a autorização para utilização de Educação a Distância (EaD) no Ensino Fundamental e no Ensino Médio. Destaca=
-se o
Programa EscoLAR no âmbito das escolas da rede
pública estadual de ensino (instituído em 01 de abril de 2020 pela Portaria=
nº
048-R), que “objetivou incentivar a oferta de Atividades Pedagógicas Não Pr=
esenciais
(APNPs) vinculadas à adoção de metodologias
inovadoras e ao uso de tecnologias voltadas para aprendizagem dos estudante=
s”
(art. 2º).
Objetivament= e, o Programa EscoLAR consistiu na transmissão de conteúdos pela TV e na utilização da plataforma Google Sala de Aula. Ou sej= a, na modalidade remota das atividades educacionais.
Em 2021, com= o Programa de Inovação Educação Conectada, foi feita a distribuição de Chromebooks e de dispositivos para conexão de Internet aos alunos da rede pública estadual, e investimento na ampliação do uso de tecnologia nos processos educativos das escolas.
Diante dessa= nova paisagem tecnológica que reconfigurou profundamente a organização do ensino escolar no Espírito Santo, e em praticamente todas as regiões do país, percebe-se que as desigualdades sociais e educacionais foram agravadas. Mui= tas famílias não possuem a infraestrutura tecnológica mínima para suportar as cargas de trabalho demandadas, além de dificuldades em casa, como falta de local adequado de estudo (Molina, 2021), a impossibilidade de ter quem cuide dos filhos que estudam durante o tempo em que deveriam estar na escola e a insegurança alimentar que a ausência de aulas presenciais agravou (Sperandi= o; Moraes, 2021). Ademais, o aumento do desemprego também colaborou para que estudantes abandonassem as escolas para ajudar no sustento da família (Moli= na, 2021).
Para Molina = (2020, p. 7), “A pandemia mostrou o agravamento das desigualdades entre as classes sociais e aprofundou o fosso que separa a rede pública e privada e no própr= io interior da escola pública, bem como entre os níveis de ensino e no interio= r da própria educação básica”.
Em meio a es= se cenário, o artigo propõe uma investigação a respeito do efeito da pandemia = na taxa de abandono das escolas do ensino fundamental do estado do Espírito Sa= nto. A delimitação geográfica desse estado contribui para a construção de um rec= orte de pesquisa representativo de um contexto regional. Igualmente, a delimitaç= ão nesse nível de ensino da educação básica (i.e., o ensino fundamental) promo= ve o controle experimental do estudo, considerando-se que o abandono escolar oco= rre por razões e com consequências diferentes entre os níveis de ensino da educ= ação básica, ou seja, na educação infantil, no ensino fundamental e no ensino mé= dio (Salata, 2019).
No Espírito = Santo, em março de 2020, houve o início do lockdown, e, em abril, ocorreu o início= das aulas/atividades nos modelos de EaD e híbrido, = tendo ocorrido o retorno efetivo e integral apenas em setembro de 2021. Não se de= scarta que o impacto da pandemia na taxa de abandono escolar tenha ocorrido de for= ma diferente entre as escolas públicas e privadas e entre as urbanas e rurais – tendo em vista suas peculiaridades.
Diante disso, questiona-se:
1. Qual o efeito da pandemia na taxa de abandono escolar das escolas do ensino fundamental no Espírito Santo?
2. O efeito da pandemia na taxa de abando= no escolar se deu de forma homogênea entre as escolas públicas e privadas do ensino fundamental no Espírito Santo?
3. O efeito da pandemia na taxa de abando= no escolar se deu de forma homogênea entre as escolas urbanas e rurais do ensi= no fundamental no Espírito Santo?
Espera-se, ao responder essas questões, contribuir para o melhor entendimento dos impactos regionais da pandemia sobre o fenômeno do abandono escolar, fornecendo base= para futuras ações que visem intervir sobre a vida escolar.
2 Revisão da Literatura
O abandono e= scolar tem sido objeto de intensa pesquisa acadêmica devido a sua recorrência histórica e complexidade no campo educacional brasileiro. Como afirma Santos (2010), trata-se de um fenômeno que é provocado por múltiplos fatores, inte= rnos e externos às escolas, e marcou a experiência educacional de diferentes gerações estudantis. Silva Filho e Araújo (2017) observam as potencialidade= s de análises quantitativas, mas alertam para as imensas dificuldades que agente= s da área costumam ter para definir, prever ou intervir com exatidão sobre o tem= a de modo a propor políticas públicas que efetivamente reduzam as taxas de aband= ono escolar.
Abramovay e = Castro (2013) oferecem uma conceituação ampla do fenômeno ao afirmarem que ele des= igna o momento em que o aluno abandona a escola por algum fator, seja ele endóge= no ou exógeno, que o detém de finalizar o ano letivo, de retornar à escola no = ano seguinte, ou quando se delibera de seu contratempo, impossibilitando a continuidade de seus estudos.
Partindo des= ta perspectiva, Ferrão, Margarida e Almeida (2000) apontam que é possível sepa= rar as múltiplas causas do abandono escolar em um conjunto de oito blocos analíticos: fatores individuais, aspectos socioculturais, aspectos econômic= os, instabilidade do agregado familiar, mercado de trabalho, ambiente social, acessibilidade e escola.
De acordo co= m Rumberger (1983), é possível trabalhar somente com fa= tores exógenos (como o background familiar, a localização geográfica, entre outros) ou inserir fatores endógenos (como habilidades acadêmicas, aspiraçõ= es, rendimento escolar, entre outros) para verificar o grau de importância de c= ada um dos fatores. Além disso, segundo Finn (1989) e Newm= ann, Wehlage e Lamborn (= 1992), o abandono escolar é a etapa final de um processo de longa duração de desengajamento do estudante em relação à vida escolar.
Alguns estud= os já indicaram que a inserção precoce no mercado de trabalho costuma figurar com= o um fator estatisticamente relevante para o aumento das taxas de abandono escol= ar (Sena, 1999; Salata, 2019). Notou-se também que outro fator intrínseco ao abandono= é a localização das escolas. De acordo com Salata (2019), alunos que residem em regiões urbanas têm 20% mais chance de evasão. Para Silva Filho e Araújo (2017), condições socioeconômicas e violência são motivos importantes a ser= em discutidos, principalmente em regiões urbanas.
Cada uma des=
sas
análises, no entanto, parece estar mais preocupada em ampliar o conjunto das
variáveis visíveis que têm afetado as taxas de abandono escolar do que
determinar quais seriam as suas principais causas em contextos particulares=
e
momentos específicos. Isso indica que há a necessidade de se ampliar os
esforços investigativos em busca de perspectivas que compreendam o abandono
escolar como um fenômeno constituído por múltiplos outros fatores associado=
s.
Cada um deles expressa uma dimensão do problema, mas é somente quando todos=
são
considerados em conjunto que a investigação consegue perceber como essa
A emergência sanitária que vivenciamos coletivamente a partir de meados de 2020 represen= tou um desses momentos críticos para a organização da educação e da própria vida social como um todo. As taxas assustadoras de transmissibilidade do vírus e= a ausência de tratamento eficaz para a Covid-19 obrigaram a maioria dos gover= nos ao redor do globo a adotarem medidas de controle da disseminação comunitári= a.
O distanciam= ento social, o isolamento de pessoas infectadas, a higienização das mãos e o uso= de máscaras não foram as únicas políticas de prevenção da propagação do vírus.= Uma das principais estratégias adotadas para reduzir os casos foi o fechamento = de locais de aglomeração pública, como escolas e universidades.
Apesar da reconhecida importância dessas determinações sanitárias para atenuar os ris= cos decorrentes da Covid-19, a vida das populações atingidas foi desproporcionalmente afetada (Natividade; Bernardes; Pereira; Miranda; Bertoldo; Teixeira; Livramento; Aragão, 2020). Em meio a uma gestão tida co= mo catastrófica e criminosa da pandemia por parte do governo brasileiro (Nobre, 2020), milh= ares de pessoas que encontravam na escola uma rede mínima de proteção social tiv= eram que se afastar e novos regimes de educação à distância foram precariamente implementados (Dussel, 2020), o que acabou agra= vando desigualdades e vulnerabilidades históricas (Carniel, 2018) e ampliando as assimetrias de acesso e letramento digital (Macedo, 2021).
O Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para a Infância realizou, em 2021, um estudo no Brasil que revelou diversas consequências da pandemia na área escolar. Os resultados da investigação apontam que, naquele momento, 3= 3% dos domicílios contavam com computador, acesso à internet e algum morador p= ossuía celular, enquanto 46% contavam com acesso apenas pelo celular. Embora se pudesse supor as limitações para o acesso remoto, 1.578 redes de ensino não haviam produzido orientações para a continuidade das atividades escolares (Fundo das Nações Unidas para a Infância, 2021).
Nos últimos = anos, estudos têm sido desenvolvidos no intuito de compreender os impactos mais profundos da pandemia na educação, sobretudo no desempenho dos alunos (Azev= edo; Hasan; Goldemberg; Geven; = Igbal, 2020, Maldonado; Witte, 2020). Em relação ao impacto no abandono escolar, porém, a inexistência de base histórica comparável ao contexto vivenciado p= ela pandemia parece ter constrangido o desenvolvimento de pesquisa inferenciais= .
O estudo desenvolvido por Lichand, Doria, Leal-Neto e Fernandes (2022) está entre os primeiros esforços empíricos de investigação= no contexto brasileiro – mais especificamente, a investigação da aprendizagem = e da evasão no ensino médio do estado de São Paulo. Nesse estudo foi evidenciado= que o ensino à distância durante a pandemia pode ter provocado perda de aprendi= zado (na ordem de 75% em relação às aulas presenciais) e aumentado o risco de ev= asão (250% [de 10% para 35%]).
Não se afast= a, porém, que a forma de transição do ensino presencial para o remoto ou os efeitos socioeconômicos e socioemocionais da pandemia nas diversas causas da evasão e do desempenho possam explicar esses resultados alarmantes. Em outr= as palavras, pode não ser exclusivamente o ensino remoto a principal causa da perda de aprendizado e/ou do aumento da evasão, mas os efeitos da pandemia = em outras variáveis que também impactam a evasão e o desempenho (i.e., efeito = de equilíbrio geral).
A falta de investimento na educação pública e a concretização das políticas educaciona= is, por exemplo, são agravantes pontuais na educação básica brasileira quando o tema recai sobre o abandono escolar. De qualquer modo, esta revisão da literatura sobre o abandono escolar tem o intuito de lançar luz sobre múlti= plos fatores, causas e possíveis consequências da pandemia na educação a fim de compor um pano de fundo sobre a investigação sobre o impacto da pandemia no abandono escolar no ensino fundamental no Espírito Santo.
3 Procedimentos Metodológicos
Este estudo = explicativo investiga o efeito da pandemia na taxa de abandono das escolas do ensino fundamental no Espírito Santo por meio de uma abordagem quantitativa (Creswell, 2011).
Os dados for= am coletados diretamente no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), mais especificamente as Taxas de rendimento (i.e., aprovação, reprovação e abandono) dos indicadores educacionais para o período 2015 a 2022 (disponível em: https://www.gov.br/inep/pt-br/acesso-a-informacao/dados-abertos/indicadores= -educacionais/taxas-de-rendimento). As variáveis do modelo são apresentadas na Tabela 1:
Tabela
1 - Variáveis do modelo
Variáveis |
Operacionalização |
|
Taxa de Abandonoa |
|
|
Ano |
Forma original
Ocorrência da pandemia |
Dum=
my0 =3D Ano anterior à pandem=
ia
(i.e., 2015 a 2019) 1 =3D Ano posterior à pande=
mia
(i.e., 2020 e 2022) |
Dependência Administrativa<= o:p> |
Dum=
my 0 =3D Privada 1 =3D Pública |
|
Localização |
Dum=
my 0 =3D Rural 1 =3D Urbana |
a
Foi utilizado o logaritmo neperiano para linearizar a relação funcional.
Fonte:
Elaboração própria.
Apesar da pesquisa fazer um recorte par=
a o
Espírito Santo, o dataset foi elaborado =
com
dados de todas as unidades federativas e está disponível, assim como o scri=
pt
para o software R, no repositório Harvard Dataverse
(https://doi.org/10.7910/DVN/LUYYGJ), a fim de favorecer a transparência bem
como possíveis conexões de pesquisa.
Do total de 1.075.558 (Brasil - 2015 a
2022) observações no dataset,
inicialmente foi feita a seleção das escolas capixabas, totalizando 17.849
observações (Espírito Santo: 2015 a 2022). Desse total, havia dados complet=
os
para 16.958 observações.
Assim, optou-se por excluir as observaç=
ões
para as quais não havia informação sobre quaisquer das variáveis utilizadas=
ou
anos investigados, por considerar que a ausência do dado ocorreu de forma
totalmente aleatória em relação às variáveis Taxa de abandono, Dependência
administrativa e Localização, ou pela real inexistência da observação em
relação aos anos observados (i.e., 2015 a 2022) – sem proceder, dessa forma=
, a
imputação de valores ausentes.
Para avaliar o efeito da pandemia na ta=
xa
de abandono das escolas do ensino fundamental no Espírito Santo, foi aplica=
da
abordagem derivada do Teste de Chow, controland=
o os
efeitos da Localização (escola rural ou urbana) e da Dependência administra=
tiva
(escola pública ou privada).
Para tanto foram processadas regressões=
com
dummies para a variável indicadora do pe=
ríodo
a partir do qual se espera ter havido a ruptura de tendência (i.e., 2020), a
localização e a dependência administrativa, a fim de apurar o efeito da
dependência administrativa e da localização nos resultados. Foram realizadas
três regressões: Modelo 1 (2015 a 2022), Modelo 2 (2015 a 2019) e Modelo 3
(2020 a 2022).
Em adição, esclarece-se que não foi
possível controlar os resultados pelo nível socioeconômico da escola, confo=
rme
recomendam Soares e Alves (2003), porque estes estão disponíveis somente pa=
ra
os períodos de realização do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb),
isto é: 2015, 2017, 2019 e 2021.
Assim, pode-se apurar se houve ruptura =
na
tendência da evolução da taxa de abandono escolar entre 2015 a 2022, tendo =
como
ponto focal o ano 2020, haja vista o lockdown ter ocorrido no Espírito Sant=
o a
partir de março desse mesmo ano. Em outras palavras, se a taxa de abandono
escolar no ensino fundamental no Espírito Santo foi influenciada pela pande=
mia.
Na análise dos resultados foi considera=
do o
nível de significância estatística de 0,05, consensual em ciências sociais
aplicadas. Ou seja, foi admitida a probabilidade máxima de 5% de estar erra=
do
ao inferir que houve quebra estrutural na tendência.
Esclarece-se, por fim, que foram
verificados os pressupostos da regressão: normalidade dos resíduos (teste de
Anderson-Darling), homoscedasticidade dos resíduos (teste de Breusch-Pagan), multicolinearida=
de
(Fator de Inflação da Variância – FIV), independência dos resíduos (teste d=
e Breusch-Godfrey) e ausência de valores influentes
(Distância de Cook).
Entre 2015 e 2019 a taxa de abandono
escolar das escolas do ensino fundamental no Espírito Santo foi reduzida
progressivamente, saindo de 0,76% em 2015 para 0,37% em 2019. Porém, em 202=
0,
ano no qual ocorreu o lockdown no estado devido à pandemia, a taxa de
abandono no estado alcançou 0,497%; superando a taxa de 2018, que foi de
0,47%. Veja a Figura 1:
Figura 1 -
Evolução da taxa de abandono escolar:
Ensino
fundamental (Espírito Santo)
Fonte: A partir dos indicadores
educacionais do Inep (2015 a 2022).
Diante disso, a partir de uma abord=
agem
derivada do Teste de Chow, foi possível verific=
ar a
quebra de tendência da taxa de abandono das escolas do ensino fundamental no
Espírito Santo e apurar a influência da dependência administrativa e da
localização, ao realizar três regressões: (Modelo 1) uma para todo o períod=
o (2015
a 2022), com a variável de tendência temporal, as variáveis de controle e u=
ma
variável indicadora do período a partir do qual se espera ter havido a rupt=
ura
de tendência; (Modelo 2) outra para o período anterior (2015 a 2019), apenas
com a variável de tendência temporal e as variáveis de controle; e (Modelo =
3)
mais uma para o período posterior (2020 a 2022), apenas com a variável de
tendência temporal e as variáveis de controle.
Na avaliação dos pressupostos,
rejeitou-se a hipótese (p-value < 0,0=
5) de
normalidade (teste de Anderson-Darling), homoscedasticidade (teste de Breusch-Pagan) e independência dos resíduos (teste de=
Breusch-Godfrey). Por essa razão foi processada uma r=
egressão
com correção por cluster, que fornece erros padrão robustos para
heterocedasticidade e autocorrelação. Para os clusters foi tomado o código =
da
escola. Confira a Tabela 2. Adicionalmente, verificou-se ausência de multicolinearidade severa (FIV < 5) e de valores
influentes (Distância de Cook < 1).
Tabela
2 - Resultado da estimação dos modelosa
Descrição |
Modelo 1 (2015 a 2022) |
Modelo 2 (2015 a 2019) |
Modelo 3 (2020 a 2022) |
Intercepto |
66,87* |
69,96* |
51,09* |
Ano |
-0,03* |
-0,03* |
-0,02* |
Localização |
0,23* |
0,27* |
0,17* |
Dependência administrativa<= o:p> |
0,26* |
0,34* |
0,13* |
Ocorrência da pandemia |
0,04* |
|
=
|
N. observações |
16.958 |
10.847 |
6.111 |
R2 |
0,0796 |
0,0924 |
0,0389 |
R2 ajustado=
|
0,0794 |
0,0922 |
0,0384 |
a
Variável dependente: <=
/span>
Nota:
* Estatisticamente significante ao nível 0,01.
Fonte:
Elaboração própria.
Como resultado confirma-se a ruptur=
a de
tendência, pois a variável indicadora do período a partir do qual se espera=
ter
havido a ruptura de tendência (ocorrência da pandemia) se mostrou
estatisticamente significante (p-value =
=3D
0,002) com coeficiente positivo (β =3D 0,04), ou seja, com efeitos que
aumentam a taxa de abandono (cf. Modelo 1). Além disso, a variável de tendê=
ncia
temporal foi significativa com efeito negativo no período anterior (Modelo =
2)e posterior
(Modelo 3), sinalizando, assim, que a quebra de tendência não se deu em rel=
ação
ao coeficiente angular (inclinação), mas
apenas em relação ao coeficiente linear (intercepto).
Os resultados dos coeficientes das
variáveis de controle mostram que, tudo mais constante, a média da taxa de
abandono das escolas públicas foi aumentada, em média, em 26% em relação às
privadas; e das escolas urbanas, 23% em relação às escolas rurais (haja vis=
ta a
forma funcional log-linear do modelo de regressão).
Este estudo investigou os efeitos da
pandemia na taxa de abandono nas escolas de Ensino Fundamental do Espírito
Santo, e sua homogeneidade quando considerada a dependência administrativa =
e a
localização dessas escolas.
Seus achados confirmaram a ruptura = de tendência da evolução da taxa de abandono escolar entre 2015 e 2022 em decorrência da pandemia, tendo como ponto focal o ano de 2020. Assim, a trajetória de redução do abandono escolar foi interrompida com a pandemia.<= o:p>
Uma descoberta importante, foi que o
efeito da pandemia na taxa de abandono das escolas foi mais forte nas escol=
as
públicas em relação às privadas. A desigualdade no acesso à educação durant=
e o
período de isolamento social pode ter contribuído para essa disparidade ent=
re
as redes de ensino.
Outra descoberta relevante foi que a
pandemia também impactou mais a taxa de abandono das escolas urbanas do que=
das
escolas rurais. A proximidade entre a escola e a comunidade pode ter
desempenhado um papel importante na manutenção do vínculo dos alunos com a
escola durante a pandemia.
Ao longo dos anos, políticas públic=
as e
metodologias intersetoriais de enfrentamento e prevenção ao abandono escola=
r têm
se mostrado estrategicamente mais ativas, em garantia ao direito à educação
básica. Os resultados dessa corrida podem ser observados quando são impress=
os
os números de abandono em série histórica, desde 2015.
A quebra de tendência na queda anua=
l da
taxa de abandono observada em 2020 é explicada pelos efeitos da pandemia. É=
um
momento de ruptura dessa tendência de queda e, possivelmente, dificulta sua=
retomada
a partir de 2021, quando outros indicadores educacionais oriundos do insuce=
sso
escolar, como a infrequência, a reprovação e a distorção idade série, começ=
am –
também – a impactar a taxa de abandono.
Fatores contextuais e individuais
talvez possam explicar os motivos da heterogeneidade de comportamento quando
comparadas as taxas de abandono entre as escolas públicas e privadas; e das
taxas de abandono entre as escolas localizadas em áreas urbanas e em áreas
rurais. Condições familiares e escolares específicas, além de característic=
as
socioeconômicas e socioemocionais, individuais e contextuais, podem aprofun=
dar
desigualdades (Sanz; González; Capilla, 2020), dentre elas as relacionadas =
ao
abandono escolar. Em síntese, a pandemia trouxe desafios significativos par=
a a
educação, e o abandono escolar é um reflexo dessas dificuldades.
Adiante, com novos dados disponívei=
s, a
atualização da base de dados e o reprocessamento dos resultados, especialmente os dados d=
e 2023
(previstos para serem publicados em 2024), é uma decorrência natural deste
estudo. A extensão do abandono ficará mais clara quando mais dados estiverem
disponíveis.
Igualmente, uma motivação para estu=
dos
futuros é identificar quais os fatores contextuais que, dado o contexto soc=
ioeconômico
expressado pelos impactos da pandemia, explicam a ruptura na tendência do
abandono escolar provocada pela pandemia.
No mesmo encadeamento, avaliar os
efeitos dos projetos e programas públicos orientados para mitigar os impact=
os
da pandemia no abandono escolar também emerge como tema de estudo futuro.
Apesar dos desafios para a atribuição de causalidade no contexto de mudanças
generalizadas, devido à dificuldade de isolamento dos impactos, com possíve=
is
efeitos sinérgicos entre diversas causas em potencial, estudos de avaliação=
de
impacto das medidas de enfrentamento adotadas são estimulados.
Dessa forma, pode-se fornecer
informações qualificadas aos gestores públicos para o aperfeiçoamento ou
reformulação de políticas públicas educacionais. Nessa direção o relatório
Estudos Educacionais: Impactos da Covid-19 sobre os alunos da Rede Estadual=
de
Ensino (Instituto Jones dos Santos Neves, 2022), no qual se apresenta um
panorama descritivo do cenário educacional, é um esforço inicial ao qual es=
te
estudo soma esforços.
Importa destacar advertências
importantes em relação aos resultados deste estudo. Primeiro, o nível de
análise neste estudo foi a escola, assim inferências no nível do aluno são
inadequadas (Alves; Soares, 2013). Segundo, por restrições do conjunto de d=
ados,
os resultados não foram controlados pelo nível socioeconômico da escola, o =
que
também pode trazer um viés aos resultados (Soares; Alves, 2003).
Por fim, reforça-se que este estudo=
não
endereçou a investigação sobre as causas ou as consequências do abandono
escolar, pois focou no exame da quebra de tendência da taxa de abandono dia=
nte
da pandemia. Assim, não se relaciona a mudança de tendência da taxa de aban=
dono
escolar às medidas de isolamento para educação.
É preciso problematizar as condiçõe=
s de
oferta das medidas de isolamento, assim como as condições de ensino na
reabertura das escolas (i.e., o retorno ao modelo presencial) e as alteraçõ=
es
sociais, econômicas e outras decorrentes da forma de enfrentamento da pande=
mia
– que não é um ‘desastre natural’, mas uma questão de saúde pública, cujo
enfrentamento se desenha num quadro social amplo.
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XX-XX • abr./jun. 2019 |
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