Appli=
cation
of business intelligence and quality tools in the logistics of an electric
accumulator industry
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RESUMO
Este
estudo tem como objetivo aplicar o business intelligence e ferrament=
as
da qualidade na busca por melhorias na atividade logística de movimentação =
de
materiais de uma indústria de acumuladores elétricos. Trata-se de uma pesquisa aplicada, descritiva,
exploratória e qualitativa, sob o formato de estudo de caso. Foram utilizad=
os
como instrumento de coleta de dados a entrevista não-estruturada, a pesquisa
documental na base de dados da empresa, bem como a técnica de observação pa=
rticipante.
No tratamento e análise dos dados utilizou-se a ferramenta Power Query e os=
componentes
de visualização do Microsoft Power BI Desktop, além de ferramentas da quali=
dade,
como a estratificação, gráfico de Pareto, diagrama de Ishikawa, 5W2H=
e Brainstorming. O estudo permitiu identificar e analisar o
principal problema referente à atividade de movimentação de materiais, ou s=
eja,
as avarias em equipamentos de movimentação, bem como as causas dos tipos de
avarias mais representativos, e, por fim, propor um plano de ação,
possibilitando oportunidades de melhorias para a empresa.
Palavras-chave: logística;
movimentação de materiais; business intelligence; ferramentas da qualidade.=
ABSTRACT
This study aims to apply business intellig=
ence
and quality tools to enhance the logistics activities related to material
movement in an electric accumulator industry. This is an applied, descripti=
ve,
exploratory and qualitative research, in the form of a case study. Unstruct=
ured
interviews, documentary research in the company's database, and the partici=
pant
observation technique were used as data collection instruments. For data
processing and analysis, the Power Query tool and Microsoft Power BI Desktop
visualization components were used, along with quality tools such as
stratification, Pareto chart, Ishikawa diagram, 5W2H, and Brainstorming. The
study allowed the identification and analysis of the main problem relating =
to
material handling activities, that is, damage to handling equipment, as wel=
l as
the causes of the most representative types of damage. Finally, it proposed=
an
action plan, enabling improvement opportunities for the company.
Keywords: logistics; material handling; business intellige=
nce;
quality tools.
Recebido em 05/02/2024. Aprovado em 17/06/2024. Avaliado pelo s=
istema
double blind peer review. Publi=
cado
conforme normas da ABNT.
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br
clear=3Dall style=3D'mso-special-character:line-break;page-break-before:alw=
ays'>
1 INTRODUÇÃO
A Logística desempenha um papel estratégi=
co
na elevação da competitividade de uma empresa, uma vez que é responsável por
grande parte das operações que influenciam na tomada de decisão de cunho
estratégico (Almeida et al., 2022). Ela é responsável por planejar e
controlar os fluxos internos e externos de movimentação de materiais, desde=
um
ponto inicial até um ponto final de destino (Ballou, 2006; Porto; Figueired=
o,
2018). Além disso, garante que os insumos produtivos, os produtos semiacaba=
dos
e acabados sejam movimentados, armazenados e entregues onde são necessários=
, na
quantidade correta e no momento certo (Faravim, 2008). Assim, a Logística n=
ão
se restringe apenas ao transporte, pois envolve atividades de suprimento,
distribuição, armazenagem e movimentação de materiais (Ballou, 2006; Faravi=
m,
2008). Sendo esta última, o foco do presente estudo.
A movimentação de materiais é uma ativida=
de
indispensável para qualquer sistema de produção e visa não somente o
abastecimento das seções produtivas, mas também a garantia da sequência do
próprio processo de produção entre as diversas seções envolvidas (Chiavenat=
o,
2005). Para este autor, quando bem-administrada, a movimentação de materiais
pode trazer grandes economias para a empresa e um excelente resultado para a
produção, as suas principais finalidades são: aumentar a capacidade produti=
va
da empresa, melhorar as condições de trabalho e reduzir os custos de produç=
ão.
A movimentação de materiais é responsável=
por
garantir que os materiais sejam transportados e estocados durante todo o ci=
clo
produtivo, com o máximo de eficiência possível no ambiente interno das
empresas. A referida atividade garante que os materiais estejam nos locais
apropriados, no momento e na quantidade ideais (Ballou, 2006).
Segundo Chiavenato (2005) e Dias (2010), =
para
que um sistema de movimentação de materiais seja eficiente, toma-se
imprescindível a adoção de certos princípios básicos, quais sejam: obediênc=
ia
ao fluxo de operações; mínima distância; mínima manipulação; segurança e
satisfação; padronização; flexibilidade; máxima utilização do equipamento;
máxima utilização da gravidade; máxima utilização do espaço disponível; mét=
odo
alternativo de movimentação em caso de falha do meio principal; e menor cus=
to
total.
Contudo, uma gestão eficiente da Logístic=
a e
de suas atividades requer que as tomadas de decisão sejam assertivas e rápi=
das.
Para tanto, exige-se que inúmeros dados e informações sejam agregados,
analisados e transformados em conhecimento (Cordeiro Júnior et al.,
2022). Ter informações e saber utilizá-las a seu favor, por sua vez, torna-=
se
um fator vital dentro das organizações, uma vez que elas servem de suporte =
para
a tomada de decisão, o que pode determinar o sucesso ou fracasso no alcance=
de
seus objetivos (Ramos; Yamaguchi; Costa, 2020).
Desta forma, reconhecendo-se a importânci=
a da
informação e que uma empresa não funciona sem ela, é importante ressaltar q=
ue
em um universo de dados, nem tudo irá servir, assim, é essencial que se uti=
lize
esse recurso filtrando-os de acordo com a sua aplicabilidade (Conboy et =
al.
2020; Nogueira, 2021). Analisar os dados e realizar o tratamento de informa=
ções
com maior eficiência, requer o uso de ferramentas mais sofisticadas, como a=
s de
Business Intelligence (BI), que permitem que uma grande quantidade d=
e dados
seja agregada e analisada, de modo que se tenha informações concretas, com =
uma
fácil visualização, que proporcione ao visualizador ou tomador de decisão a
definição de estratégias com foco na competitividade de maneira mais
simplificada (Cordeiro Júnior et al., 2022).
Para Brito et al. (2019), o BI
proporciona vantagens competitivas para a empresa e age como uma integração=
do
negócio, do gerenciamento e da tecnologia da informação, dando mais velocid=
ade
e qualidade à tomada de decisão, além de fornecer uma visão mais ampla e
organizada dos dados e facilitar o fluxo de informações. Logo, a utilização=
de
ferramentas de BI na gestão da atividade logística de movimentação de mater=
iais
pode ser útil para garantir que os gestores analisem como ela está sendo
executada, para que sejam encontradas possibilidades de melhorias (Nogueira,
2021).
Conforme Nascimento et al. (2024), é de suma importância que as empresas façam uso =
de
ferramentas de análise de dados, como as do BI, visando o desenvolvimento de
estratégias de gestão logística mais eficientes. Para estes autores, o BI é
utilizado na Logística para coleta e análise de dados em tempo real, fornec=
endo
informações úteis para a tomada de decisões mais precisas.
No entanto, apesar das ferramentas de BI
ajudarem na gestão e na tomada de decisão, para que melhorias sejam atingid=
as,
também se faz necessária a aplicação de ferramentas da qualidade, tendo em
vista que estas podem possibilita=
r a
identificação de problemas, soluções e oportunidades de melhorias (Daniel; =
Murback,
2014; Cordeiro Júnior et al., 2022). Para Oliveira et al. (2011), as ferramentas da qualid=
ade
podem servir como instrumentos para o desenvolvimento, medição, análise e
melhoria dos processos. Assim, podem ajudar as empresas a controlarem os se=
us
processos e a melhorá-los continuamente, o que pode acarretar melhorias
organizacionais e no aumento de competitividade.
Diante do exposto, definiu-se a seguinte
pergunta norteadora para este estudo: Como o BI e ferramentas da qualidade =
podem
auxiliar na busca por melhorias na atividade logística de movimentação de
materiais de uma indústria de acumuladores elétricos? Assim, o seu objetivo
geral é aplicar o BI e ferramentas da qualidade na busca por melhorias na a=
tividade
logística de movimentação de materiais de uma indústria de acumuladores
elétricos. Para tanto, buscou-se identificar o principal problema na ativid=
ade
de movimentação de materiais da empresa; estruturar os dados referentes a e=
le,
utilizando conjuntamente ferramentas de BI e da qualidade; analisar as caus=
as
do problema; e elaborar um plano de ação com oportunidades de melhoria para=
a
atividade de movimentação de materiais.
Durante décadas, os estudos sobre a Logís=
tica
Empresarial focaram os seus esforços, principalmente, em atividades da
Logística externa (Custodio; Machado, 2020; Bernardo; Sousa; Gonçalves, 202=
2).
Contudo, nos últimos anos, pesquisadores vem buscando se aprofundar em estu=
dos
sobre a Logística interna, uma vez que essa frente, comprovadamente, influe=
ncia
a produtividade e a melhoria de processos, como visto no trabalho de Fabri =
et al. (2022). Outrossim, alguns e=
studos
atuais têm buscado compreender como a utilização de ferramentas inteligentes
pode contribuir para a melhoria da movimentação e manuseio de materiais (Di=
sconzi;
Saurin, 2022; Ransolin, et al.,
2024).
Na literatura da área de Logística podem =
ser
encontrados diversos estudos que abordam o uso de ferramentas de BI, assim =
como
na de ciência de dados, sistemas de informação, agronegócio, gestão
estratégica, dentre outras (Lima; Boscarioli, 2012; Cunha; Paula, 2019; Cer=
queira,
2021; Nogueira, 2021; Cordeiro Júnior et al., 2022; Santos Junior, 2=
022;
Ribeiro, 2022). Nogueira (2021), por exemplo, abordou em seu estudo a aplic=
ação
do BI como um método de suporte à tomada de decisões estratégicas na gestão
logística de um centro de distribuição, investigando como o seu uso pode
melhorar o controle de estoque. Já Santos Junior (2022), aplicou o BI na
prática sustentável de Logística Reversa, o seu estudo trata-se da aplicaçã=
o de
uma ferramenta de BI e de um método multicritério de apoio à tomada de deci=
são
na Logística Reversa de Big Bag, visando elaborar um relatório
interativo para a escolha da melhor alternativa de fornecedor de serviços. =
Contudo, não há estudos recentes que trag=
am a
aplicação simultânea de BI e ferramentas da qualidade na Logística. Assim, o
presente estudo traz como diferencial, em relação aos trabalhos anteriormen=
te
citados, a aplicação integrada do BI e de ferramentas da qualidade na busca
pela obtenção de melhorias na atividade logística de movimentação de materi=
ais
de uma empresa, contribuindo para cobrir uma lacuna teórica existente na
literatura, e podendo servir como um referencial de consulta para futuras
pesquisas nas áreas da Logística, Gestão da Qualidade e Business Intelligence. Para a empresa onde o estudo foi realiza=
do,
a contribuição prática encontra-se no fato de auxiliá-la, por meio da aplic=
ação
do BI e de ferramentas da qualidade, na busca por melhorias no gerenciament=
o e
na execução de uma das atividades da sua Logística interna, com a estrutura=
ção
de dados, identificação e análise de problemas, buscando o seu tratamento.
A fundamentação teórica =
do
presente estudo é sustentada pelos construtos teóricos que nortearam a sua
construção. Assim, esta seção foi dividida em três tópicos de discussão:
movimentação de materiais, Business Intelligence e ferramentas da qualidade=
.
2.1 Movimentação
de materiais
Os estudos sobre a Logística Empresarial a
subdividem em Logística externa e interna (Bernardo; Sousa; Gonçalves, 2022=
). A
Logística externa executa as atividades de transporte, armazenamento e entr=
ega
de mercadorias a clientes ou outras empresas. Por outro lado, a Logística
interna é aquela que desenvolve as operações de apoio e de movimentação de
materiais que ocorrem dentro de uma organização (Fabri et al., 2022).
Somado a essa categorização, para Ballou
(2006), as atividades logísticas podem ser divididas em primárias e de supo=
rte (Figura
1). As primárias são formadas por transportes, manutenção de estoques e
processamento de pedido, que juntas são responsáveis pelo alcance dos objet=
ivos
logísticos referentes a custo e nível de serviço, além disso, representam a
maior parte dos custos logísticos.
Conforme Ballou (2006), transporte,
manutenção de estoques e processamento de pedidos representam atividades
críticas para o sucesso da logística, porém não são as únicas que compõem o=
seu
escopo. Há, ainda, as atividades que dão suporte para as primárias, que são:
armazenagem; movimentação ou manuseio de materiais; embalagem de proteção;
obtenção; programação de produtos; e manutenção de informação.
SEQ Figura \* ARABIC 1
Fonte: Ballou (1993, p. 26).
A movimentação ou manuseio de materiais, =
foco
do presente estudo, é uma atividade identificada como parte da Logística
interna de uma organização, sendo responsável por transportar internamente
pequenas quantidades de insumos ou produtos semiacabados ou acabados em
distâncias relativamente menores do que a realizada pela logística externa =
(Ballou,
2006). Para Chiavenato (1991, p. 144), a movimentação de materiais pode ser
definida como “uma atividade indispensável a qualquer sistema de produção, =
que
visa não somente o abastecimento das seções produtivas, mas também a garant=
ia
da sequência do próprio processo de produção entre as diversas seções
envolvidas”.
Baldesin, Guimarães e Almeida Neto (2014)
ressaltam que a referida atividade deve ter como objetivo a eficiência nos =
seus
processos, garantindo que haja o enxugamento no número de movimentações e a
garantia da entrega nos locais apropriados de trabalho ou nos centros de
produção, de modo a evitar congestionamentos, atraso e manuseios
desnecessários. Ballou (2006) e Cambi et al. (2019) reforçam que como
essa atividade é constante e repetitiva, se torna essencial que os seus
processos sejam realizados da melhor forma possível, porque pequenas falhas
podem acarretar grandes custos.
Além da preocupação com a redução de cust=
os,
Cambi et al. (2019) argumentam que a movimentação de materiais deve
buscar a eficiência e a segurança na execução da atividade, e transporte em
tempo hábil com a quantidade exata para o local desejado. De acordo com est=
es
autores, a atividade de movimentação de materiais deve acontecer perfeitame=
nte,
evitando-se falhas e prejuízos que possam aumentar os custos e impactar
diretamente no preço final do produto.
Para a realização da movimentação de
materiais da melhor forma possível, é necessário o uso de determinados
equipamentos (Ballou, 2006). Os equipamentos de movimentação, segundo Balde=
sin,
Guimarães e Almeida Neto (2014, p. 3), “agilizam o fluxo de materiais dentr=
o do
armazém e garantem maior segurança ao operador que transporta a carga, bem =
como
reduzem os danos sofridos pela carga”.
Segundo Ballou (2006), há uma grande
variedade de equipamentos de movimentação para as atividades de carga e
descarga, separação de pedidos e movimentação das mercadorias. Esses
equipamentos, conforme este autor, servem para o manuseio e transporte de
materiais das mais diversas formas, tamanhos, volumes e pesos. Alguns exemp=
los
desses equipamentos, citados por Ballou (2006), são as paleteiras,
empilhadeiras convencionais, rebocadores e empilhadeiras trilaterais e
laterais.
Silva et al. (2012) também ressalt=
am a
existência de diversos tipos de equipamentos de movimentação que podem aten=
der
aos diferentes tipos de necessidades, variando desde a necessidade de
movimentar grandes volumes até a movimentação de pequenos volumes. Dentre o=
s equipamentos
citados por Silva et al. (2012) estão: carrinhos hidráulicos,
empilhadeira manual, empilhadeira frontal, empilhadeira frontal com contrap=
eso,
empilhadeira elétrica com patola, empilhadeira pantográfica, empilhadeira
selecionadora de pedidos, dentre outras. Para Ballou (2006), há três catego=
rias
de equipamentos de movimentação, que estão descritas no Quadro 1.
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TIPO |
DESCRIÇÃO |
EXEMPLOS |
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Fonte: Elaboração própria (2023). Rezende (2005), Ballou (2006), e Silva 2.2 Business
Intelligence Com o avanço das tecnologias da informaçã=
o e
comunicação, surgem novas possibilidades para aprimorar a gestão das ativid=
ades
logísticas, como a aplicação do BI. As suas ferramentas podem permitir que =
as
empresas tenham uma visão mais clara dos processos logísticos e tomem decis=
ões
mais precisas (Nascimento et al=
.,
2024). Nos últimos anos, as empresas têm buscado=
por
novas tecnologias que usem os dados como base, devido ao fato das organizaç=
ões
passarem a enxergar nestes uma fonte importante de competitividade, pois,
quando tratados, tendem a fornecer poderosos insights que podem ajud=
ar
em uma tomada de decisão mais eficiente e eficaz (Ain et al., 2019; Mikalef e=
t al.,
2020). No entanto, os dados sem nenhum tratamento não serviriam para as org=
anizações
utilizarem a seu favor. Assim, a partir da necessidade de analisá-los surge=
a
demanda por ferramentas/softwares que
possibilitem o seu tratamento e os transformem em informações e conhecimento
úteis para os executivos e os tomadores de decisão (Davenport, 2006; Cerque=
ira,
2021; Cordeiro Júnior et al., 2022). Algumas destas são conhecidas c=
omo
ferramentas de Inteligência de Negócios ou Business Intelligence (BI=
),
que têm como objetivo transformar dados em conhecimento, que servirão como =
base
para a tomada de decisão (Reis; Angeloni, 2006; Cordeiro Júnior et al.,
2022). Para Davenport (2006), o termo BI engloba uma vasta gama de
processos e softwares que objetivam a coleta, a gestão e a divulgaçã=
o de
dados para que a tomada de decisão seja mais assertiva. Segundo este autor,=
as
ferramentas de BI possibilitam extrair, transformar e carregar dados para q=
ue,
posteriormente, sejam realizadas análises em relatórios e dashboards=
. Conforme Inmon e Nesavich (2007), o BI po=
de
ser definido como um processo que dá sentido aos números, dados e fatos, que
compõem os sistemas utilizados nas organizações, e que possibilita a geraçã=
o de
informações úteis, de fácil divulgação e apresentação. Estes autores
complementam ainda que o BI detém uma ampla gama de ferramentas que s=
ão
capazes de capturar as informações, analisá-las e apresentá-las de diversas
maneiras através de visualizações gráficas. Wixom e Watson (2010, p. 14) definiram
o BI como “um termo abrangente comumente utilizado para descrever as
tecnologias, aplicativos e processos que objetivam coletar, armazenar, aces=
sar
e analisar dados para ajudar os usuários a tomarem melhores decisões”. Wied=
er,
Ossimitz e Chamoni (2012, p. 7), por sua vez, definiram o BI como um “proce=
sso
analítico que transforma dados fragmentados de empresas e mercados em
informações orientadas para a ação ou conhecimento dos objetivos, oportunid=
ades
e posições de uma organização”, e as ferramentas de BI como “os softwares que são projetados e
implementados para apoiar esse processo analítico”. Para Bentley (2017, p. 1), as ferramentas=
de
BI servem como “um conjunto de técnicas e ferramentas para coleta e
transformação de dados brutos em informações significativas e úteis para
análises de negócios”. Este autor ainda complementa que as ferramentas de BI
fornecem informações mais simples, claras e diretas que trazem maior eficiê=
ncia
na análise e maior seguridade ao processo decisório. Portanto,
o termo BI remete à aplicação de um conjunto de soluções tecnológicas para
coleta, transformação, análise e distribuição de dados, para em seguida
transformá-los em informações que auxiliarão na tomada de decisão, seja ela
estratégica ou não (Brito et al., 2019; Santos Junior, 2022). Os seus benefícios incentivam as
empresas a procurarem ferramentas para tratar dados e extrair conhecimentos=
que
possam auxiliá-las nas decisões, tanto de cunho operacional como nas gerenc=
iais
e estratégicas (Nogueira, 2021). Há diversas ferramentas de BI no mercado,
algumas delas estão dispostas no Quadro 2. Para a utilização destes softwares são necessárias fontes de
dados que podem ser coletados das mais diversas formas, por meio de: planil=
has
eletrônicas, banco de dados, páginas web,
arquivos de texto, Google Drive=
, OneDrive,
Sharepoint, etc. (Silva Júnior;=
Silva,
2021).
Fonte: Elaboraç=
ão
própria (2023). Apesar de haver no mercado uma variedade =
de
ferramentas de BI, Silva Júnior e Silva (2021, p. 6) argumentam que “a esco=
lha
da ferramenta a ser utilizada deve levar em consideração diversos aspectos,
como: custo, limitações tecnológicas, conhecimento técnico da equipe, tempo=
de
implantação, capacidade de manutenção e suporte, dentre muitas outras.” Além
da visualização de dados por meio de técnicas e ferramentas de BI, há as
ferramentas da qualidade que podem auxiliar os processos decisórios ao traz=
er
informações que agregam conhecimento e valor ao negócio, apoiando a resoluç=
ão
de problemas e melhorando a produtividade (Cordeiro Júnior et al., 2022). 2.3 Ferramentas
da qualidade Segundo Daniel e Murback (2014), as
ferramentas da qualidade possibilitam a identificação de diversos tipos de
problemas organizacionais e de suas causas, bem como a busca por soluções.
Mello et al. (2017) afirmam que elas são frequentemente utilizadas p=
elas
empresas na busca pela solução de problemas, dado que oferecem facilidade de
aplicação e efetividade. Coelho, Silva e Maniçoba (2016) argumentam que as
ferramentas da qualidade têm diversas aplicações, podendo ser usadas em
empresas de todos os portes, desde que haja pessoas capacitadas para analis=
ar
criticamente os resultados obtidos. As ferramentas da qualidade são técnicas
utilizadas para definir, medir, analisar e propor soluções para problemas q=
ue
interferem no desempenho das organizações; envolvem uma ampla abordagem de
análise e podem ser utilizadas isoladamente ou em combinação; incluem o
mapeamento de fluxos, a avaliação de riscos de processos, a busca pelas cau=
sas
raízes de um problema e o desenho de intervenções focadas na melhoria contí=
nua
ou na minimização de danos de problemas estabelecidos (Reis et al., 2023). Embora haja uma var=
iedade
de ferramentas da qualidade, neste estudo foram utilizadas apenas cinco del=
as:
a estratificação, o gráfico de Pareto, o diagrama de Ishikawa, o método 5W2=
H e a
técnica de Brainstorming, as quais foram selecionadas por se adequarem ao
objetivo proposto no estudo, bem como à aplicação conjunta com o BI. Segundo Mariani (2005), a estratificação =
pode
ser compreendida como uma técnica em que há a divisão de um problema em par=
tes
menores, que facilita a investigação e análise para a busca da solução.
Carpinetti (2012, p. 77) argumenta que a estratificação é uma técnica que
“consiste na divisão de um grupo em diversos subgrupos com base em
características distintivas ou de estratificação”. O gráfico de Pareto ou diagrama de Pareto=
foi
criado pelo engenheiro e economista italiano Vilfredo Pareto, que realizou
estudos e desenvolveu métodos estatísticos para descrever a distribuição
desigual de riqueza em seu país (Daniel; Murback, 2014; Coelho; Silva; Mani=
çoba,
2016). Baseando-se na distribuição de riqueza, Pareto constatou que apenas =
20%
da população possuía a maior parte da riqueza, e a partir daí fez uma
demonstração dessa distribuição graficamente em uma curva cumulativa que fi=
cou
conhecida como curva de Pareto (Coelho; Silva; Maniçoba, 2016). Segundo Daniel e Murback (2014, p. 22), o
gráfico de Pareto “é um diagrama que apresenta os itens e a classe na ordem=
dos
números de ocorrências, apresentando a soma total acumulada, permitindo a
visualização de diversos problemas e auxiliando na determinação da sua
prioridade”. Coelho, Silva e Maniçoba (2016, p. 35) definiram o gráfico de
Pareto como “um gráfico de barras que ordena as frequências das ocorrências=
, da
maior para a menor, permitindo a priorização dos problemas”. O diagrama de Ishikawa ou diagrama de cau=
sa e
efeito ou espinha de peixe foi desenvolvido pelo engenheiro químico Kaoru
Ishikawa. Segundo Trivellato (2010), o diagrama permite que as informações
relacionadas a um problema sejam organizadas de tal modo que haja uma
facilitação na identificação das possíveis causas. Para Daniel e Murback (2=
014,
p. 25), o diagrama de Ishikawa é uma “representação gráfica que permite
organizar informações para identificar as possíveis causas e efeitos de um
problema, mostrando a relação entre o efeito e as causas que possam estar
contribuindo para que ele ocorra”. Para facilitar a sua aplicação, a ferram=
enta
apresenta seis fatores que podem ser geradores de um problema/efeito, os 6M=
’s:
mão de obra, meio ambiente, medida, máquina, matéria prima e método (Trivel=
lato,
2010; Mello et al. 2017). O método 5W2H ou plano de ação, como é
popularmente conhecido, consiste em uma ferramenta que permite identificar e
orientar as diversas ações a serem implementadas para solução de um problem=
a ou
para o aproveitamento de uma oportunidade (Daniel; Murback, 2014; Mello =
et
al., 2017). Segundo Mello et al. (2017), ao identificar e orient=
ar
as ações para atingir determinado objetivo, o 5W2H permite a determinação de
prazos, custos e responsabilidades. Já a técnica de Brainstorming ou tempestade de ideias serve para auxiliar um gr=
upo
de pessoas a produzirem o maior número de ideias sobre um determinado tema,=
em
um espaço de tempo curto. Ela propõe a livre expressão dos participantes, s=
em
que as suas ideias sejam criticadas, para que não haja o bloqueio de novas
ideias (Trivellato, 2010). As ferramentas da qualidade apresentadas
podem ser aplicadas nas diversas áreas de uma empresa, o seu uso pode
possibilitar que problemas e suas causas raízes possam ser identificados,
analisados, tratados e solucionados (Daniel; Murback, 2014). 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS<=
/span>=
Nesta seção apresenta-se=
os
procedimentos metodológicos adotados no presente estudo. Inicialmente, a
pesquisa é classificada quanto a sua natureza, aos seus objetivos, a sua
abordagem e aos seus procedimentos técnicos. Em seguida, apresenta-se
brevemente a empresa onde foi realizado o estudo e os participantes da
pesquisa, bem como as técnicas utilizadas na coleta, tratamento e análise de
dados. 3.1 Caracterização da pesquisa Esta pesquisa pode ser caracterizada como
sendo de natureza aplicada, a qual, segundo Silva e Menezes (2005, p. 20),
objetiva “a geração de conhecimentos para a aplicação prática e dirigidos à
solução de problemas específicos”. Para Vergara (1998, p. 45), a pesquisa
aplicada “é motivada pela necessidade de resolver problemas concretos e pela
curiosidade intelectual do pesquisador”. A pesquisa também se enquadra como
descritiva, em que o pesquisador buscou registrar e descrever os fatos
observados, e exploratória, por proporcionar maior familiaridade com o tema,
além de fazer uso de entrevistas com pessoas com experiência prática. Segun=
do
Prodanov e Freitas (2013, p. 52), a principal finalidade de uma pesquisa
descritiva “é descrever as características de determinada população ou fenô=
meno
ou o estabelecimento de relação entre as variáveis”. Já uma pesquisa
exploratória, segundo Silva e Menezes (2005), tem como objetivo proporcionar
uma maior familiaridade com o problema, através da realização de entrevistas
com pessoas que tiveram experiência práticas com o problema pesquisado, e de
levantamentos bibliográficos. Quanto à abordagem, se trata de uma pesqu=
isa
qualitativa, uma vez que tem o ambiente como fonte direta dos dados e por
estudar um fenômeno através da perspectiva do pesquisador (Vergara, 1998; P=
rodanov;
Freitas, 2013). Segundo Prodanov e Freitas (2013), este tipo de pesquisa não
utiliza dados estatísticos como o centro do processo de análise, não requer=
endo
métodos e técnicas estatísticas. Já em relação ao procedimento técnico,
trata-se de um estudo de caso, o qual, segundo Yin (2001, p. 20), consiste =
em “uma
investigação empírica que investiga um fenômeno contemporâneo dentro de seu
contexto da vida real, especialmente quando os limites entre o fenômeno e o
contexto não estão claramente definidos”.
3.2
Ambiente e sujeitos da pesquisa A unidade de análise do estudo de caso foi
uma empresa fabricante de baterias localizada no Município de Belo Jardim, =
na
Região Agreste do Estado de Pernambuco, situada a 180 quilômetros da capital
Recife. A empresa possui sete plantas industriais, sendo fornecedora de
acumuladores de energia para metade dos carros fabricados no Brasil, além d=
e atender
mercados nacionais e internacionais através de uma rede de distribuição pró=
pria
com mais de 80 pontos no Brasil e em outros países da América do Sul. Além
disso, atende o mercado de baterias industriais tracionárias e estacionária=
s. A escolha da empresa se deu, principalmen=
te,
pelo fato do pesquisador ser parte integrante da equipe de Logística Indust=
rial
da empresa e pelo fato desta área desempenhar papel importante no apoio a t=
oda
produção. Destaca-se que a empresa consentiu, por meio de termo de compromi=
sso
e aceite, a realização da pesquisa, desde que o pesquisador preservasse a
ética, permitindo acesso aos dados necessários, sem qualquer incentivo
financeiro ou qualquer ônus, com a finalidade exclusiva de colaborar para o=
seu
desenvolvimento. Os sujeitos desta pesquisa foram dois
gestores do setor de Logística Industrial da empresa, sendo um Coordenador =
de
Logística e um Supervisor de movimentação e armazenagem; dois líderes de
movimentação, responsáveis por liderar e orientar os operadores dos equipamentos de
movimentação; e um representante da equipe de manutenção dos equipamentos.
Estes participantes foram escolhidos devido a sua familiaridade com a ativi=
dade
de movimentação de materiais e com os equipamentos de movimentação, e devid=
o ao
seu vasto conhecimento. 3.3
Coleta de dados Inicialmente, foi realizada uma entrevista
não-estruturada com o Coordenador e o Supervisor para entender o funcioname=
nto
da atividade de movimentação de materiais e os seus principais gargalos. A
entrevista não-estruturada não requer um padrão a ser seguido, tal qual um
roteiro, possibilitando questionamentos mais amplos em relação a um tema ou
problema (Silva; Menezes, 2005). Também foi utilizada a pesquisa documenta=
l, cuja
fonte de coleta de dados está restrita a documentos, escritos ou não,
constituindo o que se denomina de fontes primárias. Portanto, a pesquisa
documental vale-se de materiais que não receberam ainda um tratamento
analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetivos da
pesquisa (MarconI; Lakatos, 2003; Silva; Menezes, 2005; Gil, 2008). Assim, a pesquisa documental consistiu na
coleta na base de dados das ordens de serviços de manutenção dos equipament=
os
de movimentação, que é mantida em planilha do Excel pela empresa objeto do
estudo. Foram coletados os dados referentes ao período de um ano, de dezemb=
ro
de 2021 até dezembro de 2022. Nesta base de dados, são mantidas informações
como o número da ordem de serviço, equipamento avariado, quantidade de avar=
ias
registradas, data da quebra, setor onde se originou a quebra, dentre outras=
. A
planilha é atualizada frequentemente pelos colaboradores do setor de Logíst=
ica
Industrial, que são responsáveis pela liberação e pagamento dos serviços
prestados. Por fim, em complemento, foi utilizada a
técnica de observação participante, na qual o pesquisador está engajado ou =
se
engaja no ambiente em que está realizando a pesquisa, podendo atuar ou não =
na
situação (Vergara, 1998). Posto isso, a referida técnica foi escolhida tend=
o em
vista que o pesquisador também faz parte da equipe de Logística Industrial e
atua, principalmente, na gestão da frota de equipamentos de movimentação da
empresa, o qual pôde fornecer informações que foram relevantes para o estud=
o. A observação participante, por meio do
contato direto e diário do pesquisador com o ambiente e os sujeitos da
pesquisa, facilitou a coleta de dados referentes à atividade de movimentaçã=
o de
materiais da empresa, bem como sobre os equipamentos utilizados na referida
atividade. Além disso, favoreceu na identificação do problema que mais afet=
ava
a atividade de movimentação de materiais e as suas principais causas,
resultando na elaboração de um plano de ação adequado à realidade da empres=
a. 3.4
Tratamento e análise dos dados No tratamento dos dados coletados na base=
da empresa
foi utilizada a ferramenta Power Query que é parte do Microsoft Power BI Para a análise destes dados foi criado um=
dashboard
interativo por meio da ferramenta Microsoft Power BI Desktop. O Powe=
r BI
foi escolhido tendo em vista que esta é a solução atualmente utilizada e
difundida pela empresa em estudo, por apresentar uma maior facilidade de
integração com os seus sistemas e aplicativos, bem como pela maior
familiaridade do pesquisador com a ferramenta. Além disso, o Microsoft Powe=
r BI
se adequa aos processos da Logística, que são complexos e, na maioria das
organizações, envolve uma grande quantidade de dados internos e externos, s=
endo
uma tarefa complexa gerenciá-los de forma manual (Pereira et al., 2023). Com o tratamento na ferramenta Power Quer=
y e
da montagem do dashboard no Microsoft Power BI Desktop, foi possível estrut=
urar
os dados referentes à atividade de movimentação de materiais da empresa, pa=
ra,
na sequência, serem aplicadas as ferramentas da qualidade, conforme descriç=
ão
do Quadro 3. |
FINALIDADE |
|||||||||||||||||||||||
|
Fonte: Elaboração própria (2023). 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Esta
seção apresenta os resultados obtidos na pesquisa conforme os objetivos
específicos propostos, iniciando-se pela identificação do principal problem=
a na
atividade de movimentação de materiais da empresa, passando pela estruturaç=
ão
dos dados referentes ao problema, a análise das causas do problema e, por f=
im,
as oportunidades de melhorias para a atividade.Figura 2=
-
Processo de geração de ordem de serviço para conserto de avaria Fonte: Elaboração própria (2023). 4.2 Estruturação dos dados
|
|
ETAPA |
DESCRIÇÃO |
||||||||||||||||||||
|
Fonte: Elaboração própria (2023). A partir da base de dados da empresa, foi
iniciado o trabalho de tratamento e classificação dos dados na ferramenta <=
i>Power
Query do Microsoft Power BI Desktop. Na base de dados são
registradas informações, como: dia do registro da avaria, número de
identificação e modelo do equipamento, itens avariados e quantidades, setor
onde o equipamento opera e valores dos itens avariados. Por questões de sigilo, este estudo não
apresenta os valores gastos com as avarias. Além disso, apresenta uma nomea=
ção
codificada para os setores da empresa, sendo denominados: setor T, responsá=
vel
pela movimentação de materiais; setor U, pela guarda de insumos; setor V, p=
elo
desenvolvimento de produtos; setor X, por acabar peças; setor Y, por montar
peças; e setor Z, pela produção de insumos. Vale destacar que a ausência de=
stas
informações não afetou a análise dos dados da empresa. A Figura 3 mostra co=
mo os
dados foram carregados no ambiente de edição da ferramenta Power Query.
Após
o carregamento dos dados, o Power BI faz uma classificação automática dos d=
ados
de todas as colunas, no entanto, verificou-se que algumas delas não receber=
am a
classificação correta, por exemplo, a coluna “Data de emissão” foi apresent=
ada
no formato de classificação geral e não como uma data. Este tipo de erro
impacta diretamente na apresentação dos gráficos criados posteriormente no =
dashboard
interativo. Dessa forma, foi necessário realizar a correção manual, inserin=
do a
classificação correta de acordo com cada tipo de dado em todas as colunas,
conforme a Figura 4. Além disso, foi excluída a coluna com os dados referen=
tes
a valores gastos, que não foram utilizadas no estudo. Com a etapa de tratamento e classificação
realizada, os dados foram exportados para o ambiente de criação do dashb=
oard
interativo, como demonstrado na Figura 5. Na sequência, alterou-se o design do dashboard, mudand=
o a
cor de fundo e criando o tema do relatório, que é o controle de avarias. Figura 5=
-
Ambiente de criação do dashboard interativo Fonte: Elaboração própria (2023). 4.2.1 Estratificação do probl=
ema=
|
|
ATIVO |
SETOR |
QUANTIDADE
DE AVARIAS |
|||||||||||||||
|
Fonte:
Elaboração própria (2023). Dessa forma, por meio da aplicação da
ferramenta de estratificação do Microsoft Power BI Desktop, foram identificados alguns direcionadores para a soluç=
ão
do problema das avarias, constatando-se que as paleteiras são os equipament=
os
com maior índice de avarias, que os setores com maior número de avarias são=
o X
e Y, e que as paleteiras que mais sofrem avarias são as codificadas como 39=
70 e
4598, que estão alocadas no setor Y.
|
|
O
que? |
Por
que? |
Quem? |
Quando? |
Onde? |
Como? |
Quanto
custa? |
Fonte:
Elaboração própria (2023). 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS<=
span
style=3D'mso-bookmark:_Hlk4746433'>
Este estudo teve como objetivo aplicar o =
BI e
ferramentas da qualidade na busca por melhorias na atividade logística de m=
ovimentação
de materiais de uma indústria de acumuladores elétricos. Para tanto,
inicialmente, buscou-se identificar o principal problema na referida ativid=
ade
e estruturar os dados referentes a ele por meio do uso conjunto de BI e fer=
ramentas
da qualidade. Por fim, buscou-se analisar as causas do problema relacionado=
à
atividade de movimentação de materiais. Verificou-se que o principal problema est=
ava
relacionado às avarias nos equipamentos de movimentação de materiais da
empresa, constatando-se que a maior ocorrência de avarias estava concentrad=
a em
apenas um dos equipamentos utilizados, as empilhadeiras patoladas ou
paleteiras. Com isso, detalhou-se o problema, encontrando os tipos de avari=
as
que representavam a maior parte das ocorrências, identificando-se sete itens
como sendo os responsáveis pelo maior índice de avarias: rolamentos, rodas =
de
apoio, de carga, e de tração, parafusos, rolamento fixo de esferas e garfo =
de
roda das paleteiras. Por fim, identificou-se e analisou-se as
causas para cada tipo de avaria, que subsidiaram a proposição de um plano de
ação, possibilitando à empresa a oportunidade de realizar melhorias na
atividade de movimentação de materiais e, consequentemente, gerar ganhos ta=
nto
em produtividade, evitando paradas desnecessárias, como na redução de custos
relacionados à manutenção dos equipamentos. O presente estudo, por meio da aplicação =
de
uma ferramenta de BI e de ferramentas da qualidade, com a estruturação de
dados, identificação e análise de um problema, pôde contribuir com a empres=
a ao
fornecer instrumentos que lhe auxiliarão no gerenciamento da atividade de
movimentação de materiais que compõe a sua Logística interna, possibilitand=
o,
consequentemente, melhorias na sua execução. Além de buscar a promoção de melhorias na
atividade de movimentação de materiais da empresa, considerando-se a
dificuldade da empresa analisada em identificar a causa ou as causas raízes=
das
avarias, dado o fato de o registro das informações ser realizado somente em=
uma
planilha, o presente estudo também contribui para demonstrar que as ferrame=
ntas
de BI, como o Microsoft Power BI, podem ser importantes meios facilitadores=
da
tomada de decisão em uma organização. Isto se dá, devido ao fato de agregar=
em
dados e possibilitarem a transformação destes em informações, que podem ser
visualizadas a qualquer momento, de forma rápida e simples, dando suporte à
identificação, análise e tratamento de problemas. Este trabalho representa uma contribuição
teórica para a Logística, a Gestão da Qualidade e o Business Intelligence, uma vez que não há estudos que tragam
aplicações envolvendo simultaneamente as três referidas áreas. Além disso,
demonstra que a aplicação conjunta de ferramentas de BI e da qualidade traz
resultados efetivos, podendo ser replicada em outras empresas na busca pela
resolução de problemas. Assim, como sugestão para pesquisas futur=
as,
recomenda-se que seja estendida a aplicação de ferramentas de BI, em conjun=
to
com ferramentas da qualidade, em outras atividades da Logística, uma área q=
ue
envolve uma grande quantidade de dados, que dificulta a tomada de decisão e=
o
seu gerenciamento. Outrossim, sugere-se, também, a utilização integrada das
referidas ferramentas em outras áreas organizacionais, uma vez que não há
estudos que trazem esta aplicação integrada. REFERÊNCIAS AIN,
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