<=
span
style=3D'mso-fareast-language:PT-BR;mso-no-proof:yes'>Desenvolvimento de um=
aplic
Development of an
application for audit
of the sense=
s in
the marketing department
from<=
/span> an agroindustri=
al cooperative
|
Leonardo Spilka Bandeira https://orcid.org/0009-0004-4639-8=
197 |
Bacharel em Engenharia de Produção. Universidade Estadual de
Maringá (UEM) – Brasil. leonardospilka@gmail.com. |
|
Karoline Guedes https://orcid.org/0000-0002-6956-7473 |
=
Mestre
em Engenharia de Produção. Universidade Estadual de Maringá (UEM) – Brasi=
l.
kguedes2@uem.br. |
|
Jéssica Syrio Callefi https://orcid.org/0000-0001-7037-5=
981 |
Doutora em Engenharia de Produção. Universidade de São Paulo
(USP) – Brasil. jscallefi2@uem.br |
|
Marcos Meurer da S=
ilva https://orcid.org/0000-0002-1229-5=
518 |
Mestre em Engenharia de Produção. Universidade Federal da Gr=
ande
Dourados (UFGD) – Brasil. marcosmeurerdasilva@gmail.com |
RESUMO
As Cooperativas Agroindustriais vêm passando por mudanças para se
adaptar ao desenvolvimento dos negócios. A metodologia 5S é uma ferramenta =
que
estabelece as bases para qualquer tipo de melhoria, visto que os sensos
produzem resultados tanto nos recursos humanos quanto no ambiente
organizacional. O objetivo desta pesquisa é automatizar o processo de colet=
a de
dados relativos ao 5s do processo de auditoria dos sensos do Departamento de
Marketing de uma Cooperativa Agrícola. A Pesquisa-ação foi utilizada como
metodologia, com abordagem quantitativa e com o uso das ferramentas Power A=
pps,
SharePoint, Power Automate e Power BI. Como
resultados, nota-se que com a integração das ferramentas, o aplicativo foi
capaz de otimizar o tempo de aplicação da auditoria, armazenar os dados, cr=
iar
um dashboard dinâmico e encamin=
har os
indicadores para os gestores de forma automática.
Palavras-chave: Desenvolvimento de aplicativo. Automação de processos. Metodol=
ogia
5s. Auditoria. Cooperativa.
ABSTRACT
Agro-industrial Cooperatives have been undergoi=
ng
changes to adapt to business development. The 5S methodology serves as a
foundational tool for any improvement initiative, as its principles produce
results in both human resources and the organizational environment. This st=
udy
aimed to automate the data collection process related to the 5s audit in the
Marketing Department of an Agricultural Cooperative. An action-research
approach with a quantitative methodology was employed, utilizing the tools =
Power
Apps, SharePoint, Power Automate and Power BI. The results indicate that, through the
integration of these tools, the application was able to optimize audit time,
store data, create a dynamic dashboard, and automatically forward indicator=
s to
managers.
Keywords: Application development. Process automation. 5s
methodology. Audit. Cooperative.
Recebido
em 04/04/2024. Aprovado em 10/09/2025. Avaliado pelo sistema double blind
https://doi.org/10.22279/navus.v16.189=
7
1
INTRODUÇÃO
De acordo co= m Simoni et al. (2014), as Cooperativas Agroindustriais foram fundadas e cresceram no tempo em que a agricultura tradicional predominava o cenário. Diante disso, elas têm passado por ajustes desde então para se adaptarem às transformaçõe= s e ao desenvolvimento dos negócios.
O desenvolvi=
mento
deste mercado nos últimos anos foi marcado por várias mudanças, o que acabou
envolvendo transformações no tamanho e na estrutura organizacional das
empresas, na maneira de conduzir e controlar as informações dos negócios, na
ampliação da produção, bem como nos sistemas operacionais. Essas mudanças
acabaram originando novas práticas e técnicas de gerenciamento (Grande;
Uma cooperat= iva comprometida com a excelência deve desenvolver um programa em bases consistentes e dotar todos os seus membros com o conhecimento necessário pa= ra desempenhar bem seu trabalho e, assim, oferecer um serviço de alta qualidad= e.
A metodologi= a 5S é vista como uma ferramenta que estabelece as bases para esse programa, onde = os cinco sensos são conectados e produzem resultados surpreendentes nos aspectos pessoais e nos aspectos do ambiente organizacional. Seu principal objetivo é apreciar os benefícios que os seres humanos trazem para o ambiente como um todo. Por essa metodologia ser flexível, cada empresa pode aplicá-la de aco= rdo com as suas peculiaridades e seus departamentos, para que o ambiente de trabalho se mantenha saudável e harmonioso (Godoy; Bel= inazo; Pedrazzi, 2001).
Uma auditori= a é um processo sistemático, documentado e independente, projetado para obter evidências para verificar a adequação de uma norma ou ferramenta a ser segu= ida. Na auditoria tradicional, o processo de auditoria geralmente é feito de man= eira manual por auditores, o que leva tempo e dificulta a tomada de decisões de forma rápida e eficiente (Santana et al., 2018). A complexidade e o alto ní= vel de repetição de tarefas, os variados tipos de documentos e dados com sua necessidade de avaliação e análise crítica aprofundada, fazem da auditoria hoje, uma área da ciência empresarial que se beneficia da automação de seus processos (Dai; Vasarhelyi, 2016).
De acordo co= m Sun (2019), processos automatizados são as atividades relacionadas ao pensament= o, tomada de decisão e resolução de problemas utilizando Inteligência Artifici= al (IA). O sistema pode detectar o ambiente em que está implantado e tomar as ações necessárias com base em seu estado.
Automatizar = os processos com um aplicativo pode ser ideal devido à sua capacidade de lidar= com grandes quantidades de dados e a frequência de testes de acompanhamento necessários no projeto. Também, acaba facilitando a adoção de procedimentos harmonizados e do aumento da independência das auditorias na gestão dos sistemas de informação da organização (Silva; Paiva; Fortes, 2017).<= /p>
A fim de aco= mpanhar o desenvolvimento de automações de processos realizadas nas organizações, o objetivo geral deste artigo é desenvolver um aplicativo a fim de automatiza= r os processos na coleta de dados da metodologia 5S no Departamento de Marketing= de uma Cooperativa Agroindustrial, para que o tempo de coleta seja otimizado e= a aumentar a qualidade e eficiência da auditoria dos sensos.
Para isso, é necessário escolher os softwares para o desenvolvimento do aplicativo, real= izar um levantamento na literatura das ferramentas, automatizar o processo de fiscalização dos sensos, compartilhar dados com os colaboradores e auditore= s, e por fim, criar um dashboard dinâmico com os dados coletados para auxiliar os auditores na visualização e controle das informações.
2 FERRAMENTAS DE QUALIDADE
2.1 Gestão 5S
A Ferramenta de Gestão 5S foi criada no Japã=
o na
década de 50, logo após a Segunda Guerra Mundial, com o intuito aumentar a
produtividade através de um ambiente profissional mais adequado, a fim de
competir com potências como Europa e Estados Unidos (Ribeiro, 2015).
No contexto das cooperativas de agronegócio,
verifica-se que a implantação do 5S não é uma novidade. Rossato, Boligon e
Medeiros (2017) destacam que os benefícios da implementação do 5S foram: a
eliminação de documentos sem utilização, a melhoria das comunicações intern=
as,
o melhor aproveitamento dos espaços e a padronização de procedimentos. Em
complemento, Aguilar (2024) afirma que, em seu estudo sobre a implementação=
do
5S em uma cooperativa de agroindústria, houve redução do desperdício de esp=
aço
e tempo, além da diminuição de riscos laborais e da criação de um ambiente =
de
trabalho mais seguro.
Para Martins e Laugeni (2005), a sujeira, de=
sordem
e a desorganização do ambiente de trabalho são pontos que não devem ser
tolerados, pois geralmente essas circunstâncias não são vistas com o mesmo =
grau
de importância que as não conformi=
dades
dos processos produtivos. Por poderem ser resolvidas através de métodos
simples, muitas vezes esses aspectos são negligenciados devido a uma cultura
organizacional que não lhes confere a devida importância.
Segundo Martinelli (2009), o principal objet=
ivo do
5S é mudar a cultura organizacional, a disciplina e a forma de pensar dos
colaboradores em prol da melhoria da qualidade de vida nas esferas
profissional, pessoal e familiar. Para isso, as empresas japonesas passaram=
a
estimular os funcionários a criarem e a terem ideias, e a estimular o uso d=
as
potencialidades e habilidades pessoais de todos, ao mesmo tempo em que educ=
avam
os funcionários para manter as áreas de trânsito dos clientes internos e
externos limpos, claros e organizados, entre outras atividades.
De origem japonesa, a filosofia 5S foi adapt=
ada
para os outros países e idiomas, de modo à adequar-se às diferentes necessi=
dades,
atitudes, pensamentos e comportamentos pessoais. Em português, cada área do=
5S recebeu
o termo “senso de”, que possui o sentido do exercício e capacidade de julga=
r,
compreender e de apreciar (Camargo, 2011).
Conforme a Figura 1, o modelo 5S se divide e=
m 5
campos: Seiri (senso de utiliza=
ção), Seiton (senso de organização), Seiso (senso de limpeza), Seiketsu (senso de padronização) e=
Shitsuke (senso de disciplina).
Figura 1 – Ferramenta de Gestão 5S=
=
Fonte: Adaptado
de Martins e Laugeni (2005).
O senso Seiri está relacionado com a armazenagem de materiais, equipamentos, ferramentas que n= ão são mais necessárias para a empresa, acabam ocupando espaços que poderiam e= star livres ou substituídas pelos necessários, deste modo seria liberado espaço = para a melhora do layout e do manuseio dos materiais (Martins; Laugeni, 2005).
Segundo Cama= rgo (2011), o senso de utilização visa selecionar apenas os materiais e seus similares que ainda são úteis à empresa, descartando os danificados e sem utilidades, estoques em excesso e os que já foram usados. Assim, os espaços serão desocupados, os custos serão reduzidos e haverá um aumento da produtividade.
O
Para Camargo= (2011), a organização do ambiente gera uma agilidade nos processos, uma vez que os materiais estarão com fácil alcance e próximos do local de trabalho, além de haver a redução dos riscos de acidente, já que os espaços estarão racionalizados.
O Seiso ou = senso de limpeza vai além de manter limpas a área de trabalho ou as máquinas e materiais, esse campo da metodologia 5S visa verificar e examinar os equipamentos e ferramentas de maneira regular para melhorar o ambiente de serviço (Martins; Laugeni, 2005).
Com a implementação desse senso, o local de trabalho será mais seguro, agradáve= l e saudável, com uma maior qualidade de higiene, já que a limpeza elimina as impurezas e mantém o lugar prevenido de acidentes (Camargo, 2011).
O Seiketsu tem como objetivo a aplicação dos 3S anteriores de maneira correta e constante. Com a padroniza= ção dessas aplicações, haverá mais espaços liberados, organizados e limpos para agilizar os processos e deixar o ambiente seguro para os colaboradores (Mar= tins; Laugeni, 2005).
Segundo Camargo (2011), uma = pessoa disciplinada é a pessoa que segue e respeita as regras estabelecidas, seja = pela própria pessoa, grupo ou organização. Sendo assim, o Shitsuke vem com o propósit= o da perpetuação dos caminhos traçados pelos outros sensos com a execução dos funcionários da organização, que com um treinamento adequado podem aprender= e entender suas responsabilidades (Martins; Laugeni, 2005).
2.2
Auditoria de Qualidade
Conforme
A auditoria = é uma atividade sistemática que envolve o uso de métodos, procedimentos e técnicas para efetuar um exame independente e objetivo de uma situação ou condição em relação a critérios pré-estabelecidos para expressar uma opinião e relatar sobre o assunto da avaliação (Brasil, 2022).A auditoria também é um exame detalhado de condições específicas desejadas, a= fim de verificar se essas condições foram cumpridas. Essa auditoria pode ter vá= rios propósitos, entre eles: verificar se as regras estabelecidas são seguidas; = verificar a conformidade com as normas; analisar se o conteúdo planejado está sendo executado; e verificar se os resultados programados estão sendo atingidos (= ABNT NBR ISO 19011, 2002).
Em uma empresa, as auditorias são realizadas por equipes de auditores adequadamente treinadas. Também podem ser realizadas auditorias informais, = nas quais os auditores são orientados a percorrer diversos setores da organizaç= ão, dando suporte para o aprimoramento das práticas e divulgando os planos que estão sendo avaliados (Brasil, 2022).
3
AUTOMAÇÃO DE PROCESSOS
3.1
Automação
A criação de equipamentos de controle e medição elétrica e pneumática foram as primeiras formas desenvolvidas com a automação de processos, porém, foi nos anos 50 q= ue a maior evidência da automação ganhou força, as máquinas de comando numérico. Essas máquinas eram originalmente construídas com válvulas e outros element= os elétricos até serem alteradas por placas de circuitos integrados e transist= ores (Silva; Silva; Nascimento, 2018).
Para Petruzella (2014), a automação é toda operação que pr= ecisa de uma pequena intervenção humana, sendo realizada por conta própria de for= ma sistêmica. Além disso, como as ferramentas de controle e mensuração são essenciais nos processos automatizados, a automação está conectada de forma direta com a instrumentação.
A automação = de processos, também denominada como automação de fluxo de trabalho, é um jeit= o de diminuir o contato e intervenção humana nos processos através da união da tecnologia com as máquinas. Segundo Alberth e <= span class=3DSpellE>Mattern (2017) eliminar processos manuais demonstra u= ma simplificação na operação, redução do custo e consequentemente um aumento da lucratividade. Ainda, eliminando atividades manuais, os profissionais terão mais tempo para focar no que é mais importante aumentando a qualidade profissional e desempenho da organização.
A automação = de processos no setor agroindustrial já é bastante conhecida em contextos onde há escassez de mão de obra, problemas de saúde no trabalho e a necessidade de aumentar a eficiência operacional. Conforme apontado por Ferraza e Tim= m (2023), além de reduzir a dependência de atividades manuais intensivas, a automação contribui para a melhoria das condições ergonômicas, diminui a exposição dos trabalhadores a riscos ocupacionais e garante maior precisão = nas etapas produtivas.
Adicionalmen= te, mesmo com limitações econômicas e dificuldades estruturais, a automação no setor agroindustrial pode melhorar a competitividade com a automação de processos. Conforme Coelho et al. (2024), a aplicações com Controladores Lógicos Progr= amáveis (CLPs), sistemas SCADA, sensores inteligentes e robótica, tem proporcionado ganhos significativos em eficiência energética = no contexto brasileiro, consolidando-se como um caminho estratégico para o fortalecimento do agronegócio.
3.2 Power Apps
Antes da uti= lização do Power Apps as ferramentas qu= e as organizações usavam para desenvolver aplicativos eram tradicionais, onde o = uso era exclusivo para desenvolvedores = high-code. Com= isso, o setor da tecnologia da informação (TI) ficava sobrecarregado com tantos projetos e os desenvolvedores não traziam melhorias ao sistema porque o cus= to e o esforço eram muito altos. Porém com a adoção do Power Apps, a função da TI passou de bloqueadora para facilitad= ora (Lipsitz; Erickson, 2019).
Em 2020, o Power Apps foi reconhecido no merc= ado como top 1 plataforma de low-code, devido à sua simplici= dade na criação de aplicações web e dispositivos móveis, dispensado uma programa= ção de nível avançada e disponibilizando componentes prontos para uso. Além dis= so, permite a integração das outras ferramentas da Microsoft 365, como o Office 365, Power Automate e o Sharepoint, e aceita dados = de terceiros (Guimette, 2020).
Os dados que= o Power Apps exibe são coletados atr= avés da galeria ou formulário, que são ferramentas do aplicativo que permitem visualizar e interagir com as informações recebidas. Para que seja desenvol= vido um aplicativo intuitivo e de fácil utilização, o software fornece botões, caixas de texto, mídia, gráficos entre outros utensílios (Mercurio; Merril, 2021).
3.3
Power Automate=
O Power Automate foi desenvolvido com a intenção de automatizar os workflows, reunindo a automação de processos digitais e a autom= ação de processos robóticos para desbloquear informações analógicas com Inteligê= ncia Artificial, para que contribua com os clientes na redução de custos, melhor= a na segurança e facilitação nos seus processos de negócios (Lipsitz; Capaldo, 2020). Ele é um instrumento feito para= se relacionar com os softwares da Microsoft e de outros fornecedores (Guilmette, 2020).
Com o Power Automate é possível que o usuário crie workf= lows entre serviços e aplicativos. Além disso, ele automatiza processos repetiti= vos, como enviar e-mails e coletar dados, facilitando a automatização desses processos que podem ser construídos por profissionais da área ou até mesmo desenvolvedores iniciantes, já que o software possui uma interface simples = (Microsoft, 2022).
3.4
Sharepoint
De acordo com Jamison et al. (2010), a Microsoft estava interessada em utilizar uma tecnologia de banco de dados da Web= Store. Para isso, ela identificou = que havia três necessidades principais de colaboração com o portal: uma estrutu= ra do portal empresarial, a cooperação em tempo real e a cooperação da equipe. Sendo assim, o Sharepoint foi l= ançado em 2001 pegando uma série de conceitos e integrando em um único produto: workflow, gerenciamento de documen= tos e portal personalizável.
Segundo Pattison (2011), criar páginas ou listas é tão simple= s no Sharepoint que um desenvolvedor experiente e uma pessoa comum conseguem fazer isso em apenas alguns minutos, por ser realizada de forma fácil e rápida. Por isso que o Sharepoint é útil para empresas e organizações que possuem essas atividades, já que a utilização do software reduz a quantidade de tempo e trabalho necessário.
Seja uma org= anização pequena ou grande, há uma criação de conteúdos de forma volumosa que varia = de fotos, vídeos, planilhas até mensagens de email= e faturas. O Sharepoint consegue organizar e gerenciar desde a criação até o arquivamento dos dados (MICROSO= FT 365 TEAM, 2019).
3.5
Power BI
O uso de = Business Intelligence (BI) pode ser visto como um su= porte informatizado para a tomada de ações gerenciais. O termo é abrangente e inc= lui esquemas, bancos de dados, aplicativos e métodos. Seu principal objetivo é possibilitar o acesso interativo aos dados, possibilitar a manipulação dess= es dados, e possibilitar que gestores e analistas de negócios analisem e interpretem corretamente os itens apresentados. Por meio da análise de dado= s e desempenho histórico e atual os tomadores de decisão podem obter uma melhor base de escolha. Com isso, o processo de BI pode ser resumido como um proce= sso de compilação de dados, transformando-os em informações que darão suporte à tomada de decisões e geração de ações (Turban e= t al., 2009).
Para Aspin (2018), o BI ou Inteligência de Negócios vem se tornando uma das palavras chaves no mundo empresarial. Os gerentes, cada vez mais, querem que suas equipes desenvolvam insights de forma rápida, enquant= o os colaboradores também querem apurar suas atividades através de softwares intuitivos e fáceis de serem usados. O Power BI é um software fácil de utili= zar que tem como função criar, armazenar e compartilhar dados em forma de dashboards e relatórios. O softwar= e é capaz de importar, editar e transformar dados da organização em indicadores= de desempenho de forma visual, através de gráficos, tabelas e mapas, facilitan= do a leitura e compreensão das informações destinadas ao público-alvo.
3 METODOLOGIA
De acordo co= m Silva e Menezes (2005), a natureza da pesquisa se enquadra como aplicada, já que = ela tem como interesse solucionar problemas específicos através da formação de conhecimentos para execuções práticas. Além disso, os objetivos da pesquisa podem ser considerados como exploratória, pois ela explora o tema a partir = da teoria com o levantamento bibliográfico, visando à criação de hipóteses (Gi= l, 2008).
Em relação a= os procedimentos técnicos, a pesquisa se classifica como Estudo de Caso, proce= dimento metodológico que visa obter o máximo de conhecimento sobre um ou poucos obj= etos específicos de estudo, de forma aprofundada, explorando-os em seu contexto = real e com detalhes minuciosos para explicar fenômenos complexos com a participa= ção dos colaboradores da cooperativa (Gil, 2008; Thiollent= , 2018). A respeito da abordagem, a pesquisa será quantitativa já que transformará informações e opiniões em dados para análise (Silva; Menezes, 2005).
Para a autom= atização desse processo de coleta de dados, primeiramente foi repassado um questioná= rio anteriormente utilizado para a coleta de informações dos funcionários para = uma tabela online no Sharepoint, no qual poderá ser integrada e utilizada para coleta e armazenamento dos dados do aplicativo. Com o Power Apps, criou-se = um aplicativo para o cadastro dos dados, aplicação e consulta do questionário.=
Com os dados coletados, foi possível montar um d= ashboard para monitoramento de cada um dos casos de 5S aplicados. Já com o Power = Automate, conseguiu-se disponibilizar o dashbo= ard em uma versão de imagem, através de um fluxo com conectores que encaminharã= o de forma automática. Assim que o aplicativo foi finalizado, passou por um perí= odo de testes e, depois de aprovado, passou a ser utilizado pelo auditor do Departamento de Marketing.
Todo o desenvolvimento do aplicativo, teste e aprovação ocorreram no ano de 2023. A fase de desenvolvimento ocorreu nos meses de janeiro a março, inicialmente = com o levantamento de dados do questionário que armazena os dados dos colaboradores, e depois com a criação do aplicativo com os passos da audito= ria do 5S. Com os dados coletados e disponibilizados, o dashboard ajudou a se ter um monitoramento em tempo real e acompanhar o desempenho do 5s com uma visualização gráfica, auxiliando os auditores na análise dos dados.
4
RESULTADOS E DISCUSSÕES
A cooperativa agroindustrial deste artigo está localizada em sua cidade sede, Maringá-PR,= foi fundada em 1963 com o objetivo de organizar, receber e beneficiar a cultura agrícola regional, com a produção de grãos.
Atualmente, = além do ramo agrícola, a cooperativa segue com outros segmentos industriais, entre = os quais a produção e comercialização de produtos para o varejo, pecuária, biodiesel, etanol de milho e proteína animal. Em relação à sua estrutura, h= oje ela conta com mais de 3000 colaboradores espalhados entre as mais de 100 unidades presentes nos estados do Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo.
O departamen= to de marketing da cooperativa é constituído por 4 setores: Comunicação e Eventos, CRM (Customer Re= lationship Management - Gestão de relacionamento com o cliente), Marketing = Agro e P&D (Pesquisa e Desenvolvimento), possuindo 26 colaboradores. O proce= sso de auditoria dos sensos da empresa de grande porte acontece em períodos aleatórios para que os colaboradores não esperem e se preparem para a fiscalização. Ela é realizada por meio de um auditor, que leva um questioná= rio e verifica as condições organizacionais e ambientais da mesa do funcionário= .
Após a colet= a, os dados são passados para uma planilha online onde as informações são armazen= adas e enviadas para a auditoria geral da cooperativa.
Para iniciar a pesquisa, primeiramente foi adquirido o questionário que é realiz= ado pelo auditor para registrar as perguntas em forma de tabela no Sharepoint, = pois é ela que será conectada com o aplicativo e armazenará os dados, conforme apresentado na Figura 2.
Figura 2 – Questionário aplicado na audi=
toria
=
Fonte: Autoria
própria (2025).
O questionár= io é baseado na vestimenta e na limpeza e organização da mesa de trabalho de cada funcionário. Cada colaborador possui uma mesa com 1 CPU, 2 monitores, 1 teclado, 1 fone de ouvido e 1 ramal, além de ter 3 gavetas, no qual cada um= a é etiquetada para um uso específico, sendo elas: Pessoal (para itens pessoais= ), Documentos (para guardar documentos do seu trabalho) e Material de Expedien= te (materiais em geral usados durante o ofício como cadernos, canetas, lápis, = régua, etc.).
Com o questi= onário em mãos, foi criada uma tabela no S= harepoint conforme apresentado na Figura 3, onde as colunas são as perguntas e as lin= has suas futuras respostas. Como as perguntas têm formatos diferentes (aberta, data, múltipla escolha), cada coluna foi personalizada para adequar ao seu formato.
Figura 3 – Questionário aplicado na audi=
toria=
=
Fonte: Autoria
própria (2025).
Após a final= ização da tabela, iniciou-se a montagem do software pelo Power Apps. O aplicativo foi realizado no formato para telefone= e recebeu o nome de “Auditoria Sensos: Marketing”, conforme Figura 4.<= /p>
=
Figura 4 – Tela para criação de um novo
aplicativo no Power Apps=
=
=
Fonte: Autoria
própria (2025).
=
O Power
Apps não possui a funcionalidade de criação de dados, por isso, os dados
devem ser implementados de alguma pasta ou software. Nesse caso, foi utiliz=
ado
a tabela criada no Sharepoint p=
or ele
ser um serviço de armazenamento online.
Em seguida, foram criadas as telas do
aplicativo, conforme mostra a Figura 5. A tela inicial, que é a tela que
aparecerá assim que a pessoa acessar o aplicativo, foi definida com 3 botõe=
s:
Cadastro, Consulta e Sair (que permite a saída do aplicativo). Na guia do
cadastro, é onde o auditor fará a auditoria, pois nela está contido o
questionário.
Figura 5 – Tela inicial do aplicativo
Auditoria Sensos: Marketing=
=
Fonte: Autoria
própria (2025).
Assim que o auditor realizar o questionár=
io com
um colaborador, ele deverá clicar no ícone de salvar, que em seguida os dad=
os
serão enviados à tabela do Sharepoi=
nt
e, assim, continuará o processo até que fiscalize todos os colaboradores do
departamento. Além disso, ainda há o ícone de uma casa que, ao ser selecion=
ado,
o aplicativo volta para a tela inicial, como mostra a Figura 6.
Figura 6 – Tela do Cadastro do aplicativ= o
=
Fonte: Autoria
própria (2025).
=
Após realizar a auditoria, o auditor pode
consultar os dados registrados, voltando para a tela inicial e clicando no
botão “Consulta”, conforme a Figura 5. Nesta tela de consulta, é possível
visualizar uma lista com o nome dos colaboradores e a data da inspeção (Fig=
ura
7).
=
Figura
7: Tela de consulta dos cadastros.
=
Fonte: Autoria
própria (2025).
Porém, como para visualizar essa tela é
necessário ter uma base de dados, foi feito uma simulação no cadastro para
abastecer esta base e ser usada como exemplo para ser possível verificar o
resultado da tela de consulta e dos processos futuros. Para consultar os da=
dos
da auditoria de um colaborador em um dia específico, basta clicar na seta
branca ao lado da data, e será direcionado à uma=
nova
tela com as informações registradas, como mostra a Figura 8.
=
=
Figura
8: Tela de consulta do desempenho de um colaborador.
=
Fonte: Autoria
própria (2025).
Para facilitar a visualização de desempen=
ho de
um colaborador na auditoria dos sensos, adicionou-se na tela de consulta do=
is
filtros que enxugam as informações. Os campos de data inicial e final filtr=
am
os dados conforme o período desejado. Já o campo de pesquisa “colaborador”,
filtra o desempenho de um colaborador em específico.
Com o término do aplicativo e os dados
simulados, o Power BI foi escol=
hido
para a realização do dashboard =
por
ser capaz de receber, tratar e modelar os dados para uma representação gráf=
ica
de uma maneira simples e eficiente, além de poder ser integrado com outras
ferramentas, conforme é apresentado na Figura 9.
=
=
=
=
=
=
=
=
=
=
=
=
=
=
=
=
=
=
=
=
=
Figura
9: Implementação dos dados do SharePoint para o Power BI.
=
Fonte: Autoria
própria (2025).
Para dar início à criação do dashboard, foi enviado os dados do=
Sharepoint para o Power BI, para que fosse possível montar e estruturar as
informações.
Em seguida, foi realizada a montagem do dashboard de uma maneira que os da=
dos
ficassem simples e claros de compreender. Conforme ilustrado pela Figura 10,
cada pergunta do questionário foi representada através de um gráfico, facil=
itando
a interpretação visual das informações.
=
Figura
10: Dashboard com os dados da Auditoria dos Sensos.
=
Fonte: Autoria
própria (2025).
Os gráficos trazem uma comparação do dese=
mpenho
de uma maneira individual e geral, tendo-se os filtros de data de inspeção =
e de
colaborador para encontrar uma informação específica ou delimitada, além da
matriz que mostra o resultado de uma maneira geral. Após a realização do
=
Figura
11: Publicando o dashboard em u=
m workspace=
.
=
Fonte: Autoria
própria (2025).
Com o dashborad salvo e publicado, é importante o auditor
responsável notificar e compartilhar os dados com os outros integrantes da
área. Por isso, foi feito um workfl=
ow
dentro do Power Automate
para automatizar o processo do envio do dashboard aos parceiros. Para isso,=
foi
criado um novo workflow
na opção “Fluxo da nuvem agendado”, conforme é visualizado na Figura 12.
=
Figura
12: Tela para criação de um novo wo=
rkflow
no Power Autom=
ate.
=
Fonte: Autoria
própria (2025).
Como o Sharepoint receberá e armazenará os
dados do aplicativo, e esses dados são transformados em indicadores no Power BI, a criação desse workflow é importante para que a p=
essoa
responsável pela auditoria notifique e compartilhe os dados com os outros
integrantes da área. Para tanto, foi criado um novo
workflow na opção Fluxo da nuvem automatizado, conforme é visualizado na Fi=
gura
13.
=
=
=
=
=
=
=
Figura
13: Workflow para automatizar o
processo de compartilhamento do dasboard.
=
Fonte: Autoria
própria (2025).
=
Para o início da automatização, em “Recurrence”, foi
selecionado o intervalo, frequência e horário de envio do dashborad, sendo configurad=
o para
ocorrer uma vez a cada duas semanas, às 12:00. Em seguida, foi ajustado o f=
uso
horário para o horário de Brasília em “Fuso horário de conversão”. Logo apó=
s, o
fluxo foi conectado à etapa de “Exportação para Arquivo para Relatórios do
Power BI”, no qual foi conectado o workspace=
e o
dashboard dos sensos, para que ele seja enviado em formato PNG.
Em seguida, esse arquivo é enviado para u=
ma
pasta do Sharepoint, onde será armazenado todas as suas atualizações, confo=
rme
os passos “Criar arquivo” e “Obter conteúdo de arquivo usando caminho”.
Adiante, foi criada uma variável em “Iniciar variável”, onde o arquivo
armazenado é transformado em uma imagem. Assim, com a imagem no formato
correto, o das=
hoard
está apto para ser enviado aos interessados via e-mail.
Com o dashboard
finalizado, verifica-se que todo o processo de automação acabou se
concretizando no final, já que todos os processos rodaram e não demonstraram
erro. Agora, espera-se que o setor da TI aprove o software e libere para o =
bem
pessoal e organizacional dos colaboradores da cooperativa.
5 CONSIDERAÇÕES= FINAIS
O objetivo d= esta pesquisa-ação foi de realizar um aplicativo para automatizar o processo de auditoria dos sensos e criar um relatório dinâmico com essas informações. N= o decorrer do projeto, foi realizado um levantamento teórico para entender o que e como fazer o desenvolvimento do aplicativo, tendo-se encontrado as ferramentas do Microsoft para o auxílio. De acordo com a pesquisa, as ferramentas possuem = uma boa integração e um bom desempenho quando trabalham juntas, já que acabam se complementando.
O desenvolvi= mento do aplicativo foi finalizado e testado pela equipe, resultando em um uma soluç= ão para o serviço manual e agilidade de seu tempo. Porém, a auditoria ainda não aprovou o projeto final que está em período de testes. Se aprovada, recomenda-se que seja utilizada nos outros setores, já que ela é flexível e para atendê-los seria apenas necessário adicionar novos campos no aplicativ= o, no dashboard, e nas ferramentas utilizadas, sendo simples e viável sua realização.
Com isso, a metodologia dos sensos ficará mais frequente no dia a dia dos colaboradores= da cooperativa, capaz de gerar um impacto positivo no meio organizacional e me= lhorar o ambiente de trabalho, além de otimizar o tempo de fiscalização e diminuir= o trabalho manual.
Apesar dos benefícios identificados nesta pesquisa, sabe-se que a realidade das cooperativas apresenta diversas dificuldades, de forma que a utilização de aplicativos ainda pode limitar sua adoção em larga escala (Ferrazza; Timm, 2023. Entre os principais desafios destac= am-se a limitação de infraestrutura tecnológica em regiões rurais, como a baixa qualidade da conexão à internet e a falta de dispositivos adequados para to= dos os colaboradores. Além disso, questões relacionadas à capacitação dos trabalhadores e à resistência cultural ao uso de novas tecnologias podem comprometer a efetividade da ferramenta. Soma-se a isso a necessidade de garantir a segurança e a confiabilidade dos dados coletados, fator essencial para a validação dos resultados e para a tomada de decisão. Esses aspectos evidenciam que, embora o aplicativo desenvolvido tenha se mostrado uma solu= ção viável e flexível, sua implementação plena demanda esforços adicionais em infraestrutura, treinamento e gestão da mudança organizacional (Aguilar, 20= 24; Coelho et al., 2024).
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v. 16 • p. 01-17 • j=
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