Um estudo de caso da utilização da plataforma Cl= ipEscola em uma escola de educação básica
Technology-mediated school comun=
ication:
a case study of
|
Vanessa Boscato Vargas https://orcid.org/0000-0003-0594-9269 |
Especialista
em Mídias Integradas na Educação. Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia de Santa Catarina (IFSC) – Brasil. va_boscato@hotmail.com |
|
Adriano
Nezello Schneider Pizzat=
to
Heis https://orcid.org/0009-0009-6652-0969 |
Mestre em Ciências da Computação. Insti=
tuto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (IFSC) – Bras=
il.
adriano.heis@ifsc.edu.br |
RESUMO
Este artigo pretende contribuir para a sistematização do tema Comunicação Escola= r e Tecnologias, com base em pesquisa bibliográfica e relato de estudo de caso realizado nos anos de 2020 a 2023. Tendo em consideração a relevância de tr= ocar informações e fomentar boas relações no ambiente escolar, a comunicação é um dos pilares da gestão escolar e, ao utilizar Tecnologias de Informação e Comunicação, é possível usufruir de recursos e aplicações que potencializam= a instituição de ensino como um todo. A pesquisa permitiu a percepção de que a integração de tecnologias ao processo educacional pode promover mudanças bastante significativas, contanto que haja sincronia entre todos os setores envolvidos no cotidiano escolar, e que a modernização seja prática e não ap= enas teórica.
Palavras-chave: Comunicação. Tecnologias de Informação e Comunicação. Plataforma de comunicação escolar.= ClipEscola.
ABSTRACT
This article intends
to contribute to the systematization
of the topic
of School Communica=
tion and Technologies, based <=
span
class=3DSpellE>on bibliographical research and case study reports accomplished
in the years 2020–2=
023. Taking into account
the relevance of exchanging information
and fostering good relations in the school environment,
communication is one of the pillars
of school managemen=
t, and by using
Information and
Communication Technologies, it’s possible
to take advantage
of resources and applications that enhance the
educational institution as
a whole. The research allowed the perception
that the integration of technologies into the educational process can promote
very significant
Keywords: Communication. Information and Communication Technologies. School communicatio= n platform. ClipEscola.
Recebido em 10/10/2023. Aprovado em 23/10/2023. Avaliado pelo s=
istema
double blind
https://doi.org/10.22279/navus.v13.1782<= /span>
1 INTRODUÇÃO
A comunicaçã= o é um processo instintivo e natural da convivência social. Conforme Chiavenato (2= 004, p. 142), “significa tornar comum uma mensagem ou informação”. As Tecnologia= s de Informação e Comunicação (TIC) atuais, amplamente acessíveis a diversos tip= os de organizações, especialmente as educacionais, desempenham um papel crucia= l na reformulação de processos e na evolução das formas de interação e relacionamento com o ambiente e seus participantes.
A escola, po= r muitas décadas, fez uso da agenda de papel que se mostrou (quase sempre) uma forma eficaz de comunicação com as famílias. Porém, com os recentes acontecimentos mundiais pandêmicos, a utilização de comunicação digital foi elevada a um patamar não mais de modernização, mas de necessidade.
Em vista dis= so, o emprego de plataformas e aplicativos de comunicação cresceu consideravelmen= te. A oferta de softwares especializados na realidade escolar, alavancou um mer= cado até então tímido e, de certa forma, supérfluo, mas que dinamizou a rotina de muitas escolas e permitiu uma comunicação eficiente mesmo com a não-interaç= ão pessoal imposta.
Na instituiç= ão de educação básica, que foi objeto de estudo, até o ano de 2020, a forma de co= municação entre escola-família se dava de agendas impressas. A partir de abril de 202= 0, com a implantação de aulas síncronas virtuais, o aplicativo WhatsApp foi o escolhido como ferramenta para comunicação entre escola-família-aluno. Percebendo que havia outras formas mais efetivas e seguras de interação, a partir do final do ano de 2020, a escola buscou uma solução que atendesse as necessidades de forma integral, e então aderiu à plataforma de comunicação = ClipEscola.
Este artigo = se justifica pela existência de lacunas na literatura sobre o tema em estudo, e também pela necessidade de haver maiores contribuições significativas e relevantes no que concerne às alternativas tecnológicas que podem mediar a comunicação no sistema escolar. Foi organizado em dois momentos: estudo sob= re comunicação, com ênfase para a escolar e a digital; e o estudo de caso sobr= e a vivência da autora na gestão de plataforma de comunicação na instituição escolar.
2 COMUNICAÇÃO
A palavra “comunicar” tem origem etimológica do latim communicar= e, que significa tornar comum. Schramm e Roberts (= 1971) nos dizem que “quando comunicamos estamos estabelecendo uma ‘comunidade’ com alguém: tratamos de compartilhar uma informação, uma ideia ou uma atitude”, pois se trata de uma atividade eminentemente social, inerente a todas as fo= rmas de relação entre indivíduos e grupos.
A comunicaçã= o humana é extremamente peculiar por tratar-se de um processo interativo que usa sistemas simbólicos como suporte (gritos, gestos, sons, desenhos, alfabeto, números, imagens, vídeos, etc.); está presente no trajeto ao trabalho, num estádio de futebol, durante o encontro familiar e na escola, sendo que sua essência permanece a mesma: construir, trocar e entender informações socialmente construídas.
A comunicaçã= o só se efetiva se algum tipo de resultado é gerado no outro para quem esta se destina. Entretanto, esse resultado pode não = ser aquele pretendido como efeito, já que há barreiras e dificuldades que ocorr= em durante o processo. Ao trafegar entre emissor e receptor, a mensagem encont= ra obstáculos que a modificam, sejam eles físicos, semânticos ou psicológicos.=
Segundo Bess= a (2006) e Correia (2002), comunicação e tecnologia são elementos indissociáveis, te= ndo em vista que:
[...] a comunicação possibilita a expressão das individualidades; a
transmissão de valores e saberes; a conversação e o diálogo entre diferentes
(gerações, grupos sociais, gêneros, etnias, etc.); a divulgação de informaç=
ões,
produtos, ideias, etc.; a difusão e propagação de opiniões, produtos, image=
ns...Além disso, a comunicação também pode divertir, ent=
reter,
ensinar, educar, entre outros (Bessa, 2006, p. 36).
[...] tecnologia é um conjunto de conhecimentos e informações
organizados, provenientes de fontes diversas como descobertas científicas e=
invenções,
obtidos através de diferentes métodos e utilizados na produção de bens e
serviços (Correia, 2002, p. 250).
A necessidad= e de comunicar-se desconsiderando fronteiras e a ânsia de que as mensagens ultrapassassem os tempos, fez com que a conexão desta díade seja mais do que nunca fortemente recíproca.
As Tecnologi= as de Informação e Comunicação sofreram mudanças, principalmente, ao longo das décadas de 2000 e 2010 que impactaram diretamente na reorganização de processos, além de transformar como as pessoas vivem, trabalham e se divert= em, sendo possível tão somente por meio da interação entre o ser humano e a tecnologia (Bessa, 2006).
Nas mais var= iadas áreas do conhecimento, a comunicação está presente e ligada ao uso volumoso= das TIC que oportunizam novas formas de interação em uma escala inimaginável com uma transmutação clara de tempo, espaço e distância.
Todas as possibilidades oferecidas pela tecnologia expandem o intercâmbio de informações, onde a comunicação é a força vital que produz o social, pois e= ste é o ato mais essencial ao ser humano. E, o meio digital trouxe soluções que ampliam os processos comunicacionais, mesmo sabendo que nem toda relação é = de comunicação, mas toda comunicação é uma relação (Casar= oli; Peruzzolo, 2008).
Nos comunica= mos, basicamente, por quatro razões: (I) compreender, para entender o mundo à no= ssa volta e as pessoas com que convivemos; (II) ser compreendido pelos demais em vários aspectos (personalidade, objetivos, interesses, etc.); (III) ser ace= ito em uma demonstração de que pertencemos a um grupo; (IV) provocar ação ou al= gum tipo de comportamento dos outros como resultado.
Para Bowditch e Buono (2006), a comunicação era anteriormente percebida como um processo de mecanismo com a função clara de transmitir a mensagem. Já para Robbins (2005), a comunicaçã= o é executada como um fluxo que deve expressar a maneira como a mensagem será transmitida. Segundo Kenski (2008), “educação e comunicação são necessidades exigidas em todos os campos em que prevalecem = as relações humanas e técnicas”.
É neste pont= o que a comunicação e a escola se fundem para gerar uma concreta idealização que oferece ferramentas que auxiliam no trabalho de gestores, educadores, comunidade, estudantes e pais/responsáveis quanto a veiculação de informaçõ= es da rotina e do meio escolar.
2.1 Comunicação escolar
A escola é u= ma organização social e de trabalho, sendo assim “a comunicação que ocorre den= tro da organização e a comunicação entre ela e seu meio ambiente [...] definem e determinam as condições de sua existência” (Thayer, 1972).
Nas institui= ções escolares, a comunicação é um ponto que necessita de eficiência e eficácia tanto quanto o ato de educar em si, como bem sustentado por Paulo Freire (a= pud Pretto, 2008, p. 13) quando diz que “o ato de educar = é um ato de comunicação”. Também, deve ser compreendida nas suas dimensões normativas (diálogo, convivência) e funcional (intercâmbio de informações).=
Então, se a = escola está mudando, a comunicação também deve mudar, pois precisa trabalhar a ser= viço da gestão, como condição humanista do processo comunicativo, transferindo significados e informações na expressão da realidade escolar para além dos discursos institucionais.
É importante relembrar que, até poucos anos atrás, o modo como se dava a comunicabilidade entre escola e famílias era através da agenda escolar impressa em papel. Em= bora tivesse um relevante propósito e uma importante função, caracterizava-se co= mo um objeto que não agregava valor nem conseguia interagir ou exercer uma efe= tiva diferença no cotidiano. Contudo, a despeito de sua triste trajetória, a ide= ia, a finalidade e as funções de uma agenda escolar são necessárias e important= es.
Nem sempre é possível a família estar presente na escola e, no caso de bilhetes impresso= s, fica-se sujeito às adversidades (esquecimento, extravio, etc.). As reuniões= , as ligações telefônicas, os envios impressos e os atendimentos individuais constituem-se em maneiras e canais possíveis de diálogo escola-família.
É notório qu= e, diariamente, qualquer escola se depara com a necessidade de sustentar uma comunicação que tenha credibilidade e comprometimento na sua comunidade int= erna (colaboradores, estudantes e suas famílias). Desta forma, o veículo respons= ável pela transmissão da mensagem deve operar de forma clara e dentro da realida= de institucional.
Para que a i= nteração escola-família seja eficiente, é primordial dispor de canais de comunicação= que atraiam e engajem os familiares. Em vista da facilidade de acesso às tecnologias, surgem a todo instante ferramentas que tornam este processo ma= is rápido, dinâmico e seguro, através da comunicação digital.
Antes da pan= demia de Covid-19, as comunicações mediadas por tecnologias já eram utilizadas nas escolas, mas de forma mais restrita. As redes sociais, por exemplo, eram utilizadas principalmente para divulgação de informações e atividades escol= ares relevantes. No entanto, com a necessidade de distanciamento social, as TICs passaram a ser utilizadas de forma mais intensa e diversificada, como forma de manter o vínculo entre escola e famílias.
Com o retorn= o do convívio presencial, esse processo de comunicabilidade em meios digitais não perdeu a sua importância, mas trouxe consigo mudanças significativas na rel= ação escola-família, com o aumento do uso das TICs p= ara a comunicação e a colaboração. Nesse sentido, as comunicações mediadas por tecnologias podem contribuir para a construção de uma relação mais próxima e colaborativa entre a escola e as famílias.
2.2 Comunicação digital
As Tecnologi= as Digitais de Informação e Comunicação (TDIC), associadas à internet, proporcionam novas relações com a informação, novas formas de comunicação e, principalmente, novos espaços de interação onde não há mais distinção entre emissores e receptores, pois as mensagens inertes dão lugar a uma constante colaboração e construção coletiva de saberes. Toda organização experimenta = um ritmo assustadoramente dinâmico de operação dos seus processos, exigindo flexibilidade e gerenciamento assertivos (Okada; Santos, 2004).
Por mais que predomine a concepção da comunicação ser verbal ou escrita, suas possibilid= ades são amplas em um mundo onde o uso ininterrupto das tecnologias permite form= as diferenciadas de relacionamentos.
A comunicação bidirecional, mediada por tecnologias, nada mais é do que uma “[...] partil= ha e troca de informações que implicam interação [...], intenção e interpretação, seja na emissão, seja na recepção da mensagem” (Bertoldo; Salto; Mill, 2018= ).
O sociólogo = Darcy Ribeiro, no século XX, já considerava que
[...] a história da humanidade nos últimos dez milênios pode ser
explicada em termos de uma sucessão de revoluções tecnológicas [...] através
dos quais a maioria dos homens passa de uma condição generalizada de caçado=
res
e coletores para diversos modos [...] de organizar a vida social e de expli=
car
suas próprias experiências (Ribeiro, 1975, p. 19).
Os dispositi= vos tecnológicos amplificam a possibilidade de comunicar de um para um, de um p= ara muitos e de muitos para muitos em um ciberespaço em que as instituições de ensino precisam estar inseridas e familiarizadas tendo em vista que a socie= dade digital se faz presente e natural.
Corrêa (2009) sustenta que a mediação digitalizada nos ambientes organizacionais, incluin= do a escola, não é mais motivo de discussão, mas sim que o foco deve ser o proce= sso de comunicação e a construção das relações da instituição com o público-alvo através de aspectos dialógicos que equalizam o papel de emissor e receptor.=
A autora elu= cida também que vivenciamos um cenário 2.0 da Comunicação Organizacional, onde a interlocução se concretiza por meio de plataformas e ferramentas que se propagam pela web em ritmo colossal através de blogs, widgets, redes sociais, aplicativos, entre outros.
Sendo assim,= nada mais natural do que os educandários adotarem recursos que estruturam soluçõ= es produtivas, inovadoras e qualificadas nos processos educativos e no fortalecimento da relação família-escola.
A agenda esc= olar impressa não é mais uma das estratégias com maior eficiência para mediar a comunicação entre famílias e escolas após o surgimento de novas ferramentas= que utilizam as TICs para engajar os pais ou respon= sáveis na educação dos filhos, e que tornam a interação mais rápida e segura.
A invenção e posterior popularização da internet, modificou o que conhecíamos acerca dos meios de comunicação. A simplificação e diversificação de recursos que intermediam a circulação de informações beneficia as organizações, mas tamb= ém cria certas armadilhas para aqueles que utilizam de uma forma equivocada a tecnologia.
Para uma ins= tituição escolar, é vantajoso poder usufruir da praticidade e da comodidade que os aplicativos e plataformas de mensagens, tal qual o WhatsApp, fornecem para tratar a comunicação da entidade.
A maioria dos aplicativos de mensagens são gratuitos e proporcionam um envio rápido que facilita não apenas a troca de mensagens, mas também de arquivos multimídias como áudios, vídeos e imagens; possibilita ainda a comunicação entre pessoa= s, em grupos ou em conversas privadas.
Com as impos= ições que a pandemia do COVID-19 nos sentenciou, outros aplicativos ganharam notoriedade neste período devido a necessidade de comunicação remota. Na Ta= bela 1, apresentamos as principais características de alguns aplicativos e plataformas de mensagem.
Tabela 1 - Principais aplicat=
ivos
de comunicação
|
Aplicativo |
Características |
|
WhatsApp |
- Chamadas de áudio=
e
vídeo, mensagens temporárias e enquetes, envio de mensagens de texto, víd=
eo,
fotos, gravações de voz e documentos; - Envio e recebimen=
to
de pagamentos; - Possui versão web,
business e aplicativos para computadores. |
|
Telegram |
- Customização da
interface do app, permitindo criar e alternar
várias contas em um único dispositivo; - Grupos com limite=
de
200 mil integrantes e armazenamento em nuvem do histórico de conversas; - Envio de fotos,
vídeos e documentos sem restrição de tamanho. |
|
Messenger |
- Integração com o =
Facebook, não necessitando número de telefone; - Chamada de vídeo e
áudio, envio de mensagens de texto ou voz; - Criação de salas =
de bate-papo
síncronas, integradas ao WhatsApp e Instagram. |
|
Signal |
- Criptografia de p=
onta
a ponta para conversas, chamadas e informações pessoais; - Ferramenta para
borrar fotos, mensagens autodestrutivas e notificação de print
de conversas; - Criação de grupos=
e
chamadas de áudio e vídeo; - Versão para deskt=
op. |
|
Discord |
- Troca de mensagen=
s,
acesso a servidores e participação em chamadas de áudio ou vídeo; - Não precisa de nú=
mero
de telefone celular para funcionar; - Possui versão para
navegadores e também para Linux, MacOS e Wind=
ows. |
Fonte: Autora (2023)
A comunicaçã= o, especialmente em uma instituição educativa, precisa transcorrer com o mínim= o de erros, equívocos, mal-entendidos e ruídos. Ou seja, as informações devem ser entendíveis, rápidas e exatas.
A comodidade= e aparente baixo (ou zero) custo que os aplicativos gratuitos de mensagens propiciam, escondem grandes riscos para as escolas devido ao caráter inform= al dessas ferramentas.
Considerando= que o controle das informações que circulam é limitado, essa categoria de aplicat= ivo de mensagem pode apresentar-se como um empecilho ou até um dano financeiro,= ao invés de uma solução para a comunicação escolar.
As múltiplas= formas de comunicar, dialogar e interagir que estão ao dispor da população por mei= o das tecnologias, exigem processos pensados e planejados especificamente para a realidade escolar e as plataformas de comunicação escolar subsidiam aplicaç= ões favoráveis e determinantes para o processo de comunicação digital nas instituições educativas.
2.3 Plataformas de comunicação escola=
r
A revolução = da comunicação caminhou a passos largos durante o Século XX e tornou-se ainda = mais portátil e revolucionária no início do novo milênio (Amorim; Florczak, 2011).
De acordo com pesquisa realizada anualmente pela Fundação Getúlio Vargas, em junho/2022 haviam mais de 440 milhões de dispositivos digitais (notebook, smartphone, computador, etc.) em uso no Brasil, estimando-se assim uma proporção de dois dispositivos digitais por habitante; destes, 242 milhões correspondem a smartphones.
O estudo evi= dencia que o uso da tecnologia no cotidiano deixou de ser um luxo para se transfor= mar numa necessidade. E, se levarmos em conta que a comunicação com o consumido= r é uma área muito valorizada em qualquer empresa, sobretudo nas educacionais, o fluxo de informações necessita de um trabalho organizado e automatizado viabilizado pela internet.
As plataform= as de comunicação escolar potencializam e agilizam o diálogo de forma confiável, objetiva e legítima. São soluções que integram os departamentos, padronizam rotinas de processos, fornecem um armazenamento de dados confiável e criam = um fluxo automatizado de produtividade.
Em sua maior= ia, disponibilizam também aplicativos próprios para acesso em smartphones e/ou = tablets, o que traz praticidade para estudantes e familiares, tornando a comunicação direta e instantânea; ademais, facilitam= o acesso a diversos dados úteis apenas a alguns cliques de distância. =
Dentre tanta= s opções disponíveis no mercado, foram escolhidas quatro plataformas nacionais para análise e comparação. Todas elas possuem pacotes pagos e não disponibilizam abertamente informações de valores para adesão.
2.3.1 Class App
Empresa bras= ileira fundada em 2014, atende mais de mil instituições de ensino no país. Surgiu = da ideia de dois pais com dificuldades no relacionamento comunicativo com a escola. Uniram seus conhecimentos como engenheiros e criaram um aplicativo = de pais e estudantes com a instituição de forma privada, segura e gerenciável.=
A plataforma= oferta “mais que funcionalidades, mas soluções definitivas para desafios reais”, e funcionalidades como: enquetes, cobrança de taxas, acompanhamento de confirmação de leitura e respostas, assinaturas online com validade jurídic= a, lembretes automáticos de eventos, entre outros (CLASSAPP, 2021).
Disponível e= m cinco idiomas (português, inglês, espanhol, japonês e chinês), estimula uma imers= ão no idioma oferecido pela instituição ao ser possível utilizar o app na língua desejada. Oferece, além das funcionalid= ades de comunicação, um sistema de matrícula digital e ferramentas para gestão financeira.
A plataforma= ClassApp conta com três planos de assinatura - gratui= to, standard e premium -, sendo que os dois últimos diferem pouco entre si. Não há informações concisas no site oficial (https://www.classapp.com.br/) quanto a forma de armazenamento dos arquivos= e mídias compartilhados, mas indica que é possível disponibilizar links que direcionam para acessos externos ao aplicativo.
2.3.2 Edufy
A empresa ga= úcha de tecnologia Edufy desenvolve aplicativos e soluç= ões para comunicação digital. Seu principal aplicativo possui quatro módulos que englobam as áreas de comunicação, organização, segurança e saúde e integraç= ão das instituições educacionais.
O aplicativo= é personalizável, comportando ainda outros módulos que se adaptam à necessida= de de cada escola. Com ambientes fáceis e assertivos, é possível controlar os processos por meio de um painel de controle, e os pais e alunos acessam pel= os seus smartphones (Edufy, 2019).
Com total co= ntrole sob o fluxo de comunicação, a equipe de gestão escolar pode conceder acesso apenas a quem interessa e em horários e dias específicos, desfrutando de um ambiente seguro, privativo e confiável. No site da empresa (https://edufy.com.br) não foi possível localizar informações de valores dos pacotes, bem como especificações técnicas.
2.3.3 Smart School
Fundada em 2= 014 na cidade de Pato Branco/PR, a empresa Smart School objetiva “proporcionar conexão emocional atrav= és da tecnologia e comunicação nas escolas”, e organizar processos diários das escolas com uma plataforma digital de comunicação escolar prática e funcion= al (Smart School).
Com foco em instituições de educação infantil e ensino fundamental, a plataforma permite criação de pesquisas, programação de envio de recados, chat, rotinas personalizáveis, entre outras funcionalidades.
Disponibiliz= a, ainda, uma central para auditoria de comunicados e apontamentos, que concede mais segurança ao enviar uma informação aos responsáveis.
A solução “<= span class=3DSpellE>smart pay” automatiza os contratos com os responsáveis e facilita o recebimento financeiro de boleto= s, reduzindo a inadimplência. Também permite cancelamento grátis dos boletos gerados, saques ilimitados e baixa automática do boleto no sistema de gestã= o.
Ainda é poss= ível disponibilizar imagens das câmeras da escola com a solução “smart cam”, determinando quais câmeras e em quais hor= ários estarão disponíveis, fortalecendo assim o elo de confiança e segurança com = as famílias.
Não há infor= mações no site da empresa (https://smartschool.com.br/) sobre valores de planos e demais especificações técnicas.
2.3.4 ClipEscola<=
/span>
ClipEscola é uma plataforma catarinense de relacionamento e comunicação multicanal, pensada especificamente para as necessidades das escolas, propiciando a digitalização de mais de 200 atividades da rotina escolar e administrativa, migrando assim, do analógico para o digital e automatizando processos de fo= rma simples, organizada e gradual.
Conforme o s= ite oficial (https://www.clipescola.com/), é a primeira e única agenda digital multicanal do segmento, ou seja, integra todas as redes sociais da escola (aplicativo próprio, chat do site da escola, WhatsApp, Instagram e Facebook) e centraliza e organiza o atendimento dentr= o da plataforma ClipEscola.
Também atua = com módulos que abrangem a captação e retenção de alunos, recebimento de taxas e mensalidades, recursos de comunicação interna e, ainda, oferta espécie de empréstimo através de financeira própria, que promete “equilibrar o caixa da escola [...], garantindo recursos para a folha de pagamento e demais contas= que vencem antes do recebimento das mensalidades” (Clipesc= ola, 2023).
O armazename= nto de mensagens e mídias encaminhadas através da plataforma é mantido em nuvem, n= ão comprometendo a capacidade dos aparelhos dos usuários. A cobrança é realiza= da conforme os módulos adquiridos, e conforme a quantidade de estudantes da institui= ção.
Ao finalizar= a pesquisa e análise das plataformas acima citadas, a instituição optou por escolher a empresa ClipEscola como parceira par= a o processo de transformação da comunicação escolar. Dentre os motivos que lev= aram a esta escolha, podemos citar: o custo mensal, a facilidade de interação co= m o aplicativo e a plataforma, a moderação dos comunicados e a credibilidade al= cançada no mercado.
3 ESTUDO DE CASO
O presente e= studo de caso descritivo tem como objeto de pesquisa a transformação ocorrida na comunicação escolar do Instituto de Educação Franciscana Nossa Senhora da Glória, localizado em Carazinho/RS, durante o período analisado nos anos de 2020 a 2023.
A instituiçã= o foi fundada em 12/02/1949 pelas Irmãs Franciscanas da Imaculada Conceição de Ma= ria, de Bonlanden, vindas da Alemanha para o interio= r do estado com o objetivo de propagar uma formação sólida e humanizadora para crianças e jovens conforme os princípios de seu fundador, Padre Fausti= no Maurício Mennel.
O Glória, co= mo é carinhosamente chamado, é um educandário tradicional que, inicialmente, ate= ndia apenas crianças e, após alguns anos, iniciou a oferta de cursos técnicos e expandiu até atender toda educação básica (educação infantil, ensino fundamental e médio), como acontece atualmente.
As instituiç= ões escolares prezam por uma comunicação clara e concreta com as famílias dos estudantes e, por muitas décadas, isso acontecia através dos encontros entre educadores e familiares nas dependências da escola, ou então nos horários de entrada e saída dos estudantes; depois, com o envio de bilhetes nos caderno= s e, mais tarde, com a adoção de agenda escolar física, recurso este que subsist= iu por quase 30 anos na instituição.
A partir da = década de 2010, a agenda escolar física demonstrou sinais de que contemplava mais = como uma alternativa confiável para a comunicação escolar ser transmitida, principalmente entre os estudantes a partir dos 15 anos que não compartilha= vam integralmente as notícias da escola com seus responsáveis.
No entanto, = somente durante a pandemia do COVID-19 (março de 2020 a março de 2022) é que sentiu-se a necessidade de empregar uma solução confiá= vel e que estivesse ao alcance de todos os responsáveis.
Em 2020, pri= meiro ano da pandemia, a escola optou pelo aplicativo do WhatsApp como meio de comunicação online, já que não havia mais a possibilidade de permanecer uti= lizando a agenda física. Na época, esta autora atuava na instituição e foi a responsável também por estruturar a interlocução entre escola-famílias-estudantes.
O aplicativo= possui grande popularidade no país, o que facilitou a escolha por este meio de com= unicação. De abril a novembro de 2020, a escola utilizou o app para criar grupos de conversas das turmas que facilitavam o envio de informações sobre atividades avaliativas, por exemplo; também quanto à comunicação interna com seus colaboradores; e o canal ficou igualmente disponível à comunidade externa.
Tendo em vis= ta que, no Brasil, grande parte da população acessa a internet através de um smartphone, e que o WhatsApp não ofertava especificamente um produto voltado para a realidade escolar, iniciou-se uma busca por outra solução que atende= sse a instituição, uma vez que o retorno presencial das aulas era ainda uma incerteza.
Após análises criteriosas das quatro ferramentas citadas anteriormente, onde analisou-se = as funcionalidades disponibilizadas e o custo destas e, considerando a realida= de escolar do Instituto, definiu-se por firmar parceria com a empresa ClipEscola.
Em novembro = de 2020 iniciou-se a transição do WhatsApp para o ClipEscola, primeiramente com a estruturação da plataforma conforme as disposições indicadas pela Equipe Diretiva. Na época, a instituição contava com, aproximadamente, 260 estudantes matriculados, distribuídos em 20 turmas, atendendo desde a educação infantil (a partir dos 04 meses) até o ensino mé= dio.
Na Figura 1, encontra-se graficamente representado as etapas necessárias à mudança.
Figura 1 - Etapas
Fonte: Autora (2023)
A autora est= eve à frente do processo, sendo o ponto de referência para a implantação do recur= so, participando de treinamentos da empresa contratada para então poder capacitar a equipe interna da instituição.
Após a estru= turação inicial por parte da ClipEscola, iniciou-se ent= ão o ordenamento interno da plataforma. Neste momento, a plataforma disponibiliz= ava apenas três módulos; então, optou-se por utilizar somente o módulo “Comunic= ação em geral”, devido ao custo e também para não sobrecarregar as famílias e os estudantes neste momento de transição.
No módulo es= colhido pela instituição, Comunicação em geral, as subcategorias foram distribuídas dentro das categorias principais, conforme demonstrado na Figura 2.<= /p>
Figura 2 - Distribuição de categorias e subcategorias
Fonte: Autor= a (2023)
Na categoria= principal Clips e Eventos são compartilhados os recados e informativos gerais da esco= la, e também de acordo com a subcategoria desejada. A categoria Agenda de Recad= os funciona como um canal mais direto de comunicação entre equipe escolar e responsáveis, pois direciona a mensagem de forma mais precisa para o destinatário. Na categoria Sala de aula, o foco principal é o compartilhame= nto de informações sobre a rotina escolar.
A categoria =
Entrada
e Saída não é personalizável, pois permite apenas consulta às autorizações
previamente cadastradas pelos responsáveis, informando quem pode buscar
É possível, = ainda, editar individualmente cada categoria quanto a cor, imagem, tipo inclusão colaboradores, tipo inclusão responsáveis, tipo inclusão alunos, visibilida= de e tipo de moderação.
É importante= pontuar que há filtros de visualização em todas as categorias principais e subcategorias, o que facilita a navegação do usuário que pertence à equipe escolar. Para os estudantes e responsáveis este filtro não está disponível, pois a inclusão (ou não) nas subcategorias é realizada de forma automática, mostrando para estes usuários apenas as categorias previamente determinadas. Para o envio de mensagens, também se utiliza filtro de seleção de turma e estudante.
O cadastro d= as turmas é realizado pelo suporte técnico da plataforma, com indicação da esc= ola quanto a distribuição.
A próxima et= apa consistiu no cadastro individual de toda equipe escolar que utilizaria o recurso. O acesso tem como principal dado de vínculo o número de telefone d= o usuário. O e-mail também é campo essencial para o cadastro, pois permite utilizar aplicativos do Google Workspace. Em seguida, de= ve-se indicar os “poderes” do colaborador (editar turmas, cursos, alunos; respons= ável financeiro; monitorar colaboradores, responsáveis, alunos; moderador; inici= ar projetos; usuário master) e, depois, selecionar= as turmas que poderá ter acesso ou não, de acordo com a sua função (convidado, colaborador, professor, coordenador, administrador). Por fim, determina-se = as categorias que o colaborador não terá acesso, poderá ler ou poderá postar.<= /span>
Posteriormen= te, procedeu-se com o cadastro individual dos estudantes e seus responsáveis, q= ue também tem como principal dado de vínculo o número de telefone. Nesta etapa, também se enturmaram os estudantes.
Logo depois, demonstrou-se para a equipe diretiva e pedagógica a prévia composição da plataforma, avaliando possíveis melhorias a serem realizadas. Após aprovaçã= o, iniciaram os treinamentos com os colaboradores da escola.
Com todos os cadastros realizados e a plataforma parametrizada, iniciou-se efetivamente a utilização no ano letivo de 2021 e, durante o período de matrículas, aconteceram demonstrações e atendimentos personalizados para os estudantes e seus responsáveis.
O acesso ao = ClipEscola se dá de duas formas distintas: via aplica= tivo, para responsáveis e estudantes, e via site e aplicativo para equipe escolar (administradores, colaboradores e professores).
Em 2023, o I= nstituto conta com mais de 270 estudantes que estão distribuídos em 18 turmas. O gerenciamento da plataforma permanece sendo realizado por esta autora.
3.1 Plataforma C=
lipEscola
A plataforma= ClipEscola oferece vários recursos para serem utiliza= dos no dia-a-dia escolar, pois foi pensada especificamente para atender o relacion= amento e a comunicação multicanal das instituições.
Fundada em 2= 016, na cidade de Florianópolis, Santa Catarina, é uma startup<= /span> dedicada a desenvolver soluções para educação tendo a tecnologia como princ= ipal ferramenta, e com foco na reinvenção de processos educacionais através da transformação digital. Consolidada no mercado e reconhecida por sua capacid= ade de inovar, em 2021, conquistou o expressivo número de dois milhões de usuár= ios.
Com a plataf= orma, é possível digitalizar mais de 200 processos visto que oferta módulos específ= icos para cada atividade escolar. A seguir, descrevemos sobre seis das principais soluções oferecidas.
Com o passar= dos anos, a empresa ampliou gradativamente o portfólio de módulos, que em 2023 totalizam sete módulos subdivididos em Estágio Mobile (três módulos), Estág= io 360° (três módulos) e Estágio Inteligência Artificial (um módulo).
3.1.1 Agenda Escolar
Neste canal = de relacionamento com pais, responsáveis e estudantes, a troca de informações oportuniza segurança e praticidade. É possível enviar informações diárias (= com fotos e vídeos anexados), mural virtual, cardápio da semana, entre outras aplicações.
À escola, ta= mbém é possível criar calendários de eventos, datas comemorativas e reuniões duran= te todo o ano escolar, e o usuário pode sincronizar com a sua agenda digital, possibilitando assim a emissão de notificações automáticas sobre o evento agendado.
O acompanham= ento acadêmico, as ocorrências escolares, o conteúdo programático das disciplina= s e a atualização cadastral são alguns exemplos de possibilidades de integração= do sistema de gestão escolar, ou seja, as duas ferramentas se complementam.
Pesquisas e autorizações podem ser agendadas e encaminhadas, fornecendo feedback instantâneo. Este recurso ainda permite estipula= r uma data-limite de resposta e visualizar quem recebeu e respondeu - ou não -.
Além de ser = possível personalizar o canal comunicativo, ainda é possível criar grupos privados e= ntre responsáveis e entre estudantes, preservando assim dados pessoais (como o n= úmero de telefone) pois tudo é feito pelo aplicativo. A escola visualiza e modera= os recados e, caso seja necessário, consegue fazer intervenções.
Além da inte= gração da Agenda Digital e do Sistema de Gestão Escolar, ainda é possível abranger= a biblioteca e a cantina, tornando a comunicação entre escola e famílias assimilada de ponta a ponta. A instituição consegue monitorar, em tempo rea= l, o recebimento de todos os informativos e a leitura dos mesmos.
3.1.2 Atendimento Multicanal
A ClipEscola é a primeira agenda digital omnichannel do segmento, ou seja, integra to= das as redes sociais da escola como aplicativo próprio, WhatsApp, Facebook, Instagram e chat do site.
Essa nova fe= rramenta faz com que não haja distinção da forma como responsáveis e estudantes fazem contato com a escola, pois tudo está organizado e centralizado dentro da própria plataforma da ClipEscola. A Figura 3 demonstra o funcionamento do atendimento multicanal.
Figura 3 – Atendimento multicanal=
Fonte: adaptado de ClipEscola (2023)
Resumidament= e, o fluxo de funcionamento consiste dos seguintes passos:
1) o respons= ável enviará a mensagem pelo canal escolhido;
2) a instituição receberá a notificação diretamente no módulo, em ordem cronológica, e identificando o canal utiliz= ado para contato;
3) o colabor= ador responderá a mensagem através da plataforma da ClipEsc= ola;
4) o retorno= à mensagem, ao responsável, será recebido no canal onde iniciou-se a conversa= .
Todas as men= sagens permanecem organizadas e registradas em um único local, sendo possível consultar o histórico de conversas sempre que necessário.
3.1.3 Sala de Aula Virtual
Dentre as possibilidades ofertadas pelo recurso, é possível, por exemplo, criar áreas para cada disciplina, organizar o conteúdo didático, tirar dúvidas dos estu= dantes por voz ou por chat, gerenciar o envio de tarefas, realizar avaliações digitais, entre outras.
3.1.4 Comunicação Interna
Com a possib= ilidade de organizar os times da instituição, separando cada área em seu próprio ca= nal, os colaboradores poderão trocar mensagens entre si ou abrir solicitações internas para outros times da escola, concentrando pessoas, mensagens e arquivos relacionados a um assunto em um único lugar, agilizando a produtividade do público interno. Este módulo também se conecta ao atendime= nto multicanal (omnichannel).
Para o admin= istrador da plataforma, é permitido visualizar quando uma equipe depende do retorno = de outra para dar seguimento a uma tarefa, por exemplo.
Ao conectar = toda a equipe, as ações de Endomarketing são simplificadas e o compartilhamento de materiais e informativos é automatizado.
3.1.5 Gestão de Pagamentos Escolares
Ao automatiz= ar todos os processos de recebimentos de mensalidades e taxas escolares, com a ofert= a de variados meios de pagamentos (boleto, pix, cart= ão débito/crédito), melhora-se o relacionamento dos responsáveis com a institu= ição neste campo.
A partir do lançamento das taxas, todo processo de registro, envio aos responsáveis, lembretes de vencimento, avisos de inadimplência e correção de valores é fe= ito automaticamente pelo ClipPag, assim como a sincronização automática com o aplicativo quanto a alteração de informação = de vencimento ou desconto.
Os pagamento= s das taxas são informados para a escola de forma imediata, estando disponíveis de forma ilustrativa nos gráficos de cobrança da plataforma.
3.1.6 Captação de Matrículas
Ao conectar-= se também ao omnichannel, este módulo mantém um ca= nal de comunicação ativo com quem visitou a instituição, permitindo o gerenciamento dos contatos ativos do time de prospecção e aumentando a capacidade de conversão de novos alunos.
É possível acompanhar a ev= olução das tratativas e focar nas ações necessárias em cada etapa, através do regi= stro das atividades executadas na conversação. Além disso, está disponível a digitalização de todo o processo de novas matrículas, da atualização cadast= ral, da assinatura digital do contrato e do pagamento das taxas escolares.
A ClipEscola oportuniza a migração do analógico para o digital de maneira gradual, simples e organizada, visando incorporar e beneficiar todos os departamentos da instituição.
4 RESULTADOS
É muito impo= rtante que as instituições de ensino que assumam um discurso de inovação e modernização apostem também em tecnologia nos processos de gestão escolar e comunicação.
Na instituiç= ão objeto de estudo, percebe-se uma preocupação crescente com a utilização coerente de TDICs no cotidiano escolar. Todos o= s 41 colaboradores da escola foram convidados a participar de pesquisa de campo,= com o intuito de mensurar a realidade escolar e a percepção individual quanto à plataforma ClipEscola através da coleta de dado= s.
Participaram da pesquisa 21 respondentes que atuam nas funções descritas no Gráfico 1.
Gráfico 1 - Funções
Fonte: Autora (2023)
O primeiro questionamento procurou verificar a familiaridade com a utilização das Tecnologias da Informação e Comunicação (Gráfico 2).
Gráfico 2 – TIC
Fonte: Autora (2023)
Quanto à for= ma de utilização do ClipEscola, verificou-se que a maioria se se= rve da plataforma e do aplicativo (Gráfico 3).
Gráfico 3 - Meios de utilização
Fonte: Autora (2023)
Quando quest= ionados sobre a importância do recurso na sua função, é notável que todos os participantes o consideram essencial na rotina de trabalho (Gráfico 4).
Gráfico 4 – Relevância
Fonte: Autora (2023)
Aos docentes= , foi direcionada a pergunta sobre a frequência de utilização, pois os instrument= os principais da plataforma dinamizam de forma significativa a rotina do educa= dor (Gráfico 5).
Gráfico 5 - Frequência de uso
Fonte: Autora (2023)
Sobre a form= a de comunicação escolar com famílias e estudantes, os resultados obtidos estão representados no Gráfico 6.
Gráfico 6 – Comunicação
Fonte: Autora (2023)
E, para fina= lizar a pesquisa, os participantes foram indagados se consideram a interlocução med= iada pelo ClipEscola mais eficiente do que na época = em que era utilizado o WhatsApp (Gráfico 7).
Gráfico 7 - ClipEsc= ola X WhatsApp
Fonte: Autora (2023)
É importante= para a instituição analisar e verificar quais são os fatores que ainda levam à cer= ta resistência de utilização do ClipEscola, bem co= mo manter a inovação ao alcance de todos os atores envolvidos, para que seja bem-sucedida e efetivamente existente, pois novas tecnologias são criadas diariamente, também, em favor da educação.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
É essencial = para a comunicação o entendimento da mensagem enviada e, principalmente, o signifi= cado desta no processo. O que se entende por comunicação escolar é tudo aquilo q= ue concerne a troca de informações entre os diversos setores da entidade (Peruzzolo, 2006).
Educação e comunicação são processos vitais da sociedade, pois estabelecem, organizam e desenvolvem representações, influenciando-se mutuamente; também, permitem diálogos e construção de entendimentos nos diferentes espaços sociais.
Aprimorar a comunicação das escolas pode parecer um ponto de pouca importância dentre tantas demandas da gestão escolar. Entretanto, esse aspecto deve ser tratad= o de maneira sistemática, uma vez que muitos problemas da rotina escolar são resultados de alguma falha na comunicação.
Com a popula= rização da internet e das redes sociais, principalmente durante o período pandêmico ocasionado pelo COVID-19 (março de 2020 a março de 2022), a comunicação em geral foi afetada negativamente devido à propagação de notícias falsas e compartilhamentos de informações errôneas. O mundo está extremamente conect= ado, o que, consequentemente, impacta no consumo de notícias, informações e entretenimento por meio de telas, assim como dá a qualquer pessoa a potencialidade para publicar conteúdos (Castells, 1999).
O uso das Tecnologias de Informação e Comunicação e o acesso à internet têm gerado uma transformação nos estilos de vida, bem como algumas mudanças nas formas de aprender e trabalhar em sociedade. Essas tecnologias possibilitam novos esp= aços de interação com a informação, desde a criação e divulgação de uma página w= eb, até a divulgação de um aplicativo (Dash; Kiefer; Paul, 2021).
Ao entender = que as TIC não são apenas meios que possibilitam a troca de informações e/ou conhecimentos, mas sobretudo contribuem na estruturação dos contextos educacionais e comunicacionais da sociedade, ações isoladas e desarticulada= s, que são apenas paliativas e ineficientes, tornam-se concretas, eficazes e estáveis.
É fato que a educação vivencia um processo de ressignificação, nos ensinando a sermos inovadores, a nos apropriar do entendimento sem artimanhas ou modismos. Faz= er educação por intermédio da tecnologia é um longo caminho ainda a ser percorrido, mas que quando bem aplicado propicia uma experiência única, surpreendente e enriquecedora.
Por isso, modernizar o espaço escolar es= tá muito além da incorporação das Tecnologias da Informação e Comunicação, é preciso investir em comunicação digital rápida e dinâmica, capaz de unir escola, famílias e estudantes, afinal,
[...] comunicar não é de modo algum tran= smitir uma mensagem ou receber uma mensagem. Isso é condição física da comunicação, mas não é comunicação. É certo que para comunicar, é preciso enviar mensage= ns, mas enviar mensagens não é comunicar. Comunicar é partilhar sentido (Lévy, 1990).
O estudo de caso desenvolv= ido oportunizou uma visão mais profunda da conexão existente entre Tecnologias = da Informação e Comunicação e tecnologia.
Durante a pa= ndemia, as TIC foram imprescindíveis para que a comunicação atingisse os estudantes= e suas famílias, pois nortearam dificuldades até então desconhecidas do cotid= iano escolar.
Exemplo diss= o é o ClipEscola, esta plataforma que remodelou a forma de comunicação da instituição em questão, disponibilizando soluções que estão inseridas ao cotidiano escolar, facilitando a descrição das rotinas dos educandos e cientificando os responsáveis com rapidez e agilidade. <= /p>
É um recurso= de comunicação que certamente permanecerá na instituição, pois agrega às famíl= ias segurança e alternativas de estarem inseridas na vida escolar.
Desta forma,= diante dos fatos observados tanto durante o processo de implantação quanto no seu pleno funcionamento, compreende-se que o investimento, seja financeiro ou humano, deve perdurar para que a instituição siga entregando um processo de interlocução ativo, dinâmico e confiável para sua comunidade escolar.
Também, suge= re-se que seja criada uma equipe de trabalho focada na comunicação escolar, tanto interna quanto externa; equipe esta que poderá efetivamente dedicar-se ao gerenciamento da plataforma e implementar os dem= ais recursos disponibilizados nos módulos da ClipEscola.
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A comunicação escolar mediada
por Tecnologia:
Um estudo de caso da utiliza=
ção
da plataforma ClipEscola em uma escola de educa=
ção
básica
Vanessa Boscato Vargas; Adr=
iano Nezello Schneider Pizzatto Heis
|
IS=
SN
2237-4558 • Navus
• Fl=
orianópolis •
SC • v. 13 • p. 01-18
• jan./dez. 2023<=
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ISSN 2237-4558
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Navus • Florianópolis •
SC • v.9
• n.2 • <=
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XX-XX • abr./jun. 2019 |
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